Investigações do Ministério Público de São Paulo revelam que Rodrigo Felício, conhecido como “Tiquinho”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), tentou influenciar decisões do ministro Kassio Nunes Marques (PP-PI) do Supremo Tribunal Federal. Mensagens e cartas indicam que familiares de Tiquinho atuaram como intermediários na tentativa de aproximação.
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NotíciasTranscrição
00:00Investigações do Ministério Público de São Paulo, que foram reveladas pelo portal Metrópolis,
00:05mostraram que o PCC tentou aliciar o ministro da Suprema Corte Brasileira.
00:11O documento da apuração, que soma 683 páginas,
00:16mostra a tentativa e a influência de Rodrigo Felício, conhecido como Tiquinho,
00:22mesmo dentro de uma penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo.
00:26O criminoso enviava cartas para os seus comparsas por meio de sua esposa, que o visitava de forma regular.
00:34Em algumas dessas mensagens, Tiquinho orientou a própria filha sobre a maneira de abordar esse magistrado.
00:42Além disso, a troca de mensagens entre filha do faccionado e sua madrasta
00:47revelou que a jovem afirmou ter participado de um jantar em uma embaixada,
00:53onde conheceu pessoas que poderiam facilitar o acesso ao ministro.
00:57Apesar da trama, a investigação também apontou dificuldades nas tentativas de aproximação.
01:04Esclarecem que, embora houvesse diálogos sobre essa eventual reunião,
01:09não há provas de que esse encontro tenha acontecido com o próprio integrante do judiciário,
01:14recusando vários pedidos feitos pela defesa de Tiquinho.
01:18Em nota, o ministro também reafirmou que nunca recebeu nem conheceu as pessoas citadas na reportagem.
01:27Vou chamar o Mota para trazer as impressões em relação a essa notícia divulgada,
01:33que também tem gerado muitas teorias, principalmente nas redes sociais.
01:38A gente já noticiou muito, né, Mota, aqui no programa, o avanço do crime organizado, né?
01:44O acesso que esses grupos criminosos conseguiram conquistar nos últimos anos,
01:50inclusive dentro da administração pública, ou até representantes ou familiares
01:56que conseguiram agendas com representantes de governos.
01:59Nós trouxemos isso aqui, não é novidade.
02:02Agora, tentativa de alcançar alguém do Supremo, essa é nova.
02:06É, eu confesso, Caniato, que eu não entendi muito bem essa notícia.
02:13Então, eu vou avançar com muita cautela aqui.
02:17A princípio, não há nada demais nos advogados que defendem um criminoso
02:23tentarem acesso ao magistrado.
02:27Não há nada demais nisso.
02:28O que há demais é se o criminoso de dentro da prisão
02:35está direcionando atividades ilegais do lado de fora.
02:40Agora, se ele está pedindo à sua defesa que tente um contato com o magistrado,
02:47também não vi nada de excepcional nisso.
02:50O que eu fiquei surpreso, o elemento que me surpreendeu nessa história,
02:56é que parece que há vários processos relacionados a esse criminoso
03:01que tramitam na Suprema Corte Brasileira.
03:05E eu, que não sou jurista, confesso que não entendo muito bem isso.
03:10Porque vários processos relativos a um criminoso ligado a uma facção
03:15estão na Corte Constitucional.
03:18Para mim, a Corte Constitucional deveria julgar apenas questões constitucionais.
03:24É assim que funciona nos Estados Unidos, cujo modelo nós copiamos.
03:30Copiamos apenas em parte, né?
03:32Nos Estados Unidos, a Suprema Corte julga menos de 100 casos por ano.
03:39Aqui, no Brasil, a Corte Suprema já julgou até se você pode ou não
03:44levar a sua própria pipoca quando vai ao cinema.
03:49Você, Davila, acompanhou essa notícia, as informações que foram divulgadas?
03:55Naturalmente, a gente não tem acesso a todo o conteúdo.
03:58Mas surpreende, né?
03:59Pelo menos o esforço feito por esse criminoso,
04:02por meio de seus intermediários, emissários,
04:05de tentar contato com o ministro da Suprema Corte Brasileira.
04:09Caniato, o que chama atenção é a tentativa sistemática, cada vez mais,
04:17dessas organizações criminosas, principalmente o PCC,
04:20infiltrar no Estado brasileiro.
04:23É, com a formação de juízes, aliciamento de juízes,
04:28venda de sentenças.
04:30Nós tivemos, recentemente, aqueles escândalos gigantescos de venda de sentença.
04:35Então, existe uma ideia de desestabilizar,
04:40colocando ou infiltrando pessoas que sejam mais simpáticas
04:44às causas do crime organizado.
04:48Felizmente, essa tentativa não deu resultado.
04:52Aliás, as provas cabais de que não conseguiram chegar ao ministro Cássio Nunes,
04:59Marx, e isso é muito bom sinal.
