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  • há 6 dias
Os partidos políticos Progressistas (PP) e União Brasil se juntaram em uma federação. Juntos, formam a maior força no Congresso Nacional. No Espírito Santo, federação será presidida pelo deputado federal Josias Da Vitória (PP), mas sofrerá também influência pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Santos (União Brasil).

Participam do podcast o editor-geral de A Tribuna e Tribuna Online, Luciano Rangel, o cientista político e mestre em Políticas Públicas, Thomaz Tommasi, e o colunista de política da Rede Tribuna, Eduardo Maia.

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Transcrição
00:00União Brasil e PP fecham uma federação. PSDB e Podemos definem fusão. É hora de recalcular
00:12rotas na política. Eduardo Maia e Tomás Tomás e conosco no Tribuna Política. Eduardo Maia,
00:18União Brasil e PP fecham uma federação. Qual o significado disso?
00:23É, Luciano, a partir de agora, muita coisa deve mudar, não somente no tabuleiro capixaba,
00:28mas no tabuleiro nacional. É uma super federação, estão chamando de mega federação porque são
00:33dois partidos muito robustos em nível de congresso nacional. O PP presidido estadualmente
00:40pelo Josias da Vitória e União Brasil entre Felipe Rigoni e Marcelo Santos. A partir de
00:46agora os partidos estão juntos. O que isso significa? Significa que um não vai poder tomar
00:51as decisões sozinho, vai ser uma decisão conjunta. Quem é que vai encabeçar essas decisões
00:57a partir de agora? Será o da Vitória, porque o PP tem mais deputados federais do
01:02que é o União Brasil. Então é da Vitória quem vai presidir essa federação. Vai ter naturalmente
01:08Marcelo Santos ali junto com ele, porque é um amigo pessoal, os dois têm projetos políticos
01:14semelhantes. Marcelo Santos vem à eleição de deputado federal, hoje ele é deputado estadual,
01:21e Josias da Vitória agora está com um peso muito grande. A gente vinha conversando isso,
01:25eu e Tomás, de que agora ele com essa federação, ele está com um peso político gigantesco,
01:30porque é muito grande. Espera-se aí até talvez uma possibilidade dele disputar uma vaga majoritária,
01:38seja aí uma vice de algum candidato, talvez vice de Ricardo Ferraço hoje, ou até mesmo
01:43uma vaga no Senado. Nesse caso seria até uma dobradinha com o Renato Casagrande, uma vaga
01:49do mesmo grupo, digamos assim. Tomás, e que movimento é esse de federação e que impacto
01:54isso tem na política nacional? Olha, Luciano, primeiro dizer que a análise do Eduardo é perfeita,
01:59essa é uma federação muito robusta, no mínimo é a análise que eu faço, a federação PP União Brasil.
02:06Dando um passo atrás na nossa conversa e explicando a sua pergunta, a federação vem como algo parecido
02:14com as coligações que existiam antigamente. Antigamente os partidos podiam se coligar,
02:20e isso foi num dado momento bloqueado dentro da política eleitoral brasileira,
02:25porque a gente tinha discrepâncias no processo de coligação. Partidos que não tinham identidade ideológica
02:31se coligavam e tinham uma responsabilidade meramente eleitoral, ok? Além disso, o Brasil tem passado
02:39por um processo eleitoral de redução das ciclas partidárias por meio de uma cláusula de barreira.
02:44Então os partidos precisam de ter um número mínimo de votos e de representatividade no Congresso Nacional,
02:50sobretudo na Câmara dos Deputados, ou seja, deputados federais, para que possa permanecer
02:56tendo acesso a fundo eleitoral, fundo partidário e tempo de televisão e outros espaços dentro do Congresso Nacional.
03:04Então é isso que União Brasil e PP fazem no dia de hoje, que é uma federação,
03:11e se tornam uma federação de dois entes muito fortes, muito fortes nacionalmente
03:17e muito fortes no âmbito do Estado do Espírito Santo.
03:21Nacionalmente, Luciano e Eduardo, eu vou trazer a nossa reflexão que União Brasil e PP
03:26têm ocupado o espaço que um dia foi, na minha visão, do MDB, um partido municipalista
03:31e que tinha força congressual, por exemplo, para poder eleger o presidente da Câmara,
03:36eleger presidente do Senado, e que não se preocupavam muito em disputar a cabeça de chapa,
03:41vamos dizer assim, de presidente da República.
