O PIB dos EUA deve crescer apenas 0,4% no 1º trimestre, o ritmo mais fraco em quase três anos. Leonardo Trevisan, economista e professor da ESPM, analisa os sinais de desaceleração e o impacto das incertezas comerciais.
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NotíciasTranscrição
00:00A economia dos Estados Unidos dá sinais de desaceleração antes do impacto das tarifas de Donald Trump.
00:07Os números do PIB norte-americano, que serão divulgados amanhã, deve refletir a cautela dos consumidores e as incertezas comerciais.
00:17A estimativa inicial do governo dos Estados Unidos para o produto interno bruto do primeiro trimestre
00:22projeta que a economia tenha crescido a uma taxa anualizada de 0,4%, o ritmo mais fraco em quase três anos.
00:31Para entender o peso desta desaceleração, eu e Felipe Machado conversaremos agora com o Leonardo Trevisan,
00:40economista e professor de Relações Internacionais da ESPM.
00:44Oi, professor Trevisan, tudo bem com o senhor?
00:47Boa tarde a vocês, boa tarde, Felipe, boa tarde a todos que nos escutam.
00:56Boa tarde, professor, boa tarde, Felipe também, que já está aqui conosco.
00:59Professor Trevisan, essa expectativa aí de uma desaceleração da economia norte-americana
01:06já é uma preocupação para os Estados Unidos e também para o mundo?
01:09Ah, sem dúvida nenhuma.
01:12Essa desaceleração está acontecendo por uma realidade muito presente, que são as tarifas.
01:21Basta a gente lembrar o que aconteceu logo depois do anúncio das tarifas,
01:26o famoso dia da libertação do 2 de abril.
01:29A classe média americana correu para o supermercado.
01:32E não foi um ou dois, foram muitas pessoas que desvaziaram o que foi possível no supermercado
01:38e estão antebendo, naquele tratamento popular de inapelável, de que os preços vão subir.
01:46Preços em alta nessa velocidade, com uma situação de inutilidade, de estabilidade,
01:53para fazer investimento, é desaceleração.
01:57É fácil de ir.
01:58Você não coloca uma barreira para a entrada de insuntos nos Estados Unidos
02:04e essa partida, evidentemente, atrapalha quem vai fazer investimento, quem é isso que não são.
02:11Isso tudo são sinais captados pelo exagente econômico.
02:17O número que vocês têm, o zero ou quatro por cento, mais baixo do que os outros anos.
02:24Essa realidade é muito presente e é difícil de ser contestada
02:30se não mudar a perspectiva do governo americano, do governo Trump.
02:35Professor, boa tarde.
02:37Boa tarde a todos.
02:38Professor, em relação à China, a gente viu que a guerra tarifária entre Estados Unidos e China,
02:44ela ainda, nesse número do PIB, ainda praticamente não vai ser sentida na parte realmente prática,
02:49porque agora, por enquanto, é um pouco de expectativa de abril, a gente ainda não teve impacto
02:54realmente das exportações da China para os Estados Unidos, portanto, importações americanas,
02:59ainda não tivemos impacto porque, provavelmente, os estoques ainda estavam cheios.
03:03O que pode acontecer com a economia americana quando realmente a China parar,
03:08os produtos chineses pararem de entrar nos Estados Unidos?
03:10Olha, essa é a pergunta, Felipe.
03:15O que é que vai acontecer no futuro imediato?
03:17Se a gente olhar os números de janeiro e de fevereiro, nós vamos ver uma coisa curiosa.
03:23Os números já estão contabilizados.
03:26As exportações da China para os Estados Unidos cresceram brutalmente.
03:31cresceram da ordem de 42 bilhões de dólares em janeiro, do ano de 2024,
03:38para 42, para 56 em janeiro.
03:42Em fevereiro, o crescimento foi ainda maior.
03:45Quando você olha para isso, o que é que estava sinalizado?
03:48Os agentes econômicos norte-americanos estavam se preparando.
03:52Eles estavam comprando tudo o que era possível da China para estocar.
03:55A hora que esses estoques, porque essas mercadorias estavam entrando pré-tarifas,
04:01a hora que essas tarifas efetivamente aconteceram, e veja bem,
04:05nós tínhamos uma tarifa de 145%.
04:09Não precisamos nem decompor essa tarifa, só o número já basta.
04:13Então, se você compra qualquer coisa, você compra um batom por um dólar,
04:19Evidente, você vai pagar, nesse mesmo batom, 2 dólares e 45.
04:27É evidente que isso daqui tem um peso enorme
04:32quando você pensa em situações bem presentes.
04:3685, vou dar um número que acho que vale para todo mundo
04:39prestar atenção e entender.
04:4185% dos aparelhos de ar-condicionado comprados nos Estados Unidos
04:46vêm da China.
04:47Basta essa informação.
04:48Se você olha para um carro americano feito nos Estados Unidos,
04:5360% desse carro foi montado e recebeu produto, recebeu aço, recebeu metais,
05:01recebeu diferentes produções técnicas da China.
05:05O chip que move esse carro, sem dúvida nenhuma, é de Taiwan.
05:09É 80%.
05:10Basta esses números para a gente ter uma ideia do peso que essa situação vai representar.
05:16De alguma forma, há uma necessidade de algum tipo de entendimento entre China e Estados Unidos.
05:25Isso parece estar um pouco distante.
05:29Professor Trevisan, e acho que tem uma pergunta de um milhão de dólares agora.
05:33Ainda há risco de recessão nos Estados Unidos?
05:36Esse risco já foi diluído?
05:38Foi um susto inicial?
05:40Ou é preciso esperar para ver os números que serão divulgados em breve?
05:45Olha, nós temos que ter bastante cautela com agentes econômicos de muito peso.
05:51Todo mundo que escuta a palavra Chip Morgan sabe o tamanho desse banco.
05:55É um dos maiores bancos americanos.
05:57O Chip Morgan faz uma aposta para os seus clientes, para os seus investidores,
06:03de pelo menos 40% de risco de que a recessão virá ainda este ano nos Estados Unidos.
06:10Veja bem, não é qualquer instituto que está falando, não é um economista solto,
06:16não é você, não é eu.
06:18Quem está falando isso com toda a responsabilidade inerente aos investidores que ele tem é o Chip Morgan.
06:24Se você olha o Goldman Sachs, a previsão também não é muito diferente.
06:29É nesse contexto que a gente tem que entender a observação do presidente, do Adam Moussen,
06:36que é o presidente do Instituto Peterson de Economia.
06:41A China é insubstituível no momento e nos próximos anos nos Estados Unidos.
06:48Quando a gente olha para isso, se você retirar a China desse contexto,
06:51nós vamos ter, sim, olhando o número do ar-condicionado, olhando o número do carro,
06:56olhando o número do crescimento econômico, olhando a correria aos supermercados,
07:03a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos, infelizmente, é alta.
07:09Professor Leonardo Trevisan, eu queria muito agradecer a sua presença aqui conosco no Money Times.
07:14Sempre bom tê-lo aqui.
07:15Uma boa tarde e boa semana para o senhor.
07:17Eric, Felipe, muito obrigado pelo convite de vocês.
07:22Boa tarde a todos.