05:01Bom sinal de que ainda o Supremo Tribunal Federal,
05:05de certa forma, está resistindo às investidas do crime organizado.
05:10Mas o fato é que cada vez mais o crime organizado está infiltrando
05:15no Estado brasileiro, no legislativo, na política e nas atividades legais.
05:22Nós aqui, quantas vezes já comentamos imposto de gasolina,
05:26venda de energia e outras atividades.
05:29Então, é preocupante e vejo com enorme preocupação
05:35como nós estamos reagindo como tartaruga
05:39em relação a um problema tão desafiador para o país
05:43como é o crescimento, o avanço do crime organizado
05:47tanto no Estado brasileiro como em atividades legais,
05:51como controle do território.
05:52É inacreditável a apatia, a omissão do governo federal
05:58em tratar a questão do crime organizado.
06:02O Brasil está a caminho de se tornar um narco-Estado.
06:06E está a caminho de se tornar um narco-Estado
06:08por causa da omissão e da apatia, principalmente do governo,
06:14para encarar isso como o assunto mais sério do momento.
06:18A notícia em destaque, mensagens e cartas indicam tentativa de um preso
06:25em manter algum tipo de contato com o ministro do Supremo Tribunal Federal
06:30por meio de seus emissários, os seus intermediários.
06:33Quando o Mota traz a informação e indica que aparentemente não vejo nenhum problema
06:40quando um advogado tenta fazer o contato com um juiz, um desembargador, um ministro.
06:47Ok, de fato.
06:48Se a comunicação for feita por meio do advogado.
06:51Mas as informações que foram divulgadas indicam que familiares tentariam fazer esse contato.
06:59A filha participaria de um jantar, conheceu alguém que trabalhou com ele no passado,
07:04vou tentar chegar até a ele.
07:05E as pessoas se perguntam, bom, mas qual era o objetivo?
07:08E mil teorias, né?
07:11Tentar levantar algum tipo de informação fora dos autos, fazer algum tipo de ameaça.
07:17Enfim, são muitas informações que a gente precisa considerar e apurar, né, Beraldo?
07:24Agora, a gente precisa observar dois pontos que me parecem fundamentais.
07:30Um é esse que o Mota trouxe.
07:31Um assunto de um traficante, um chefe de facção criminosa,
07:35sendo tratado do Supremo Tribunal Federal.
07:38Quando me parece que, ao menos neste caso, não é alguém com foro privilegiado.
07:45E depois, existe esse Brasil de verdade,
07:51em que essas facções criminosas só se tornaram poderosas
07:56porque a promiscuidade da relação entre elas e o poder público é evidente.
08:05Na liderança de uma facção criminosa como o PCC, não tem nenhum bobo, não tem nenhum trouxa.
08:11O processo de seleção para ocupar esses cargos de liderança é feito com extremo rigor.
08:20E alguns pagam com a própria vida, caso não sejam aprovados.
08:24Portanto, quem está ali nessas posições são pessoas que sabem o que estão fazendo
08:31e aí nos traz essa dura realidade do Brasil, que estão habituados em ter essa relação promíscua com o poder judiciário.
08:39Muitos casos em que conseguem, sim, a partir do uso de recursos, mexer com decisões.
08:48Vimos um caso escabroso no Mato Grosso, que vem sendo investigado a partir de venda de sentenças,
08:56onde, curiosamente, misteriosamente, na minha opinião, apenas assessores estão pagando a conta
09:05enquanto magistrados que assinavam as decisões e que deveriam ser responsáveis pelas decisões proferidas
09:13com base na lei.
09:16Porque eles podem dizer, não, mas o meu assessor influenciava.
09:19Mas existe a lei. O magistrado tem que conhecer a lei e tem que saber o que assina.
09:24Portanto, ele é responsável pelas decisões proferidas.
09:29Assim deveria ser. Assim é previsto que seja.
09:33Mas, nesse caso lá do Mato Grosso, não foi assim que aconteceu.
09:37Portanto, sabemos que há todo tipo de influência do crime organizado em várias instâncias,
09:43na polícia, na magistratura e por aí vai.
09:47Só que isso está de tal forma normalizado no Brasil
09:52que essas lideranças pensam, por que não fazer um contato com o ministro da Suprema Corte Brasileira
10:01e, quem sabe, ali vender meu peixe, conseguir uma decisão favorável.
10:08Então, assim, é um retrato de Brasil nessa notícia.
10:12Pois é. Claro que a gente vai se debruçar.
10:15Eu faço questão também de levantar informações sobre esses processos
10:19pra tentar responder aos nossos comentaristas e também à nossa audiência.
10:23Por qual razão esses processos correm na Suprema Corte Brasileira?
10:29Qual seria a justificativa pra ter subido todas as instâncias
10:33e agora está sendo apreciado pelo Supremo?
10:36E mais de um processo, inclusive.
10:38Você, Mota, só pra fechar as análises e reflexões em cima dessa notícia,
10:43mas ampliando também pra situação que envolve o Supremo Tribunal Federal,
10:48também está apreciando os casos que envolvem o Tiquinho.
