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  • há 5 dias

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Transcrição
00:01Dando continuidade ao depoimento de Jaelson, aqui na presença do seu advogado, diga o nome do senhor, doutor, por favor.
00:07José Oliveira, 4583, ABPL.
00:12Certo, então, a partir do momento que vocês pressionaram a Eduarda...
00:16Não, pressionaram não, a gente perguntou.
00:18A gente perguntou, né, foi uma conversa, a gente botou ela assim, como conversar, diga a verdade,
00:25não, só que é a verdade, que até pro advogado ia ajudar, ele tem que saber a verdade.
00:31A verdade.
00:32Aí foi quando ela deu a última versão, que levou até o corpo de sua filha.
00:38Foi isso? Pronto, me fala como foi.
00:41Ela falou assim...
00:42Você estava onde na hora?
00:43Na casa do meu tio.
00:45Que mora vizinho dela?
00:46Não, lá de baixo, que é o aluado.
00:49Tá.
00:49Aí ela falou assim, eu perguntei assim, Eduarda, nossa filha tá morta?
00:55Ela falou, tá.
00:57Aí eu já saí chorando.
01:00Aí ela ficou conversando com o doutor, com as coisas do doutor,
01:04me mostrou aí, onde é que ela tá?
01:06Aí ela sem querer dizer, onde é que ela tá?
01:08Aí ela falou assim, tá em casa.
01:11Pô, eu tô.
01:12Tá em casa.
01:14Aí foi na hora que a gente pegou o carro e subimos lá.
01:19Aí chegaram na sua casa.
01:20Chegamos na nossa casa lá.
01:22Não tinha ninguém que dormiu na sua casa, não?
01:24Ontem?
01:25Não.
01:25Sei.
01:26Vim na nossa casa, abriu o portão, abriu a porta, ela entrou, ela parou na sala e ficou
01:33olhando pro sofá.
01:34Aí nós até achamos que tava no sofá.
01:37Aí nós levantamos o sofá e não tinha nada no sofá.
01:41Aí então ela, sem falar nada, seguiu pra cozinha.
01:46Aí chegou de frente a porta, ela parou um pouco, abriu a porta da cozinha, saiu pra fora.
01:53Aí ela fez assim e a comida fica desse lado.
02:00Aí a gente fez assim e ficou olhando pra comida.
02:01Foi onde a gente suspeitou que poderia estar ali.
02:04Aí a gente começou, quando começou a abrir, que abriu o compartimento que ficava,
02:11tava sentado, todo limpei, tava sentado, sabão em pó, tava tudo assim, fidelizinho, certinho.
02:17E o corpo tava por trás dos produtos.
02:20Quando eu abri, que abri a porta, já sentiu o mau cheiro.
02:27Aí eu fiz assim com os produtos, pra ali ter a visão.
02:33Fiz assim, aí eu virava.
02:35Agora saí do espelho.
02:37O que foi que você viu?
02:38Eu vi uma mochilinhazinha preta.
02:41Sacou plástico?
02:41Sim.
02:42Com um moldor.
02:45Você mexeu, tirou do local?
02:46Não.
02:47Já saí chorando.
02:49Aí vim direto pra aqui, pra CISP.
02:52Alguém que tava lá, moveu esse saquinho pra outros locais, outros cômodos da casa?
02:58Não, só esperaram.
02:59Quem morreu lá foi o policial...
03:02O colega.
03:03Acho que é PC.
03:04PC foi o que tirou.
03:07Tirou do armário e botou onde?
03:09Acho que quando eu...
03:10Depois eu fiquei aqui e pedi pra eu olhar a minha filha.
03:12Eu nunca tinha visto ela, você sabe.
03:14Eu nunca tinha visto pessoalmente.
03:15Ó, eu pedi pra eu olhar.
03:16Quando eu cheguei lá, ela tava em cima da pia.
03:19Certo.
03:20E quando você tava lá, alguém tirou o saco plástico com o corpo de sua filha e colocou
03:26ele no chão da cozinha?
03:28Não.
03:29Que eu vim, não.
03:31Alguém tirou o saco plástico do armário e colocou no chão do quarto?
03:36Que eu vim, não.
03:38Certo.
03:39Eu só vi...
03:40Eu nem sabia que ela tava lá no seu fechamento de casa.
03:43Só vi lá.
03:44A única vez que eu vi minha filha foi hoje lá dentro do quarto de método.
03:48Certo.
03:49Ela confessou pra você qual foi a verdade sobre realmente o que aconteceu?
03:55Ela falou pra mim, ela falou isso.
03:56Ela não falou...
03:57Falou três...
03:59Três...
04:00Três...
04:01Vamos falar assim...
04:01Três verdades.
04:03Mas a derradeira?
04:04A derradeira que ela falou pra mim que tava...
04:07A primeira falou que tava amamentando e...
04:10Dormiu, a menina ficou entalada.
04:14Aí depois ela falou que...
04:16Passou por cima da menina.
04:20E depois ela falou que coisou com o travesseiro.
04:24Coisou com o travesseiro como?
04:26Assim, eu acho que...
