No dia 18 de abril, às 19h, a tradicional encenação da Paixão de Cristo volta a emocionar o público nas ruas do bairro de Canudos. Com 42 anos de história, o espetáculo gratuito é promovido pela Comunidade Santo Agostinho da Aldeia e envolve mais de 200 pessoas entre elenco e produção.
O tema deste ano, “Paixão de Belém, Paixão pela Vida”, promete sensibilizar o público com reflexões sobre fé, amor e os desafios da Amazônia.
A expectativa é grande entre os moradores e artistas, que se preparam há meses para levar arte, espiritualidade e emoção às ruas.
REPORTAGEM: AMANDA MARTINS
FILMAGEM: Cláudio Pinheiro
O tema deste ano, “Paixão de Belém, Paixão pela Vida”, promete sensibilizar o público com reflexões sobre fé, amor e os desafios da Amazônia.
A expectativa é grande entre os moradores e artistas, que se preparam há meses para levar arte, espiritualidade e emoção às ruas.
REPORTAGEM: AMANDA MARTINS
FILMAGEM: Cláudio Pinheiro
Categoria
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CriatividadeTranscrição
00:0042 anos que eu estou tomando frente, né, e eu revivo cada momento, cada ano, cada pessoa que entra, que sai, né,
00:09e são momentos, assim, muito diferentes, né, momentos, assim, que a história é a mesma, mas as regras vão se transformando
00:17e a gente vai acompanhando, também fazendo com que cada temático da comunidade a gente vai se colocar na rua, né,
00:26por meio das cenas, por meio de dramatização, de campo, por meio de dança, a gente tem uma, muitos vendedores,
00:37que já vêm pra cá, pessoas que normalmente vêm vender as coisas e também elas começam a existir, né,
00:42então, cenas já aconteceram, tipo, uma senhora teve um ano de trabalho, um copo com água, e parou uma cena,
00:51ela indo para o Cristo, um outro ano, uma outra, ela entregou, ela fez uma coroa e procurou que a gente estava usando lá do Cristo,
01:00mas aquela que ela fez, que ela achava que era melhor pra ir no meio da rua, entendeu, cadeirantes,
01:05pessoas que realmente a gente falou, fazendo um cortejo, e essa emoção, assim, ela é de forma, assim, generalizada mesmo,
01:13as pessoas começam a, realmente, reviver uma história que já conhece, mas o sistema já funciona com isso.
01:20Um preparo que já, ele se arrasta durante um ano inteiro, né, a gente vem numa série de filmagens,
01:26desde os textos bíblicos, músicas, personagens novos, os próprios temas da campanha da fraternidade, né,
01:35é um debruçar que vem lá antes, de começar, realmente, a chamar todo mundo pro trabalho.
01:41Mas, mais precisamente, o trabalho que começa ali por outubro, novembro, dezembro,
01:48é, esse tipo de preparação, debruça, quando é janeiro, são as primeiras oficinas em que a gente chama,
01:54né, pra participar desse livro do trabalho.
01:57O próximo Paixão de Cristo deles, que é uma cidade de forma atributa, né,
02:01é, a gente tem participado da Baixão dos Capuchinhos, fiz na Basílica também, é,
02:07só que aqui é diferente, aqui eu consigo sentir uma energia de polimento grandiosa,
02:12e é o que me faz permanecer e continuar nesse processo.
02:15É muito emocionante, tem que segurar pra não esperar,
02:18eu sou uma pessoa que, eu sou muito fã da cultura histórica, que é Jesus, a vida de Nazaré,
02:23todo o ato revolucionário que ele propôs na humanidade,
02:26e é muito emocionante estar fazendo ele, e é uma emoção que, às vezes, você tem que compter,
02:32porque tem cenas que você não pode se emocionar, você tem que compter,
02:37pra que, no momento certo, você consiga se emocionar.
02:40São momentos ali, onde Jesus, ele é humilhado,
02:44onde um ser humano, ele é colocado a resistência de um corpo, de um humano à prova,
02:48a prova de, ele vai apanhar, ele vai ser humilhado com cuspidas,
02:55atos físicos, palavras, então, pra mim é muito difícil isso.
03:00Eu tenho uma troca muito grande com os meninos que fazem soldados,
03:04e essa troca faz com que a gente tenha liberdade pra trabalhar e se emocionar um do outro.
03:09Tanto a provocação da parte minha, do meu corpo, né,
03:14quanto a provocação da parte deles.
03:15E, pra mim, são algumas cenas mais difíceis, onde eu consigo me emocionar mais,
03:20onde eu consigo sentir uma dor realmente muito forte,
03:22como se fosse realmente um personagem.
03:24Lógico, eu não vou sentir exatamente como um personagem,
03:27mas é um processo que eu consigo sentir minimamente.
03:30Como é que o personagem se sente?
03:32Vem a ser emocional, porque é uma história que, por mais que você venha pra cá e você diga,
03:37eu não vou chorar, é inevitável.
03:39Algum tipo de emoção que você vai sentir,
03:41em alguma cena, em algum momento específico, você vai se sentir emocional.
03:45Obrigado.
03:46Obrigado.
03:47Obrigado.
03:48Obrigado.
03:49Obrigado.