10:53Tiquinho, que é o integrante do PCC.
10:55É, vamos colocar as coisas em perspectiva.
11:00Só que no Rio de Janeiro, o crime dividido entre facções do narcotráfico e milícias
11:09controla mais de 1.400 territórios.
11:13Alguns desses territórios estão ao redor ou sobre as principais vias da cidade.
11:20A gente viu, semana passada, um carro da Polícia Federal que entrou,
11:27estava entrando por engano em uma dessas comunidades,
11:30recebeu o aviso de uns moradores, não entra aí não,
11:33que é complicado, e o carro deu ré.
11:35O que mais a gente precisa?
11:38Nós já falamos várias vezes sobre a situação crítica na qual o Brasil chegou.
11:44Eu acho que essa história do Tiquinho é um Tiquinho de nada
11:49diante do que aconteceu no Brasil.
11:53Nós já vimos em São Paulo duas vezes em que a cidade parou,
11:59porque foi emitido um salve geral de uma facção.
12:04O que está faltando mais para as pessoas que estão no Estado brasileiro
12:10entenderem a precariedade da situação no Brasil?
12:14Eu tenho até medo de imaginar.
12:17Pois é, programa Os Pingos nos Isis.
12:19Muita gente chegando, inclusive, à nossa audiência.
12:22A notícia que a gente repercute e analisa,
12:25o PCC e a tentativa de infiltrar integrantes do grupo
12:30na política, economia e judiciário.
12:33E tem uma apuração do portal Metrópolis
12:37que indica a tentativa de um integrante da facção
12:43em manter contato com um integrante da Suprema Corte Brasileira,
12:47um ministro do STF.
12:50Qual o objetivo?
12:51Ainda não sabemos, mas estamos à procura de informações
12:54que indiquem exatamente qual é o objetivo dele.
12:58Dávila, só para a gente fechar a análise e reflexão
13:01sobre a problemática que envolve esse episódio,
13:05mas também ampliando para as questões que envolvem
13:08a maneira como as facções criminosas operam, né?
13:12Como grandes empresas, mas também com vários tentáculos
13:16que hoje em dia operam de forma legal para lavar o dinheiro,
13:20mas também para conseguir acessar grupos, pessoas e instituições
13:27que deem respaldo a algumas figuras da organização,
13:31algumas empresas da organização,
13:33mas que também facilitem essa mega operação.
13:36Em algum momento das nossas discussões,
13:39o Beraldo chegou a comparar o faturamento dessa principal facção
13:43à da Petrobras, né?
13:45Um faturamento algo parecido, similar.
13:48Então, assim, dinheiro não é problema.
13:50Agora, eles se utilizam desses recursos
13:52para conseguir entrar e penetrar em todas as camadas da sociedade.
13:57Não é, Dávila?
13:59É verdade, Caniato, mas a pergunta que fica para todos nós é a seguinte.
14:05Como é que em 1994, uma organização criada
14:10num presídio de São Paulo com seis pessoas
14:13se transformou nesse gigante multinacional todo esse tempo
14:17e o Estado não fez nada, nada, para frear esse crescimento,
14:23para transformar essa organização na Petrobras do faturamento
14:29numa organização com ramificações pelo mundo inteiro,
14:33no maior comercializador de cocaína do mundo?
14:36Quais foram os erros?
14:37Então, assim, é uma coisa inacreditável.
14:41Assim, como é que uma coisa que nasce em 94,
14:45num presídio de São Paulo, vira esse monstro?
14:48E para você ver há quantos anos nós tratamos com um relapso imoral
14:55o crescimento do crime organizado no Brasil.
14:59Esse é o ponto.
15:00E nós continuamos a fazer a mesma coisa,
15:03apesar do tamanho que essas organizações já tomaram.
15:07Por isso, aqui, o nosso alerta é inacreditável.
15:11Essa omissão e essa apatia vai acabar com o Brasil.
15:15Nós vamos virar esse narco-Estado aqui,
15:17controlado pelo crime organizado.
15:18E aí, a solução vai ser o tal do Bukele,
15:22que é tudo que a gente não quer.
15:23A gente acredita aqui, pelo menos todos nós democratas,
15:28que a gente tem que resolver os problemas
15:29de acordo com as regras do Estado Democrático e Direito.
15:33Mas daqui a pouco vai acontecer isso no Brasil.
15:37A gente vai seguir acompanhando essas movimentações.
15:40Esse é um tema que gera muitas discussões,
15:43muitas análises.
15:43E, claro, que nós tentaremos levantar todas as informações
15:48a respeito desse episódio que foi divulgado no portal Metrópolis
15:53e também é importante destacar quais são os processos
15:56deste traficante, deste integrante do PCC
15:59que correm no Supremo
16:01e por qual razão esses processos estão na Suprema Corte Brasileira.
16:05A ver.