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DivertimentoTranscrição
00:00:00Muito boa noite. A caminho das legislativas de 18 de maio estão hoje frente a frente Luís Montenegro, pela AD e Pedro Nuno Santos, do PS.
00:00:10RTP, SIC e TVI definiram as regras para este debate. Cada tema dura 10 minutos. Os candidatos têm 3 minutos cada um para expor as ideias sem interrupções do adversário. O tempo restante é para a troca de argumentos.
00:00:2214 meses depois, o reencontro é aqui na Nova SBE, em Carcavelos, e ditou o sorteio que comece Luís Montenegro e termina Pedro Nuno Santos.
00:00:32Muito boa noite. Bem-vindos. O apagão de segunda-feiras pôs fragilidades graves na forma como o país reage a uma crise e, segundo a oposição, tornou evidente a incapacidade do governo em liderar e comunicar com clareza quando era mais necessário.
00:00:46Luís Montenegro, para que percebamos quais foram as suas prioridades, pergunto-lhe por que optou por não falar logo ao país na primeira hora e dar um primeiro sinal de que estava efetivamente ao comando.
00:00:59Bom, antes de mais, muito boa noite a todos, aos moderadores, ao Pedro Nuno Santos e às portuguesas e portugueses que nos acompanham a partir de casa.
00:01:06Nós, segunda-feira, vivemos um acontecimento absolutamente inédito, inesperado, com o qual nos fomos confrontando com coisas nunca antes vividas, nomeadamente dificuldade de comunicação.
00:01:23Nós não tínhamos energia elétrica em nenhuma casa e, portanto, não tínhamos a possibilidade de falar com as portuguesas e os portugueses pelo meio mais direto que era a televisão.
00:01:32Ora, há três dimensões que nos preocuparam desde a primeira hora.
00:01:36Em primeiro lugar, uma dimensão técnica.
00:01:38Nós estamos num domínio que exigia rapidamente uma abordagem técnica.
00:01:44Para quê?
00:01:45Para que fosse cortada a nossa ligação à Espanha, onde tinha ocorrido a origem do apagão.
00:01:52E, em segundo lugar, tomarem-se as medidas para, o mais rápido possível, se poder reiniciar a produção e distribuição de energia em Portugal.
00:02:00Uma segunda linha de garantir os serviços essenciais.
00:02:04Não nos podemos esquecer que, sem energia elétrica, ficam em causa infraestruturas críticas.
00:02:09Hospitais, as próprias comunicações, várias entidades que dependem de consumo de energia.
00:02:15Era preciso ativar planos de emergência, planos de contingência e colocar todo o sistema a funcionar para não deixar que nada disso fosse colocado em causa.
00:02:25E isso resultou tanto que nós tivemos zero mortes na sequência direta da falta de fornecimento de energia elétrica, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Espanha.
00:02:36E, em terceiro lugar, uma outra dimensão, a dimensão da comunicação.
00:02:40Nós tivemos a ocasião, logo na primeira hora, de fazer uma comunicação pela via que entendemos que era a mais eficaz, a via rádio.
00:02:46Colocámos o Ministro da Presidência a dar as primeiras indicações sobre aquilo que estava a acontecer com base nas notícias que tínhamos.
00:02:53E ao longo do dia, eu próprio, logo às três da tarde, depois de reunir o Conselho de Ministros, que teve de resto reunido 12 horas,
00:03:00em permanência e de emergência e em crise, fomos adiantando aquelas que eram as informações que íamos recolhendo.
00:03:08Eu próprio fui depois à REN, verificar as condições em que o reinício da produção estava a acontecer.
00:03:15Tínhamos células de crise na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no Sistema de Segurança Interna,
00:03:21todas as forças de segurança, as forças armadas, todas as entidades públicas chamadas a colaborar.
00:03:27Tivemos 47 entidades públicas a comunicar pela via que estava disponível com mais eficácia que era a rádio.
00:03:34E depois, quando houve condições de chegar já de uma forma mais massiva, eu acabei por falar ao país já ao início da noite.
00:03:40E, portanto, não considerou prioritário ser a primeira voz do Governo a falar ao país.
00:03:43Deixe-me dizer, nós não só tratámos da comunicação, como tratámos da parte técnica, como tratámos da parte da garantia dos serviços essenciais.
