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Adolescentes denunciaram a mulher à Delegacia da Criança em Vitória e pediram medida protetiva.
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Transcrição
00:00Voltamos a falar desse caso, dessas imagens fortes que você viu aqui no nosso TN,
00:06que é uma mulher espancando a filha de 16 anos.
00:09São vários socos da adolescente, a garota inclusive chega a perder o ar,
00:14tamanha pressão ali em cima dela.
00:18E o que choca mais é que o vídeo foi postado e foi feito,
00:22foi feito e foi postado nas redes sociais da própria mãe.
00:26Só que isso não ficou barato não, não ficou impune.
00:28A menina catou a irmã e foi para a delegacia denunciar tudo isso que aconteceu.
00:35Agora o caso de família virou caso de polícia.
00:38A Vanusa Santana está acompanhando a história, vai trazer informações atualizadas agora aqui no nosso TN
00:45para você que está nos acompanhando.
00:48Vanusa, a informação por gentileza.
00:52Olha só, Camargão, essas duas meninas, essa de 16 anos,
00:56é que aparece sendo agredida pela mãe, ela está imobilizada ali numa espécie de gravata
01:01e repetidas vezes recebe socos e tapas no rosto.
01:06Durante as agressões a mãe repete várias vezes que ela é mãe dela,
01:11ela exige respeito e que ela não tem autorização para sair,
01:16não tinha autorização para sair à noite.
01:19Ela fala que essa seria uma forma de punição, de correção da filha.
01:25A pessoa que filma não faz nada, essa pessoa filma,
01:30no determinado momento ela chega a afastar uma colcha, um lençol,
01:36que atrapalha um pouco a visão ali dela que filma,
01:40mas em momento algum a pessoa que filma, ela tenta intervir.
01:43Depois dessa cena, a mãe da garota acabou postando o vídeo na rede social dela
01:51e na rede social da filha mais nova,
01:54porque essa menina que aparece aí teria saído junto com a irmã mais nova,
01:59que tem 14 anos.
02:00Elas teriam então ido para a rua, a mãe não gostou,
02:04e então por conta disso ela resolveu puni-la,
02:07filmar e publicar na rede social dela e da filha mais nova.
02:11Vamos acompanhar agora a reportagem que a gente preparou.
02:15O vídeo mostra a mãe no chão com a filha.
02:19A garota está imobilizada por um mata-leão.
02:22A mulher grita enquanto dá vários tapas no rosto da menina.
02:27Ela faz ameaças.
02:28Você me respeita, que eu sou sua mãe.
02:33Sua mãe.
02:35Não sou suas cachorras, não.
02:37Me respeita.
02:38Virou bagunça essa...
02:40Me respeita.
02:43Me respeita.
02:48Nunca mais entra em conflito comigo que eu te mato.
02:54Por um momento, o adolescente chega a dizer que não consegue respirar.
02:58Mas as agressões continuam.
03:08O registro foi feito de propósito a pedido da própria mãe,
03:12que publicou o vídeo na rede social dela e da filha mais nova.
03:17A adolescente que aparece apanhando tem 16 anos.
03:21A surra seria a forma que a mãe encontrou de corrigir a filha,
03:25que havia saído escondido com a irmã mais nova.
03:29Ela pegou, começou a puxar meu cabelo, me deu muitas porradas na cara.
03:35Aí depois disso que ela me jogou no chão, ela me deu um mata-leão,
03:38subiu em cima das minhas costas, que até agora está doendo muito por dentro.
03:43E foi forçando assim para trás, minha cabeça para trás.
03:47Eu tentei pegar minhas coisas em casa, pelo menos um documento, algo do tipo.
03:51Ela não deixou nisso.
03:52Do que eu entrei para tentar pegar, ela foi me bater de novo.
03:55Parte da violência foi presenciada pela irmã da adolescente, uma menina de 14 anos.
04:02Fiquei desesperada, eu mandando ela parar, mas ela não ia parar.
04:05Eu fiquei desesperada, eu só fugi.
04:07Eu ia sair pela porta, mas não deu, porque a mulher dela ficou na porta.
04:12Então eu fui pela janela mesmo, para atrasar alguém,
04:15porque eu fiquei desesperada, vendo aquela situação.
04:17Depois das agressões, a menina, que tem 16 anos, saiu de casa.
04:22A irmã dela, de 14 anos, que presenciou toda a violência, também fugiu.
04:28As duas estão na casa de parentes.
