Napoleão Bonaparte: A Ascensão

  • 6 years ago
Napoleão Bonaparte: A Ascensão

Assim como é comum acontecer com os grandes personagens da história, a figura de Napoleão Bonaparte, general que governou a França entre 1799 e 1815, está rodeada de mitos e controvérsias.

Enquanto alguns o veem como o salvador da jovem República francesa e guardião dos ideais revolucionários de 1789, outros enxergam nele um tirano que, apesar da baixa estatura, tinha mania de grandeza. Quem está certo?

Napoleão nasceu na pequena cidade de Ajaccio, no sul da ilha de Córsega, em 1769, um ano depois de a ilha ter passado para o domínio francês. Os Bonaparte não eram lá uma família muito rica, mas estavam longe de ser pobres, e até tinham alguma influência no local.

Ainda criança, o pequeno Bonaparte foi enviado à França pelos pais, afim de estudar as artes militares. Passou 5 anos em uma escola do interior e em seguida foi para Paris, onde terminou seus estudos. Pode-se dizer que estes não foram exatamente os anos mais felizes da vida de Napoleão: o menino tinha uma dificuldade tremenda para aprender o francês e era alvo frequente de chacotas, por conta de sua origem corsa.

Mesmo assim, quando saiu da Escola Militar de Paris, Napoleão ingressou no exército francês e ali o talento do rapaz se fez evidente: sua carreira foi meteórica; antes dos 30 anos de idade ele já ocupava o posto de general e foi encarregado de liderar as tropas francesas contra os austríacos no norte da Itália. O sucesso da campanha fez com que Napoleão conseguisse forçar a Áustria a assinar um tratado, entregando à França seus domínios na Itália e nos Países Baixos. Conta-se que nessa ocasião, quando o imperador austríaco fez menção a reconhecer a república francesa, Napoleão teria dito: “A república não precisa do reconhecimento de ninguém! Ela existe como o sol no céu; azar daqueles que não veem”.

Daí em diante, Napoleão virou um ídolo na França.

O sucesso das campanhas militares lideradas por ele transformou o exército na única instituição da qual os franceses ainda podiam se orgulhar. A crise tomava conta do país, mergulhado em uma guerra civil e sob ameaça constante de invasão das potências monarquistas vizinhas. Isso sem falar na miséria em que vivia boa parte da população e na falta de habilidade do governo do Diretório em lidar com esse caos.

Eis que entra em cena, de novo, ele: Napoleão!

Elevado ao cargo de cônsul, Napoleão destituiu o Diretório e concentrou poderes em suas mãos. Ele era a pessoa que podia decretar leis, nomear ministros e embaixadores, oficiais do exército e até os juízes da França.

Canhões, espadas e baionetas levaram o general ao poder, mas ele também soube usar a pena e a tinta.

Napoleão adotou uma série de medidas importantes enquanto foi cônsul: estabilizou a economia francesa; deu terras aos camponeses; reorganizou todo o sistema educacional do país e, de quebra, ainda combateu as facções monarquistas que ameaçavam as conquistas da Revolução. Ah! E claro, usou e abusou da propaganda.

Foi um ditador, é verdade. Mas um ditador comprometido com os ideais revolucionários de liberdade e igualdade, por mais estranho que isso possa parecer.

Para os vídeos sobre Napoleão, tomamos como referência:

Raoul Girardet. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: cia. das letras, 1987
Eric Hobsbawm. A era das revoluções 1789-1848. 17 ed. Rio de Janeiro: paz e terra, 2003
Vincent Cronin. Napoleão: uma vida. Barueri: Amarylis, 2013
Thierry Lentz. Napoleão. São Paulo: ed unesp, 2008



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