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  • 28/04/2025
Investigações do Ministério Público de São Paulo revelam que Rodrigo Felício, conhecido como “Tiquinho”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), tentou influenciar decisões do ministro Kassio Nunes Marques (PP-PI) do Supremo Tribunal Federal. Mensagens e cartas indicam que familiares de Tiquinho atuaram como intermediários na tentativa de aproximação.

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Transcrição
00:00Investigações do Ministério Público de São Paulo, que foram reveladas pelo portal Metrópolis,
00:05mostraram que o PCC tentou aliciar o ministro da Suprema Corte Brasileira.
00:11O documento da apuração, que soma 683 páginas,
00:16mostra a tentativa e a influência de Rodrigo Felício, conhecido como Tiquinho,
00:22mesmo dentro de uma penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo.
00:26O criminoso enviava cartas para os seus comparsas por meio de sua esposa, que o visitava de forma regular.
00:34Em algumas dessas mensagens, Tiquinho orientou a própria filha sobre a maneira de abordar esse magistrado.
00:42Além disso, a troca de mensagens entre filha do faccionado e sua madrasta
00:47revelou que a jovem afirmou ter participado de um jantar em uma embaixada,
00:53onde conheceu pessoas que poderiam facilitar o acesso ao ministro.
00:57Apesar da trama, a investigação também apontou dificuldades nas tentativas de aproximação.
01:04Esclarecem que, embora houvesse diálogos sobre essa eventual reunião,
01:09não há provas de que esse encontro tenha acontecido com o próprio integrante do judiciário,
01:14recusando vários pedidos feitos pela defesa de Tiquinho.
01:18Em nota, o ministro também reafirmou que nunca recebeu nem conheceu as pessoas citadas na reportagem.
01:27Vou chamar o Mota para trazer as impressões em relação a essa notícia divulgada,
01:33que também tem gerado muitas teorias, principalmente nas redes sociais.
01:38A gente já noticiou muito, né, Mota, aqui no programa, o avanço do crime organizado, né?
01:44O acesso que esses grupos criminosos conseguiram conquistar nos últimos anos,
01:50inclusive dentro da administração pública, ou até representantes ou familiares
01:56que conseguiram agendas com representantes de governos.
01:59Nós trouxemos isso aqui, não é novidade.
02:02Agora, tentativa de alcançar alguém do Supremo, essa é nova.
02:06É, eu confesso, Caniato, que eu não entendi muito bem essa notícia.
02:13Então, eu vou avançar com muita cautela aqui.
02:17A princípio, não há nada demais nos advogados que defendem um criminoso
02:23tentarem acesso ao magistrado.
02:27Não há nada demais nisso.
02:28O que há demais é se o criminoso de dentro da prisão
02:35está direcionando atividades ilegais do lado de fora.
02:40Agora, se ele está pedindo à sua defesa que tente um contato com o magistrado,
02:47também não vi nada de excepcional nisso.
02:50O que eu fiquei surpreso, o elemento que me surpreendeu nessa história,
02:56é que parece que há vários processos relacionados a esse criminoso
03:01que tramitam na Suprema Corte Brasileira.
03:05E eu, que não sou jurista, confesso que não entendo muito bem isso.
03:10Porque vários processos relativos a um criminoso ligado a uma facção
03:15estão na Corte Constitucional.
03:18Para mim, a Corte Constitucional deveria julgar apenas questões constitucionais.
03:24É assim que funciona nos Estados Unidos, cujo modelo nós copiamos.
03:30Copiamos apenas em parte, né?
03:32Nos Estados Unidos, a Suprema Corte julga menos de 100 casos por ano.
03:39Aqui, no Brasil, a Corte Suprema já julgou até se você pode ou não
03:44levar a sua própria pipoca quando vai ao cinema.
03:49Você, Davila, acompanhou essa notícia, as informações que foram divulgadas?
03:55Naturalmente, a gente não tem acesso a todo o conteúdo.
03:58Mas surpreende, né?
03:59Pelo menos o esforço feito por esse criminoso,
04:02por meio de seus intermediários, emissários,
04:05de tentar contato com o ministro da Suprema Corte Brasileira.
04:09Caniato, o que chama atenção é a tentativa sistemática, cada vez mais,
04:17dessas organizações criminosas, principalmente o PCC,
04:20infiltrar no Estado brasileiro.
04:23É, com a formação de juízes, aliciamento de juízes,
04:28venda de sentenças.
04:30Nós tivemos, recentemente, aqueles escândalos gigantescos de venda de sentença.
04:35Então, existe uma ideia de desestabilizar,
04:40colocando ou infiltrando pessoas que sejam mais simpáticas
04:44às causas do crime organizado.
04:48Felizmente, essa tentativa não deu resultado.
04:52Aliás, as provas cabais de que não conseguiram chegar ao ministro Cássio Nunes,
04:59Marx, e isso é muito bom sinal.