03:44Então, o PMDB era um partido, hoje é o MDB, e que estava na esteira daqueles partidos
03:50que queriam ter força em Brasília.
03:53Hoje, União Brasil e PP são esse partido, ocupam esse espaço,
03:58muitas vezes classificado pelas pessoas como centrão.
04:00Eu vou trazer duas falas, Eduardo e Luciano, muito interessantes,
04:06que eu percebi durante essa semana.
04:10Nacionalmente, o senador Ciro Nogueira, presidente do PP,
04:14que vai ser um dos presidentes da federação,
04:16fez uma afirmação muito clara em uma entrevista que ele deu,
04:19dizendo que, caso Tarciso seja candidato, governador do Estado de São Paulo,
04:25seja candidato, ele aposta todas as fichas dele,
04:28que Lula nem sequer é candidato à presidência da República.
04:32Então, estamos falando o presidente de uma super federação
04:35que aposta nesse tipo de movimento.
04:39No poder local, a gente pode perceber algo que a gente já comentou
04:44e que eu já fiz essa análise aqui,
04:47a força que Josias da Vitória tem, o deputado federal Josias da Vitória tem,
04:51em relação ao peso que ele vai trazer para um projeto político.
04:56Então, União Brasil, que tem Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa,
05:02Felipe Rigoni, um deputado federal, foi deputado federal muito bem votado,
05:07na última eleição não se elegeu, mas tem muito voto, tem um eleitorado muito forte.
05:12Isso pela União Brasil.
05:13E você tem Josias da Vitória no PP,
05:18sendo um outro ator importantíssimo,
05:21eu tenho brincado que eles são verdadeiramente um kingmaker,
05:25como tem no parlamentarismo,
05:26aquela figura que tem a força de decidir um projeto eleitoral
05:30e de tornar alguém rei,
05:32e no caso aqui a gente está falando do próximo governador do Estado do Espírito Santo.
05:36Eduardo, e um processo de um ente tão grande como essa nova federação,
05:44todos os interesses individuais estão acomodados,
05:48todos os interesses políticos estão acomodados nessa federação?
05:51É, é uma especificidade das federações, né, Tomás,
05:55essa questão de interesses políticos.
05:57Porque, por exemplo, o Marcelo Santos,
05:59ele tinha pretensão de ser o presidente do União Brasil no Espírito Santo,
06:03e eu acredito que ele o será.
06:05Só que acaba perdendo certo peso,
06:07porque quem vai comandar, de fato, é o presidente da federação,
06:11que vai ser Josias da Vitória.
06:12Então, não necessariamente todos os locais políticos vão ser englobados aí,
06:18todas as posições políticas.
06:19Mas eu acredito que eles avaliam que é um momento
06:22em que dá para dar um passinho atrás,
06:24para todo mundo se juntar em prol de determinado objetivo,
06:27de determinada candidatura.
06:29Mas como a gente falava, Luciano,
06:30é um momento também de recálculo de rota, né,
06:33porque a partir de um momento que a federação se junta,
06:37é só uma ação que ela vai tomar,
06:40não tem como ficar em cima do muro.
06:42E a gente sabe que, hoje, o PP tem a vice-prefeita de Vitória,
06:46Cris Amorini,
06:47e que o Lourenço Pasolini, prefeito de Vitória,
06:49é um possível nome para disputar o governo do Estado.
06:53Então, como vai ser?
06:54Josias da Vitória, com a União Progressista,
06:57vai abraçar o projeto de Ricardo Ferraço,
06:59de Renato Casagrande,
07:00ou vai abraçar o projeto de Lourenço Pasolini?
07:03Ele vai ter que tomar uma atitude.
07:05Perfeito.
07:05Sabemos que também no PP há outro deputado federal
07:08e também uma peça hiperimportante nesse jogo,
07:12que é o Evair de Mello,
07:13que é um total entusiasta da candidatura de Lourenço Pasolini.
07:17Ele quem levou,
07:18quem também levou Cris Amorini à vice-prefeita de Vitória.
07:24Então, ainda é muito obscuro esse cenário.
07:27Dá para a gente bater o martelo,
07:28falar que a União Progressista vai ficar com o Renato Casagrande e Ricardo Ferraço?
07:33Acredito que não.
07:34É mais provável?
07:35É mais provável.