00:03:52E há uma coisa que é verdade. Nós respondemos com força e com eficácia.
00:03:56E, para isso, tivemos a colaboração inexistível das portuguesas e dos portugueses,
00:04:00que foram serenos, que foram muito colaborantes para ultrapassar a situação.
00:04:05Terminou o seu tempo, Luís.
00:04:05E de muitos funcionários da administração pública e de muitas empresas.
00:04:08Vai ter oportunidade, mais à frente, de continuar nomeadamente com o debate com Pedro Nuno Santos,
00:04:11que falou numa pagão do Governo de falta de capacidade para gerir crises.
00:04:16Pergunto-lhe, se fosse o Sr. Primeiro-Ministro, como teria gerido esta crise de forma diferente
00:04:20e qual teria sido a sua primeira ordem, a que horas, com que regularidade teria falado ao país, Pedro Nuno Santos?
00:04:25Bom, antes de mais, boa noite a vocês, boa noite ao Luís Montenegro e a quem nos está a acompanhar em casa.
00:04:31Eu queria, antes de mais, começar por cumprimentar os portugueses,
00:04:36por reconhecer e agradecer a forma como lidaram com esta crise,
00:04:42foram corajosos em mais um desafio muito complexo que tiveram de enfrentar
00:04:46e cumprimentar todas as forças que estiveram a apoiar as nossas populações.
00:04:50Os profissionais de saúde, desde logo, as forças de segurança, os professores, os bombeiros,
00:04:56a sociedade portuguesa conseguiu, mais uma vez, estar à altura de um momento muito difícil.
00:05:00Eu, se fosse Primeiro-Ministro, a primeira coisa que teria feito era convocar o sistema de segurança interna.
00:05:06E no sistema de segurança interna, que é presidido e coordenado pelo Primeiro-Ministro,
00:05:09estariam também vários ministros, desde logo, o Ministro da Administração Interna,
00:05:14o Ministro da Justiça, da Defesa Nacional, das infraestruturas, das finanças,
00:05:18porque é preciso fazer autorizações de... pode ser preciso fazer autorizações de despesa.
00:05:22Estaria também a Polícia Judiciária, a PSP, a GNR, os serviços de informação, as Forças Armadas.
00:05:28E no sistema de segurança interna devia estar também o Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil,
00:05:35que deveria ativar o Sistema Nacional de Planeamento Civil de Emergência.
00:05:39E no que é que isso teria feito a diferença?
00:05:41Poderíamos coordenar melhor as operações, desde logo.
00:05:44Nós não tivemos... nós tivemos os autarcas entregues à sua sorte,
00:05:48eles ativaram os serviços de proteção civil municipais, mas sentiram-se sempre sozinhos.
00:05:53E depois a comunicação, porque o Governo não é responsável pelo apagão,
00:05:58não é também responsável pelo restabelecimento do fornecimento da energia elétrica,
00:06:02porque isso deve-se sobretudo à REN,
00:06:04mas naquilo que era a responsabilidade do Governo,
00:06:06nomeadamente a coordenação e a comunicação, o Governo falhou.
00:06:09É por isso que em termos, no que diz respeito à comunicação,
00:06:13o Governo perdeu a oportunidade, a janela de oportunidade,
00:06:16que permitia enviar uma mensagem a todos os portugueses,
00:06:20enquanto as comunicações estavam ativas.
00:06:22Perdeu essa oportunidade, nós teríamos aproveitado a janela de oportunidade
00:06:26para comunicar com os portugueses e anunciar que a comunicação passaria a ser feita
00:06:31de forma regular, hora a hora, através das nossas rádios.
00:06:35E desta forma nós poderíamos ter coordenado melhor
00:06:38e comunicado melhor com os portugueses,
00:06:40dando-lhes também maior segurança e maior confiança.
00:06:44Recuperar-lhe uma situação de colapso em 8 a 10 horas
00:06:47revela, na sua opinião, incompetência na gestão da crise?
00:06:50Temos que separar aquilo que é a responsabilidade do Governo
00:06:55e o que é a responsabilidade de outras entidades.
00:06:57A REN fez, de facto, um trabalho extraordinário
00:06:59e conseguiu rapidamente, de forma relativa, obviamente,
00:07:02porque 10 horas tem impacto na vida das pessoas,
00:07:04mas conseguiu recuperar o restabelecimento da energia.