05:01Bom sinal de que ainda o Supremo Tribunal Federal,
05:05de certa forma, está resistindo às investidas do crime organizado.
05:10Mas o fato é que cada vez mais o crime organizado está infiltrando
05:15no Estado brasileiro, no legislativo, na política e nas atividades legais.
05:22Nós aqui, quantas vezes já comentamos imposto de gasolina,
05:26venda de energia e outras atividades.
05:29Então, é preocupante e vejo com enorme preocupação
05:35como nós estamos reagindo como tartaruga
05:39em relação a um problema tão desafiador para o país
05:43como é o crescimento, o avanço do crime organizado
05:47tanto no Estado brasileiro como em atividades legais,
05:51como controle do território.
05:52É inacreditável a apatia, a omissão do governo federal
05:58em tratar a questão do crime organizado.
06:02O Brasil está a caminho de se tornar um narco-Estado.
06:06E está a caminho de se tornar um narco-Estado
06:08por causa da omissão e da apatia, principalmente do governo,
06:14para encarar isso como o assunto mais sério do momento.
06:18A notícia em destaque, mensagens e cartas indicam tentativa de um preso
06:25em manter algum tipo de contato com o ministro do Supremo Tribunal Federal
06:30por meio de seus emissários, os seus intermediários.
06:33Quando o Mota traz a informação e indica que aparentemente não vejo nenhum problema
06:40quando um advogado tenta fazer o contato com um juiz, um desembargador, um ministro.
06:47Ok, de fato.
06:48Se a comunicação for feita por meio do advogado.
06:51Mas as informações que foram divulgadas indicam que familiares tentariam fazer esse contato.
06:59A filha participaria de um jantar, conheceu alguém que trabalhou com ele no passado,
07:04vou tentar chegar até a ele.
07:05E as pessoas se perguntam, bom, mas qual era o objetivo?
07:08E mil teorias, né?
07:11Tentar levantar algum tipo de informação fora dos autos, fazer algum tipo de ameaça.
07:17Enfim, são muitas informações que a gente precisa considerar e apurar, né, Beraldo?
07:24Agora, a gente precisa observar dois pontos que me parecem fundamentais.
07:30Um é esse que o Mota trouxe.
07:31Um assunto de um traficante, um chefe de facção criminosa,
07:35sendo tratado do Supremo Tribunal Federal.
07:38Quando me parece que, ao menos neste caso, não é alguém com foro privilegiado.
07:45E depois, existe esse Brasil de verdade,
07:51em que essas facções criminosas só se tornaram poderosas
07:56porque a promiscuidade da relação entre elas e o poder público é evidente.
08:05Na liderança de uma facção criminosa como o PCC, não tem nenhum bobo, não tem nenhum trouxa.
08:11O processo de seleção para ocupar esses cargos de liderança é feito com extremo rigor.
08:20E alguns pagam com a própria vida, caso não sejam aprovados.
08:24Portanto, quem está ali nessas posições são pessoas que sabem o que estão fazendo
08:31e aí nos traz essa dura realidade do Brasil, que estão habituados em ter essa relação promíscua com o poder judiciário.
08:39Muitos casos em que conseguem, sim, a partir do uso de recursos, mexer com decisões.
08:48Vimos um caso escabroso no Mato Grosso, que vem sendo investigado a partir de venda de sentenças,
08:56onde, curiosamente, misteriosamente, na minha opinião, apenas assessores estão pagando a conta
09:05enquanto magistrados que assinavam as decisões e que deveriam ser responsáveis pelas decisões proferidas
09:13com base na lei.
09:16Porque eles podem dizer, não, mas o meu assessor influenciava.
09:19Mas existe a lei. O magistrado tem que conhecer a lei e tem que saber o que assina.
09:24Portanto, ele é responsável pelas decisões proferidas.
09:29Assim deveria ser. Assim é previsto que seja.
09:33Mas, nesse caso lá do Mato Grosso, não foi assim que aconteceu.
09:37Portanto, sabemos que há todo tipo de influência do crime organizado em várias instâncias,
09:43na polícia, na magistratura e por aí vai.
09:47Só que isso está de tal forma normalizado no Brasil
09:52que essas lideranças pensam, por que não fazer um contato com o ministro da Suprema Corte Brasileira
10:01e, quem sabe, ali vender meu peixe, conseguir uma decisão favorável.
10:08Então, assim, é um retrato de Brasil nessa notícia.
10:12Pois é. Claro que a gente vai se debruçar.
10:15Eu faço questão também de levantar informações sobre esses processos
10:19pra tentar responder aos nossos comentaristas e também à nossa audiência.
10:23Por qual razão esses processos correm na Suprema Corte Brasileira?
10:29Qual seria a justificativa pra ter subido todas as instâncias
10:33e agora está sendo apreciado pelo Supremo?
10:36E mais de um processo, inclusive.
10:38Você, Mota, só pra fechar as análises e reflexões em cima dessa notícia,
10:43mas ampliando também pra situação que envolve o Supremo Tribunal Federal,
10:48também está apreciando os casos que envolvem o Tiquinho.
