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Dois vereadores trocaram socos após discutirem durante uma sessão na Câmara Municipal de Figueirópolis D'Oeste, no Mato Grosso. A bancada do Morning Show debateu sobre o assunto.

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Transcrição
00:00Quando os vereadores, que deveriam também ser, de certa forma, políticos,
00:04deveriam ser exemplares também, deveriam, mas há muito tempo já não são nesse país, né?
00:08E quando eles começam a dar um mau exemplo e partem ali pras vias de fato?
00:12É, meus amigos, numa sessão na Câmara de Figueirópolis do Oeste, do Mato Grosso,
00:17acabou nessa pancadaria generalizada, socos pontapés e, enfim, voando pra tudo que é lado,
00:23depois dos vereadores Geraldo de Assis Rocha, do Partido Republicano,
00:26e o José Lucas da Silva, do PSDB, em federação com cidadania,
00:31se desentenderam, pra dizer o mínimo.
00:33E é aí que entra o nosso questionamento, Carla Brandão.
00:36O que tá acontecendo com o controle emocional das pessoas, ainda mais de figuras públicas e políticas,
00:41que deveriam estar dando exemplo minimamente?
00:43É, você fez uma ótima pergunta e eu vou devolver, pegando um gancho da Jess.
00:48Eu fico imaginando os filhos desses caras assistindo isso, né?
00:51Lá eram os pais, aqui são os filhos.
00:53O que que eles pensam, acham normal e vão replicar isso,
00:56porque a gente ensina pelo exemplo, mais do que pela palavra.
00:59Então, a gente já sabe, historicamente, isso é muito comum no Brasil.
01:03E no mundo também?
01:04No mundo também.
01:05O ser humano, ele tem um instinto de defesa natural, é da nossa mente.
01:11Mas ele é pra nos, em tese, é pra nos defender.
01:14E não pra você usar isso como um instrumento de insegurança.
01:17Porque, na verdade, isso é insegurança e falta de inteligência emocional.
01:20Que deveria ser algum patamar pra que você seja político, né?
01:24E nesse caso, é também um profundo desrespeito à democracia.
01:28Sim.
01:28Porque o espaço do parlamento é o espaço de convivência entre as opiniões diferentes.
01:34Então, não importa o quão tenha sido, assim, intensa a divergência entre esses dois vereadores.
01:44Eles são, literalmente, pagos com dinheiro público para que divijam.
01:49E para que divijam, encontrem uma solução que chegue a uma deliberação pacífica para as questões da municipalidade.
02:00Agora, eu tenho a dúvida, Marinho, se, com o eventual processo de cassação de mandatos, eles vão entrar em greve de fome.
02:06Será que a gente vai ver?
02:09Ou se também vai acabar no que a gente vem chamando de namastê parlamentar, né?
02:12Se o presidente da Câmara ali de Figueirópolis do Oeste vai realmente ali fazer panos quentes e não deixa disso.
02:19Mas, aqui, apesar das brincadeiras aqui, doutora Carla, a gente quer entender, na sua visão, como é que faz pra tentar mudar isso, né?
02:27Minimamente.
02:27Eu acredito em punição, porque a gente tem que, ou se vem de baixo pra cima, vem pelo exemplo.
02:33Quando não acontece dessa forma, tem que ser de cima pra baixo, pela punição.
02:37A gente só passou a usar cinto de segurança quando houve multa.
02:40A gente só sabe que o filho para de usar o celular quando você fala que não pode usar e tira na entrada do colégio.
02:47E, muitas vezes, é difícil você implementar uma mudança estrutural num comportamento desse.
02:54Então, só pela punição pra ver uma nova forma de comportamento.
02:58Porque não dá pra eles entenderem, provavelmente, quando eu falo com uma pessoa assim, me desculpa esses políticos, eu tenho vergonha.
03:05E eles deveriam fazer a terapia.
03:07Então, a punição deveria ser da casa alta pra casa baixa?
03:10No caso, a Câmara dos Deputados, aí a Câmara dos Vereadores também tem de exemplo.
