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Editor-chefe da Gazeta do Ontem, Sérgio não sabe mais separar realidade de alucinação. Enquanto tenta decidir se est | dG1fUmRzTjd3NDAzYkk
Transcript
00:00 [música]
00:20 Oi, desculpa.
00:22 Geralmente, nessa hora eu acordo.
00:25 Mas desde o último sonho, eu não sei mais se acordei.
00:28 Sabe a capa do Caderno de Política?
00:31 Então a gente precisa decidir qual a foto que a gente vai botar do porco bomba.
00:34 De quem?
00:35 O candidato a presidente, Pedro. Líder nas pesquisas.
00:38 Possível futuro presidente do Brasil, rapaz. Porco bomba.
00:41 Do que você está falando? Que comentário é esse?
00:44 Esse é um comentário especista.
00:46 Primeiro um especista, depois machista, depois racista, depois homofóbico, depois o que?
00:50 Você vai votar em quem? Eu não estou nem entendendo mais, sabe?
00:53 Eu queria que você se retratasse, porque eu acho um absurdo isso que você está falando.
00:57 Eu acho um absurdo.
00:59 É uma discurso errado, você sabe?
01:02 Nós estamos vivendo o fim do antropocentrismo, Sérgio.
01:07 Talvez seja interessante você refletir a respeito para que você não fique para trás.
01:13 Para de chorar, Sérgio. Você é um homem adulto, pelo amor de Deus.
01:19 Você não vê que nós estamos aqui numa guerra?
01:21 Não tem dinheiro para desmentir fake news, Sérgio. Não tem dinheiro para nada.
01:25 Não acredite nisso, não. Eu estou mentindo para a senhora.
01:28 Como você sabe, meu filho?
01:30 Eu sou jornalista, mãe. Eu sei o que está acontecendo.
01:32 Pois você deveria denunciar essas coisas no seu jornal, meu filho.
01:36 O Brasil está precisando de um pouco mais de subordinação e obediência.
01:42 Nada melhor do que uma bomba para impor respeito.
01:47 E agora, qual palavra o candidato porco bomba?
01:54 Você não deveria perder tempo com a realidade.
01:57 Vai por mim, Sérgio. A verdade morreu.
02:03 A verdade morreu.
02:07 A verdade morreu.
02:10 [Som de fogo]

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