"Wize Mirror": Espelho meu, espelho meu, que doença tenho eu?
- há 7 anos
Um espelho capaz de nos retribuir, além do reflexo da nossa imagem, informações sobre o nosso bem-estar e estado da nossa saúde está a ser desenvolvido com o objetivo de um dia poder estar ao alcance da carteira de todos os cidadãos europeus.
Conhecido como “Wize Mirror”, uma expressão inglesa que pode ser traduzida como “espelho inteligente”, o protótipo é capaz de analisar os sinais recolhidos pela “observação” do nosso rosto e diagnosticar o risco de doenças cardiometabólicas.
O que são doenças cardiometabólicas?
São uma das causas da morte mais frequentes do século XXI e, entre elas, está, por exemplo, uma definida pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia deste século: a obesidade. Tem origem num metabolismo deficiente do corpo humano provocado, por exemplo, pelo sedentarismo.
O excesso de peso, a diabetes e a hipertensão arterial são outros problemas de saúde que podem conduzir a um acidente cardiovascular (AVC). Outras consequências das doenças cardiometabólicas podem ser a cegueira, a neuropatia ou a cardiopatia. A má circulação sanguínea pode ser um fator de risco.
Denis Loctier, jornalista da equipa de língua russa da euronews e apresentadr do programa Futuris, deslocou-se a Pisa, em Itália, para descobrir o reflexo inteligente devolvido pelo “Wize Mirror”. “Quando nos olhamos neste espelho, ele também nos observa. É o protótipo de um sensor inteligente para sintomas de doenças cardiovasculares”, explica-nos Loctier.
A superfície refletora do “espelho inteligente “ integra um interface tátil que nos permite interagir com um computador equipado com seis câmaras multiespectrais, um sensor 3-D e um analisador do ar que respiramos. O utilizador deve ter um perfil previamente definido que permite ao computador identificar de forma automática o paciente em observação.
A italiana Sara Colantonio explica-nos que o “Wize Mirror” é “um género de ‘espelho mágico’ e inteligente, com sensores integrados e interativo”. “O espelho analisa os sinais faciais e avalia o bem-estar da pessoa em observação”, acrescenta esta investigadora de inteligência artificial e coordenador do projeto SEMEOTICONS.
Investigadora de engenharia biomédica, a também italiana Chiara Zuccalà, por seu turno, explica-nos parte do processo: “Um raio ultravioleta identifica substâncias contidas na pele associadas ao risco de contrair diabetes. Mede uma sequência de 20 segundos, permitindo analisar alguns movimentos do rosto e estudar o nível de stresse da pessoa. Um outro raio de luz vai permitir estudar outros indicadores da pele relacionados com o colesterol.”
“No final da recolha de dados, o sistema assimila todos os parâmetros avaliados num índice de bem-estar, o que nos revela o estado do paciente em relação ao risco de doenças cardiometabólicas”, concretiza a coordenadora do projeto, Sara Colantonio.
Este projeto mereceu o investimento de 3,87 milhões de euros pela Comissão Europeia. Ao longo dos 36 meses previstos de desenvolvimento deste “es
Conhecido como “Wize Mirror”, uma expressão inglesa que pode ser traduzida como “espelho inteligente”, o protótipo é capaz de analisar os sinais recolhidos pela “observação” do nosso rosto e diagnosticar o risco de doenças cardiometabólicas.
O que são doenças cardiometabólicas?
São uma das causas da morte mais frequentes do século XXI e, entre elas, está, por exemplo, uma definida pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia deste século: a obesidade. Tem origem num metabolismo deficiente do corpo humano provocado, por exemplo, pelo sedentarismo.
O excesso de peso, a diabetes e a hipertensão arterial são outros problemas de saúde que podem conduzir a um acidente cardiovascular (AVC). Outras consequências das doenças cardiometabólicas podem ser a cegueira, a neuropatia ou a cardiopatia. A má circulação sanguínea pode ser um fator de risco.
Denis Loctier, jornalista da equipa de língua russa da euronews e apresentadr do programa Futuris, deslocou-se a Pisa, em Itália, para descobrir o reflexo inteligente devolvido pelo “Wize Mirror”. “Quando nos olhamos neste espelho, ele também nos observa. É o protótipo de um sensor inteligente para sintomas de doenças cardiovasculares”, explica-nos Loctier.
A superfície refletora do “espelho inteligente “ integra um interface tátil que nos permite interagir com um computador equipado com seis câmaras multiespectrais, um sensor 3-D e um analisador do ar que respiramos. O utilizador deve ter um perfil previamente definido que permite ao computador identificar de forma automática o paciente em observação.
A italiana Sara Colantonio explica-nos que o “Wize Mirror” é “um género de ‘espelho mágico’ e inteligente, com sensores integrados e interativo”. “O espelho analisa os sinais faciais e avalia o bem-estar da pessoa em observação”, acrescenta esta investigadora de inteligência artificial e coordenador do projeto SEMEOTICONS.
Investigadora de engenharia biomédica, a também italiana Chiara Zuccalà, por seu turno, explica-nos parte do processo: “Um raio ultravioleta identifica substâncias contidas na pele associadas ao risco de contrair diabetes. Mede uma sequência de 20 segundos, permitindo analisar alguns movimentos do rosto e estudar o nível de stresse da pessoa. Um outro raio de luz vai permitir estudar outros indicadores da pele relacionados com o colesterol.”
“No final da recolha de dados, o sistema assimila todos os parâmetros avaliados num índice de bem-estar, o que nos revela o estado do paciente em relação ao risco de doenças cardiometabólicas”, concretiza a coordenadora do projeto, Sara Colantonio.
Este projeto mereceu o investimento de 3,87 milhões de euros pela Comissão Europeia. Ao longo dos 36 meses previstos de desenvolvimento deste “es