00:07:08Ao Governo, aquilo que se pedia era coordenação e comunicação.
00:07:12E, na nossa opinião, o Governo falhou naquilo que era a sua missão
00:07:17naquele dia.
00:07:19Não é caso único, o Governo já tinha falhado
00:07:23noutras crises, nomeadamente na crise da greve do INEM
00:07:27e nos incêndios de 2020.
00:07:29Luís Montenegro, tem a oportunidade agora de responder
00:07:30e de percebermos se é também ou não crítico
00:07:34da reação do líder do Partido Socialista.
00:07:36Eu até estava à espera que o líder do Partido Socialista
00:07:38repetisse aqui que houve falta de liderança e de serenidade
00:07:42na reação do Governo e do seu primeiro responsável, que sou eu,
00:07:46porque o líder do Partido Socialista não tem autoridade moral
00:07:49para falar dessa maneira, porque quando teve responsabilidades
00:07:51governativas, deu mostras precisamente do contrário.
00:07:54Basta lembrar a posição que tomou a propósito da localização
00:07:57do aeroporto, que denota, efetivamente, falta de capacidade de liderança,
00:08:02falta de serenidade, falta até de entrosamento dentro do Governo
00:08:05e não estávamos em situação de crise.
00:08:07Estávamos num dia normal, numa semana normal.
00:08:10Deixe-me dizer-lhe que o Governo reuniu desde o primeiro minuto
00:08:15e reuniu no pleno a partir da uma da tarde.
00:08:17Tinha passado uma hora e meia desde o eclodir da situação.
00:08:21O sistema de segurança interna funcionou.
00:08:23A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil esteve não só a funcionar,
00:08:27como a coordenar todas as operações tendentes ao transporte de combustível
00:08:32que era necessário para poder alimentar os geradores que estavam a substituir
00:08:36aquela que era a falta de fornecimento de energia elétrica.
00:08:39Mas também com várias situações de improviso, apesar do plano de contingência.
00:08:42Com certeza que com situações, enfim, que no momento tiveram que ter
00:08:46uma gestão mais imediata, mas com bons resultados.
00:08:50Sabe que nós estamos a ser muito elogiados, por exemplo, aqui ao lado, em Espanha,
00:08:53quando nas primeiras horas até diziam que nós íamos demorar mais tempo,
00:08:56que íamos ter mais dificuldades.
00:08:57A Espanha, que tem uma interligação com França e com Marrocos
00:09:01e que podia alimentar a sua rede a partir dessa dia,
00:09:03nós demonstramos autonomia para poder reiniciar todo o sistema de produção e distribuição.
00:09:08Tivemos um bom resultado, com os funcionários públicos das várias áreas de atuação
00:09:13a serem proficiantes, tivemos a colaboração de muitas empresas privadas
00:09:17e tivemos sobretudo a colaboração e a maturidade cívica dos portugueses,
00:09:22que eu não posso deixar aqui de reconhecer.
00:09:23Deixa-me terminar com o Pedro Nunes Santos para responder e também para lhe perguntar
00:09:27se for eleito primeiro-ministro, se vai manter as três medidas anunciadas ontem,
00:09:31auditoria independente, comissão técnica e mais centrais em Black Start.
00:09:34Bom, antes de mais, Luís Montenegro esqueceu-se de referir, já agora,
00:09:40o meu papel numa crise que nós vivemos e que foi a crise da greve dos motoristas
00:09:45de matérias perigosas, onde nós conseguimos de facto estar à altura
00:09:48de uma crise muito desafiante, de um conflito que não era com o Estado português,
00:09:52era entre empregadores e trabalhadores, motoristas,
00:09:55mas nós tivemos à altura dessa crise, como depois tivemos também,
00:10:00e eu tinha responsabilidades também nas minhas áreas, durante a pandemia.
00:10:04Agora, nós não podemos de facto dizer que as coisas correram bem quando,
00:10:08do ponto de vista da comunicação do parte do Governo, que não é uma questão menor,
00:10:12é mesmo uma das tarefas essenciais de um Governo, quando iniciam o processo de envio
00:10:17dos SMS à população, às 17h15, quando emitem, quando fazem o alerta nível laranja,
00:10:25às 19h30, quando ativam a rede de postos de combustíveis, às 20h30,
00:10:33quando temos um, quando não vimos em nenhum momento a Ministra da Administração Interna,
00:10:39nem vimos a Ministra que tutela a política energética.