03:14Tô me referindo ao caso do Glauber, que o Mano bem citou.
03:17Exatamente.
03:18Em relação à Câmara dos Deputados, né?
03:20Que ele expulsou o cidadão a pontapés e agora a gente vê esse episódio entre dois parlamentares.
03:26Então, assim, qualquer ato de violência, ele deve ser repudiado em qualquer situação.
03:30Ainda mais no contexto político, onde a gente tem que lidar com as diferenças de ideias.
03:34E o contexto dessa indústria da indignação.
03:37Quanto mais UFC, quanto mais gladiadores esses representantes da opinião pública se tornam,
03:43em tese, mais cliques e mais adesão eles terão nessas tribos.
03:46Exatamente.
03:47E tem gente que acha que isso é de ser corajoso, né?
03:49Exato.
03:50Tem gente que acha que isso é uma atitude...
03:51Ah, me chamou de FDP, vou lá pra cima dele.
03:53Eu faço mesmo, né?
03:55Isso é da época do coronelismo.
03:58Coronelismo.
03:59Coronelismo brasileiro.
04:00Mas que a gente trouxe aqui alguns exemplos que seguem muito bem.
04:03Obrigado, não é isso, mano?
04:05Infelizmente, porque mostra como a nossa cultura política ainda é muito autoritária.
04:09Ainda é muito baseada na ideia de que o bom representante, na verdade,
04:14é o macho alfa que, se houver um desaforo, vai partir pra cima do outro.
04:20Mas isso nada mais é do que um espírito tribal e não um espírito democrático necessário
04:25pra uma sociedade aberta, onde nós podemos conviver com a divergência,
04:30com a diversidade de estilos de vida, de visões de mundo.
04:34E isso só é possível quando a gente abre mão dos punhos e pontapés
04:39e substitui isso pelo diálogo, pela retórica, pela palavra, pelo livre convencimento.
04:45Vocês tiveram aula de educação moral e cívica no colégio, MPB?
04:49Será que ele não existe?
04:50Porque a gente aprendia isso, né?
04:53A gente aprendia minimamente no colégio o que é isso de você dialogar,
04:57o que é democracia.
04:58E isso é aviltante pra uma democracia.
05:00A gente, como você disse, a gente paga pra eles nos representarem.
05:04Mas eu acho que é o wing, eu não quero isso.
05:06Que é assustador aqui.
05:07É um país em que isso é muito comum, vale mencionar.
05:10Para ele que tá em alta, né?
05:12Fernando Collor de Mello, o pai de Fernando Collor de Mello, né?
05:16Ele matou um colega senador.
05:19Tive errado.
05:20Pleno plenário do Senado Federal.
05:23Do Senado Federal.
05:24E agora nós vimos Glauber chutando um cidadão da Casa do Povo.
05:27E aí nós vemos esses casos, Collor.
05:30Remova o nome de papai de sua boca imunda.
05:34E não comece a defenestrar a memória de Arnon Afonso de Mello.
05:38Jamais.
05:39Não, não, não.
05:40Você que está o fazendo preso.
05:42Mas a realidade...
05:44Direito a camarões.
05:45Aqui a champanhe.
05:46Eu não sei se vai ter, mas...
05:47Mas a realidade é que a gente precisa ver
05:50que esse problema da violência,
05:52ele não vai ser endereçado
05:53se a gente também não punir esses políticos.
05:55E aí fica com dó o presidente da vereança ali.
05:59Ah, mas foi um episódio.
06:01Não pode ser assim, gente.
06:02Dois pesos e duas medidas, né?
06:03Dois pesos e duas medidas.
06:05É um absurdo.
06:06É humilhar a população.
06:08O cara achar que pode de lutinha.
06:10Que que é isso?
06:10Que país é esse?
06:11Que Câmara dos Vereadores é esse?
06:13Que você vai de lutinha resolver conflito?
06:15Pelo amor de Deus.
06:17Sim.
06:17Agora, David, fica à vontade.
06:19Quer complementar?
06:20Não, é um tremendo absurdo.
