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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alertou para os impactos da guerra tarifária entre grandes economias no crescimento global. Segundo ele, a desvalorização cambial decorrente desses conflitos pode elevar os preços de produtos básicos, como alimentos, e pressionar ainda mais a inflação. Galípolo também destacou os efeitos disso na economia brasileira.

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Transcrição
00:00O que é o seguinte, gente, eu quero falar sobre a participação do Gabriel Galípolo
00:03na Comissão de Assuntos Econômicos lá do Senado, porque primeiro ele mencionou que a guerra tarifária
00:09envolvendo os Estados Unidos e outros países, ela pode provocar uma redução do crescimento em todo o mundo.
00:17Ô Gustavo Segreia, como é que você avalia essa fala do Gabriel Galípolo e depois a gente vai avançar
00:21com mais informações ao vivo do André Anelli?
00:23Vamos primeiro ver a causa e o efeito. Concordo com ele no efeito, mas qual é a causa?
00:30É um problema de quem? A quem jogamos a culpa dessa desvalorização do real?
00:35Com certeza do governo, não tem outra explicação. Alguém pode falar, não, mas era pela eleição do Trump.
00:42Isso seria conjuntural e já teria que ter voltado nos padramentos anteriores, o que não aconteceu.
00:48E quando você coloca, por exemplo, uma questão fiscal como prioridade, e vou tomar o exemplo, a Argentina,
00:54a preocupação é agora, liberou o CEPO, qualquer um pode comprar ou vender, não tem mais esse dólar oficial,
01:00que é um dólar oficial que ninguém conseguia comprar, agora consegue.
01:03Pô, o dólar blue, o dólar paralelo, perdeu 16% do seu valor.
01:09E o dólar oficial, que em teoria, segundo alguns economistas, poderia chegar na banda mais alta,
01:141.400, está na banda mais baixa, 1.100.
01:17Então, isso mostra que quando o governo se compromete com a questão fiscal, todo o resto se acomoda.
01:25E aqui não foi feito dessa forma.
01:26Então, concordo com Galípolo.
01:28Tá, o diagnóstico está perfeito.
01:30Qualquer desvalorização do real, valorização do dólar, vai impactar na inflação.
01:35Todo mundo sabe disso.
01:36Não precisamos do presidente do Banco Central que nos conte isso.
01:39Mas e agora?
01:39O que o governo fez para corroborar que isso não se aplique na prática?
01:44Absolutamente nada.
01:45Não fez nada.
01:46Então, agora tem que arcar com a consequência.
01:485h49, quem nos acompanha pela rádio naquele último intervalo, daqui a pouco espero vocês.
01:53Nas outras plataformas, seguimos.
01:55O Gani, e essa guerra tarifária, o presidente do Banco Central tem razão ao dizer que ela vai
02:00ou deve desacelerar a economia do mundo inteiro?
02:03Tem, tem razão sim.
02:04Não só ele tem falado, mas como grandes economistas ligados à Wall Street, das grandes corretoras,
02:12bancos de investimento dos Estados Unidos, o próprio Fed falou isso categoricamente.
02:17Colocou uma grande preocupação em relação às tarifas.
02:22Os bancos centrais do mundo inteiro vão nesse sentido, dizendo que pode trazer mais inflação,
02:28traz uma incerteza muito grande e, claro, a desaceleração da economia global.
02:34E eu concordo absolutamente aqui com o que o Segret trouxe, pega uma carona no comentário
02:39dele, dizendo o seguinte, o Brasil tem uma grande oportunidade agora se, por exemplo,
02:44der uma sinalização concreta de um ajuste das contas públicas.
02:48Eu sei que o PP vai rolar no chão aqui, vai ter um ataque cardíaco no que eu vou falar,
02:53mas se fizesse aqui um ajuste das contas públicas, seria um momento que esse dólar naturalmente
03:00cairia, sinalizaria para o mundo que aqui é uma alternativa viável dos países emergentes
03:08e podendo capitalizar com um comércio mais ativo com a China e atrair uma série de investimentos
03:16lá de fora no meio desta briga comercial.
03:19O Brasil pode tirar proveito, mas para isso precisa ter a responsabilidade fiscal e parar
03:25com esse endividamento brutal.
03:27Felipe Monteiro.
03:29Felipe Monteiro, antes de você responder, eu vou aqui com o André Anelli, porque o Galípulo
03:32menciona também essa questão que já foi adiantada aqui pelo Gustavo Segret, sobre o impacto
03:39que isso poderia provocar, a queda, a desvalorização do real, impactar negativamente para a inflação
03:45de alimentos.