00:10:42E, página-se, tivemos ainda um Ministro da Coesão Territorial,
00:10:46que tem um peso considerável no Governo, a dizer que, perante os riscos na maternidade
00:10:52da Alfreda Costa, tinham dado orientação aos motoristas, para encher Jerry Cans,
00:10:57para abastecer a maternidade da Alfreda Costa.
00:11:00Isto é cómico, mas mostra a desorientação e a impreparação deste Governo
00:11:04para fazer face à crise.
00:11:05O nosso tempo terminou para este tema, terão a oportunidade de falar também
00:11:08sobre outra crise política e de confiança que nos trouxe mais cedo para eleições.
00:11:10Enfim, num dia em que tivemos desenvolvimentos, mas antes é tempo
00:11:15de avançar com as propostas para o país.
00:11:18Até porque os números da economia mundial estão a ser revistos em baixa
00:11:21por várias instituições.
00:11:23Aliás, o FMI também reviu em baixa o crescimento para Portugal neste ano
00:11:27e no próximo.
00:11:27Pedro Nuno Santos começa agora por si.
00:11:29O PS aposta no IVA Zero, no Capaz Alimentar, no IVA da Eletricidade,
00:11:33no IUC, na devolução do IVA de carros elétricos.
00:11:36Estas propostas não põem em causa o equilíbrio das contas públicas?
00:11:40Bom, nós dentro da possibilidade do espaço orçamental que nós temos,
00:11:49tendo em conta as previsões económicas para a economia portuguesa,
00:11:53da maioria ou da totalidade das instituições internacionais,
00:11:57nós construímos o nosso programa.
00:11:58O nosso programa é claramente, desse ponto de vista, mais prudente,
00:12:02mais cauteloso que o programa da AD, que é na realidade um embuste.
00:12:06Porque aquilo que a AD faz é artificialmente colocar taxas de crescimento
00:12:10que não são previsíveis por nenhuma instituição internacional
00:12:14para depois terem um programa, um nível de despesa fiscal,
00:12:18despesa orçamental muito mais alto que o nosso.
00:12:21Nós fazemos a opção de baixar os impostos que toda a gente paga,
00:12:25nomeadamente, e que pesam mais nas famílias que ganham menos.
00:12:29O IVA Zero permitirá reduzir o custo de vida com os bens alimentares,
00:12:34nomeadamente com a carne, com o peixe, com o leite, com os ovos.
00:12:38É o esforço que nós, Estado português, devemos fazer
00:12:41para baixar o custo de vida das famílias.
00:12:43Mas também baixar o IVA da eletricidade para todo o consumo.
00:12:47Baixar o IUC em 20%.
00:12:49Rejeita a ideia do Luiz Montenegro de que anda a prometer tudo a toda a gente.
00:12:52Regular e reduzir o preço do gás de botija, que ainda é pago,
00:12:55por 2 milhões de famílias e que custa o dobro do custo em Espanha.
00:12:58Não prometemos tudo a todos, mas aquilo que prometemos é de facto para todos
00:13:03e isso é uma grande diferença face à proposta da AD,
00:13:06que na realidade dirige-se a uma minoria da população e a uma minoria das empresas.
00:13:12Mas, sobretudo, é um programa que é um embuste, que é irrealista.
00:13:16Nós estamos numa campanha onde um ainda primeiro-ministro
00:13:20faz uma proposta que é absolutamente impossível de concretizar.
00:13:25E eu quero só terminar dizendo que Luiz Montenegro tem, neste caso, em concreto, duas faces.
00:13:33Tem uma face durante a campanha eleitoral e depois tem uma face diferente para Bruxelas.
00:13:39Porque está a fazer nesta campanha o que fez há um ano atrás.
00:13:42Apresentando taxas de crescimento que não são previstas por ninguém,
00:13:48mas depois, em Bruxelas, apresenta taxas de crescimento inferiores a 2%.
00:13:53Nós também estamos, nestas eleições, a votar a seriedade de um líder, de um governo.
