Lindsey Nakakogue, Médica e diretora da Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), concedeu entrevista ao Morning Show e comentou sobre a aprovação do primeiro e único medicamento no Brasil para a doença.
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NotíciasTranscrição
00:00Virando a página aqui, até porque também no nosso país,
00:03nesse abril, quase maio de 2025,
00:06a Anvisa acaba de aprovar o primeiríssimo e único medicamento
00:10para o tratamento da tão temida doença de Alzheimer.
00:15Inclusive já... Perdão.
00:17Inclusive esse medicamento, pessoal, já liberado nos Estados Unidos.
00:20E esse medicamento pode ser revolucionário,
00:24de acordo com diversos especialistas,
00:25mas claro que merece muita cautela
00:27antes da gente realmente já sair comemorando.
00:30Até porque a médica e diretora da Federação Brasileira de Alzheimer,
00:35a Lindsay Nakakoki,
00:36ela pode falar com muita propriedade sobre esse tema e sobre esse assunto.
00:41Muito bom dia, doutora. Obrigado pela presença.
00:44Qual foi talvez ali o divisor de águas para a Anvisa falar
00:47não, está na hora da gente poder recepcionar aqui em solo nacional
00:51esse remédio que pode realmente ser um divisor de águas
00:53e tanto para tantos idosos que acabam lidando com essa doença desgraçada do Alzheimer.
00:57Bom dia.
00:59Bom dia.
01:01Pois é.
01:02Foi a aprovação da Anvisa ontem, né?
01:06Mas já tinha sido aprovado nos Estados Unidos em julho do ano passado,
01:11também no Japão, no Reino Unido.
01:13A questão é que é a primeira medicação modificadora
01:18da progressão da doença de Alzheimer.
01:21Ela atua nas placas de beta-amiloide,
01:26que é uma das causas da doença de Alzheimer.
01:28Não é a única, mas é uma das causas.
01:32Portanto, não se trata da cura da doença,
01:35mas sim uma medicação que,
01:38ao retirar a beta-amiloide do cérebro dos pacientes,
01:43atrasa a progressão da doença.
01:45E é importante fazer essa distinção, né?
01:48É importante que a gente vai retardar os efeitos
01:50que podem até afetar na capacidade da pessoa se nutrir e comer,
01:53muito além de só a memória,
01:55que é horroroso você esquecer e ficar com essa sensação de impotência.
01:59Quem nunca?
02:00Márcia Dantas, por favor.
02:01Tem uma pergunta para a doutora.
02:02É o que eu quero,
02:03acho que o brasileiro que está assistindo agora aqui ao Morning Show
02:06deve estar se perguntando.
02:07Bom, meu pai, minha família,
02:09alguém tem essa doença.
02:10Vai estar disponível, doutora, no SUS, para todo mundo?
02:13Tem um custo muito alto para o Brasil?
02:15A senhora tem informações sobre isso?
02:18Olha, com certeza terá um custo alto,
02:21mas o que acontece?
02:23Essa medicação foi para o CEMED,
02:25para a precificação.
02:27Então, a gente ainda não sabe quanto que vai ser o custo.
02:31E ainda não temos previsão de que esteja disponível no SUS.
02:37Mas tudo é um começo, né?
02:40As negociações começaram agora.
02:43Assim como existem várias medicações para o câncer,
02:46que são também de alto custo, elevado,
02:48e o SUS fornece,
02:49quem sabe o quinsula também seja fornecido pelo SUS.
02:53Seguimos aqui, doutora Lindsay Nakakogi,
02:56com o Mano Ferreira, com a próxima pergunta.
02:59Bom dia, doutora.
02:59A senhora já explicou que esse remédio,
03:01ele retarda a evolução da doença,
03:04mas ele não cura o Alzheimer.
03:06Eu acho que muita gente está se perguntando,
03:08é possível ter esperança
03:10de que em breve teremos um remédio
03:13que cure a doença?
03:14E o que seria preciso,
03:16do ponto de vista técnico,
03:18para a gente sair do simples retardamento dos sintomas
03:24para, eventualmente, até uma reversão?
03:27Ou seja, alguém que tem um paciente
03:29que já tem a doença avançada,
03:31pode ter esperança?
03:35Pois é.
