Em entrevista a José Maria Trindade no JP Ponto Final, o senador Hamilton Mourão comentou as tensões entre os Poderes e defendeu serenidade diante de críticas. Ele destacou a importância da liberdade de expressão na internet e cobrou união da direita no Rio Grande do Sul para 2026, apostando no fortalecimento do bloco conservador. Mourão também alertou para o risco de uma crise fiscal, defendendo cortes de gastos e reformas. Na área de defesa, cobrou investimentos, reforçou a importância da inteligência estratégica e pediu mais cooperação entre órgãos públicos.
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NotíciasTranscrição
00:00Salve, seja bem-vindo. Hoje aqui no Ponto Final, como sempre, vamos falar de política.
00:11Você sabe que a política muda a sua vida, define a sua casa, a educação dos seus filhos e o futuro.
00:18E é por isso que diretamente dos estúdios da Jovem Pan, aqui no Planalto Central do país,
00:24vamos falar aqui das entranhas da política.
00:27Hoje um senador pelo Rio Grande do Sul, o senador Hamilton Mourão.
00:32Ex-presidente da República, general do Exército Brasileiro e que acompanhou aí os últimos acontecimentos nacionais.
00:42Senador, muito obrigado por estar aqui nos estúdios da Jovem Pan.
00:46Maria, satisfação poder conversar contigo e com todas as pessoas que acompanham esse teu programa,
00:53que já tem lugar certo naqueles que querem saber o que está acontecendo no país.
00:59E sempre essa oportunidade é fundamental para a gente esclarecer muitos pontos que às vezes ficam duvidosos.
01:05Pois é, senador. O nosso objetivo é exatamente mostrar ali o contraponto, as entranhas da política
01:11e por isso essa conversa aqui descontraída.
01:14Mas é preciso manter ali a institucionalidade, senador.
01:19E a institucionalidade está em debate.
01:22Como é que o senhor está vendo ali a relação entre os poderes?
01:26O senhor já participou do Executivo, viu o outro lado, conhece muito bem o Judiciário e agora no Congresso Nacional.
01:34Como é que o senhor classificaria essas relações institucionais, senador?
01:38Pois é, Zé Maria. O que eu tenho colocado, até fiz um discurso recentemente lá no Senado,
01:45nós estamos padecendo um mal hoje no país que é a discórdia.
01:49Porque o dissenso, o debate de ideias, isso tudo faz parte da democracia.
01:55Mas a discórdia, o rancor, a vingança, isso vem sabotando as relações entre as instituições.
02:03É, senador. E foi bom o senhor tocar nesse ponto, porque eu tenho visto que o senhor é alvo de ataques.
02:11A gente acha, ninguém sabe, a internet é meio escura, né?
02:17A gente não sabe exatamente de onde vemos.
02:19A impressão que é fogo amigo. O que está acontecendo?
02:22Eu recebo fogo de ambos os lados, né, Zé Maria?
02:26E eu sempre adoto a seguinte linha de ação.
02:28A minha vida é um livro aberto, né?
02:30Eu sempre fui uma pessoa de posições muito claras, definidas, né?
02:34E tenho absoluta certeza que nunca mudei isso.
02:37E nessas horas que a gente recebe ofensas, a paciência é fundamental.
02:42Outro dia eu li um trecho, que atribuíam até o Leonardo da Vinci, isso.
02:48Que a paciência é como roupa de inverno.
02:50Quanto mais você tem, menos frio você sente.
02:53Então é a forma como a gente tem que se comportar como homem público, né?
02:59E a gente sabe que como homem público está sujeito a essas situações.
03:03O senhor não sai respondendo de pronto?
03:05Não, não respondo.
03:06Não respondo porque a maioria das pessoas reage exatamente como eu estava te falando.
03:10A vingança, a discórdia, bota para fora um ódio, ainda mais agora no tempo das redes sociais,
03:16que garante que duas, três dedadas aí de um celular e você já descarregou aquela ira que você estava sentindo naquele momento.
