A Corregedoria da Polícia Militar indiciou 16 policiais envolvidos no caso do empresário Rogério Gritzbach, que foi morto em 2024 após ter delatado integrantes do PCC. Os agentes são acusados de crimes como organização criminosa, falsidade ideológica e envolvimento em um grupo voltado à prática da violência.
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NotíciasTranscrição
00:00E a Corregedoria da Polícia Militar concluiu o inquérito que apurava a participação de policiais na escolta ilegal e no assassinato do delator do PCC, Vinícius Gritzbach.
00:10O pessoal da rádio vai para um rápido intervalo, daqui a pouco espero vocês.
00:13Nas outras plataformas continuamos e vamos ouvir então o Misael Mainete.
00:18Quantos agentes foram indiciados, Misael?
00:20A novidade, 16 policiais militares indiciados por meio desse inquérito produzido pela Corregedoria da Polícia Militar.
00:32Muito boa tarde para você, Evandro, para todo mundo que acompanha o 13.1.
00:35Nós confirmamos isso com uma fonte nossa.
00:38A Corregedoria produziu esse inquérito e indicou 16 policiais.
00:43Os crimes, 12 deles vão ser indiciados por organização criminosa, um por falsidade ideológica e prevaricação e outros três por organização voltada à prática da violência.
00:56E nesse inquérito, a Corregedoria da Polícia Militar também pede já a manutenção da prisão preventiva de vários desses policiais militares.
01:06Nós procuramos a Secretaria de Segurança Pública para confirmar esse indiciamento de 16 PMs, mas a SSP não respondeu exatamente sobre essa novidade.
01:17Se limitou a dizer que através do inquérito da Corregedoria da PM, eles prenderam 17 pessoas e que através do inquérito da Polícia Civil, 8 pessoas foram indiciadas.
01:30Mas a novidade que a gente tem com fontes que estão aí no meio desse caso bem de frente, esse caso são 16 novos policiais militares que tinham alguma atividade ilícita com o Vinícius Gritzbach,
01:43que foi assassinado em novembro de 2024, dias depois de ele ter relatado ali para o Ministério Público, num depoimento oficial, na delação premiada,
01:54relatado como funcionava a organização criminosa do PCC.
01:58A gente continua acompanhando o envolvimento de tantos agentes públicos, policiais militares, neste caso com o crime organizado.
02:07Evandro.
02:08Muito obrigado pelas informações, viu, Misael Mainete? Bom trabalho para você.
02:11Estamos falando aí de 16 policiais, então, que agora recebem essa indicação, esse indiciamento da Corregedoria da Polícia Militar.
02:19Obviamente que para haver uma atuação é preciso haver corrupção daqueles que hoje lidariam com a segurança.
02:24Como é que você avalia a quantidade de gente e o desafio que isso traz também para quem cuida da segurança pública aqui no Estado de São Paulo,
02:33para o próprio governo de São Paulo, para o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite,
02:39porque é preciso haver agora um olhar, uma fiscalização muito maior sobre a possibilidade e a atuação de policiais que,
02:46em vez de protegerem a sociedade, estariam lidando com o crime organizado.
02:50Evandro, eu bato muito numa tecla aqui, né, de que o crime está muito ligado à impunidade no Brasil.
02:58Essa impunidade, ela poderia estar ligada porque as leis são fracas, porque o entendimento dos juízes é de um abrandamento penal,
03:07enfim, contaminados por questões ideológicas, mas também a impunidade é muito grande por conta da corrupção.
03:16E aí a gente está falando de uma corrupção tanto dentro da corporação, da polícia, quanto também do poder judiciário.
03:25A gente viu escândalos aí de vendas de sentença no Estado do Mato Grosso.
03:30Então é muito difícil a gente ter políticas mais efetivas de segurança pública quando a corporação também está contaminada pela corrupção.
03:40Agora, é claro que é uma minoria.
03:42Exatamente, isso que a gente precisa reforçar.
03:44Não dá para generalizar, pessoal.
