PF se recusa a entrar em comunidade do Rio de Janeiro dominada pelo Comando Vermelho

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Na última quarta-feira (23), uma viatura da Polícia Federal quase entrou por engano na comunidade do Chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro, área conhecida por ser dominada pelo Comando Vermelho. Ao perceberem a localização, os agentes foram alertados por moradores sobre o risco de morte.  Assista na íntegra: https://youtube.com/live/Gpk_4LdTZdM  Canal no WhatsApp:  https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/ospingosnosis  Threads: https://www.threads.net/@jovempannews  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/   Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok: https://www.tiktok.com/@jovempannews  Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan #OsPingosnosIs

Transcript

00:00Agora eu preciso destacar um vídeo que circulou nas redes sociais e inclusive vem gerando muitas discussões.

00:10Uma viatura da Polícia Federal recuando após entrar por engano em uma via que acessa a comunidade do Chapadão,

00:19que fica na zona norte do Rio de Janeiro.

00:21O local é dominado pelo Comando Vermelho e conhecido por ser palco de confrontos violentos entre facções e milícias.

00:29Ao presenciar a viatura, os moradores começaram a alertar os agentes sobre o risco de serem alvejados e mortos.

00:36Alguns falaram, não, pode voltar, sai de ré, sai de marcha ré.

00:40E aí, naturalmente, o agente engatou a marcha ré e acabou retornando.

00:45Policiais que entraram por engano na comunidade foram brutalmente atacados,

00:50alguns até assassinados em uma demonstração clara de que o perigo é real, constante e letal.

00:56Então, agentes da Polícia Federal se recusam a entrar em uma comunidade do Rio de Janeiro.

01:01Chamar o Mota, que mora no Rio, possivelmente acompanhou esse registro do carro da Polícia Federal,

01:07um sedã preto, possivelmente blindado, que decidiu não avançar nessa rua da comunidade do Chapadão.

01:15Mota.

01:15Quem voltou de ré ali não foram policiais.

01:22Quem deu ré ali foi o Estado brasileiro.

01:26E já faz bastante tempo.

01:29Uma coisa semelhante já aconteceu algumas vezes com integrantes da Força Nacional,

01:36que foram enviados ao Rio de Janeiro.

01:39Eles não têm culpa.

01:41A Força Nacional é composta por policiais de outros estados,

01:46que vão cumprir alguma missão no Estado que eles não conhecem.

01:50Eles vieram para o Rio de Janeiro, em duas ou três vezes entraram na rua errada

01:56e tiveram que ser resgatados pela Polícia do Rio.

02:01Aqui no Rio há mais de 1.500 comunidades dominadas por criminosos.

02:07Eles usam armas de guerra, controlam a entrada e a saída

02:13e decidem o que pode e o que não pode ser feito nessas áreas.

02:19Isso não é privilégio do Rio de Janeiro.

02:21Inúmeras cidades no Brasil hoje enfrentam a mesma realidade.

02:28Isso não é segredo nenhum.

02:31Parece que só quem não sabe disso ainda é o Estado brasileiro.

02:37O mesmo Estado que, nesse momento, está muito ocupado condenando uma cabeleireira.

02:44Nós estamos repercutindo e analisando um vídeo publicado nas redes sociais amplamente compartilhado

02:51que mostra agentes da Polícia Federal se recusando a entrar em uma rua,

02:59em uma comunidade chamada do Chapadão, Morro do Chapadão.

03:02E os policiais foram alertados, inclusive por esse grupo que faz a gravação,

03:08dizendo, ó, não avança, é perigoso, pode sair de Macharé, melhor vocês saírem.

03:13Falando justamente sobre o risco de morte.

03:16E essa comunidade muito conhecida no Rio de Janeiro é comandada pela facção Comando Vermelho.

03:23Você dá, Vilar, uma cena triste, né?

03:25Mas tem um simbolismo aí, né?

03:27Isso demonstra como o crime organizado domina grandes áreas

03:32e atua como verdadeiros reis ali do pedaço, né?

03:38Não permitindo nem que a polícia consiga avançar ali em uma rua.

03:43É verdade.

03:44Que Estado é esse, Caniato, no qual o Estado não consegue controlar o território?

03:51O Estado não consegue prover segurança pro cidadão?