03:25É, senador, é um assunto assim meio polêmico no mundo inteiro.
03:29É sobre o posicionar.
03:30O mundo mudou depois dessas novas mídias sociais, desse novo mundo de comunicação.
03:37E aí, senador, regulamentar ou não?
03:39Não, eu acho que a gente não pode cercear a liberdade de expressão.
03:43Então, a questão da regulamentação, vamos dizer assim, da internet ou da comunicação que você tem na internet,
03:51ela está sujeita logo aos ditames do Código Penal.
03:54Então, é óbvio que se eu sou ofendido, caluniado, e se eu quiser entrar com um processo uma vez que eu identifique o ofensor, o caluniador,
04:02eu tenho as armas que o Código Penal e a gente, então, vamos usar.
04:06Não existem dois mundos, né?
04:08Então, não existem, não existe isso.
04:10Então, a gente tem que saber manobrar nesse mundo e, principalmente, ter muito cuidado para não entrar contra aquilo que é uma liberdade fundamental,
04:21que é a liberdade de expressão.
04:22Agora, as pessoas têm que compreender que a crítica educada, ela faz parte.
04:29Agora, uma crítica mal educada, ela perde sentido.
04:32Senador, mas a dificuldade de identificar quem é o agressor, né?
04:38Eu costumo fazer um exemplo do veículo, o carro.
04:41O carro, quando foi inventado e veio para o Brasil o brinquedinho de barões do café, atrapalhava.
04:48E aí, chegou um ponto que falaram, não, peraí, temos que regulamentar.
04:52Aí, proibido estacionar, mão e contramão, sinal de trânsito e autorização para dirigir.
04:59Censurou o carro? Não, colocou regras.
05:03Aí, o senhor disse aí de identificar, mas é uma dificuldade muito grande para saber quem é exatamente que está te atacando.
05:10A realidade, né, Zé Maria, você tem os robôs, né?
05:14Isso existe, né?
05:15E aí, pessoas que trabalham comigo sabem isso aí.
05:19Há uma avaliação.
05:20Há uma avaliação.
05:21Você avalia, né, essa quantidade de muitos amigos, né, que vêm conversar e diz, pô, você tem que reagir, você tem que...
05:28Eu digo, não, gente, vamos mostrar para as pessoas que a forma como a gente trabalha, né, e a maneira como a gente se comporta
05:35é a melhor resposta, né, para esses ataques que a gente vem sofrendo.
05:40É, está matando, né, pessoas.
05:42Então, é o ponto polêmico que não pode censurar.
05:47Isso não, a Constituição Brasileira garante o direito à livre expressão, vetado o anonimato.
05:52Fernando, o senhor é candidato ao governo do Rio Grande do Sul?
05:55Eu ouvi lá no Congresso Nacional de que estão procurando o senhor para se apresentar como candidato ao governo.
06:02Olha, Zé Maria, a partir do momento que a gente teve uma eleição, uma vaga única de senador com uma votação expressiva,
06:12é óbvio que o nosso nome é lembrado de um momento em que o governador Eduardo Leite está terminando seu segundo mandato.
06:19Então, essas melancias ainda estão se acomodando no caminhão, né.
06:24E nós já temos alguns candidatos do nosso campo que estão começando a se lançar, né,
06:30como o caso do tenente-coronel Zucco, que é deputado federal,
06:34e eu considero um dos expoentes, né, da nossa grupo político dentro do Rio Grande do Sul.
06:39Então, nós estamos trabalhando em conjunto nisso aí, né, e aguardando qual vai ser a decisão.
06:45Eu sempre tenho dito que os nossos partidos, né, têm que estar unidos, né,
06:51para termos uma candidatura e uma composição de chapa entre governador, vice, senador.
06:57São duas vagas para o Senado, né, capaz de representar bem a maioria que eu vejo no Rio Grande do Sul hoje,
07:04que é uma maioria de direita e centro-direita.
07:07Senador, o senhor acha que esses grupos vão estar ali antagônicos?
07:12O senhor acha que haverá uma preservação do grupo da direita?
