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Por meio de uma reconstrução histórico-afetiva da região da Boca do Lixo, em São Paulo, o documentário tem o intui | dG1fNEo0ZlBCQkp3eXc
Transcript
00:00 A Boca do Lixo foi uma meca do cinema alternativo brasileiro, um local onde filmes eram produzidos
00:19 na raça, por pessoas que realmente gostavam de cinema e fizeram filmes que não poderiam
00:26 ter sido feitos de outra maneira.
00:44 A tal da boca que confunde junto com a zona, na verdade é uma partícula dessa história
00:53 de representação.
00:54 Então ali, Rua Madeira Mamoré, Aurora, Vitória, essas ruas todas em torno da rodoviária
01:01 eram uma região conflagrada pelo sexo.
01:09 Era como se fosse um grande escritório, um grande estúdio a céu aberto.
01:16 Era uma convivência respeitosa, uma convivência cheia de empatia.
01:21 Praticamente uma organização, falava "Você tá lançando um agora, agora vou outro".
01:25 Tinha um certo respeito pelo lançamento de outro filme, não existia uma concorrência
01:28 de ir lançar dois filmes brasileiros.
01:30 A Boca do Lixo fez ou produziu um cinema muito peculiar, que não poderia ter sido feito
01:39 nenhum outro.
01:40 Se quem comberra o furo no consumo se consome, estamos na trilha da antrofofagia anticolonialista.
01:48 Metalinguagem, sem linguagens.
01:53 [Música]

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