10:53Tiquinho, que é o integrante do PCC.
10:55É, vamos colocar as coisas em perspectiva.
11:00Só que no Rio de Janeiro, o crime dividido entre facções do narcotráfico e milícias
11:09controla mais de 1.400 territórios.
11:13Alguns desses territórios estão ao redor ou sobre as principais vias da cidade.
11:20A gente viu, semana passada, um carro da Polícia Federal que entrou,
11:27estava entrando por engano em uma dessas comunidades,
11:30recebeu o aviso de uns moradores, não entra aí não,
11:33que é complicado, e o carro deu ré.
11:35O que mais a gente precisa?
11:38Nós já falamos várias vezes sobre a situação crítica na qual o Brasil chegou.
11:44Eu acho que essa história do Tiquinho é um Tiquinho de nada
11:49diante do que aconteceu no Brasil.
11:53Nós já vimos em São Paulo duas vezes em que a cidade parou,
11:59porque foi emitido um salve geral de uma facção.
12:04O que está faltando mais para as pessoas que estão no Estado brasileiro
12:10entenderem a precariedade da situação no Brasil?
12:14Eu tenho até medo de imaginar.
12:17Pois é, programa Os Pingos nos Isis.
12:19Muita gente chegando, inclusive, à nossa audiência.
12:22A notícia que a gente repercute e analisa,
12:25o PCC e a tentativa de infiltrar integrantes do grupo
12:30na política, economia e judiciário.
12:33E tem uma apuração do portal Metrópolis
12:37que indica a tentativa de um integrante da facção
12:43em manter contato com um integrante da Suprema Corte Brasileira,
12:47um ministro do STF.
12:50Qual o objetivo?
12:51Ainda não sabemos, mas estamos à procura de informações
12:54que indiquem exatamente qual é o objetivo dele.
12:58Dávila, só para a gente fechar a análise e reflexão
13:01sobre a problemática que envolve esse episódio,
13:05mas também ampliando para as questões que envolvem
13:08a maneira como as facções criminosas operam, né?
13:12Como grandes empresas, mas também com vários tentáculos
13:16que hoje em dia operam de forma legal para lavar o dinheiro,
13:20mas também para conseguir acessar grupos, pessoas e instituições
13:27que deem respaldo a algumas figuras da organização,
13:31algumas empresas da organização,
13:33mas que também facilitem essa mega operação.
13:36Em algum momento das nossas discussões,
13:39o Beraldo chegou a comparar o faturamento dessa principal facção
13:43à da Petrobras, né?
13:45Um faturamento algo parecido, similar.
13:48Então, assim, dinheiro não é problema.
13:50Agora, eles se utilizam desses recursos
13:52para conseguir entrar e penetrar em todas as camadas da sociedade.
13:57Não é, Dávila?
13:59É verdade, Caniato, mas a pergunta que fica para todos nós é a seguinte.
14:05Como é que em 1994, uma organização criada
14:10num presídio de São Paulo com seis pessoas
14:13se transformou nesse gigante multinacional todo esse tempo
14:17e o Estado não fez nada, nada, para frear esse crescimento,
14:23para transformar essa organização na Petrobras do faturamento
14:29numa organização com ramificações pelo mundo inteiro,
14:33no maior comercializador de cocaína do mundo?
14:36Quais foram os erros?
14:37Então, assim, é uma coisa inacreditável.
14:41Assim, como é que uma coisa que nasce em 94,
14:45num presídio de São Paulo, vira esse monstro?
14:48E para você ver há quantos anos nós tratamos com um relapso imoral
14:55o crescimento do crime organizado no Brasil.
14:59Esse é o ponto.
15:00E nós continuamos a fazer a mesma coisa,
15:03apesar do tamanho que essas organizações já tomaram.
15:07Por isso, aqui, o nosso alerta é inacreditável.
15:11Essa omissão e essa apatia vai acabar com o Brasil.
15:15Nós vamos virar esse narco-Estado aqui,
15:17controlado pelo crime organizado.
15:18E aí, a solução vai ser o tal do Bukele,
15:22que é tudo que a gente não quer.
15:23A gente acredita aqui, pelo menos todos nós democratas,
15:28que a gente tem que resolver os problemas
15:29de acordo com as regras do Estado Democrático e Direito.
15:33Mas daqui a pouco vai acontecer isso no Brasil.
15:37A gente vai seguir acompanhando essas movimentações.
15:40Esse é um tema que gera muitas discussões,
15:43muitas análises.
15:43E, claro, que nós tentaremos levantar todas as informações
15:48a respeito desse episódio que foi divulgado no portal Metrópolis
15:53e também é importante destacar quais são os processos
15:56deste traficante, deste integrante do PCC
15:59que correm no Supremo
16:01e por qual razão esses processos estão na Suprema Corte Brasileira.
16:05A ver.

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