06:21E assim, não tem nem o que dizer em relação a isso,
06:24a não ser que haja punição exemplar
06:26para todos que cometem violência
06:28nos mais diferentes ambientes,
06:29principalmente relacionados à política.
06:31A política é feita muito mais de acordos
06:33do que de embates.
06:34Pelo menos deveria ser,
06:36e pelo menos foi criada para ser,
06:37uma forma pacífica de se evitar a guerra.
06:39Porque qual é a outra alternativa
06:40no seu diálogo e a conciliação e a negociação?
06:43É o autoritarismo, a radicalização
06:45e a violência que a gente fica vendo aí
06:46dar esse péssimo exemplo, né?
06:48Impor a sua opinião pela força, né?
06:50Isso não existe.
06:51Isso não existe nem em casa,
06:53nem nas residências, nos lares,
06:55deveria fazer parte.
06:56Porque a gente tem que aprender a dialogar lá,
06:58desde criança, né?
06:59Quando você quer fazer uma coisa,
07:00o pai não deixa,
07:01e você tem que começar a aprender a se expressar.
07:04E quando você começa a aprender a se expressar,
07:06você tem paciência de ouvir o que o outro tem a dizer.
07:09E está faltando paciência, né?
07:10Depois da pandemia, parece que piorou.
07:12As pessoas não têm mais tolerância,
07:13tolerância a zero.
07:15A gente sabe que isso existiu sempre
07:16na história da civilização.
07:18Mas a gente hoje tem as câmeras para registrar, né?
07:20E eu acho que se é para ser assim,
07:22vamos estabelecer então um UFC.
07:24Põe lá o defensor da lei
07:26com um vermelho, o outro com azul
07:28e vamos no soco até o nocaute.
07:30Mas que seja estabelecido assim, de fato, né?
07:32Porque está uma passada.
07:33Já pensou se essa ideia pega?
07:35Não duvido que pegue.
07:36E aí nesse caso,
07:37até vamos lembrar que
07:38o cidadão aqui tem um pouquinho
07:39de lugar de fala nesse troço.
07:42Até porque, assim,
07:44enfim, não pense que eu julgo os outros aqui,
07:46esses gloriosos vereadores de Figueirópolis do Oeste,
07:50sem fazer um exame de consciência antes.
07:51Sim.
07:52Eu fui o pivô involuntário
07:54de um grande arranca-raba
07:55aqui lá em maio de 2021
07:56com o deputado estadual Tomé Bidouche.
07:58Prazer, empresário Tomé Bidouche.
08:00Aê, tá ok?
08:02Mas muitas lições foram tiradas
08:04daquele episódio lamentável
08:05de que realmente...
08:07Claro, eu fui a vítima,
08:08eu que fui atacado,
08:09mas estava ali no meio do arranca-raba.
08:10E isso não leva a lugar algum
08:12e só deixou, enfim,
08:14arrependimentos no caminho.
08:15É, porque quando a gente é ameaçado,
08:17o nosso cérebro nos deixa
08:18em estado de alerta,
08:20de fuga,
08:21ou a gente vai partir pra fuga,
08:23ou a gente trava,
08:24ou a gente para.
08:25E a fuga faz com que o nosso cérebro
08:26faça a pressão arterial aumentar,
08:28o batimento cardíaco aumentar.
08:30E a gente, geralmente,
08:31quando a gente não respira,
08:32não pensa,
08:33não bota pra consciência,
08:34porque é um movimento
08:35da nossa subconsciente,
08:37a gente parte pro ataque.
08:38É meio, como ele falou,
08:39tribal, né?
08:40Quando os homens tinham que caçar
08:41pra trazer a comida
08:42pra dentro de casa,
08:43eu ou ele.
08:44É, eu falo isso pro meu filho,
08:46às vezes ele tá estressado,
08:47começa a gritar,
08:47ele volta um de voz,
08:48eu falo assim,
08:48olha, enquanto você estiver gritando,
08:50a gente não vai conversar.
08:51Quando você se acalmar,
08:52a gente conversa.
08:52Perfeito.
08:53Esse é um exemplo.