07:36Mas, nesse momento,
07:37eu acredito que os interlocutores de Lourenço Pasolini,
07:41da Prefeitura de Vitória,
07:42estejam pensando nesse recálculo de rota,
07:45porque talvez pode ser que a União Progressista
07:48não abrace o projeto de Lourenço Pasolini.
07:50Então, neste momento,
07:51a gente poderia dizer que,
07:53nesta balança que avalia quem saiu melhor
07:57entre o Palácio Anchieta e a candidatura de Pasolini, por exemplo,
08:01ainda há uma indefinição para que lado vai essa balança?
08:04Há uma indefinição,
08:05mas o mais provável é que seja para o lado do Palácio Anchieta,
08:10o lado de Renato e Ricardo Ferraço.
08:12Eu vou trazer um outro aspecto também,
08:14para complementar a análise do Eduardo Luciano,
08:18que é uma dificuldade que os partidos têm.
08:21Ou seja, a gente acabou de falar de cláusula de barreira.
08:23O importante para um partido no âmbito nacional
08:26é que ele tem um número grande de deputados federais.
08:30Então, o PP tem dois deputados federais.
08:33Dois deputados federais muito bem votados.
08:35Foi uma chapa muito bem votada do PP,
08:38muito bem construída.
08:40A União Brasil não tem deputado federal no Espírito Santo
08:42e, por isso, naturalmente,
08:43José da Vitória se tornou o presidente dessa federação.
08:48Um dado importante
08:50e que todos os partidos já começaram a trabalhar
08:53e que tem extrema dificuldade na pré-eleição
08:56e durante o período eleitoral
08:57é a montagem de chapas proporcionais,
09:00seja para deputado estadual,
09:02seja para deputado federal.
09:03Essas chapas, nessa federação,
09:06elas estão praticamente prontas,
09:07porque você tem um grupo muito grande
09:09de candidatos bem votados.
09:12E elas estão tão bem posicionadas,
09:15essas duas chapas,
09:16e aí que se tornam uma agora,
09:18que permitem aquilo que o Eduardo acabou de falar para a gente,
09:24que é a possibilidade do PP
09:26ter um candidato numa majoritária.
09:29E aí, José da Vitória,
09:30numa conversa que eu tive com ele,
09:31já falou para um grupo de pessoas,
09:34que eu estava junto,
09:35que ele deseja um dia ser candidato
09:38a uma eleição majoritária.
09:40Então, assim,
09:42dentro desse processo decisório
09:44em que essa união progressista,
09:47essa federação se tornou tão poderosa e tão forte,
09:51o PP pode, inclusive,
09:52botar na mesa de negociação
09:54a possibilidade de uma candidatura majoritária,
09:57seja o que for,
09:58como o próprio José da Vitória falou.
10:00Perfeito.
10:01Tomás, assim,
10:02para o nosso ouvinte
10:04ficar bem contextualizado,
10:07eu queria só expressar um ponto.
10:08esse enxugamento das siglas partidárias
10:12via formação de federação,
10:15de fusão,
10:16até onde isso vai?
10:17Em qual o cenário que se coloca,
10:19assim,
10:20em quantidade de partidos no Brasil,
10:22por exemplo?
10:22É possível fazer um prognóstico em relação a isso?
10:24Existe um prognóstico
10:25de que o número de partidos
10:27vai ficar em sete partidos.
10:29É isso que se espera ali na frente
10:32com esse processo de fusão
10:34e esse processo de federação.
10:37Vale dizer que a federação,
10:38ela permanece durante quatro anos.
10:40Então, os partidos,
10:41eles estão se federando agora
10:42para que eles possam permanecer juntos
10:45durante quatro anos.
10:46Eles vão dividir tudo.
10:48Então, a gente vai ter um processo eleitoral
10:50que ele é nacional e regional,
10:52ou seja, estadual,
10:53eleições para deputado estadual,
10:55deputado federal,
10:56senador,
10:57presidente da república,
10:58governador.
10:58Mas isso vai rebater na eleição
11:01de vereador e prefeito
11:02que ocorre dois anos após
11:04a eleição que vai ocorrer no ano que vem,
11:08que é nacional e local.
11:10Além disso,
11:11os partidos,
11:12eles vão ter que dividir
11:13as estruturas dentro do Congresso.
11:16O que é mandatório no Congresso
11:17é a federação.
11:19O que é a grande diferença
11:21do que ocorria
11:22nas coligações anteriormente.
11:24Nas coligações,
11:25você tinha simplesmente
11:26aquele fator de você
11:28cooperar durante o processo eleitoral.
