Entenda o impacto do IPCA-15 de abril, que registrou alta de 0,43%, impulsionada pelos setores de alimentação e saúde, na sua vida e no agronegócio brasileiro. Este índice, prévia da inflação oficial, revela o aumento dos preços e sua influência no poder de compra das famílias. Para analisar as consequências deste cenário, especialmente no setor de alimentos, o Hora H do Agro conversou com José Eustáquio, pesquisador do Ipea. Descubra se a alta de abril representa um recuo ou acréscimo em relação a março, os impactos para a agroindústria e as possíveis implicações para as cadeias produtivas de tomate, café e leite longa vida, incluindo as margens de produtores e varejistas.
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NotíciasTranscrição
00:00O IPCA-15, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, é uma prévia da inflação oficial do Brasil, calculado pelo IBGE.
00:09Ele mede a variação de preços de bens e serviços consumidos por famílias, com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos.
00:18Em abril, o IPCA-15 registrou alta de 0,43% de acordo com o IBGE, influenciado principalmente pelos grupos de alimentação e saúde.
00:29O IPCA-15, então, é um termômetro econômico que afeta diretamente o poder de compra das famílias.
00:36Quando o índice sobe, significa que os preços estão aumentando. Isso pode reduzir o consumo e impactar o orçamento familiar.
00:44Calculado mensalmente pelo IBGE, o IPCA-15 é formado por nove categorias, como vocês podem ver na tela.
00:51Elas têm pesos diferentes e o setor de alimentos é um dos mais significativos no cálculo, pois é uma necessidade básica para todas as famílias.
01:02Para entender o impacto do IPCA-15 nas nossas vidas enquanto consumidores e as possíveis consequências ao agronegócio,
01:10nós vamos conversar com o José Eustáquio, pesquisador do IPEA.
01:14Muito obrigada pela sua participação, por fazer nos ajudar aqui a entender um pouco do IPCA e como que isso movimenta a nossa vida.
01:24Então, primeiro de tudo, eu queria esclarecer contigo, por gentileza,
01:27se esse 0,43% em abril significa um recuo em relação à alta do IPCA de março
01:37ou é uma porcentagem acrescida ao mês anterior, que foi de 0,64.
01:45A gente está falando de uma redução ou a gente está falando de uma adição?
01:49Acho que isso é o primeiro ponto para a gente entender esse histórico março-abril.
01:53Obrigada pela sua participação mais uma vez.
01:55Eu que agradeço, viu, Mariana?
01:58É um prazer estar aí e trazer aí conhecimento sobre a inflação brasileira
02:03para um público tão seleto como esse da Jovem Pan, do Ora H do Água.
02:09A sua pergunta inicial é o seguinte, se isso é uma redução ou aumento.
02:15Na verdade, eu posso falar que são os dois, tá?
02:18Comparativamente ao mês passado, nós observamos uma redução.
02:22Mas, quando a gente analisa o 0,43% ao mês, isso representa uma inflação anual mais ou menos de 5% a 6% ao ano.
02:34Ou seja, estamos acima da meta da inflação que é de 3% com desvio padrão de 1,5%.
02:43Ou seja, o limite superior da política monetária do Banco Central diz respeito a uma taxa de inflação que não ultrapasse 4,5%.
02:54E este indicador mostra que nós estamos fugindo da meta inflacionária.
03:02Perfeito.
03:03E é importante a gente explicar esses números porque o consumidor na gôndola do supermercado,
03:08ou enfim, em diferentes frentes, está sentindo essas porcentagens aumentarem,
03:13está sentindo, de alguma forma, a elevação dos preços do alimento que a gente vem falando aqui, né?
03:19E a alimentação no domicílio, ela acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril.
03:29Contribuíram para esse resultado as altas do tomate, do café moído e do leite longa vida.
03:35O que esses números, Eustáquio, o que esses números da inflação podem implicar para as cadeias produtivas desses três produtos?
03:43É possível a gente estimar margens mais apertadas para produtor, para varejo?
03:49O que esses números bem setorizados, olhando para o domicílio, significam quando a gente olha para um reflexo lá do campo, né?
03:58Do consumidor para o campo.
04:00Como que o agro pode ler esses números também?
04:04Em primeiro lugar, vamos tentar entender qual que é o problema da inflação na economia.
04:10Quando nós temos uma economia com uma inflação elevada, isso gera uma redistribuição de renda entre a população desta sociedade.
04:20O que que acontece?
04:22As pessoas que conseguem fazer o red dos seus ativos, essas não têm tanto problema com a inflação.
04:31Mas, normalmente, os assalariados e as pessoas mais pobres, que dependem do seu orçamento para a compra dos produtos mensalmente,
04:40estas são afetadas com o aumento da inflação, porque diminui o poder aquisitivo delas.
04:47Ou seja, maior inflação é ruim para o consumidor.
04:52Agora, vamos olhar do lado e do ponto de vista do produtor.
04:56É claro que, num primeiro olhar, preços mais elevados são mais atrativos ao produtor.
05:03Mas o que acontece é que a inflação é uma oscilação de preços.
05:07E isso traz incertezas também para o setor produtivo.
05:11Quanto maior a inflação, maiores são as incertezas, menor é o investimento produtivo
05:17e menor é o crescimento dos setores ou daqueles atividades que a gente está analisando.
05:24Então, existem impactos, seja do lado do consumidor, seja do lado do produtor.
05:32Perfeito. Muito obrigada, José Eustáquio.
05:34Eu acho sempre muito didático as suas explicações, porque é um tema que é recorrente do nosso dia a dia,
05:40mas é importante fazer essa dobradinha entre campo, cidade, consumidor, produtor.
05:45Então, te agradeço muito as explicações e espero recebê-lo aqui outras oportunidades no Hora H do Agro.
05:50Obrigada.
05:51Eu que agradeço, viu, Maria?
05:54Mas não sei se eu tenho aí mais um tempinho.
05:57Por favor.
05:58É importante falar o seguinte, que a inflação, ela vem de um gasto acima da arrecadação do governo.
06:06Então, quando o governo gasta mais do que arrecada, isso gera uma pressão inflacionária.
06:11No ano passado, em fevereiro, o déficit primário do governo estava em 48 bilhões de reais.
06:20Este ano, reduziu para 19 bilhões, mas continuamos com o déficit.
06:25O que é o resultado primário?
06:27É justamente aquele cálculo do governo que não inclui os juros da dívida.
06:32Ou seja, se o governo tivesse um superávit, seria bom porque ele teria espaço para pagar os juros da dívida.
06:40O que acontece é que nós estamos com um déficit primário e ainda temos que pagar esse juro.
06:45No final, só tem duas alternativas.
06:49Ou o governo indivíduo de um lado, ou você aumenta a inflação do outro, emitindo papel moeda na economia.
06:56E essa emissão de papel moeda faz com que os preços aumentem.
07:00Agora, olhando pelo que foi conversado no bloco anterior, é claro que a política tarifária,
07:07a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, joga uma pressão a mais dentro desse cenário.
07:14Ou seja, a expectativa é que a gente tenha inflação acima da meta ao longo deste ano.
07:20Logo, o Banco Central vai ter que aumentar as taxas de juros e isso vai ter um impacto nas variáveis reais da nossa economia.
07:28Quando eu falo variáveis reais, é emprego e renda.