Com foco em esporte e inclusão, a Nossa Arena cresceu 235% em 2024 e faturou R$ 2,23 milhões. No quadro Empreender, a fundadora do espaço, Júlia Vergueiro, revela como escuta ativa, inovação e impacto social ajudaram a criar um modelo de negócio escalável e desejado em várias cidades.
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Fazer algum tipo de esporte para mulheres da comunidade LGBT+, pode ser um desafio.
00:12Já parou para pensar nisso?
00:14Muitas delas podem se sentir desconfortáveis ou até intimidadas na hora de praticar as atividades físicas.
00:20Atualmente existem espaços exclusivos para esse grupo de pessoas.
00:26E é o caso da Nossa Arena. Vamos entender como surgiu a ideia de abrir essa arena, que só em 2024 cresceu mais de 235%.
00:35A gente conversa agora com a Júlia Vergueiro, que é a sócia fundadora da Nossa Arena e participa ao vivo do Money Times.
00:40Prazer te receber aqui. Seja bem-vinda ao Times Brasil.
00:45Ô Júlia, como é que surgiu então essa ideia de criar a Nossa Arena, um espaço dedicado ao esporte feminino e à comunidade LGBT?
00:53Como é que foi esse comecinho?
00:54É, na verdade a história começa um pouco mais pra trás, né?
00:57A gente abriu em 2021, mas eu já tinha uma escola de futebol feminino desde 2011.
01:04E a gente sempre buscava espaço que a gente pudesse ter esse ambiente seguro para as meninas e mulheres praticarem futebol.
01:12Mas sempre com aquela sensação de onde a gente ia, a gente não era as protagonistas, a gente estava quase que invadindo um espaço que não era nosso.
01:19Intruso, né?
01:21Exatamente. Acho que a gente foi proibidas, né?
01:24A época que o futebol e outras modalidades foram proibidas para as mulheres no Brasil, para...
01:29Agora pode, mas não é exatamente o seu lugar, para agora as anfitriãs da festa, né?
01:34Então a gente ter um lugar onde realmente a gente consegue ser as protagonistas, convidar as pessoas, que é todo mundo, né?
01:40A ideia não é ser um espaço excludente, sim inclusivo, para que essas mulheres possam ter o seu ambiente seguro e também receber pessoas.
01:50E aí não só mulheres cis, mas mulheres e homens trans também, que também é uma comunidade que participa bastante da Nossa Arena.
01:57Que legal. Ô, Júlia, e eu comecei com um número que é bem impactante, né?
02:01Falando de um crescimento de 235%, só no último ano, correto?
02:06Exato.
02:06E vocês alcançaram, então, uma receita de 2,23 milhões de reais.
02:11A que você atribui isso? Quais foram os principais fatores para esse crescimento tão robusto e acelerado?
02:16Eu acho que a gente criou um negócio muito inovador, né?
02:20Ninguém... E quando a gente começou a desenhar a nossa arena, falar com alguns parceiros, muita gente questionou e teve dúvida se de fato aquilo ia dar certo, né?
02:29Porque como assim você vai criar uma arena só para mulheres? Isso não existe.
02:33Tem tanto homem que joga, você vai perder público.
02:37E quando a gente realmente lançou e a gente uniu uma comunidade que existia, mas que não estava no mesmo lugar, a gente percebeu a potência que isso tinha.
02:45Então, esse crescimento foi muito orgânico e ele se deve, acho que não só ao trabalho da nossa arena, mas das pessoas e dos grupos que estão ali dentro, né?
02:54Porque tem ali o Joga Amiga, o Almey, o Pelado Real, os times que jogam lá, que quando elas crescem, a gente cresce junto.
03:02Então, é muito legal ver que organicamente está todo mundo conseguindo desenvolver esse papel de inclusão de outras pessoas no esporte.
03:08Talvez vocês tenham identificado uma dor, uma coisa que era um problema para muita gente e elas reconheciam,
03:14mas que talvez fosse para outras pessoas que não tinham nem notado isso, né?
03:19Com certeza.
03:20Esse incômodo, né?
03:21Eu acho que um público que para a gente foi muito, assim, uma surpresa, foram as mães de algumas meninas que jogavam futebol com a gente.
03:30Então, muitas mães, quando iam no treino, né, nesses outros espaços, só ficavam assistindo, ficavam lá, né, acompanhando,
03:36mas sem necessariamente fazer alguma coisa.
03:39E aí, quando a gente criou a arena, além dos campos de futebol, a gente tem cinco quadras de areia.
03:43E aí, elas são exatamente entre o espaço que você fica assistindo e o campo.
03:49E elas começaram a jogar beat tênis, vôlei de praia, futevôlei.
03:54Então, elas mesmas descobriram uma vontade de praticar esporte que elas achavam que elas não tinham mais.
04:00Ou, ah, não tenho habilidade, joguei só quando era criança.
04:03Então, acho que foi uma descoberta nossa como empreendedoras do público,
04:08mas das próprias pessoas de que, poxa, esse espaço também é para mim.