07:17Eu acho que lá no Rio Grande do Sul, se a gente fizer um trabalho correto, né,
07:21e não se deixar levar por determinadas paixões, nós temos condições de compor ali, né,
07:26com os principais partidos, eu digo aqui o PP, o Republicanos, o PL, né,
07:32teríamos condições, né, de atrair esse grupo mais até o próprio União Brasil, né,
07:38eu acho que se a gente sentar para conversar, a gente emerge com uma chapa bem forte
07:42em condições de disputar nas melhores condições o governo do Estado
07:46e bem como as vagas de Senado e deputados.
07:49Tradicionalmente, o Rio Grande do Sul é muito coerente na política, né,
07:53os políticos do Rio Grande do Sul não costumam ficar pulando de partido em partido,
07:57isso é uma tradição.
07:59E há uma grande expectativa ao Senado, né,
08:02o PL está fazendo uma grande articulação para dominar o Senado.
08:0640 senadores de 81, né, somando inclusive os que já estão e vão ficar,
08:12que é o seu caso, o seu mandato não renova.
08:16O senhor acha possível esta eleição em massa de deputados aliados?
08:20Olha, eu vejo uma boa probabilidade de nós alcançarmos um número significativo
08:27na eleição do ano que vem dentro do Senado,
08:30talvez efetivamente ultrapassando essa marca dos 41, 42 senadores,
08:35o que asseguraria uma maioria para o nosso grupo político.
08:39Exatamente, isso aí poderia levar a um domínio do Senado Federal
08:43e isso é muito estratégico, porque o Congresso está empoderado
08:47e qualquer que seja o próximo presidente da República,
08:51ele vai depender exatamente do Congresso Nacional.
08:54Agora, o cenário para a presidência, né, que está muito nublado, né,
08:58ninguém tem uma ideia clara de como será, não.
09:01Olha, Zé Maria, o que eu vejo, né, na questão do cenário para a presidência,
09:05em primeiro lugar, o campo da esquerda, acredito que o presidente Lula vai tentar
09:10a reeleição, apesar dos percalços que ele vem sofrendo com o governo
09:15e realmente não disse para o que veio, né, e há uma dificuldade grande da esquerda, né,
09:21até pela forma como se comportou aí ao longo dos últimos 30, 40 anos,
09:26de ter uma outra liderança que realmente empolgue, né,
09:29ou que assuma, vamos dizer, o posto...
09:31Só acha que ele será candidato?
09:32Acho, acho que dificilmente ele deixará de ser candidato.
09:35É, na última reunião ele reforçou muito isso aí, houve um momento que ele vacilava.
09:39Até por uma questão de sobrevivência do grupo, né.
09:42Agora, do nosso lado, é óbvio, né, que o presidente Bolsonaro continua a ser a grande liderança,
09:49mas está sofrendo todas essas questões aí, não só das questões judiciais que ele vem enfrentando,
09:56como também a própria questão de saúde dele.
09:59Então, no momento em que ficar claro que o presidente Bolsonaro não poderá mais concorrer,
10:05nós temos nomes aí que são com excelente qualidade, capacidade,
10:12e óbvio que aí o presidente Bolsonaro será o grande eleitor de um desses nomes.
10:16Pois é, senador, o Senado tem uma equipe técnica muito boa, consultores que fazem avaliações importantes
10:24e até, de certa forma, é livre de pressão política para dar aos senadores informações.
10:32E o que trazem os consultores do Senado é de que o próximo presidente da República vai passar dificuldades, né.
10:39Não tenho a mínima dúvida, né.
10:42Isso tu está falando na questão orçamentária, né.
10:45É.
10:46O que acontece?
10:47Não vai ter.
10:48Lamentavelmente, né, o governo atual, ele tem uma vocação para o gasto, né.
10:56Não tem uma vocação para o equilíbrio.
10:59E esse gasto assumiu proporções totalmente acima da capacidade de pagamento, né, do país.