11:31Agora, a cooperação,
11:32ela é por quatro anos.
11:33Então, por isso
11:34que há uma amarração,
11:36na minha visão,
11:37muito mais inteligente,
11:38de que as pessoas
11:39têm que ter o mínimo
11:40de alinhamento ideológico
11:42para que acompanhem.
11:43A federação,
11:45diferente da coligação,
11:46a coligação enfraquecia
11:47o processo partidário.
11:49A federação,
11:49na minha opinião,
11:50ela fortalece
11:51o processo partidário
11:52e eu também sou muito favorável
11:54às cláusulas de barreira
11:55e essa depuração
11:57do processo partidário brasileiro.
11:59Vamos falar, então,
12:00de PSDB e Podemos?
12:01Vamos lá.
12:01Eu acho que nesse podcast aqui
12:05nós saímos muito na frente
12:09nos comentários
12:10e na análise
12:11do que significava
12:13essa fusão, Eduardo.
12:16É definitivamente o fim do PSDB?
12:19É o fim até melancólico do PSDB,
12:22né, Luciano?
12:23Hoje, alguns atores do partido,
12:26aqui Luiz Paulo Veloso Lucas,
12:28ex-vice-governador César Cunago,
12:30eles até se uniram,
12:32publicaram uma foto
12:33comemorando essa fusão com o Podemos.
12:38Então, a gente até percebe
12:39que, poxa, é um alívio.
12:41É quase um...
12:42Acabou tarde, né?
12:42É isso, porque é um partido
12:44que se esvaziou por muito tempo, né, Tomás?
12:46E agora chega com um novo fôlego,
12:48ele vai ser incorporado ali
12:50ao Podemos, né?
12:52Ainda não se sabe
12:53se vai gerar ou não
12:55um novo partido,
12:56um novo nome,
12:57isso ainda não está
12:58totalmente definido,
12:59mas fato é que
13:00todo mundo do PSDB,
13:02a partir de um determinado momento,
13:04e isso ainda vai ser votado,
13:05vai passar pelo TRE,
13:06mas já está 100%
13:08com o martelo batido,
13:10todos os tucanos
13:12vão passar a ser Podemos.
13:14E o que isso significa?
13:16Significa que o deputado federal
13:17Gilson Daniel
13:18é quem vai presidir,
13:20continuar presidindo esse partido,
13:22e é um outro ativo
13:23que se fortalece, né, Tomás?
13:24Não, claro,
13:25na mesma medida que da vitória,
13:27porque o PSDB
13:28não traz tanto peso
13:29quanto a União
13:30traz para o progressista,
13:32mas o Gilson Daniel
13:33acaba, sim,
13:34se fortalecendo,
13:35ele tem a anuência
13:35da presidente nacional
13:37Renata Abreu,
13:38e vai tocar aí
13:39essa formação
13:40de chapas
13:40para o ano que vem.
13:42Repito,
13:42o PSDB não traz o peso
13:44que a União traz,
13:45por exemplo,
13:45não tem tantos ativos assim,
13:47por exemplo,
13:47para formar uma chapa
13:49a deputado federal,
13:51não é um partido
13:51que tem esses ativos,
13:54mas,
13:54de qualquer forma,
13:56o Podemos
13:56acaba ganhando muito
13:57em questão de vereador,
13:59em questão da política
14:00de base,
14:01e o pessoal,
14:02os tucanos capixabas,
14:03estão muito animados
14:04com esse novo momento.
14:06Concorda, Tomás?
14:08Concordo, sim,
14:08é um fim melancólico,
14:09não tem outra palavra
14:10para a gente usar,
14:12é um fim triste,
14:13melancólico,
14:14a gente assistiu
14:14um partido
14:15que teve importância
14:16nacional,
14:16e aqui,
14:17a gente sempre tem explicado,
14:18nós não estamos falando
14:19e nem apoiando
14:20um lado ou outro,
14:22efetivamente,
14:22nós estamos falando
14:23da importância
14:24que esse partido teve
14:25por ter governado
14:26o Brasil por oito anos,
14:27a gente já discutiu
14:28sobre isso,
14:29muitos anos,
14:30com sequências
14:31de governadores,
14:32desde Mário Covas
14:33até Geraldo Alckmin,
14:36como governadores,
14:38João Dória também,
14:40não vai lembrar,
14:41governadores do Estado
14:42de São Paulo,
14:43Aécio Neves,
14:44governador,
14:44senador por Minas Gerais,
14:46quase se tornou
14:47presidente da República,
14:48figuras nacionais
14:49importantíssimas,
14:51morre o PSDB,
14:52é essa notícia do dia
14:53que foi antecipada
14:55pela coluna plenário
14:56muito antes
14:57do noticiário nacional,
14:58então,
14:59o Espírito Santo
15:00soube dessa notícia
15:01muito antes
15:01de outros lugares
15:02do que muitos
15:04outros lugares
15:04no Brasil
15:05e isso é
15:06extremamente louvável.
