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  • 11/04/2025
Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas de 18 anos, morreram de forma trágica na noite desta quarta-feira (9) após serem violentamente atropeladas por um carro em alta velocidade enquanto atravessavam na faixa de pedestres da Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que as jovens, que atravessavam na faixa sinalizada, são atingidas por um veículo que surge em disparada. O impacto foi tão forte que as duas foram arremessadas por aproximadamente 50 metros. Elas sofreram múltiplas fraturas e não resistiram aos ferimentos, segundo informou o Corpo de Bombeiros.

O motorista foi identificado como Brendo dos Santos Sampaio, estudante de Direito, que alegou em depoimento que o semáforo estaria verde para os veículos no momento do atropelamento. No entanto, as imagens obtidas pela polícia e testemunhas indicam que o sinal estava amarelo, o que exigiria do condutor maior atenção e redução de velocidade.

Mais grave ainda é a suspeita de que Brendo participava de um racha no momento do acidente. Uma testemunha relatou à polícia que um Chevrolet Onix branco trafegava em alta velocidade ao lado do carro de Brendo. A Polícia Civil investiga a participação do outro veículo na corrida ilegal.

Segundo a delegada Kelly Sacchetto, da Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, Brendo já acumulava 12 infrações de trânsito por excesso de velocidade, e sua habilitação estava prestes a ser suspensa, o que reforça o perfil de “motorista imprudente”, nas palavras da autoridade policial.

Apesar do histórico e da gravidade do acidente, o teste do bafômetro realizado em Brendo deu negativo para ingestão de álcool. Ainda assim, ele foi preso em flagrante por homicídio e teve sua prisão convertida em preventiva na tarde de quinta-feira (10) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Em nota, a defesa de Brendo — representada pelos advogados Thalita Beserra, Francisco Ferreira e Thaís Vianna — classificou o caso como uma "fatalidade", alegando que as vítimas teriam atravessado a via com o semáforo fechado para pedestres. Afirmam ainda que o motorista prestou socorro.

A tragédia reacende o debate sobre rachas urbanos, fiscalização do trânsito e a reincidência de motoristas com histórico de infrações graves. Isabelli e Isabela foram enterradas nesta quinta sob forte comoção e revolta da comunidade local.

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