03:46Conta para a gente aí, Anelli.
03:47Bem-vindo.
03:49Obrigado novamente, Evandro.
03:52O que Gabriel Galípulo, presidente do Banco Central, acabou dizendo é que o agronegócio
03:57como um todo, mesmo que não totalmente, acaba dependendo então de alguns custos de produção
04:03que são dolarizados, como por exemplo os insumos.
04:07Aí por esses insumos se passam, por exemplo, rações, no caso da pecuária e no caso da agricultura,
04:14defensivos e fertilizantes.
04:16Por conta dessas questões, a desvalorização do real e consequentemente a valorização do dólar
04:23acabam impactando então nos custos de produção e aí por consequência também no preço dos alimentos.
04:30Foi o que disse o presidente do Banco Central na Comissão de Assuntos Econômicos aqui do Senado
04:35nessa terça-feira.
04:37O quanto que os custos estão ligados ao câmbio, a gente está vendo mesmo a agricultura familiar
04:42ou a agropecuária total, o quantos porcento tem diretamente ligado ao câmbio, o quanto
04:48que tem parcialmente ligado ao câmbio e não ligados ao câmbio, a gente vai ter alguma coisa
04:52ali entre 30% e 40%.
04:54Então estamos falando de 60%, 70% da produção de commodities e alimentos no país ligado
04:59diretamente ou com alguma correlação elevada com a taxa de câmbio.
05:03E aí a gente relembra que o índice de preços ao consumidor amplo, o IPCA, atingiu nos últimos
05:1112 meses 5,48% e justamente acima então ali do patamar estipulado pelo Banco Central de
05:19até 4,5% da inflação e puxado mais uma vez pelos alimentos.
05:24Houve uma alta de 1,17% em março, correspondendo agora a cerca de 45% do IPCA, os alimentos
05:33então puxando para cima essa alta na inflação.
05:36Evandro.
05:36Valeu, André Anelli, ótimo trabalho para você em Brasília.
05:39Fala, Felipe Monteiro.
05:41Hoje estava aqui coçando para falar.
05:43Por favor.
05:44Antes que o nosso programa chegue ao fim.
05:46Eu fico impressionado com esses economistas que ficam repetindo bordões completamente desatualizados
05:50sobre a economia.
05:51O problema do Brasil não tem nada a ver com a política fiscal.
05:54O problema do Brasil tem a ver com a política monetária do Banco Central, que está completamente
05:57equivocada.
05:58Equivocada sim, não é?
06:00Quando o Galípolo e o Banco Central aumentam a taxa de juros para 15%, quem vai ser a pessoa
06:06que vai investir no setor produtivo no Brasil?
06:0814,25.
06:08Sabendo, é, 14,25.
06:11Eu dei uma arredondada, segredo.
06:12Tá bom, 14,25.
06:14Quem que vai ser a pessoa que vai investir no setor produtivo?
06:17As pessoas reclamam, por exemplo, que o Brasil falta universalidade de saneamento básico,
06:20mas é bom lembrar que um projeto de saneamento básico tem a taxa interna de retorno, que
06:25é quanto o empresário que investe ganha de lucro, em 11%, 10%.
06:30Então é muito melhor para ele, ao invés de investir no setor produtivo, comprar a
06:34dívida pública.
06:36E aí tem uma questão que vocês erram.
06:37A partir do momento que as pessoas vão para o mercado, para o setor produtivo, o que
06:40que faz?
06:41O dólar entra no Brasil.
06:42O dólar entrando no Brasil, o que acontece?
06:45O câmbio do real valoriza frente ao dólar.
06:48Então a melhor forma de você valorizar o real frente ao dólar e outras moedas é
06:53você fazer o que com esses investidores venham para o Brasil, que injete dólar na
06:57economia.
06:58E para isso tem que fazer o quê?
06:59Reduzir a taxa de juros, tem que fazer uma política...
07:02O contrário, né, Pepe?
07:03Tem que fazer uma política, na minha opinião, estatal direcionada para ter mais industrialização
07:10no Brasil, com mais industrialização no Brasil, para ter mais dinheiro e naturalmente
07:14o dólar cai.
07:15E outro ponto importante para destacar também, o Brasil tem que também, independente da
07:21política fiscal e monetária, tem que também parar com a dependência de produtos de fora
07:26do Brasil, subprodutos da agricultura.
