A Faculdade Santa Marcelina, de São Paulo, optou por expulsar os 12 alunos de medicina que fizeram uma foto segurando um “bandeirão” com uma mensagem de alusão ao crime de estupro. A bandeira continha a inscrição “entra p****, escorre sangue”, frase retirada de um hino da atlética de medicina, banido em 2017. A psicóloga Carla Brandão participou do Morning Show e falou sobre o assunto.
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NotíciasTranscrição
00:00Agora, seguindo adiante aqui, pessoal, parece que dessa vez a justiça foi feita.
00:04Até porque a Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, expulsou 12 alunos do curso de medicina
00:12e suspendeu outros 11 por cânticos e faixas que foram estendidas em alusão ao crime de estupro.
00:20Falando na extinção do bom senso nesse país, acho que realmente temos aqui mais um episódio muito claro nesse sentido.
00:27Episódio esse que ocorreu em março desse ano, durante um evento esportivo da Associação Atlética Acadêmica,
00:32quando os envolvidos entoaram um hino que foi banido em 2017 por conteúdo claramente sexual, machista e abertamente violento.
00:42Ninguém melhor do que a nossa próxima convidada aqui pra gente repercutir o que isso representa mais amplamente nesse Brasilzão
00:47do que a nossa querida psicóloga Carla Brandão, que se junta a nós aqui.
00:51Ela que também tem toda uma trajetória como jornalista. Beleza, querido? Bom te ver.
00:54Bom dia, André. Bom dia a todos. Muito bom falar sobre isso, porque é um absurdo, né?
00:59Exatamente.
00:59Eu gostei do open bar que você falou. Open bar de absurdo.
01:01Open bar de... Exatamente.
01:03A extinção do bom senso. Agora, aluno de medicina, futuros médicos, profissão essa que você é tutelado
01:09desde o momento que você usa a fralda a quase endeusar e exaltar como as pessoas mais nobres na sociedade
01:16acabam dando esse péssimo exemplo. E não é o primeiro, não, né?
01:19Não é o primeiro. Já vim falar, inclusive, de outros aqui.
01:21E aí eles estão em tese, vivos e trabalhando para fazer com que a vida dos outros seja mantida.
01:27E eles fazem exatamente o contrário num evento acadêmico, onde a gente também, como a Jess falou,
01:33tanto quanto na escola, tanto na faculdade, cabe também essa instituição não só expulsar,
01:40talvez fazer algum outro tipo de atitude, ter algum outro tipo de forma de exemplar
01:45para que isso realmente acabe. Porque passa ano, entra ano e todas as vezes a gente percebe
01:50que os alunos, os estudantes pegam caloros, fazem absurdos, botam coisas para eles tomarem.
01:57E aí a empatia não existe, o bom senso não existe.
02:01E se o jovem não teve exemplo em casa, não teve essa condição em casa para poder entender
02:06qual é a melhor atitude a se fazer, que alguém dê esse tipo de entendimento
02:10numa instituição que ele vai começar a frequentar.
02:14Pelo amor de Deus. Mano Ferreira, me ajuda aqui.
02:17É surreal essa história, né? Porque a gente está falando de médicos que vão precisar cuidar
02:23da vida e da saúde, da integridade corporal das pessoas,
02:27que acham razoável tirar uma foto numa faixa gigantesca
02:34que tem a inscrição, entra P, sai sangue.
02:39Ou seja, uma faixa que faz uma apologia nojenta ao estupro.
02:46Imagina as mulheres que estavam ali.
02:48Pelo amor de Deus.
02:48Imagina, e a gente está em pleno século XXI.
02:50A mulher segurando a faixa.
02:52É, em pleno século XXI, onde a gente fala tanto de feminicídio,
02:55onde a gente fala tanto de tantas outras coisas que os jovens até me ensinam, né?
03:00Eu aproendo muito com muitos jovens.
03:02Não existe uma coisa dessa, não é?
03:04E para a mulher é muito aviltante.
