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Em entrevista ao Direto ao Ponto, o governador Mauro Mendes (União Brasil-MT) debateu se tarifas impostas por Donald Trump podem beneficiar a indústria brasileira. O político afirmou que o maior risco à indústria brasileira está na falta de estratégia do próprio governo.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/8WC-Y9Vz7cc

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Transcrição
00:00Agora, governador, o senhor que também já foi líder da Federação das Indústrias, lá do seu estado,
00:06eu quero saber, diante deste cenário, não pontualmente, mas diante do cenário da instabilidade de anúncio de tarifácio,
00:12de reações mundo afora, retaliação aqui e ali, a pessoa da indústria no Brasil,
00:17ela está mais preocupada com esse movimento ou está mais otimista com as oportunidades que podem surgir,
00:24como o senhor disse, que podem surgir novas oportunidades diante desse movimento?
00:27Primeiro, Fábio, desculpa, Nelson, o Brasil hoje, a gente tem uma indústria que ao longo dos anos,
00:35ela vem perdendo importância no cenário da economia brasileira, muito embora nós temos uma indústria resiliente, competente,
00:42nós fabricamos avião aqui, exportamos para o mundo inteiro, nós temos setores da indústria brasileira que são competitivos,
00:49que são importantes, a indústria alimentícia que cresceu muito na esteira do crescimento do agronegócio,
00:55então, é um, digamos assim, um nicho de segmento fundamental, e eu vejo que as oportunidades, elas podem se ampliar,
01:04mas os nossos maiores problemas, eles ainda são internos, a burocracia do Brasil, que o empresário e o empreendedor tem que lidar,
01:12né, para se estabelecer, para permanecer, essa carga tributária maluca que nós temos aí,
01:17agora, estamos falando de uma nova para simplificar, mas ela vem com esse título de ser uma nova modelo de simplificação,
01:24mas impõe ao brasileiro a maior IVA do mundo, então, isso é muito ruim, então, os nossos maiores desafios, eles são internos,
01:33independente do cenário mundial, né, de oportunidades ou ameaças que nós possamos ter, a maior ameaça é o próprio país,
01:41é a ineficiência pública, é o gasto público, é a infração, é juros batendo aí na casa de 14%, 15%,
01:48como é que você sobrevive num país desse, como é que você investe?
01:51Então, esse é o maior desafio da indústria brasileira, que muitas vezes precisa de capital intensivo na sua implantação
01:59para ter retorno no longo prazo, como é que você faz isso, né, quando você precisa de capital de terceiro,
02:03pagando um juros de quase 15%?
02:05Nosso maior desafio é nós mesmos.
02:07Fala aí, Elias Tavares.
02:09É um prazer estar aqui mais uma vez, governador.
02:12Eu queria falar um pouquinho sobre a jornada política do senhor.
02:15Em 2010, o senhor foi candidato ao governo pelo PSB, né, evidentemente ali numa chapa até,
02:22um campo progressista, né, PDT, PV, cidadania, na época, PPS, né,
02:28hoje o senhor desponta aí com um grande líder do centro-direita, né, uma voz forte, reeleito, né,
02:35com o primeiro turno, que é um feito muito importante para uma jornada política,
02:41mas devido a esses 15 anos que se passaram nessa mudança, porque o senhor veio de um partido ali de centro-esquerda, né,
02:48até chegar aqui nesse momento, embora desde essa época o senhor já colocou ali uma independência na candidatura à presidência, né,
02:55colocado ali, o que que mudou do governador, do candidato de 2010 para o candidato atual reeleito duas vezes com a votação totalmente expressiva?
03:06Elias, é muito claro que todos nós, ao longo do tempo, podemos amadurecer, né,
03:12compreender melhor algumas realidades que você, né, utopicamente ou ludicamente imaginava que elas seriam de um jeito,
03:21e quando você começa a viver essa realidade, você depara com um universo de coisas reais muito diferentes do que você imaginava.
03:29Entretanto, eu me posiciono hoje como uma pessoa de centro-direita, uma pessoa que está na política para fazer o bem,
03:38não estou na política para fazer carreira, não estou preocupado com a próxima reeleição.
03:42Quando eu entrei no governo de Mato Grosso, ele falou que fui reeleito em primeiro turno,
03:46eu fui reeleito em primeiro turno com quase 70% dos votos,
03:48mas no início do meu mandato eu fui extremamente vaiado.
03:52Os produtores me vaiavam, os servidores, o pessoal da comércio, da indústria,
03:56eu cortei incentivo fiscal, eu fiz uma reforma da Previdência doída lá para muita gente,
04:02mas eu dizia, gente, você precisa fazer o que precisa ser feito.
04:05Nós temos que ter coragem de fazer nesse país o que precisa ser feito.
04:08Olha o que está acontecendo com as contas públicas no Brasil.
04:10O trabalhador vai pagar essa conta, o juro caro, a inflação vai para a conta dele,
04:16vai dar isenção de imposto de renda, ótimo, lindo, mas com inflação,
04:20come isso tudo durante o ano, não vai adiantar nada.
04:24É dar com a mão e tirar com a outra, é isso que está se fazendo.
04:27Então eu sou um político mais pragmático, de resultado, faço o que tem que ser feito,
04:33não olho para a próxima eleição, eu olho para a realidade.
04:36Tem que enfrentar, eu enfrento.
04:38E foi assim que eu me elegi prefeito lá, falando um pouco a verdade,
04:43falando aquilo que eu acreditava que era possível fazer.
04:46Não fui para a reeleição, tinha 80% de aprovação,
04:50ali praticamente eu encerrava a minha carreira política,
04:53mas os adversários normalmente não te deixam sair.
04:57Aí me dragaram com a eleição novamente, eu acabei sendo candidato,
05:02ganhei, aí fui para a reeleição.
05:03E agora não estou preocupado de ser senador, de ser isso ou aquilo ano que vem, não.
05:07Posso terminar o meu mandato e voltar para casa com a consciência tranquila.
05:10Nunca respondi um processo de improbidade administrativa.
05:14Então eu me considero assim, um político de centro-esquerda
05:16que quer fazer o que é correto, fazer o que é justo,
05:19entregar resultado.
05:22Pouca conversa e resultado.

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