03:55O Estado não consegue prover educação de qualidade,

04:00como mostram os indicadores desastrosos de baixo aprendizado.

04:05O Estado não prover saúde de qualidade.

04:10Mas o Estado taxa o brasileiro a 35% do PIB.

04:17A taxação mais alta entre todos os países emergentes.

04:22Que Estado é esse que nós pagamos, que nós financiamos

04:27e que presta um péssimo serviço público?

04:31Tira a vida de pessoas,

04:34tira o futuro de pessoas não provendo uma boa educação

04:38e não consegue zelar sequer pela segurança do brasileiro.

04:45É uma vergonha.

04:47É uma imagem que mostra, como bem mencionou o moto,

04:50o Estado dando macharré cada vez mais,

04:54mas nunca deixando de cobrar com eficiência os impostos que nós todos pagamos.

05:01O que o Estado sabe fazer com eficiência é meter a mão no nosso bolso.

05:05O que o Estado não sabe fazer com competência é prover segurança pro cidadão brasileiro.

05:12Pois é, carro da Polícia Federal entra por engano em uma comunidade

05:17e aí os agentes são obrigados a saírem às pressas.

05:22De marcharré, inclusive, foram alertados por populares

05:26sobre o perigo de estarem ali.

05:28E o carro não era a paisana.

05:30Era um carro caracterizado, com os adesivos da Polícia Federal.

05:34Você, Cristiano Beraldo, uma cena que ganhou as redes sociais.

05:38Pois é, Caniato.

05:42É uma coisa realmente absurda,

05:46porque ela oficializa um Estado brasileiro

05:52que reconhece a falta de soberania e controle em territórios dentro do Brasil.

05:59é como se nós pegássemos aqui um pedaço do Brasil

06:04e entregássemos para outros povos virem aqui

06:09e de forma soberana se instalassem.

06:12É uma situação que o Brasil aprendeu a conviver

06:16e que demonstra a absoluta falência do Estado brasileiro,

06:21porque ele não tem instrumentos para impedir

06:24que brasileiros determinem que em determinadas áreas

06:31o que vale é a lei estabelecida por eles

06:34e não a Constituição Federal.

06:36Ali, o Tribunal do Crime atua da forma que quer,

06:42com leis que são conhecidas,

06:43regras que são determinadas

06:45e são atendidas por toda a população daquele local.

06:50Ali não vale nada, nem a Polícia Federal,

06:54que inclusive deveria ter pedido dicas

06:56para alguns ministros do atual governo

06:59que transitam livres, leves e soltos

07:02por comunidades em regiões que são dominadas pelo poder paralelo.

07:08É assustador assistir a isso.

07:12Demonstra a nossa falência como Estado.

07:14Nos coloca nessa posição absurda e ridícula

07:18de sermos expostos para o mundo

07:21como um governo tão incompetente

07:24que não se pode ir a todos os lugares.

07:29Já vimos isso com turistas sendo assassinados,

07:32metralhados,

07:34pessoas que às vezes vivem na própria cidade,

07:36mas não têm conhecimento do perigo dessas áreas,

07:40não sabem como reagir

07:42em uma situação em que entram no local

07:45que apesar de estar no mapa, fazer parte da cidade,

07:49eles não poderiam entrar e não sabiam.

07:52Só que agora não, é um carro da polícia.

07:55Então, de novo, a gente reforça,

07:57apesar de todo esse discurso

07:58de Brasil voltou, Brasil é o máximo,

08:02o Brasil se torna de novo um protagonista internacional,

08:06vamos ter COP30, reunião dos BRICS,

08:09enchem a boca para falar isso,

08:12só que o mundo inteiro olha para o Brasil

08:14e enxerga um país medíocre,

08:18um governo incompetente

08:20e o narcotráfico, o poder paralelo,

08:23o crime organizado,

08:24tomando conta do Brasil,

08:26assim como fez na Venezuela e outros países.

08:29Pois é, o Beraldo falou do poder paralelo,

08:31que tem suas próprias regras,

08:33inclusive regras diferentes do Código Nacional de Trânsito.

08:36O Beraldo lembrou de ministros do governo,

08:39teve ministro que foi visitar a comunidade

08:41e não utilizou o capacete justamente

08:44para não desrespeitar a lei do poder paralelo,

08:48só aqui mesmo.

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