04:27Dormindo, passou por cima da menina com o travesseiro.
04:30Ah...
04:30Foi a única coisa que ela sabia.
04:33Foi a única coisa que eu falei com ela.
04:36Certo.
04:36Ela falou aqui que havia sufocado a menina com a almofada do sofá.
04:42Ela não falou isso pra mim.
04:43Por isso que as almofadas foram apreendidas, tá?
04:47Certo.
04:50Apreensão.
04:52Ela não falou não.
04:54Ela falou no travesseiro.
04:57Você sabe se ela falou...
04:58Se colocou sua filha na geladeira?
05:02Não.
05:02Eu não abri o compartimento de cima da geladeira, não.
05:05Se colocou em outro local antes de colocar nesse armário?
05:09Não.
05:10Você tá ciente que a polícia, o bombeiro, os cachorros...
05:14O farejador fizeram buscas na sua casa na tarde de ontem.
05:18Eu tava até aqui na CISP na hora que eu tava na busca lá.
05:21Mas depois você foi até o local, né?
05:23Pra cá, fui.
05:24Pra o pessoal finalizar essas buscas.
05:27E aí...
05:30Ninguém encontrou esse corpo, né?
05:31Não, foi.
05:32E você foi...
05:35Falaram que você tava numa caixa d'água...
05:38Sim, eu...
05:39Em cima do escado, olhando numa caixa d'água.
05:41Quando eu saí daqui, eu tava...
05:43Já tava apavorado.
05:45Aí eu olhei assim pra caixa d'água.
05:48Aí eu coloquei a escada do lado esquerdo.
05:51Aí eu olhei a caixa d'água até do vizinho.
05:53Olhei...
05:53Mas a caixa d'água tava até...
05:56Praticamente seca.
05:58Aí eu desci até...
05:59Desci na casa...
05:59Desci na casa, dizendo...
06:00Meu Deus!
06:01Onde é que tá a minha filha nesse momento?
06:03Aí foi na hora que eu desci...
06:05Tomei banho...
06:06E...
06:07Meu tio trancou a porta da casa...
06:11E aí fomos embora...
06:12Pra casa da minha mãe.
06:13Esse local é muito próximo de onde o corpo tava.
06:16Aqui você disse que abrir a porta já sentiu o odor forte.
06:20Mas eu abri a porta do compartimento.
06:22Do compartimento, isso.
06:23Você abriu a porta da comoda ou você viu, né?
06:25Quer dizer, você já sentiu o cheiro.
06:29Você encontrou esse corpo ontem na caixa d'água?
06:34Não.
06:35Você afirma que encontrou o corpo hoje...
06:37Hoje.
06:38Na presença do doutor e todo o que tava lá.
06:42Você acha que a sua sogra ajudou a sua companheira a esconder esse corpo?
06:48Eu não posso julgar.
06:51Também não posso defender.
06:53Você acha que sim ou que não?
06:59Rapaz...
07:03A senhora me botou numa...
07:05Entrago com a espada.
07:07Porque se eu falar que sim, eu tenho que provar.
07:10Não, não.
07:10Você fala que sim.
07:10O que você acha?
07:12Você, como pai, como companheiro...
07:16Sua intuição, seu coração.
07:17O que você acha?
07:18Que sim ou que não?
07:19Que ela ajudou a Eduarda a esconder o corpo da sua filha ou a mim?
07:22Tem que participar de tudo, né?
07:26Sim ou não?
07:28Você não vai ser responsabilizado pelo que você falou aqui, não.
07:31Em relação a isso.
07:34Rapaz, provavelmente, eu acho que pode ter sido.
07:38Só que eu não tô julgando ninguém, sabe?
07:40Eu acho que não entendo.
07:41Porque...
07:42Você dormiu na sua casa.
07:48Você chegou quando?
07:49Você tava viajando de São Paulo, tava em São Paulo, né?
07:52É.
07:53Quando a sua filha desapareceu.
07:55Isso.
07:56Você não chegou nem a conhecer a sua filha, né?
07:58Não, nunca vi...
07:58A primeira vez que eu vi ela, pessoalmente, foi hoje.
08:00Na hora que o M&L tava colocando ela no plástico.
08:02Já sem vida, né?
08:03Já sem vida.
08:03E aí, quando você chegou no sábado de madrugada?
08:09Madrugada.
08:10Às três horas da manhã.
08:11Três horas da manhã.
08:12Você foi pra sua casa?
08:13Na minha casa.
08:14Você dormiu na sua casa?
08:16Na minha cama.
08:16Com a sua filha morta dentro do armário?
08:20Certo.
08:21Por que se ela tá no armário desde daquele dia?
08:25Ela já tava lá no...
08:28Onde ela foi encontrada, né?
08:29Porque tem o armário da comida, a gente fica na sala.
08:33No armário lá da área de serviço.
08:34Onde ela foi encontrada?
08:35Sim, sim.
08:37Você dormiu lá nas...
08:38Eu dormi no meu quarto.
08:39Eu só fui chegar em casa nesse dia nem muito meio.
08:43Só fui pro quarto.
08:45Você dormiu lá no sábado?