15:08A gente tem os números
15:09aqui,
15:10de como vai ficar
15:11esse novo partido
15:14no Estado
15:15do Espírito Santo,
15:16são dois deputados
15:17federais,
15:17Gilson Daniel
15:18e Vitor Linhaes,
15:20quatro deputados
15:21estaduais,
15:22dois do PSDB,
15:24dois do Podemos,
15:24Andinho Leite,
15:26Mazinho dos Anjos,
15:27Xambinho e Alain,
15:2815 prefeitos
15:30mais de 180 vereadores.
15:32Se torna um partido
15:33também robusto,
15:35mas é um movimento
15:36de sobrevivência
15:37para alguns políticos
15:39de morte do PSDB
15:41e de fortalecimento
15:42do Podemos.
15:44Quando eu comentei
15:45que já vai tarde,
15:46dentro dessa visão
15:46do que o Eduardo
15:47Kof falava
15:48de que para alguns políticos
15:49era extremamente necessário
15:50que o PSDB
15:51desse lugar
15:52a essa fusão.
15:54E eu não vou nem fazer
15:55mais nenhum comentário
15:56de trocadilhos
15:57que a gente fez aqui
15:58a exaustão,
15:59a extinção de tucanos,
16:01etc.,
16:02porque a conversa
16:04seria longa.
16:04Mas, Luciano,
16:05os tucanos
16:06foram extintos.
16:07Eu quero trazer
16:08um outro detalhe
16:09dessa coligação
16:10que é quase que harmonioso
16:13o gesto
16:14que está acontecendo
16:15no Estado
16:16do Espírito Santo.
16:17O vice-governador
16:18Ricardo Ferraz
16:18foi eleito
16:19junto com
16:21Renato Casagrande,
16:23vice-governador
16:23pelo PSDB.
16:24Depois,
16:25no curso do mandato
16:26que ele mudou
16:27de partido,
16:28vale lembrar
16:28para quem está
16:29nos escutando
16:29e está nos assistindo,
16:31é que os cargos
16:33majoritários
16:33não têm
16:34aquela obrigatoriedade
16:36de se manter
16:37no partido.
16:38Então,
16:39Ricardo Ferraz
16:40era tucano,
16:42foi senador
16:42pelo PSDB
16:44e também
16:45candidato,
16:47foi vice-governador
16:48eleito
16:49pelo PSDB.
16:50E lá,
16:51o Ricardo
16:51deixou muitas amizades
16:53e ele tem
16:54uma relação
16:54muito boa,
16:55tanto no âmbito
16:56nacional
16:56quanto no âmbito
16:58estadual.
16:59E é harmonioso
17:00porque o Podemos
17:01é o grande
17:02partido que
17:03deu apoio
17:04e está dando
17:05sustentação
17:06a essa pré-candidatura
17:07de Ricardo Ferraz
17:08anunciou
17:09seu apoio
17:09a Ricardo Ferraz
17:10Gilson Daniel
17:11naquele almoço
17:12em Viana
17:12em que ele reuniu
17:14os prefeitos,
17:14vice-prefeitos,
17:15vereadores,
17:16figuras importantes
17:17do Podemos
17:17para declarar
17:19o apoio
17:19ao PSDB
17:20e ao
17:21Ricardo Ferraz
17:22e ele encontra
17:23no PSDB
17:24também grandes
17:25aliados.
17:25Por exemplo,
17:26Vandinho Leite,
17:27deputado estadual,
17:27é um grande
17:28aliado de primeira
17:29hora do vice-governador
17:31Ricardo Ferraz.
17:32Outro grande
17:33aliado de primeira
17:34hora,
17:35Mazinho dos Anjos,
17:36deputado estadual
17:36que também está
17:37no PSDB.