11:05E óbvio que nós estamos chegando no limite, né, tanto desse, do arcabouço fiscal que foi montado no ano retrasado
11:13e também da capacidade, vamos dizer assim, arrecadatória do Estado.
11:18Então, o próximo presidente, ele terá que fazer um governo voltado para, vamos dizer assim,
11:25o enxugamento das despesas, de modo que a despesa do Estado brasileiro caiba efetivamente dentro da arrecadação.
11:34Então, tem série de medidas aí que terão que ser tomadas.
11:38O Tribunal de Contas da União alertou que a situação está complexa, né.
11:42Eu não vejo saída, viu, Zé Maia, eu não vejo.
11:44Quem assumir no dia 6 de janeiro, que agora muda, né, não teremos mais essa posse de 1º de janeiro, né.
11:53Posse da ressaca, vamos falar assim.
11:55Nossa, todo mundo com aquele bafo, olho vermelho, depois das festas, né.
12:00De final de ano.
12:01De final de ano, a posse de prefeitos, governadores e presidente da república.
12:05Então, impedir a vinda de autoridades estrangeiras, né, porque é uma data universal.
12:12Então, nesse dia, essa pessoa terá que partir para medidas, né, sérias.
12:18Então, eu vejo aqui, digo para ti, na minha visão, né, é a questão da correção do salário mínimo.
12:24Não vai ter como continuar dando aumento real, porque o impacto é muito grande.
12:29Na previdência e gastos públicos.
12:30A questão da revisão dos gastos previdenciários, do BPC, a questão das isenções fiscais, que esse ano estão em 540 bilhões, ano que vem vai para mais de 600 bilhões.
12:44Então, tudo isso terá que ser revisto, de modo que se abra um espaço para que o país volte a ter uma previsibilidade orçamentária e o governo uma capacidade efetiva, né, de poder governar.
12:56Eu sei que o senhor estuda muito bem o orçamento, senador, e eu sou um crítico do engessamento do Estado brasileiro, né, o orçamento é mais de 5 bilhões, quase 6 bilhões, 5 bilhões ou 400 milhões, desculpa, 5 trilhões, 400 bilhões, 5 trilhões.
13:182 trilhões para a dívida, né, pagamento de serviço da dívida, 2 trilhões previdência e folha de pagamento, despesas fixas.
13:27Quer dizer, não sobra nada, então é muito mais do que conter despesas, é preciso fazer uma reforma geral.
13:32A reforma administrativa, né, essa é algo que se discute, se discute, se discute e tem que ser avançado, né, de modo que o Estado tenha realmente uma, vamos dizer assim, uma capacidade de trabalho, mas de acordo com aquilo que a nação pode colocar à disposição desse Estado.
13:51O Estado não pode ser maior do que a nação, senão ele termina por, né, se tornar desfuncional. Isso é uma questão, né, e nós temos a questão de vinculação, né, então isso já falado há não sei quanto tempo, a vinculação de gasto com saúde e educação, né, que ingerça os administradores, desde o prefeito até o próprio presidente da república.
14:13Eu sempre comento que o prefeito de uma cidade, ele é obrigado a gastar X na saúde e Y na educação, independente da necessidade desses dois setores.
14:24Você pode ter uma cidade que tem mais gente idosa, ou seja, precisa de mais gasto em saúde e menos criança, que você precisa de menos gasto na educação, mas você é obrigado a gastar, termina gastando mal.
14:36Eu sei de história de prefeito, senador, que está calçando a rua em frente à escola e jogando como gasto na educação, é isso mesmo.
14:45O José Serra, ele já criticava aqui no Senado Federal exatamente esse engessamento, né, qualquer um que entre no governo pode fazer muita coisa.
14:55O senhor é general do Exército Brasileiro, senhores, os militares, eles não ficam marchando nos quartéis em indecisos cordões, como diz a música lá do Vandré, não, fica estudando, estuda muito.
15:10Para se chegar a general, olha, é um caminho de longos estudos, né, então chega realmente muito preparado.