03:47Não dá para colocar na conta da polícia como um todo casos de policiais que acabaram cedendo a corrupção para auxiliar o crime organizado
03:54e que agora estão sendo indiciados e devem ser punidos.
03:57Exatamente.
03:58É uma minoria.
03:59Só que essa minoria tem o poder de um estrago muito grande.
04:04Então esse que é o grande problema e a gente tem que lutar contra isso justamente senão a própria população acaba sendo penalizada.
04:11Sim, é muito interessante essa sua análise, o quanto de fato uma minoria em termos de números é capaz de manchar uma corporação como um todo.
04:19Como é que você avalia isso e o desafio que isso traz também para as autoridades públicas, hein, Felipe Monteiro?
04:25Que tipo de processo que deve ser feito para que boa parte da corporação também não receba, digamos, uma punição da sociedade por conta de alguns que decidiram se corromper?
04:38Essa é uma boa pergunta, Cine.
04:40Mas esse caso do Gritzbach, na minha opinião, ele retrata e reforça a falência do sistema de segurança pública no Brasil.
04:46Primeiro que o Gritzbach, ele fez delação premiada, delatando vários policiais e delatando membro do PCC.
04:53Sim.
04:53E o Gritzbach não teve o apoio e a segurança do Estado, né, porque o Gritzbach não queria.
04:58Uma pessoa que delata membros da polícia e do PCC pode ter a faculdade, né, de ter a escolta policial oficial ou não.
05:08Esse é o primeiro ponto.
05:09Porque ele jogou merda no ventilador.
05:11Exatamente.
05:11O segundo ponto que mostra o absurdo, né, é a ligação do policial civil e militar, como o Gritzbach bem disse aqui, que é minoria, mas tem a condição de fazer um estrago muito grande na sociedade, porque a polícia tem que proteger a sociedade.
05:24A partir do momento que ela é corrompida pelo crime organizado, o dano é muito grande, né, você vê nesse caso a ligação do PCC com a polícia, né, mostrando que a organização criminosa está incutida dentro de todos os poderes.
05:36Está discutindo no poder executivo, na polícia civil, no poder legislativo, no poder judiciário.
05:41Então a briga contra o crime organizado passa também por mais gerência e mais compliance, mais integridade em todos esses órgãos.
05:51Agora, tua pergunta boa, né, como que eu faço que a população seja protegida contra esses maus policiais e faça a população enxergar que a polícia é efetiva e é honesta e é correta na sua maioria?
06:03Na minha opinião, tem que ter mais integridade, tem que ter mais avaliação de policiais, tem que ter uma ouvidoria muito mais eficiente que receba denúncias do público, tem que ter processos administrativos internos que tirem esses péssimos policiais, né, e separem dos bons policiais.
06:21Então nós temos que repensar toda a gerência e gestão da polícia civil, militar, federal, em todos os estados da federação.
06:30Mas não dá pra gente deixar que a polícia que tem o poder, né, de usar a força, né, e tem o mandato da população pra exercer a força física, seja vítima, né, do PCC e seja aglutinada pelo crime organizado em geral.
06:48Fala, Segreia.
06:50Eu vejo que tem duas metodologias para convencer, convencer alguém a fazer o que o crime organizado quer.
06:58Uma seria efetivamente oferecer dinheiro, oferecer algum benefício, alguma coisa pecuniária.
07:04Então a pessoa se corrompe para o seu benefício pessoal, familiar, o que seja.
07:11Mas tem uma outra que, o outro dia, não me lembro qual é a cidade do Rio de Janeiro, em que veio uma pessoa e falou,
07:18eu era vereador dessa cidade, sobre dez vereadores, tinham três que eram do crime organizado.
07:25Falei, caramba, já sabiam?
07:26Sim, sabíamos que era do crime organizado.
07:28Mas aí, inocentemente, eu falei, mas não era maioria, né?
07:34Aí ela respondeu, não precisa.
07:36Porque vem a pessoa e fala, olha, fulano, eu sei onde teu filho está estudando.
07:41E quando a gente vê, por exemplo, juízes que liberam narcotraficantes,
07:47juízes também que deixam ir embora, pessoas claramente com problemas judiciais,
07:53a priori, a gente pensa, é corrupto.
