• há 8 anos
No Haiti, a urgência é, agora, a busca de água potável, para evitar a propagação da cólera.

A doença já fez, pelo menos 13 mortos. Domingo à noite, só em Port-à-Piment, no sudoeste do país, 60 pessoas estavam internadas, vítimas desta diarreia altamente contagiosa.

A doença é provocada por uma bactéria – Vibrio cholerae – que se desenvolve nos esgotos e águas contaminadas por excrementos humanos, que se propaga depois à água potável e mesmo a alimentos como os legumes, o peixe ou o marisco.

Clean drinking water is imperative right now in #Haiti to mitigate the spread of waterborne diseases such as #cholera— GlobalMedic (@globalmedicdmgf) October 9, 2016


A reidratação é um passo importante na cura da cólera – e os hospitais precisam de água potável.

“Para já, temos tido água. Mas precisamos de mais água potável para podermos reduzir o número de casos de cólera”, explica Pierre Louis, que trabalha no hospital local.

Esta nova ameaça junta-se à destruição que atingiu a ilha e priva os haitianos de habitação mas também de meios de subsistência.

“Sou pescador. Neste bairro só há pescadores e vendedores. Perdemos tudo, não temos nada. As casas não foram construídas segundo as normas e foi por isso que reuíram. Não temos nada nem nenhum sítio para onde ir”, lamenta-se Eval Morris.

O furação Matthew, que provocou cerca de 1000 mortos, destruiu casas mas também infraestruturas. As autoridades tentam, agora, reparar o mais rapidamente possível as estações de tratamento da água, para evitar a propagação da cólera.

Entretanto, a ajuda alimentar começar a chegar à ilha. Ontem, os primeiros helicópteros aterraram em Jérémie, carregados de óleo alimentar e de arroz.

.UNCERF supports assistance to boost reponse to #HurricaneMatthew & #cholera epidemic in #Haiti https://t.co/o5ZqHzSpu4 pic.twitter.com/9JuNXPcD51— UN GA President (UN_PGA) October 10, 2016

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