15:19O senhor conhece muito de orçamento e, recentemente, os militares, os comandantes militares estão reclamando exatamente do orçamento.
15:29E eu entendo que nós agora estamos num novo patamar com relação a forças armadas, né, o mundo mudou.
15:36Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, né, que acendeu uma luz amarela, vamos dizer assim, no mundo,
15:43mostrando que a guerra entre dois países que se pensava que estava banida e voltou a acontecer...
15:51De trincheira...
15:52Não, não, a guerra de desgaste, vamos ver, nós estamos no quarto ano desse conflito, entramos no quarto ano.
15:59É praticamente a mesma duração que teve a Primeira Guerra Mundial e com uma mortandade bem grande de ambos os lados, aí no caso de russos e ucranianos.
16:08E óbvio que as forças armadas hoje, elas são altamente tecnológicas e quanto mais tecnológico é o armamento, maior é o gasto.
16:19A guerra hoje não é fuzil e bala, né, ela é muito mais do que fuzil e bala.
16:26Então é uma guerra mais cara.
16:28E as forças armadas...
16:29Mas um drone é custoso?
16:31Não, você tem desde drones ultra baratos até drones, né, de última geração, vamos dizer assim, que são de vigilância, de reconhecimento, né, que carregam uma tecnologia embarcada maior.
16:42Mas você tem hoje drones baratos que carregam uma granada e jogam lá em cima e até os próprios drones assassinos...
16:48Tem drones de mais de 400 mil, né?
16:49Tem, não, tem drones de milhão.
16:52Tem drones de milhão.
16:53Mas o que eu quero colocar aqui para a Tia, Zé Maria e para os nossos telespectadores é que é necessária uma previsibilidade.
17:00Ou seja, que as forças armadas saibam que elas têm um percentual, né, do PIB para ter, vamos dizer, uma previsibilidade para a conclusão dos projetos.
17:10Que isso não existe.
17:11Então existe uma PEC do senador Portinho, do Rio de Janeiro, que é um grande quadro que nós temos, né, que prevê a chegada de até 2%, que é o padrão mundial de gasto, para as forças armadas, que hoje tem 1,1,1,2 ou até menos, né.
17:28Então seria uma chegada faseada, né, até esses 2%, de modo que com isso a Marinha, a Força Aérea e o Exército tivessem condições de manter os seus projetos e estarem, vamos dizer, acompanhando a evolução da arte da guerra como está acontecendo nos demais países do mundo.
17:48É, eu costumo comparar com a manutenção. Se você não faz uma manutenção na sua casa ou na sua empresa, não gasta dinheiro com a manutenção, um dia você entra, a luz foi embora e gasta muito mais e não tem como reparar. Vai ficar no escuro.
18:06As forças armadas, elas não podem ser montadas de uma hora para outra. Precisa de uma cultura, precisa de treinamento, é preciso passar de geração em geração.
18:16Não é assim, senador. Quer dizer, não pode descuidar.
18:19Existe um velho aforismo da vida militar, Zé Maria, que diz o seguinte, um Exército pode passar 100 anos sem ser empregado, mas não pode passar um minuto sem estar preparado.
18:30Essa é a realidade. Então o Exército tem que estar preparado 100% o tempo todo, independente dele ser empregado hoje, amanhã ou depois ou daqui a 10 anos.
18:39Mas se precisar, é o caso da manutenção.
18:41E outra coisa que tem que ficar muito bem compreendida para as pessoas, armamento, desenvolvimento de armamento, munição, não se compra na prateleira.
18:51Você não vai no mercado ali e me dá aqui dois mísseis Hellfire, me dá mais duas lançadoras de foguete.
18:57Não, você tem que mandar fazer, a empresa vai demorar para fazer. Então, por isso a necessidade da previsibilidade.
19:03Falar em previsibilidade, o senhor, houve um tempo em que o senhor entendia muito bem de Venezuela.
19:11Hoje ninguém entende da Venezuela, que fechou e é muito difícil informação sobre a Venezuela.
