• há 3 anos
Estão a surgir em várias cidades do Brasil denúncias na vacinação contra a covid-19. Em causa estão profissionais de saúde que fingem vacinar os pacientes, mas apesar de espetarem a agulha no braço, não injetam o líquido da vacina ou a seringa está vazia - o que está a ser apelidado de "dose de ar".

No município de Goiânia, no estado de Pernambuco, a vítima foi uma idosa de 88 anos. A filha, que a acompanhou ao centro de vacinação, fez questão registar o momento, para que a mãe pudesse mostrar aos netos. No vídeo que gravou, é possível ver que a enfermeira espeta a seringa na idosa, mas não injeta o líquido.

O que a enfermeira não esperava é que a filha de Floramy se apercebesse que a dose da vacina ainda estava na seringa. Quando confrontou a profissional, esta pediu desculpa, justificando que se tinha esquecido de injetar o líquido, e voltou a picar a idosa, tendo da segunda vez a vacina sido efetivamente administrada.

O caso foi remetido à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que já identificou a enfermeira e a afastou do processo de vacinação.

Mas este caso não é único

Noutras cidades do Brasil, repete-se de outras formas e algumas também foram filmadas. É o caso de três idosos vacinados em Niterói e Petrópolis, municípios do Rio de Janeiro.

No vídeo gravado por um dos familiares num centro de vacinação drive-thru em Niterói, a profissional de saúde espeta a agulha no idoso, mas não empurra o êmbolo para injetar o líquido. Sem se aperceberem, os familiares comemoram o momento. Só mais tarde, ao rever as imagens, se aperceberam do que tinha acontecido.

Segundo a Globo, a enfermeira foi afastada e o idoso acabou por receber a vacina, mais tarde, em sua casa.

Também no Rio de Janeiro, a família de outra idosa chamou a atenção do enfermeiro, ao perceber que a vacina não tinha sido corretamente administrada. Apesar de ter filmado o momento, o profissional não aparece no vídeo e ainda não terá sido identificado.

Seringa vazia

Em Petrópolis, uma idosa de 94 anos pensou que tinha recebido a vacina, mas afinal a seringa estava vazia. Nas imagens, é possível ver a profissional a tentar retirar a proteção da agulha da seringa. O familiar da idosa, que está no banco do condutor a filmar, sugere que se troque a seringa. A técnica dirige-se à tenda montada no local e pega noutra seringa. Ao regressar, espeta a agulha na idosa, mas a seringa estava vazia. A mulher foi identificada e afastada.

As autoridades recomendam que, em caso de dúvida, os familiares questionem imediatamente os profissionais de saúde que estão a proceder à inoculação e sublinha que tirar fotografias e filmar é autorizado durante a aplicação da vacina.

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