17:38Então,
17:38assim,
17:39é uma fusão
17:41que para o estado
17:41do Espírito Santo
17:42as figuras políticas
17:44estão caminhando
17:45no mesmo sentido.
17:47Então,
17:47também é bem
17:49harmoniosa
17:49essa fusão
17:51PSDB-Podemos.
17:52Nesse caso,
17:53a gente já pode
17:53até cravar,
17:54né,
17:54o Tomás?
17:55Que é uma fusão
17:56que vai,
17:57de fato,
17:57abraçar o projeto
17:58de Ricardo e de Renato
17:59no estado.
18:00Era essa a minha
18:00pergunta, né?
18:01Quem se beneficia mais
18:02essa fusão?
18:03E eu quero registrar
18:04aqui,
18:04como o Tomás
18:06já declarou,
18:08esse furo nacional
18:09da coluna plenária
18:10e vocês observam
18:11que nós estamos
18:11com o jornal
18:11A Tribuna
18:12aberto aqui,
18:14onde você pode
18:14encontrar as informações
18:16do dia a dia
18:16da política
18:17do Espírito Santo.
18:19Podemos dar um salto
18:20para a política nacional?
18:21Com certeza.
18:23Nós tivemos
18:24essa semana,
18:25não podemos
18:26fugir do grande,
18:28também nas páginas
18:29da tribuna,
18:31da grande crise
18:32que foi aberta
18:33com essas denúncias
18:34de fraude
18:35no INSS.
18:37Não vamos entrar
18:38muito em todas
18:39as informações
18:40sobre o tamanho
18:42dessa crise,
18:44como ela se deu
18:44são os jornais,
18:45mas sim,
18:47justamente essa
18:48é a pergunta
18:48que eu faço,
18:49Tomás.
18:50Qual é o tamanho
18:50do desgaste
18:51que o governo
18:52federal,
18:53o governo Lula
18:54tem com essa
18:55crise do INSS?
18:56Luciano,
18:57o desgaste
18:57é enorme,
18:59é muito grande
18:59para o governo
19:00federal,
19:01para a imagem
19:01do presidente
19:02da república,
19:03para o ministro
19:04da previdência,
19:05Carlos Lupe,
19:06que é do PDT,
19:08até porque
19:08o presidente
19:09do INSS
19:10era uma indicação
19:11pessoal
19:11do Carlos Lupe.
19:13O PDT chegou
19:14a se manifestar
19:15dizendo que
19:16caso o ministro
19:18Carlos Lupe
19:19fosse exonerado
19:20ou perdesse
19:20o cargo
19:21e a influência
19:22no governo federal,
19:24eles iriam sair
19:25da base aliada
19:26do governo.
19:27Então, assim,
19:28é um escândalo
19:30que merece atenção.
19:33A gente não vai
19:33se aprofundar nele,
19:34mas, por exemplo,
19:35a Polícia Federal
19:36essa tarde,
19:37ela determinou
19:38que o nome
19:38já não é mais fraude,
19:40é farra do INSS,
19:42porque foram
19:42empresas
19:43fantasmas
19:45criadas
19:45para poder
19:46fraudar
19:47diretamente
19:49o trabalhador,
19:50os aposentados
19:51e os pensionistas.
19:53Então, assim,
19:53a gente já vive
19:54um problema
19:54previdenciário
19:55no Brasil
19:56por conta
19:57da questão
19:57geracional,
19:58a gente tem
19:59mais
19:59gente
20:01aposentada
20:02do que tinha
20:02no passado,
20:04além disso,
20:05a gente soma-se
20:05aos inúmeros
20:07casos de corrupção
20:08que o INSS
20:09e a Previdência
20:10Nacional Brasileira
20:11tem sofrido
20:13durante os anos.
20:15Vale dizer
20:16que o grande
20:17desgaste
20:17que o governo
20:18pode ter
20:18e um grande
20:20sangramento
20:20é caso
20:21uma CPI
20:22seja aberta.
20:23E hoje à tarde,
20:24um deputado
20:26de oposição
20:27conseguiu reunir
20:28mais de 161
20:29assinaturas
20:30para que fosse
20:31iniciado
20:32um processo
20:33de abertura.