19:18Ela se armou muito. Houve um determinado momento que se dizia, eu me lembro do ex-presidente Sarney alertando,
19:24que a Venezuela estava superior ao Brasil, belicamente.
19:28Na realidade, né, Zé Maria, a Venezuela, numa determinada época, que ela estava muito ligada ainda ali aos Estados Unidos,
19:35e foi na época do governo do presidente Sarney, eles compraram aeronaves americanas, que eram os F-16,
19:42que quando eu estava lá no começo dos anos 2000, eu acho que de 32, tinha dois voando só.
19:50O resto tudo estava com problema de manutenção.
19:52Porque se você não compra a cauda de manutenção, ou se você não tem condições de realizar essa manutenção no teu país,
19:59o troço vai quebrando.
20:01A partir daí, com a emergência do governo do Chaves, e vamos dizer, o Chaves voltado para a Rússia, China,
20:09eles compraram muito material da Rússia, avião Sukhoi, carro de combate, mas a gente sabe...
20:14E muito fuzil, né?
20:15O AK-47, o russo. Eles tinham o fuzil FAO, igual que o Exército Brasileiro tinha, e agora vem trocando,
20:22e compraram o AK-47.
20:25E o FAO, parte foi dada para a guerrilha, para a narcotráfico, para as milícias, foi tudo distribuído lá dentro, assim.
20:31Ou até foi vendido aí por fora, alguns que a gente chega e que estão aqui com essa narco-guerrilha
20:36que nós temos aqui dentro do Brasil, né, essas narco-quadrilhas, estão armados com fuzis que vêm da Venezuela.
20:41E agora, o que você vê nisso aí? É que a manutenção estará sendo realizada?
20:48Não sabemos, né? Eu sempre tenho problema com equipamento russo, porque a cauda de manutenção do russo, ela não existe.
20:56O russo é o seguinte, ele faz aquilo ali, parou de funcionar, joga fora e pega outro.
21:02Essa é a maneira do russo funcionar.
21:04Pois é, senador, a impressão que se tem é de que essa guerra tarifária promoveu ali uma volta de defesa de cada país economicamente,
21:16e que Donald Trump, ele mudou o mundo, não só economicamente não, mudou a lógica do mundo.
21:22E, inclusive, esta proteção em todos os sentidos.
21:25E eu vejo um momento em que os países estão se armando.
21:29claramente que a Europa vai investir mais em segurança.
21:32Você é bom, senador?
21:33A Europa é aquela história, né, Zé Maria?
21:35A Europa terceirizou a sua segurança para os Estados Unidos.
21:38E os Estados Unidos é o que bancava, né?
21:40Em primeiro lugar, ele tinha até um contingente de tropa muito grande lá.
21:44Hoje é o contingente...
21:45E tecnologia de ganhar.
21:46O contingente é menor, mas a tecnologia...
21:48Nesse conflito entre a Rússia e a Ucrânia, quem injetou bastante recurso na Ucrânia, seja em dinheiro vivo, seja por meio de material belo,
22:00foi os Estados Unidos.
22:01Depois, ali, a França, a Alemanha, o Reino Unido também colocaram alguma coisa.
22:07E agora, os Estados Unidos pegou isso.
22:09Olha aí, ó.
22:10Essa segurança europeia é um problema de vocês, só.
22:13Eu não vou ficar mais gastando meu dinheiro aí, porque eu tenho que gastar aqui dentro do meu país também.
22:18Então, a Europa acordou, principalmente a Alemanha, que é a primeira linha de contato, vamos dizer assim, com aquilo que é a Europa Central e o Leste Europeu.
22:30E tem toda uma memória que a gente acha que se apagou, mas vamos lembrar que o século XX foi um século de duas guerras europeias enormes, né?
22:39E lembrando, assim, mais ou menos nessa linha, nós tivemos recentemente um debate muito forte sobre a ABIN.
22:46Sobre aquela ABIN paralela e sobre também, agora, possibilidade de hackeamento e investigação do governo do Paraguai.
22:55E aí vem de novo, senador, esse debate sobre a comunidade de inteligência, né?