03:05Imagina a cultura que a gente está falando nesse ambiente educacional,
03:11onde os futuros médicos e até futuras médicas estão segurando uma faixa como essa.
03:17Então, qual que é o clima geral de desrespeito, de banalização do estupro,
03:24do crime sexual, do crime contra a integridade do corpo de outra pessoa
03:29que está instalado nessa universidade?
03:34Isso, assim, a expulsão por parte da faculdade, eu diria que é o mínimo
03:41para tentar reconstituir a imagem e a marca dessa instituição de ensino.
03:46É isso aí, inclusive, estamos de volta para todos os ouvidos atentos,
03:49aqui sintonizados na nossa rede Jovem Pan de Rádio Morning Show,
03:53segue a todo vapor, repercutindo aqui, sinceramente, um estômago bem embrulhado,
03:58mais um caso de alunos de medicina perdendo completamente a linha,
04:01dando um péssimo exemplo.
04:02Eles que serão os futuros médicos que cuidarão das pessoas nesse Brasilzão.
04:06Agora, claro que eu me refiro aqui, inclusive vale ressaltar,
04:09com a nossa convidada aqui, pessoal, a psicóloga Carla Brandão,
04:12sempre desfilando todo o seu conhecimento,
04:14que esse curso de medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo,
04:18tem um valor mensal de nada mais nada menos que 10.881 reais de mensalidade.
04:24É para poucos, né?
04:25E como a Jess falou, tinha meninas segurando a faixa.
04:28O que leva a pensar que elas devem estar achando divertido fazer parte daquilo,
04:34se sentirem inseridas, e aí elas aceitam tudo.
04:37Como antigamente, como a gente já vê nos dias de hoje,
04:39pessoas fazendo coisas que não convêm, que não são saudáveis,
04:43só para se sentirem enturmadas,
04:45para se sentirem enturmadas com pessoas que são poderosas.
04:48Isso é muito do comportamento humano, né?
04:50Exatamente.
04:50Eu acho isso perfeito.
04:52E eu acho que aqui a gente tem que ver uma instituição,
04:54que é muito comum, nem todas são ruins,
04:56mas a maioria, pelo que eu já vivi, são,
04:58que são as atléticas.
04:59Que são esses grupos que, em tese, seriam para esportes,
05:04mas que são para atos...
05:06Eu vou falar putaria aqui mesmo.
05:07Porque é isso que a atlética, muitas vezes,
05:10ela prega dentro das universidades.
05:11É álcool ilimitado, é droga ilimitada,
05:15é uma postura danosa como essa.
05:18A faixa, ela é horrível.
05:20Mas quando você olha o cântico,
05:22a música que eles estavam cantando,
05:24a faixa não fica tão ruim.
05:25Esse é o grau do nojento canto
05:28que eles entonavam nessas competições.
05:30E vale mencionar que há pouco tempo,
05:32a faculdade, se eu não...
05:33Aqui, ó.
05:33A faculdade de Santo Amaro,
05:35também no curso de medicina,
05:36também teve um problema semelhante
05:38em relação a uma música
05:40e em relação a posturas
05:41em que os jovens ficaram pelados
05:43e começaram a brincar de se masturbar.
05:46Então, assim, quando a gente olha
05:47para esse ambiente,
05:49a atlética deveria ser uma instituição
05:50que preza pelos esportes,
05:52pela competição, pela qualidade,
05:55pela mente e o corpo são.
05:56E elas não são.
05:58Elas são modificadas dentro do Brasil hoje
06:00para ser puro show de horror universitário.
06:04E isso não combina com gente
06:05que está estudando
06:06e gente que quer levar uma vida
06:07com seriedade em relação a isso.
06:09Não estou falando que a piegas
06:10não pode beber, não pode festejar.
06:12Pode, claro que pode.
06:13Mas existe um limite dentro disso
06:15que é um limite ético,
06:18um limite valorativo.
06:19Apologia ou estupro não pode estar
06:21virando brincadeira dentro de faculdade de medicina.
06:23E é este o Brasil de hoje.
