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Dois dos últimos membros do povo indígena Piripkura ainda vivem como nômades na Amazônia, cercados por fazendas que | dG1fMTRjbnBmQkVXZW8
Transcript
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00:08 Eu quando cheguei aqui pra Rondônia em 66,
00:12 tudo que a gente vinha falar que o índio atrapalhava o desenvolvimento do país
00:17 e que a regra era eliminar.
00:20 Um baraco que matou a minha parede.
00:24 Matou um mucado lá.
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00:38 É a filha menina e o filho menino.
00:40 Esse aí, o tapete de uíjei tá aqui, ó.
00:43 Olha aqui o dobro.
00:45 [música]
00:50 E aí eu fico me perguntando, será que o governo não vê?
00:54 Será que o que a gente já tem desmatado,
00:57 não dá pra manter essa porra desse país?
00:59 [música]
01:04 Então a gente tem que tá aí correndo atrás de vestígios
01:07 pra provar que os caras existem.
01:09 Se a gente não conseguir isso,
01:12 ela vai voltar pra mão dos fazendeiros, madeireiros, sei lá quem.
01:16 Ô Jair, ó o tapete da minha.
01:21 É aqui do teu parente mesmo?
01:24 É, é meu parente.
01:25 É Ticum, teu irmão?
01:26 É, meu irmão.
01:27 Faz dia que ele passou aqui.
01:29 Um problema maior com eles é se, sei lá,
01:33 um madeireiro, um garimpeiro, encontrar com eles.
01:36 Com certeza, se eles puderem matar eles,
01:39 eles não vão dispensar, não.
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01:43 Esses caras vivem sem precisar de nada.
01:45 Eles querem uma tocha de fogo, um facão e um machado.
01:48 Eles não querem mais nada.
01:49 Eles precisam disso e da floresta em pé.
01:51 [música]
02:09 São eles?
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