• há 7 anos
Há milhares de anos que os perfumes exercem uma espécie de poder sobre as pessoas, evocando memórias, inspirando sentimentos, provocando sensações e emoções. Muitas fragrâncias desapareceram ao longo dos tempos, mas há um lugar, em França, onde as suas memórias persistem.

A “Osmothèque” de Versalhes guarda todos esses aromas em pequenos frascos.

A perfumista parisiense Patricia de Nicolai, diretora do espaço, refere que a “‘Osmothèque’ é uma biblioteca mundial de perfumes, um arquivo vivo, porque tem perfumes muito antigos, mas também os mais recentes lançamentos”.

O maior arquivo internacional de perfumaria conta no espólio com cerca de 4000 fragrâncias criadas desde meados do século XIX até aos dias de hoje.

Patricia de Nicolai explica que pede às empresas amostras dos “perfumes que são lançados no mercado”. É a forma que a ‘Osmothèque’ tem de “continuar a juntar as peças da história da perfumaria”, acrescenta.

Para além das fragrâncias, a ‘Osmothèque’ guarda as fórmulas de centenas de perfumes. Alguns com 20, 30 ou mesmo 40 ingredientes misturados em doses exatas para criar uma fragrância única. As fórmulas continuam naturalmente a ser propriedade dos seus criadores

“É um património que não deve desaparecer”, refere Segolene Rolland, avaliadora de perfumes, “os perfumes vão deteriorar-se e desaparecer com o tempo. O que permanece é a fórmula, a criação do perfumista”, conclui.

Os perfumes originais são guardados como peças de arte num museu para que as fragrâncias durem o maior tempo possível. A conservação é feita em frascos de vidro escuro e a uma temperatura de 12 graus centígrados. As fórmulas estão guardadas num banco, em Versalhes.

A ‘Osmothèque’ foi fundada em 1990 por Jean Kerléo e outros perfumistas de renome, como Guy Robert e Jean-Claude Ellena.

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