08:46Dormi não.
08:48Passei o resto da madrugada ali no caso.
08:50Desde casa.
08:50Sim.
08:51Mas na noite do sábado?
08:54Vocês dormiram lá?
08:56Mas ela foi de tarde, né?
08:58Sim, mas dormiu lá.
08:59Dormi em casa.
08:59Independente do horário.
09:00Dormi em casa.
09:01No domingo?
09:03No domingo.
09:05Porque a gente foi lá e o Eduardo tava lá.
09:08Dormi em casa.
09:10Na segunda, ontem?
09:12Ontem não.
09:12Ontem você não dormiu em casa, não.
09:15Ontem quando ela foi pro hospital, eu fui em casa, tomei um banho,
09:19levei meu filho de banheiro, juntamente com meu primo, meu tio e meu outro primo.
09:26E quando eu acabei de dormir.
09:29Pronto.
09:30Então, você acredita que tendo dormido ali de sexta, você chegou sexta?
09:35Sexta não.
09:36É.
09:37Você saiu daquela delegacia e veio pra...
09:38Era sábado, né?
09:39No caso.
09:40Virada, né?
09:40É.
09:41Mas dormiu lá.
09:41É.
09:41Qual a possibilidade de...
09:45Você acredita que o corpo poderia estar ali naquele local?
09:48O doutor, assim...
09:49Você dormiu sexta, dormiu sábado e dormiu domingo.
09:51Assim, pode estar agora...
09:56Assim, pela lógica, era pra estar...
09:59É, não tenho certeza que esse corpo tava lá, porque o companheirador andou tudo lá ontem.
10:06Né?
10:06Não é verdade?
10:09E quem possa ter auxiliado pra botar esse corpo lá, você vai...
10:12Eu não faço a mínima ideia.
10:13E se tiver mais alguém envolvido, a gente tem que descobrir quem é.
10:24Você acha que a sua companheira tem a capacidade de fazer sozinha, de sustentar durante tantos
10:30dias, sem a ajuda de ninguém?
10:32Rapaz, eu conheci aquela menina por volta de 2015.
10:38Então, era tudo novo aí.
10:39Eu acho que ela tinha o quê?
10:40Tinha por volta de 12 anos, tinha por volta de 15 anos, né?
10:43A gente começou a não namorar, era amizade, começou a se conhecer, eu morava no sítio,
10:47eu morava no aguardo.
10:49Negócio de criança, praticamente.
10:51Aí, quando ela fez 15 anos, foi que a gente começou a namorar.
10:56Até o dato de hoje, eu não acreditava, não.
11:00E surgiu um comentário nas redes sociais que você teria um amante.
11:04Procede?
11:05Não.
11:07E surgiu outro comentário de que a Ana Beatriz não fosse sua filha.
11:11Fosse de um outro relacionamento que ela teve enquanto você estava viajando.
11:16Só que ela estava viajando comigo.
11:18Mas foi analisado, foi levantada as hipóteses dentro da casa de vocês?
11:23Não.
11:23Que a Ana Beatriz poderia não ser sua filha?
11:26Não.
11:26Falando que ela também não estava muito satisfeita com você ter viajado e ter deixado
11:30Isso, isso que é verdade.
11:32Grávida, né?
11:33Porque ela engravidou lá em São Paulo.
11:36Ela foi no meio de setembro.
11:37Ela estava, no dia 23 de setembro, ela estava apertando dois meses de grávida.
11:41Ela veio embora, porque eu lá, para ela fazer pré-natal, eu tinha que ir para a Presidente
11:46do Dente.
11:48Fazer pré-natal em Presidente do Dente.
11:49Ficava longe da minha residência lá e de um gol para trabalho.
11:53Aí eu trabalhei 12 horas, não tinha como quando chegasse e levar ela.
11:56Se eu estivesse pela noite, eu passava a noite, eu ia ir trabalhando.
11:59Eu tinha que descansar para pegar a noite de novo.
12:01Aí não tinha como.
12:02E aí por isso que eu optei em mandar ela para cá, porque aqui tudo era mais acessível
12:09para ela.
12:11Aí quando foi, eu fiquei lá em São Paulo.
12:14Fiquei lá, Terno na Safra.
12:15Quando foi no dia 21 de dezembro, eu cheguei aqui.
12:23Mas aí você foi embora de novo?
12:24Porque quando eu só fui lá de novo, você não estava aqui.
12:27Foi, em dezembro eu fiquei o resto de dezembro.
12:30Quando foi no dia 5 de janeiro, eu comecei a trabalhar novamente.
12:34A gente fazia 24 horas.
12:36Aí no dia 22 de fevereiro, foi que parou o serviço daqui da Alcântara da Marília.
12:43Aí parou.
12:45Aí fiquei de 22 de janeiro até 10 de março em casa.
12:51Esse foi o período que eu fiquei em casa.
12:54Certo.
12:55Tem mais alguma coisa para acrescentar, o que você acha importante?
13:00Só que eu nunca pensei que eu ia passar a polícia.
13:04Nada mais disso, nem foi perguntado, nem saiu o presente inteiro.

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