00:13:59Luiz Montenegro, o programa da AD promete descidas no IRS de 2 mil milhões de euros ao longo da legislatura,
00:14:04500 milhões ainda este ano, a tal baixa no IRC e é mais otimista do que eram as previsões de crescimento do governo em outubro.
00:14:12A pergunta é clara, as promessas não entram em choque com a nova realidade mundial, são credíveis?
00:14:18Bom, eu quero, antes de mais, dizer que nós temos mesmo de ser sérios.
00:14:22E temos de ser sérios de uma ponta até à outra.
00:14:25O doutor Pedro Mundo Santos, ainda por cima é economista,
00:14:27acaba de lançar uma confusão que, se não é propositada, então é incompetência pura.
00:14:32Porque o doutor Pedro Mundo Santos não pode desconhecer que os números que nós enviámos a Bruxelas
00:14:37são na perspectiva das chamadas políticas invariantes, ou seja, não atenderam ao efeito positivo
00:14:44que nós queremos que as nossas decisões políticas podem ter nos próximos anos.
00:14:49E, aliás, corresponde ao pensamento político do Partido Socialista,
00:14:52porque como o Partido Socialista não transforma nada, também não vê crescimento,
00:14:56a taxa de crescimento do Partido Socialista nos próximos anos é exatamente aquela que decorre
00:15:00das políticas invariantes, que não mudam nada.
00:15:03Ora, o nosso programa...
00:15:04Chega aos 2% em 28 e em 29...
00:15:05O nosso programa, ao contrário daquilo que...
00:15:07Chega aos 3,2% em 28 e em 29...
00:15:09O nosso programa, ao contrário daquilo que o doutor Pedro Mundo Santos estava a mencionar agora,
00:15:13decorre do efeito que as nossas políticas, ao longo do tempo, vão provocando, nomeadamente,
00:15:20as políticas de transformação do Estado, do setor público e as políticas de transformação
00:15:26da economia, nomeadamente as políticas fiscais.
00:15:29Nós temos como grande pedra de toque para a economia o investimento.
00:15:34O investimento público, o investimento em recursos humanos, por isso nós fizemos a revisão
00:15:38de 19 carreiras da Administração Pública, é pensar no crescimento da economia, para termos
00:15:43um Estado mais eficiente.
00:15:44Nós estamos a fazer a reforma do sistema de saúde, da habitação, da educação, da
00:15:50mobilidade, a pensar no crescimento económico, para termos um Estado mais eficiente.
00:15:54Mas nem o Banco de Portugal, nem o Conselho de Finanças Públicas...
00:15:57Nós estamos a dar incentivos para que as empresas possam investir mais.
00:16:00Nem o Banco de Portugal, nem o Conselho de Finanças Públicas...
00:16:02Nós estamos a diminuir, deixe-me só dizer, nós estamos a diminuir os encargos sobre
00:16:06as empresas, para as empresas terem mais meios para comprar mais equipamento, para pagarem
00:16:11melhores salários e terem melhores recursos humanos, para poderem investir em inovação
00:16:15e também para podermos ser um país mais atrativo ao investimento direto estrangeiro.
00:16:19Respondendo à minha questão, nem o Banco de Portugal, nem o Conselho de Finanças Públicas
00:16:23tem os números da rede.
00:16:24Tivemos incentivos de 12 e 13 milhões de euros.
00:16:27O ano passado tivemos de 400 milhões, este ano, temos 3 meses, já vamos em 320 milhões.
00:16:33Nós olhamos para a economia como geradora da criação de riqueza.
00:16:38As medidas do Partido Socialista são apenas de distribuição.
00:16:40São apenas... não modificam nada na economia, não modificam nada no Estado.
00:16:46Nós não queremos desvalorizar o efeito das políticas de rendimentos.
00:16:50Queremos que as pessoas paguem menos impostos e estão a pagar menos impostos.
00:16:53Queremos que as pensões sejam valorizadas e estão a ser valorizadas.
00:16:56Mas nós temos de mudar o Estado e a economia para que ela seja mais produtiva.
00:17:01E sendo mais produtiva, cria mais riqueza.
00:17:03Criando mais riqueza, vai dar mais rendimento.