23:01Nós temos comunidades.
23:02O Exército tem uma forte, talvez seja hoje a que mais funciona, da Marinha e da Força Aérea, né?
23:12Eles não gostam que chamam mais aeronáutica e Força Aérea.
23:15Força Aérea, Força Aérea.
23:17Aeronáutica é a lei da Força Aérea, que aí engloba também a aviação civil, o controle do espaço aéreo.
23:23É, na Força Aérea.
23:25E essas comunidades, elas são perigosas, né?
23:29Se mal utilizadas.
23:31Qual é a sua ideia, senador, sobre o controle dessas comunidades de inteligência?
23:37Olha, eu faço parte da Comissão de Controle da Atividade de Inteligência no Senado, né?
23:42Agora o senador Nelsinho...
23:43É do Congresso, né?
23:44É, do Congresso.
23:45Ela é mista, né?
23:45Do Congresso.
23:46Ela é mista, ela é mista.
23:47O senador Nelsinho Tradi, que é o presidente da CRELE, me indicou também como representante da Comissão, lá na Comissão.
23:56E que agora a presidência é da Câmara.
23:57E o que acontece aqui, né, Zamarinha?
23:59Nenhum país do mundo pode prescindir de uma atividade de inteligência, que é o que vai dar o amparo ao decisor,
24:05seja ele o presidente da República, seja um ministro, etc. e tal,
24:09para tomar suas decisões com as melhores informações disponíveis.
24:12Isso é uma realidade.
24:13E, óbvio, que a atividade compõe desde uma coleta, que são dados que estão disponíveis aí em biblioteca, na internet, pela imprensa,
24:25até a busca, que são dados que estão escondidos e que são necessários serem buscados para que o decisor possa tomar a sua decisão.
24:33E a atividade de inteligência, ainda por influência do tempo, do período de presidentes militares, do antigo SNI,
24:40foi e criou-se aqui aquela estigma da arapongagem.
24:45E ela não é isso.
24:47É uma atividade de Estado.
24:50Então, existe uma metodologia para uma produção de conhecimento que vai apoiar uma decisão do presidente da República.
24:58Agora, o que eu vejo é que o presidente não sabe utilizar isso.
25:02Ele tem um instrumento ali que ele não sabe utilizar,
25:05que poderia utilizar melhor, abastecendo ele com conhecimento, que facilitaria o seu processo decisório.
25:14Pois é.
25:14Às vezes, a coleta de informação está aí nas mídias sociais, está aí nas conversas públicas, na imprensa,
25:24e o profissional da área de inteligência vai coletar, concatenar e ver ele ali fazer uma primeira.
25:30É, e principalmente, né, Zé Maria, o profissional de inteligência, o analista, né,
25:34quando ele vai produzir esse conhecimento, a gente sempre tem que colocar, ele tem que despir as suas paixões.
25:39O analista não pode colocar a sua paixão naquilo ali.
25:42Por isso que tem uma metodologia para ele utilizar e buscar o quê?
25:46A verdade.
25:47Sempre a busca da verdade.
25:48Senão ele vai prestar um mau assessoramento ao decisor.
25:51O senhor acha que as comunidades de informação, elas se comunicam?
25:56É, sempre, elas se comunicam.
25:57Nós temos um sistema brasileiro de inteligência, né, cujo órgão central é a ABIN,
26:03e aí você tem o sistema de inteligência militar, você tem o sistema de inteligência do campo externo, né,
26:09onde também participa o próprio Itamaraty, então existe um sistema aqui dentro do país e que se fala entre si.
26:15Agora, óbvio, como acontece em qualquer país do mundo, sempre tem as ciumeiras no meio disso aí,
26:20porque as ciumeiras são humanas, né?
26:23E formação privilegiada.
26:24Se fossem robôs, acho que até os robôs teriam ciúme.
26:27Eu acho que vai chegar, eu já ouvi falar da Alexa com ciúmes, da outra inteligência difícil.
26:34Quem é essa Alexa?