06:25E é um desrespeito com o esporte também, né?
06:27Com os pais que pagam a mensalidade.
06:29Apesar de você ter um adversário ali,
06:31você tem que sempre respeitar o adversário.
06:32Eu sempre fui praticante esportivo
06:35e, assim, é o mínimo você respeitar o seu adversário.
06:38Por mais que haja provocações,
06:40a gente que torce para time de futebol e tudo,
06:42a provocação não pode extrapolar.
06:45Apologia ou estupro,
06:46também questões relacionadas ao racismo,
06:49como a gente vê com frequência,
06:50envolvendo, inclusive, estudantes de medicina.
06:52Porque parece que é uma, assim,
06:54eu me sinto acima do bem e do mal
06:56porque eu pago a mensalidade mais alta
06:57de toda a universidade, né?
06:59Não, e até nas universidades públicas
07:00isso também acontece.
07:01Agora, o que eu acho bom
07:02é o expulso, chegar para o pai,
07:04doutora, que ela fala,
07:05pai, eu fui expulso da faculdade de medicina
07:07que o senhor pagou nos últimos quatro anos.
07:08Por que, meu filho?
07:09Ah, porque eu fiz umas gracinhas,
07:10cantei uma música, apologia, estupro.
07:12Então, assim,
07:13precisa-se também ter um certo cuidado,
07:15porque esses jovens, eles estudam.
07:16É difícil passar em faculdade de medicina.
07:18Então, eles estudam muito.
07:19E parece que chega na faculdade
07:20que tem um ambiente, sabe?
07:22O poder do ambiente.
07:23Esse ambiente do comportamento de banada,
07:25esse ambiente do comportamento esdrúxulo, idiota.
07:28E eu vejo que muitas instituições
07:30têm que tomar esse cuidado com a atlética
07:32antes, para que não potencialize isso.
07:34Só um detalhe.
07:35Essa mensalidade, em quatro anos,
07:37quer dizer quase meio milhão de reais.
07:39Sim.
07:40Meio milhão de reais.
07:41Cara, assim, eu entendo.
07:43A Jess foi precisa aqui também.
07:44É importante a gente encarar isso.
07:45Eu tenho cravado aqui na minha mão direita, pessoal,
07:48uma cicatriz aqui.
07:50Uma cicatriz muito clara aqui,
07:51que é um lembrete de quando nós fomos
07:53pela PUC do Rio de Janeiro,
07:54campeões dos Jogos Jurídicos Nacionais em Americana.
07:57Então, eu vivi muito nesse ambiente.
07:59E eu juro para vocês,
08:01eu sempre me surpreendi.
08:02Não quero bancar o menino no presépio aqui, não.
08:04Nem o moralismo de goela, como diria o Ciro Gomes.
08:07Mas o pessoal perde demais a linha nos cantos.
08:10Realmente é um nível, assim, grosseiro,
08:11que até a galera que, enfim,
08:14não quer bancar aqui a virgem no bordel,
08:17não é isso.
08:18Mas que realmente todos os limites são ultrapassados.
08:21Os jogos ali pareciam verdadeiros coliseus
08:23com um bando de selvagem ali nessas arquibancadas.
08:27E claro que isso contamina o ambiente como um todo.
08:29E os mais,
08:30e o pessoal querendo aparecer para ter algum protagonismo,
08:33começam a descambar por uma loucura dessa.
08:35Mas, de qualquer maneira,
08:36eu acho que, enfim,
08:37fica aqui o meu depoimento, pessoal.
08:38Isso foi em que ano que você machucou a mão?
08:39Foi em 2015, se não me engano.
08:41Passaram-se já tantos anos e nada mudou.
08:45E na minha época também,
08:46quando eu fiz faculdade,
08:47em 1900 e lá vai, nem conto.
08:48Sim.
08:49Também já tinha isso,
08:52apesar de que eu não aceitei.
08:54E quando, minha querida Carla Brandão...
08:56E aí, a minha querida Carla Brandão...