• há 8 anos
Meca, na Arábia Saudita, foi, por estes dias, o centro das celebrações da religião islâmica, como destino do Hajj, a peregrinação vista como um dos “cinco pilares do islamismo”. Integrado nesta grande peregrinação está o Eid al-Adha ou a Festa do Sacrifício.

O Eid al-Adha cumpre-se após a descida do Monte Arafat, ao 10.° dia do último mês do calendário islâmico. Houve quem temesse que este ano o dia coincidisse com os 15 anos sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2011, nos Estados Unidos, mas de acordo com a lua foi anunciado para esta segunda-feira, 12 de setembro.

A Festa do Sacrifício é dedicada a Abraão e celebra a disposição do profeta em sacrificar o próprio filho, Ismael, à vontade de Deus. Reza a história, no Corão, que à última hora, Deus impediu o sacrifício de Ismael ao perceber a devoção incondicional de Abraão e pediu antes o sacrifício de um animal. Por isso, hoje em dia o ritual é completo com o sacrifício de uma cabra ou de uma ovelha após as orações das primeiras horas da manhã.

O Eid al-Adha inclui o apedrejamento de Satanás (lançamento de sete pedras contra os pilares que representam as aparições do diabo), ritual que no ano passado ficou manchado por uma trágica e ainda misteriosa debandada em Mina, a noroeste de Meca, na qual morreram mais de 2200 pessoas, espezinhadas ou sufocadas.

Este ano, o ritual de apedrejamento foi acompanhado por centenas de polícias e acompanhado por câmaras de vigilância que registam os movimentos dos crentes. Foram também instaladas escadas de ferro na tentativa de evitar deslizamentos no local onde decorre a festa do Sacrifício.

De acordo com fontes oficiais de Riade, este ano participam 1,8 milhões de peregrinos sendo que 1,3 milhões eram estrangeiros provenientes de 189 países.

Em Jerusalém, entretanto, milhares de palestinianos realizaram as orações deste Eid al-Adha na mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, participou nas orações em Ramallah e depositou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat, o antigo líder palestiniano.

Em Cabul, no Afeganistão, a Festa do Sacrifício coincidiu com o anúncio pelo presidente Ashraf Ghani de um acordo de paz no país a ser alcançado muito em breve.

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