Rússia avisa Estados Unidos: ataques contra Assad terão resposta militar

  • há 8 anos
A Rússia, aliada confessa de Bashar al-Assad no conflito sírio, expressou esta quinta-feira um aviso aos opositores do Presidente da Síria, mas com um destino bem definido: Washington. Qualquer ataque a territórios controlados pelo regime de Bashar al-Assad será visto como uma ameaça aos militares russos ali mobilizados, avisou o porta-voz do Ministério russo da Defesa.

“Muitos oficiais do Centro Russo para a Reconciliação das Partes em Conflito estão atualmente a trabalhar no terreno, a distribuir ajuda humanitária e a negociar com líderes de grupos armados na maioria das províncias sírias. É por isso que qualquer ataque aéreo ou com mísseis no território sob controlo do governo sírio irá representar uma ameaça aos militares russos”, explicou Igor Konashenko.

#SYRIA Report of the Russian Centre for reconciliation of opposing sides(October 6) https://t.co/3BtcCwvtmw pic.twitter.com/UU6xHUccqW— Минобороны России (@mod_russia) 6 de outubro de 2016

O aviso de Moscovo surge após ter sido conhecido que os Estados Unidos estarão a debater a nível interno o recurso a “opções não diplomáticas” contra o regime de Bashar al-Assad.

Referindo-se diretamente a essas notícias, Konashenko acrescentou: “Recomendaria aos nossos colegas de Washington ponderar muito bem as consequências da execução de tais planos. Gostaria de lembrar os estrategas norte-americanos que a defesa aérea nas bases de Hmeymim e Tartus é feita por mísseis terra-ar S-400 e S-300, cujo raio de ação pode revelar-se uma surpresa para qualquer objeto voador não identificado.”

De Washington, através de porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, surgiu a resposta: “Vimos as declarações oriundas de Moscovo. Esses comentários não impedem que as conversas prossigam no seio do governo dos Estados Unidos.”

Representante da ONU oferece-se para escolta humanitária
A ofensiva sobre Alepo mantém-se. A Síria, com o apoio da Rússia e do Irão, quer recuperar o controlo total do país a qualquer o custo e o objetivo prioritário é agora a zona leste de Alepo, onde as Nações Unidas estimam que 275 mil pessoas estejam ainda em perigo.

O enviado especial da ONU à Síria ofereceu-se, ele mesmo, para ir à cidade ajudar a escoltar os civis ali retidos na relocalização em local seguro.

Staffan de Mistura receia que “no máximo em dois meses e meio, a zona leste de Alepo possa ser totalmente destruída, em particular, a cidade velha”. “Milhares de sírios civis, não terroristas, serão mortos, muitos outros serão feridos e outros milhares e milhares poderão tentar tornar-se refugiados”, avisou o representante da ONU.

Assad: “tudo pode ser manipulado hoje em dia”
Bashar al-Assad concedeu uma nova entrevista a um meio de comunicação europeu. À TV2, da Dinamarca, o Presidente da Síria garantiu que as acusações de que o regime sírio estará a matar crianças é uma mera propaganda dos meios de comunicação ocidentais: “apenas mostram algumas imagens de crianças que servem as respetivas agendas política

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