07:28Por que a gente não tem uma política nacional de fertilizantes também?
07:31Por que a gente não tem?
07:32Por falta de olhar de planejamento de longo prazo do Brasil, não só desse governo, de
07:39todos os governos que passaram por aqui.
07:41Que foi, Gani.
07:41Não, Pepe, tem dois erros aí que você comete na sua fala.
07:44Bom, o primeiro, a taxa é dois...
07:48Dois generosos.
07:49Dois generosos aqui, o segredo.
07:51Eu vou falar os dois, o segredo complementa o resto.
07:53Vamos lá, vamos lá.
07:54Curto e grosso.
07:55Pepe, primeiro, a taxa de juros está nesse patamar, é um efeito, né?
07:59Você não determina a taxa de juros ali na canetada de maneira artificial.
08:05Ela reage a variáveis de mercado.
08:07E uma dessas variáveis, qual que é?
08:10As expectativas de inflação no Brasil geralmente são muito elevadas e o gasto público é muito
08:14elevado.
08:15Emprestar dinheiro para o governo tem risco.
08:17Eu cobro por isso.
08:18Então me faz uma pergunta.
08:19Por que o Japão?
08:20Por que o Japão?
08:21Porque o Japão é uma outra...
08:22A economia produtiva em frente da gente.
08:27Aí você se banana, né?
08:28Ah, é.
08:29Se banana o todo, né?
08:29Segunda coisa.
08:30Em relação nenhuma.
08:31Segunda coisa.
08:32Você fala assim, olha, se diminuir a taxa de juros, vai vir dólar exatamente o contrário.
08:37Se o juros...
08:38Não, peraí.
08:39Uma coisa chamada carry trade ou PP.
08:41Vamos lá.
08:42A taxa, o diferencial de taxas de juros Brasil e Estados Unidos, o juro aqui é muito atrativo
08:47e é lógico que tem consequências ruins, mas vem o investidor para ganhar na taxa de
08:53juros.
08:53Atrai dólar para cá.
08:54Isso é atrasado já.
08:55Isso é negar a ciência econômica.
08:57Não, você está errado por um seguinte motivo.
08:58Isso no passado era assim, porque a taxa de juros dos Estados Unidos estava baixa.
09:02Agora a taxa de juros dos Estados Unidos está alta.
09:04É melhor para o investidor investir nos Estados Unidos, de ter dinheiro de vapor nos Estados
09:08Unidos, do que no Brasil.
09:09E uma coisa que você se engana, quando você reduz a taxa de juros, você faz o empresário
09:12pegar empréstimo do banco para aumentar a sua planta de produção.
09:17Aumentando a planta de produção, o que você faz?
09:19Você melhora a economia e põe mais dinheiro na economia.
09:21Isso é claro, no setor produtivo.
09:24Isso é lógico e óbvio.
09:25Rapidinho, rapidinho.
09:26O Brasil tem 130 bilhões de dólares todo ano entre superávit da balança comercial
09:31e investimento direto do exterior.
09:33Que mais oferta você quer para conter o dólar?
09:36Mas vou mais lá.
09:37E vou responder a tua questão da mesma forma que você respondeu uma vez quando o Felipe
09:41Dávila estava falando e você falou sobre o livrinho.
09:45Eu espero que você tenha ido a Harvard estudar direito, porque se você estuda economia
09:50em Harvard, você jogou dinheiro fora.
09:52Se a economia era Iupen.
09:54Zé, eu tenho só 30 segundos para você.
09:56Rapidamente, por favor.
09:58Vou falar.
09:59Eu acompanho essa fala dele e vou fugir um pouco dessas polêmicas e dizer o seguinte.
10:04Primeiro, ele acerta sobre o desaquecimento da economia do Brasil com base no movimento
10:09da economia internacional.
10:11E outra coisa, ele fala que o Banco Central se transformou num malvadão.
10:15É, tem que ser um malvadão.
10:17Alguém tem que fazer esse trabalho e é o Banco Central.
10:20Por outro lado, há setores da economia aqui que estão festejando a desvalorização do
10:27real.
10:27O setor que exporta é tradicional.
10:30Essa desvalorização da moeda, isso para o exportador é música.
10:35Ou seja, eu acho bom que o presidente do Banco Central vá mais ao Congresso Nacional
10:40para exatamente dar essas explicações e falar um pouco mal do governo que ele participa.
10:47Estão discutindo aqui ainda, gente, no bastidor.

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