03:35Essa medicação é indicada
03:37para casos de comprometimento cognitivo leve,
03:41que até então a gente não tinha nenhuma medicação
03:43para essas pessoas com comprometimento cognitivo leve.
03:46e para o Alzheimer em fase inicial,
03:49fase leve.
03:51Nos estudos, não se demonstrou efeito,
03:54melhora em pacientes com fase moderada.
03:58Por quê?
03:59Porque existem outra proteína envolvida aí
04:02na gênese do Alzheimer,
04:04que é a proteína tal.
04:05Então, a gente acredita
04:07que o tratamento
04:10realmente que consiga estabilizar a doença
04:14ou até mesmo curá-la,
04:16vai ter que agir em várias frentes.
04:21Na beta-amiloide,
04:22na proteína tal,
04:23na inflamação,
04:24na parte vascular.
04:26E a gente não sabe ainda,
04:29a longo prazo,
04:29como que os pacientes
04:31que estão em uso
04:33dos anticorpos monoclorais,
04:35como o Kisula,
04:37esses pacientes que estão lá
04:38com comprometimento cognitivo leve,
04:40como que eles vão evoluir,
04:42se eles vão evoluir para demência ou não,
04:44ou se vão ficar muito tempo
04:46sem nenhum sintoma.
04:49Então, a gente aguarda estudos
04:51de mais longo prazo.
04:52Mas o que a gente já sabe
04:54é que o anticorpo monoclonal,
04:56ele atrasa a progressão do paciente
04:58na fase leve,
05:00ir para a fase moderada.
05:02E isso faz com que ele tenha
05:04mais tempo de vida
05:06sem depender de outras pessoas,
05:09mais tempo de autonomia,
05:10por exemplo.
05:12Sem precisar de cuidador,
05:13por exemplo.
05:14E a outra questão
05:15é que a gente não sabe
05:16se essa medicação
05:17vai ajudar nos problemas
05:19comportamentais
05:21que podem ocorrer na doença.
05:23Essa foi a doutora Lindsay Nakakog,
05:25ela que é médica e diretora
05:26da FEBRAS, inclusive,
05:28trazendo essa notícia
05:29que gera otimismo em todos nós.
05:32Um primeiro passo
05:32tem que sempre ser dado
05:33para a gente poder vislumbrar
05:35qualquer mudança a longo prazo.
05:37Obrigado pela presença.
05:39Eu que agradeço.
05:42É, David, inclusive,
05:43a doutora foi muito, enfim,
05:44clara aqui ao dizer
05:45que pelo ineditismo,
05:47pelo valor,
05:48pela...
05:48Claro, por tudo que representa,
05:50ainda está caríssimo, né?
05:51Inclusive, um tratamento
05:52de seis meses nos Estados Unidos
05:54é 12 mil dólares,
05:55um de 12...
05:57Às vezes, de seis meses
05:58é 12 mil dólares,
05:59um de 12 meses
06:00é algo em torno
06:01de 32 mil dólares,
06:03uma simples bagatela
06:04de 183 mil reais
06:05na cotação atual.
06:07Então, claro,
06:07ainda é algo distante
06:08para a maioria,
06:09mas pelo menos
06:10é um passo na direção certa
06:11e tanto.
06:12É, eu já fiz, inclusive,
06:13matéria falando
06:14sobre um movimento
06:15que existe
06:16para você retardar também
06:17o Alzheimer,
06:18o avanço da doença,
06:19porque é hereditário, né?
06:22Aquelas pessoas
06:22que tiveram episódios
06:23na família
06:24de movimentos de
06:26você faz exercícios,
06:28contas,
06:28são uma série de exercícios
06:30e aí você consegue
06:31retardar o progresso
06:33do Alzheimer
06:33para você manter
06:34a mente sempre ativa
06:35porque isso acaba
06:36contribuindo também.
06:37E aí é um custo
06:38menos elevado
06:39do que esse da medicação.
06:40Essa praga do Alzheimer,
06:41quem tem algum
06:43ente querido aí
06:44com uma idade
06:44um pouco mais avançada,
06:45enfim,
06:46os nossos queridos
06:47avôs e avós,
06:47principalmente,
06:48tem que lidar
06:49com esse drama.
06:50Claro,
06:50é uma doença
06:50neurodegenerativa,
06:52progressiva e irreversível
06:53por enquanto,
06:54mas é um passo
06:54na direção certa.