04:11Legal. Ô, Júlia, e para as pessoas que estão escutando, né, você falar e que queiram acolher, receber melhor essas pessoas, né,
04:20olhar para esses grupos LGBT, trans, como você falou também,
04:24o que você compartilharia, assim, que você acha que funcionou, do ponto de vista de vocês,
04:30para criar, de fato, um ambiente acolhedor e seguro?
04:34Do que a gente está falando na prática e que cria essa experiência positiva e impactante?
04:39Eu acho que uma das coisas mais importantes e que a gente vem aprendendo todos os dias,
04:44porque não é uma coisa que você faz, deu certo e aí não precisa fazer mais nada para mudar,
04:49é a escuta.
04:51Então, o tempo todo, eu falei aqui sobre esse crescimento orgânico, né,
04:55a gente na nossa arena se preocupa em escutar as pessoas que estão ali
04:58ou as pessoas que querem estar ali, mas ainda não se sentem seguras.
05:02Então, estar disponível para ouvir, de fato, o que que é segurança, o que que é acolhimento,
05:09o que que é diversidade, faz muita diferença.
05:12Acho que um exemplo muito claro na nossa arena foi um dos vestiários,
05:16a gente tinha dois vestiários femininos e um masculino,
05:19e aí a gente transformou um dos vestiários em vestiário não binário e hoje é um vestiário trans.
05:24Para mim, como mulher cis, isso nunca foi uma questão,
05:27para que que eu preciso de um vestiário com essa denominação?
05:31Mas, escutando as pessoas trans que estavam ali, naquele ambiente,
05:35a gente entendeu o quanto aquilo era um lugar de violência para essas pessoas,
05:39em vários ambientes.
05:41Tinha gente que jogava em outras quadras, campeonato,
05:43e vinha na nossa arena só para usar o banheiro, para você ter uma noção.
05:46Então, foi escutando e entendendo esse público que a gente percebeu, tá,
05:51segurança e acolhimento é sobre um banheiro dedicado,
05:54coisa que talvez a gente nunca tivesse imaginado.
05:56E, no fim das contas, a grande mensagem de escutar, né?
06:00De não achar que você sabe tudo, né?
06:04Muito importante isso.
06:05E o que você pode compartilhar com a gente em relação a planos de expansão, né?
06:09Para os próximos anos, porque vocês tiveram números muito, muito positivos
06:14e tenho certeza que pretendem manter esse ritmo de crescimento.
06:18Com certeza.
06:19A gente tem muita vontade de levar a nossa arena para outros estados, outras cidades.
06:23Existem até muitas pessoas que nos buscam, pedindo.
06:27Eu fui no Rio de Janeiro semana passada participar de um evento do Comitê Olímpico Brasileiro,
06:31e a gente sai do evento e já é...
06:34Meu Deus, a gente precisa de uma nossa arena aqui, seria muito importante.
06:37Então, existe um desejo, mas a gente sabe que tem um desafio muito grande,
06:41principalmente em relação a terreno, né?
06:43É difícil achar espaço, a nossa arena é um espaço grande.
06:46Então, vontade tem, mas a gente ainda não sabe quando e para onde que a gente vai conseguir expandir.
06:52Eu ia te perguntar exatamente de desafios para a gente finalizar.
06:55Você já falou que, então, terreno é um deles.
06:57O que mais?
06:58Acho que tem uma questão de percepção ainda da sociedade, da comunidade, de uma forma geral.
07:03de entender que vale a pena investir nesse mercado, de que sim, esse público existe.
07:10Então, muitas vezes a gente esbarra em desafios que a gente nem sabe que existem,
07:16que não chegam para a gente.
07:18Então, o pai e a mãe de uma menina que nem leva ela para um treino de futebol,
07:22porque acredita que aquele espaço não é ideal para a filha dele.
07:26Então, acho que a gente precisa que todo mundo entenda a relevância do esporte.
07:31A gente viu aqui o prêmio da Rebeca, né?
07:33Como isso inspira outras meninas e pessoas a praticarem,
07:38e como isso é um ganho educacional no fim do dia.
07:42E a gente precisa levar isso para esse lado.
07:44É sobre educação, é sobre inclusão, é sobre benefícios,
07:47e não sobre o que o esporte vai tirar dessa pessoa,
07:50ou o que ela vai, enfim, modificar, algo que, na verdade, acho que faz parte da gente.
07:55É, só traz coisa boa.
07:56Adorei saber mais da história da nossa arena,
07:59contada, então, pela Júlia Vergueiro,
08:00que é sócia fundadora desse projeto de uma arena esportiva inclusiva.
08:04Muito obrigada, viu, Júlia?
08:05Muito sucesso para vocês.
08:07Obrigada, está mais convidada a vir também jogar com a gente.
08:09Ah, legal, gostei da ideia.
08:11Obrigada mesmo, boa tarde.
08:13E esse foi o nosso quadro Empreender.
08:15Semana que vem tem mais, não perca!
08:20Empreender