26:37Senador, e houve a ABIN paralela?
26:39Olha, eu só conheço esse assunto pelo que vem sendo publicado, né?
26:43Eu não considero que seja a ABIN paralela.
26:46Eu, como desconhecia, como foi trabalhado isso aí, né, eu considero que se houve alguma determinação
26:54para um tipo de produção de conhecimento, porque o decisor, ele solicita,
26:58eu preciso saber algo a respeito desse assunto X.
27:02A ABIN vai ver como é que ela vai produzir um conhecimento que atenda aquela necessidade do decisor,
27:10seja ele o presidente, o ministro, seja lá quem for.
27:13Pois é, a gente fala de inteligência, por exemplo, faltou o serviço de inteligência nesse caso do roubo do INSS, né, senador?
27:21Na mão de Deus, o governo já tinha que ter identificado isso.
27:23Porque, na realidade, esse serviço seria por meio da CGU.
27:26Vamos lembrar o seguinte, os próprios integrantes da CGU, né, do TCU, os técnicos que trabalham nesses organismos,
27:34eles fazem cursos, né, tanto dentro da Escola de Inteligência Militar, como dentro da Escola de Inteligência da ABIN, né,
27:42para aprender essas metodologias, porque é importante para o trabalho deles,
27:46porque eles é que estão voltados para essa atividade aí.
27:49Esse caso do INSS, né, com certeza, dados começavam a pipocar aí de tempos em tempos
27:58e necessitavam terem tido um tratamento mais, vamos dizer assim, vamos acender uma luzinha aqui,
28:04porque algo não está correndo bem.
28:05Mas, de qualquer jeito, agora esses organismos levantaram isso aí e tomaram a atitude necessária, né?
28:11Pois é, a maldade é tão agressiva que ela cresce e acaba sendo engolida pela própria maldade.
28:18A esperteza quando é demais, né, a esperteza quando é demais.
28:22Hoje eu estava conversando com o senador Izalci, né, essa semana aí eu conversei com ele,
28:27não hoje, obviamente.
28:27E é ligado à contabilidade, ele gosta muito dessa área.
28:30Isso, o Izalci me disse que tinha descontos de R$ 60, R$ 80, R$ 70, R$ 80, R$ 70, R$ 70.
28:37Eu estava pensando que eram descontos menores, porque quando você vai tirando de pouquinho,
28:41não, vai tirar R$ 1, R$ 2, a pessoa não nota.
28:43Eu, por exemplo, não notaria se faltasse R$ 2, ali na minha conta, né?
28:48Mas agora, quando passa o número, aí o cara vai acender uma luz lá.
28:51Peraí, estão me tirando dinheiro aqui.
28:53Você acha que foi omissão ou tem profissionais do Ministério envolvidos?
28:58Não, a gente não sabe ainda, né, pelo andamento da investigação,
29:03mas não há dúvida que tem profissionais aí que trabalham na área do Ministério que estão envolvidos.
29:09Não tenho dúvida disso aí.
29:10É uma situação séria e vai exigir do governo.
29:13Porque é aquela história, a entidade que implantou, que solicitou a implantação daquele aposentado,
29:19alguém lá tem que ter dado o visto bom, como se diz em castilhano, né?
29:23Ah, tá ok, pode implantar.
29:26Então, aí tem um esquema, né?
29:28Muito bem.
29:30Senador Amilton Mourão, senador, muito obrigado por estar aqui nos estúdios da Jovem Pan,
29:34por essa conversa boa, conversa aberta.
29:37Muito obrigado, Zé Maria.
29:37Eu acho que a gente bateu vários assuntos aqui, foram importantes, né?
29:41Fomos aqui, como se diz na gíria militar, do alfinete ao foguete.
29:46Então, foi muito bom.
29:46Nem é assim mesmo a vida.
29:49Queria agradecer a você que acompanhou aqui o ponto final.
29:53E a nossa missão é essa, levar até você as informações daqui de Brasília,
29:58Planalto Central do país, a capital de todos nós, né?
30:01A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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