Grécia e Turquia apelam a "atitude construtiva" de rivais cipriotas em Genebra

  • há 8 anos
A presença do chefe de Governo da Grécia em Genebra, nas negociações para a reunificação da ilha de Chipre, apenas irá acontecer se existir, de facto, “vontade de se chegar a acordo e encontrar uma solução”, fez saber esta segunda-feira Alexis Tsipras.

Cipriotas turcos e cipriotas gregos voltaram a sentar-se à mesa, frente-a-frente, e procuram esbater na Suíça um atrito com quatro décadas. As negociações vão prolongar-se por três dias e na quinta-feira está prevista uma cimeira final onde é esperada a participação de três países mediadores, a Grécia (aliada dos cipriotas gregos), a Turquia (aliada dos cipriotas turcos) e o Reino Unido.

No último sábado, o Presidente turco Recep Tayyp Erdogan debateu com o Secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, e com a primeira-ministra britânica, Theresa May. Os três assumiram que a ronda negocial desta semana, em Genebra, pode ser um importante passo rumo a um entendimento final.

The UK fully supports resumed #CyprusTalks UNGeneva. I look forward to joining talks later in the week. https://t.co/xxfkdEA92Q— Sir Alan Duncan (AlanDuncanMP) 9 de janeiro de 2017

No domingo à noite, Erdogan terá conversado também, via telefone, com o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. Os dois líderes políticos, apoiantes diretos das partes em conflito, apelaram a uma atitude construtiva nestas negociações.

Talks fully led by Cypriot leaders, UN facilitates but “we are not in the business of repeating 2004” – EspenBarthEide #CyprusTalks pic.twitter.com/ESsfS6xUpJ— UN Geneva (UNGeneva) 9 de janeiro de 2017

O conselheiro especial das Nações Unidas para o conflito no Chipre, o norueguês Espen Barth Eide, considera que, “se esta reunião resultar, será um acordo histórico para os cipriotas”.

“Há várias gerações que as duas partes vêm tentando resolver esta divisão da ilha. Um acordo iria enviar também um forte sinal para um mundo repleto de conflitos”, acrescentou o conselheiro da ONU.

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