08:53É, os 10 segundos.
08:54Pessoal, como lidar com desrespeito?
08:56Inclusive, tô fazendo um vídeo aí,
08:57já fazendo spoiler aí,
08:58tem que...
08:59Dá os 10 segundos.
09:00Fica ali só olhando pra pessoa,
09:01sem mover um músculo facial.
09:03É, pensa, né?
09:04Ela vai começar a recuar.
09:06Não tem jeito.
09:06A pausa e a poder da pausa é inacreditável.
09:09Minha mãe já me ensinava,
09:10ela falou,
09:11bebe um gole d'água.
09:12Bebe um gole d'água?
09:13É, minha mãe me ensinou isso.
09:15Sabe, é mulher.
09:16Bebe um gole d'água,
09:16que dá tempo do cérebro
09:17dar uma travadinha.
09:18Tem uma tese realmente estudada,
09:20cientificamente,
09:21que é de 90 segundos,
09:22onde a partir dali,
09:24você abaixa essa adrenalina
09:25e você tem a condição
09:26de raciocinar
09:27e botar a sua consciência
09:28pra funcionar.
09:29Você, quando tiver em discussão,
09:31uma coisa em trabalho,
09:33você, por um minuto e meio,
09:34você respire.
09:35Você não vai pra luta.
09:36E nesse momento
09:37que a gente se despede,
09:39claro, apenas quem tá nos ouvindo
09:40pela rede Jovem Pan de Rádio,
09:41Morning Show,
09:42agitado, necessário de hoje,
09:43fica por aqui
09:44e a gente se vê amanhã.
09:45Tchau.
09:46Em frente,
09:47a gente continua aqui,
09:49nesse sentido, né?
09:50É importante nessas horas ali
09:51de tensão total,
09:52nessas brigas,
09:52você fazer mais perguntas
09:55e menos comandos, né?
09:56Não é você dizer,
09:57quem você pensa que é pra falar comigo
09:59desse jeito, mano Ferreira?
10:00É mais perguntar assim,
10:00em que momento você achou
10:01que eu te dei a impressão
10:02de que você poderia falar assim comigo?
10:04Você já muda a equação, né?
10:05E essa é uma técnica perfeita,
10:07serve pra todo mundo
10:07estar lá vendo e assistindo a gente.
10:09Então ressalta aqui, por favor.
10:10Colocar o que você tá,
10:11não impor a sua opinião,
10:13mas colocar o que você tá
10:14sentindo em relação àquilo.
10:15A pessoa vai caindo,
10:16ela não sabe o que te responder,
10:18vai desmoronando.
10:18Ela não sabe o que te responder, geralmente.
10:18Tem que focar pra reflexão.
10:19Isso.
10:20Porque quando a gente tá tomado
10:22pelo sentimento tribal,
10:24geralmente,
10:25a pessoa acha que ela é
10:26completamente dona da razão
10:28e que quem discorda
10:29não tem qualquer legitimidade.
10:31E isso é algo que nos afasta
10:32da humanidade,
10:33porque isso nos coloca
10:34como se fôssemos
10:35deuses sobre-humanos
10:36e como se o outro
10:37fosse sub-humano,
10:39que pode ser desprezado.
10:40E todo ser humano
10:41tem legitimidade
10:42na sua existência.
10:43Então, vai ter algum aspecto
10:45daquele ponto de vista
10:46que é legítimo.
10:48Então, mudar de chave
10:50e convocar pra reflexão
10:51sempre ajuda a desarmar.
10:53Conclusões.
10:54Uma conclusão aqui pra gente, Carlos.
10:55Voltando ao que ele falou
10:56pro filho dele,
10:56é perfeito.
10:57Ele fazer o garoto refletir.
10:59E ele vai se espelhar,
11:00porque a gente se espelha
11:01nos nossos pais,
11:02nos nossos familiares.
11:03E quando a gente explica,
11:05a gente traz pro consciente.
11:06Então, fica a dica pra todo mundo.
11:08Dica maravilhosa.
11:09E a gente segue adiante aqui.

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