20:34Ele ainda
20:35não entregou
20:38as assinaturas,
20:39não encerrou
20:40esse processo
20:41de coleta
20:42das assinaturas,
20:43mas a gente
20:43já pode
20:44analisar
20:46que há um
20:46estágio
20:47avançado
20:48numa tentativa
20:49de se criar
20:49uma CPI
20:50e não há
20:51presidente da
20:52república
20:52em nenhum
20:53lugar do mundo,
20:54em nenhum
20:54momento da linha
20:55do tempo
20:55que queira
20:56na sua porta
20:57uma CPI,
20:58isso é um
20:58desgaste
20:59muito grande
21:00para o governo
21:00e eu não tenho
21:02dúvida
21:02que o governo
21:03federal
21:03deve estar
21:04atento a isso.
21:06Perfeito.
21:07Você acha
21:08que,
21:08vocês acham
21:09que,
21:10hoje eu vi
21:10a Gleice Hoffman
21:11dando uma entrevista
21:12que enquanto
21:13não se provar
21:14nada,
21:15nenhum tipo
21:15de irregularidade
21:16contra o loop,
21:16ele fica
21:17no cargo.
21:18Mas nós sabemos
21:19que CPI
21:21na mesa,
21:22desgaste
21:22é grande.
21:25O presidente
21:25Lula consegue
21:26manter o loop
21:28nessa função
21:28por mais tempo,
21:29muito mais tempo?
21:30A gente precisa
21:31de entender
21:32qual vai ser
21:32o tamanho
21:33do desgaste
21:33ao longo
21:34do tempo.
21:35Uma CPI
21:36ganhando força
21:37Luciano e Eduardo,
21:39isso é algo
21:39que gera
21:40um desgaste
21:41enorme
21:41e essa CPI
21:43a gente não sabe
21:44que resultado
21:45ela pode ter
21:46ou que ela pode
21:46descobrir,
21:47ela pode avançar
21:47para outros aspectos
21:48e até prejudicar
21:50um pouco mais
21:50essa
21:51cooperação
21:53que existe
21:54entre o PDT
21:55e o Partido
21:56dos Trabalhadores.
21:57Então,
21:57assim,
21:58na minha visão
21:59o que vai
21:59determinar
22:01a sustentação
22:02do ministro
22:03é efetivamente
22:04se avança
22:05ou não
22:06ou se esse assunto
22:07ele ganha
22:08um pouco menos
22:09de temperatura.
22:10Vale dizer também,
22:11a gente está falando
22:12do INSS,
22:13amanhã é dia 1º,
22:15para quem está
22:15nos assistindo,
22:16amanhã é dia 1º,
22:17dia do trabalhador
22:18e são sempre feitas
22:20comemorações,
22:21sobretudo em São Paulo
22:22e o presidente
22:23e o presidente
22:23da república
22:24em geral
22:24ele costuma ir
22:25ano a ano
22:26nessas festividades,
22:29mas hoje
22:30foi anunciado
22:31que Lula
22:31vai mandar
22:31uma mensagem
22:32de vídeo
22:33e não vai
22:34participar presencialmente.
22:35Eu não sei,
22:36não li nada
22:37sobre isso,
22:38se tem a ver
22:39com esse escândalo,
22:40mas eu arrisco
22:41dizer que
22:42o governo
22:43está preocupado
22:44em não aumentar
22:44o desgaste
22:45da imagem
22:46do presidente
22:46da república.
22:47E do outro lado
22:48dessa corda,
22:48Luciano,
22:49tem justamente
22:49essa questão
22:50do PDT,
22:51o presidente Lula
22:51está preocupado
22:52em perder
22:53os votos
22:53importantes
22:54do governo
22:55no Congresso,
22:56na Câmara dos Deputados
22:57e no Senado Federal.
22:59Com essa ameaça
23:00do presidente
23:01do PDT
23:02fica muito complicado
23:03de o Lula
23:05simplesmente
23:05demitir o Lupe
23:06por demitir,
23:08porque vai perder
23:08votos muito importantes
23:10no Congresso,
23:11então ele está
23:11entre a cruz
23:12e a espada
23:12nesse momento.
23:13É o que diz
23:14o título do jornal
23:14Tribuna,
23:15o PDT ameaça
23:15sair da base
23:16do governo.
23:18Bem,
23:19esse foi um
23:19Tribuna Política,
23:20mais um Tribuna Política
23:21com Tomás Tomás
23:22e Eduardo Maia
23:23e eu,
23:23Luciano Rangel.
23:24Muito obrigado
23:25pela sua audiência.
23:27Obrigado.
23:28Obrigado.
23:29Obrigado.
23:30Obrigado.

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