07:57Mas muitas vezes tem ameaças por trás que fazem que essa pessoa,
08:01e não é uma justificativa de jeito nenhum, mas é uma realidade que a gente deve ponderar também.
08:06Então, quando a polícia, nesse caso, que tem a obrigação moral, institucional e constitucional
08:13de nos defender, nos cuidar, não está fazendo o seu trabalho,
08:17não podemos olhar para o lado imaginando que seja apenas porque está corrompido.
08:22Tem muita extorsão no meio, e hoje o crime organizado está muito mais organizado que o Estado,
08:28que não tem muita organização, não.
08:30Então, é uma realidade que é um desafio para que o curto prazo, alguém,
08:35eu não sei, imagino que seja o Legislativo, junto com o Judiciário e o Poder Executivo,
08:40deverão resolver para que isso não se agrave.
08:43Hoje em dia, sair à noite, em qualquer lugar da rua, é um risco de morte.
08:48Isso não pode ser. Nós não podemos nos acostumar com essa realidade.
08:51É verdade, Segré. Eu quero ouvir a tua análise também, Zé.
08:57Olha só, há tempos atrás, o Pequeno Príncipe, era o livro assim chamado das Missas,
09:02que era fácil leitura e todo mundo lia.
09:04Mas lá existem lições que a gente leva para a vida inteira.
09:08Era um planeta pequeno em que ele tinha que erradicar os baobás,
09:13arrancar as sementes e as plantinhas.
09:15Porque o baobá, ele cresce, fica muito grande, é a maior árvore do mundo.
09:22Aí ele dizia que você tem que arrancar a semente,
09:26porque quando um baobá é uma plantinha, aí uma ovelha chega e come, pronto.
09:30Mas se crescer, nenhuma manada de elefantes pode derrubar um baobá.
09:35Por que eu estou dizendo isso?
09:36É porque deixaram as facções criminosas crescerem no país.
09:41Senhores, não é fácil.
09:44Estão enraizadas e cada vez mais.
09:47A gente vê a habilidade deles de esconder dinheiro.
09:51Esconder dinheiro não é coisa fácil, não.
09:53Eu tenho uma frase, não há nada no mundo mais difícil de esconder do que dinheiro.
09:57Eles têm a habilidade de esconder dinheiro,
09:59porque estão ganhando muito dinheiro em vários pontos, em várias ações.
10:02Então, assim, as facções criminosas cresceram, está difícil.
10:07Entraram na política, tem representante na Câmara.
10:10Nessas últimas eleições me disseram em vários municípios que existem
10:15vereadores eleitos e até prefeitos pelo Brasil inteiro.
10:18Está crescendo, então é preciso.
10:20Esta ação, esta ação de eliminar um delator em pleno aeroporto internacional,
10:28isso demonstra uma força que a gente nem imaginava.
10:34Por mais que a gente soubesse que elas eram fortes,
10:37ninguém poderia imaginar uma ousadia dessa.
10:42E tinha mesmo, sob o comando do capitão Derrite,
10:46de ser descoberto isso aí e de ser colocado às barras da justiça, todos.
10:52Acabou aquela inocência de um policial fazer bico de segurança para um bicheiro,
10:59para alguém que anda ali entre o bem e o mal, acabou.
11:05O profissionalismo tem que entrar na polícia.
11:08A polícia é um posicionamento muito sério,
11:10detém o monopólio da violência garantida pela Constituição.
11:14Então, assim, tem que acabar com essa possibilidade de fazer bico,
11:19de fazer segurança a bandidos ou a pessoas que estejam ameaçadas.
11:24Policial tem que ser policial.
11:27Lá atrás, o Lúcio Flávio falou, né?
11:30Polícia é polícia, bandido é bandido.
11:32Quando ele viu, num certo momento, que havia uma mistura nisso.
11:35Então, assim, chegou o momento da Corregedoria atuar e separar um do outro.
11:41Polícia é polícia, bandido é bandido.
11:43José, eu quero até aproveitar.