04:31A história veio parar aqui, na delegacia de proteção à criança e ao adolescente.
04:37A mãe foi denunciada.
04:39As meninas agora não querem ficar próximas a ela.
04:42Um boletim de ocorrência foi registrado pela família das meninas.
04:47Uma medida protetiva foi pedida contra a mãe.
04:51Dentro de casa, minha mãe, ela é muito explosiva.
04:54Ela faz e fala coisas sem pensar, tanto que já aconteceu dela pedir desculpa
04:58por muitas coisas que ela já falou e fez.
05:01Só que não muda, não muda, continua a mesma coisa, entendeu?
05:06Minha mãe, ela é usuária também de drogas.
05:10Isso é até triste de eu falar, porque nenhum filho gosta de ver pai e mãe usando droga
05:15nesse convívio, nesse mundo, a ponto de chegar a faltar coisas para dentro de casa.
05:21A gente fica muito triste.
05:23É uma coisa que nem eu, nem minha irmã quer mais para a nossa vida.
05:26Vários motivos ela não deixava minha irmã ir para a escola, de vez em quando,
05:29porque minha irmã não fazia nada dentro de casa, às vezes.
05:33Tipo, coisa dentro de casa mesmo, arrumar casa.
05:36Aí ela não deixava ir para a escola, falava que tinha que arrumar casa primeiro
05:40para depois ir para a escola, aí ela não deixava.
05:43Eu e ela senta, a gente chora, a gente conversa.
05:46Você acha que se você voltar, isso vai se repetir?
05:49Vai continuar a mesma coisa de sempre, porque ela senta, conversa com a mãe,
05:52fala que muda, nunca muda.
05:54A gente fala que também vai mudar, mas ela precisa ajudar a gente.
05:56Ela não ajuda, não dá, não dá.
05:59Essa não seria a primeira vez que a adolescente foi espancada.
06:03Vizinhos já teriam presenciado a violência.
06:05Nós que moramos próximos, a gente tem visto o sofrimento das crianças lá.
06:09A gente escuta gritos, né, das crianças lá dentro de casa, dentro da casa deles, né,
06:15então provavelmente sempre foi dessa forma.
06:18Como uma das filhas apagou o vídeo da surra na rede social dela,
06:22a mãe novamente fez uma postagem, dessa vez reafirmando
06:27que o que fez com a filha foi corrigi-la.
06:30Não apaguei nada, tô repostando, por causa que alguém tá falando, tá achando alguma coisa,
06:38tô nem aí, tô nem aí, entendeu?
06:43E é visão, visão de cria mesmo, a minha visão.
06:46É, e aí ô Vanusa, esse caso aí, né, vem chamando muita atenção e tá se tornando aí uma bola dividida, né,
06:56porque cada um tem a sua opinião, né, cada um tem a sua opinião.
07:00Eu aqui, eu aqui faço o papel de fazer você de casa, os amigos do TN, da nossa TV Tribuna,
07:08que nos dão a oportunidade de nos assistir, é, eu incentivo aqui a reflexão, né,
07:16e aí a reflexão que eu faço diante dessa situação é o seguinte,
07:19uma coisa é a educação, outra coisa é a agressão, respeito às pessoas.
07:25Inclusive eu pedi a opinião dos amigos do TN, tem um monte de gente aqui, é, é, dando a opinião.
07:32Olha só, a Carmen dizendo aqui, tá certa a mãe, e bateu palmas.
07:38Tá aqui a Tamires, 16 anos, tem que obedecer a mãe mesmo, parabéns a essa mãe.
07:46Agora, mais uma vez eu digo, vamos refletir, educação não é agressão, né,
07:54será que é dessa forma que se deve, é, é, educar uma adolescente?
07:59Gente, não tô aqui indo contra a mãe ou a favor da mãe, tô tentando fazer aqui,
08:05ô Vanusa e amigos de casa, um exercício de reflexão, mas cada um tem a sua opinião, né.
08:11Eu, por exemplo, já dei umas palmadinhas no bumbum do meu filho, mas eu tô falando aqui,
08:18sai daqui menino, alguma coisa assim, mas não tô falando de agredir a criança,
08:22de meter porrada na criança a ponto de deixar a criança sem ar, como a gente tá vendo aí nesse vídeo.
08:28Olha só, a Cida dizendo aqui, ó, parabéns a essa mãe, só que na próxima pega mais leve, hein,
08:34tá dizendo aqui.
