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​Gloria é ascensorista na UERJ. Ela foi criada e vive até hoje no Morro da Providência. Filha de um pai abusivo, qu | dG1fOURZNVpvU0xrc0k
Transcript
00:00 Porquê sentiu a necessidade de procurar estas consultas?
00:03 Tanta coisa...
00:05 Eu nunca pensei que minha mãe tinha me abandonado.
00:11 Depois que ela foi embora, tudo piorou.
00:13 Ficou só eu e meu irmão menor.
00:14 Até o pai me levava para o quarto e me mandava tirar a roupa.
00:18 E eu tirava, doutora.
00:20 Mas fala um pouco do seu irmão.
00:25 O FFBN que estragou a vida do meu irmão.
00:27 E porquê que ele foi para esse reformatório?
00:30 Essa boca é uma figura.
00:33 Espere que eu estou precisando de favor.
00:35 Não, não, não.
00:36 Deixa ele, você tem as suas coisas, ele tem a dele.
00:38 Eu só quero conversar com ele.
00:40 Eu segurei o seu mal, senão ele estava morto.
00:42 Você não sabe.
00:43 Fica calmo.
00:44 Dona Camila, já é que veio um rapaz aqui, um negro alto.
00:49 Ele estava muito nervoso.
00:50 O que esse homem queria?
00:55 Oi, doutora. Está tudo bem com você?
00:57 Está dormindo tranquila?
00:59 Glória, eu decidi que o nosso trabalho vai parar aqui.
01:02 A doutora está com medo, é? Medos médios?
01:05 Não precisava ter feito aquilo.
01:09 Diz isso para aquela mulherzinha da terapia.
01:12 Eu tenho um irmão para me proteger, não preciso de ninguém.
01:14 Só quem te protege sou eu.
01:16 Você sabe que outro dia o sonho aqui eu era você?
01:20 Como é que era o sonho?
01:22 Eu falava igual a ti, era rica e bonitinha.
01:26 Tipo trocado de lugar.
01:28 Mas você não ia querer ter a minha vida, ainda.
01:31 A minha família sempre disse que o culpado da morte da minha avó tinha sido o Brasil.
01:37 Eu nunca acreditei.
01:39 Quando eu canto
01:44 E a chuva cair
01:51 Uma nuvem...

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