08:35O Carlos dizendo aqui, é, a mãe dá o que recebe, essa família precisa de ajuda, concordo,
08:44essa mãe precisa muito de ajuda.
08:46Tem aqui a Miriam, dizendo aqui, ó, engraçado, se ela não tivesse feito nada, Camargão,
08:55iam julgar ela por ela não educar, né.
08:59Aí, mais uma vez, eu convido você de casa ao exercício da reflexão,
09:05diante das opiniões que você, de casa, que nos assiste, tá mandando pra cá, tá.
09:11Aqui, ó, a Samara escreveu aqui,
09:18só Deus pra saber, Camargão, o que essa mãe passa com essa santa menina.
09:25Os filhos podem, é, como é que é?
09:28Olhos, olhos, os filhos podem bater, né, eu não entendi o que ela escreveu aqui no final,
09:33mas é o que ela tá dizendo aqui, tá.
09:35A Samara, só Deus pra saber o que essa mãe passa com essa santa menina, né.
09:42A Ana escreveu aqui, é muito triste ver as filhas falando que a mãe é usuária de drogas,
09:50ela viu agora na reportagem.
09:52Então, quer dizer que essa mãe é um bom exemplo pra filha,
09:55porque tem muitas mães aí criticando as filhas e ficando a favor da mãe.
10:00Qual é o exemplo que essa mãe tá dando dentro de casa pra filha agir de uma outra forma?
10:08Tá vendo? É uma outra perspectiva, uma outra opinião da Ana que mandou pra gente aqui.
10:16A Tamara escreveu aqui, ó,
10:19A dura realidade, a dura realidade do filho que tem um adulto que desconta suas frustrações em seus filhos.
10:28E aqui vai, ó, são várias.
10:30Obrigado a você, independente da sua opinião, dos comentários aqui e opiniões das pessoas,
10:36mas é importante a gente abrir a nossa mente pra reflexão.
10:42A Vanusa continua nesse caso e é bom a gente dizer, né, Vanusa,
10:45que a polícia agora entrou no caso, as meninas foram até a delegacia de proteção à criança e ao adolescente
10:52e o caso já foi parar na mesa do delegado, né?
10:56Exatamente, Camargão, inclusive essas meninas, elas não voltaram pra casa,
11:00elas estão sob a tutela de uma tia, por determinação, inclusive, da polícia civil,
11:06que já pediu à justiça uma medida protetiva contra essa mãe, né?
11:11Quem vai decidir isso é a justiça, é o juiz ou a juíza?
11:15Bem, o fato é que esse caso está sendo acompanhado, além da polícia,
11:20é claro, a delegacia de proteção à criança e ao adolescente também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar.
11:26A gente entrou, a nossa produção entrou em contato com o Conselho Tutelar,
11:29disse que eles estão acompanhando e aguardam agora a decisão judicial
11:34pra saber se essas meninas, elas retornam pra essa mãe ou se elas permanecem com uma guarda provisória, né?
11:43Com um familiar, seja com a tia, com a avó, já que elas têm avós, né?
11:47Uma avó que está disponível aí, ela tem condição de ficar com essas duas adolescentes,
11:54uma de 14 e outra de 16 anos.
11:57Agora, Camargão, importante a gente também trazer aqui,
12:00que nós demos oportunidade pra essa mãe também se pronunciar.
12:03Ela entrou em contato com a nossa rede social, nós ligamos pra ela,
12:09ela no primeiro momento disse que queria falar, que queria se pronunciar,
12:13e agora, quando a gente tentou marcar com ela agora, à tarde,
12:17ela disse que hoje não falaria, que só falaria quando fosse até a delegacia.
12:22A gente quer deixar claro aqui que o espaço está aberto pra ela se pronunciar,
12:27pra ela contar a versão dela, né?
12:30Mas é importante, já que você abriu essa janela pra essa reflexão,
12:35que são coisas distintas.
12:37Eu acho que toda mãe, né, carrega ela, que até o momento era mãe solo por conta do pai ter falecido dessas meninas,
12:45é uma coisa que a gente precisa de refletir, refletir, é justamente o fato de que corrigir é uma coisa,
12:54descontar raiva e toda a carga que um adulto carrega, né, com tendo que sustentar filhas, né,
13:02com a carga dos afazeres domésticos, a gente entende, né,
13:08mas isso de ser descontado numa adolescente, num filho, não tá certo.
13:13Tá, Margão?
13:14Obrigado, Vanusa, pelas suas informações, minha amiga.

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