00:17:04E dando mais rendimento, já agora também dá mais meios ao Estado,
00:17:07porque as pessoas vão acabar por ter um pagamento de imposto
00:17:11que, embora seja menor na taxa, é maior na receita global
00:17:14em função da quantidade de rendimento que são capazes de gerar
00:17:20no seu trabalho do secretário-geral do Partido Socialista.
00:17:23Deixe-me só terminar com este...
00:17:24O ano passado, nós não só superámos todas as previsões,
00:17:32contrariando, aliás, o pessimismo da campanha, o ano passado,
00:17:35do Pedro Nuno Santos, como nós tivemos uma diminuição da receita de IRS
00:17:40cerca de mil milhões de euros.
00:17:41Mas a receita de IRC subiu 2 mil milhões de euros.
00:17:45O que quer dizer que é isto que nós queremos.
00:17:47As pessoas a pagar menos impostos sobre o rendimento do trabalho,
00:17:50premiar mais o mérito e as empresas a pagar mais impostos,
00:17:52não porque a taxa suba, mas porque são mais produtivos.
00:17:55Vamos equilibrar, então, os tempos.
00:17:56Pedro Nuno Santos vai ter mais tempo nesta segunda parte,
00:17:58até porque o Luís Montenegro não quis responder à questão dos números
00:18:00do programa eleitoral.
00:18:02Não, mas eu respondi, peço muita desculpa.
00:18:04Peço muita desculpa.
00:18:05A justificação para a diferença dos números é esta que eu lhe estou a dar.
00:18:08São políticas públicas, são políticas de transformação da economia,
00:18:13que geram mais capacidade de criar riqueza,
00:18:15que, por sua vez, gera mais receita fiscal,
00:18:17que dá ao Estado, naturalmente, taxas de crescimento económica,
00:18:20que vão favorecer o cumprimento do investimento público.
00:18:23Isto quer dizer que falta ambição ao programa do Partido Socialista?
00:18:26Sem dúvida nenhuma.
00:18:26Isto já quer dizer, e já está correto.
00:18:29Não, não falta ambição ao programa do Partido Socialista,
00:18:32eu acho é que falta vergonha ao programa da AD.
00:18:34Porque, obviamente, aquilo que Luís Montenegro nos traz aqui
00:18:37é uma fantasia, é um ato de fé.
00:18:39O Banco de Portugal fez um estudo sobre o impacto da redução
00:18:42de um ponto percentual no IRC no crescimento a médio e longo prazo.
00:18:46E o impacto é de 0,1% no crescimento da economia portuguesa.
00:18:51Se todas as empresas que tiverem essa poupança fiscal
00:18:55reinvestirem a totalidade dessa poupança fiscal.
00:18:59Ora, a nossa política de IRC é uma política mais inteligente,
00:19:03é, aliás, a política que é seguida na maioria dos países OCDE.
00:19:06Nós queremos baixar o IRC para as empresas que dão um bom destino
00:19:10aos seus lucros, que reinvestem na inovação, na investigação,
00:19:14na capitalização das empresas.
00:19:16Ora, o que a AD propunha é a redução do IRC de forma igual,
00:19:20sem critério para todas as empresas, independentemente delas
00:19:23distribuírem os seus lucros aos acionistas ou reinvestirem os seus lucros.
00:19:29E, portanto, é uma política que é errada.
00:19:31Mas, para percebermos todos como a AD não é boa conselheira
00:19:35do crescimento económico e tem, aliás, políticas que são contrárias
00:19:38àquilo que nós precisamos, basta ver que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia
00:19:43teve, no último Orçamento de Estado, um dos maiores cortes de sempre, 10%.
00:19:47A Fundação para a Ciência e a Tecnologia é a principal entidade financiadora
00:19:51da ciência em Portugal.
00:19:53Pela primeira vez, também, em muitos anos, temos um menor número
00:19:56de inscritos nas nossas universidades.
00:19:58Ora, não se transforma uma economia com menos estudantes
00:20:01no ensino superior, nem com menos investimento na ciência.
00:20:04O Partido Socialista, aquilo que tem, é, de facto, uma política,
00:20:08uma estratégia.
00:20:09Nós defendemos, já tive a oportunidade de dizer, para que as pessoas
00:20:12entendam, à luz da nossa história, um novo relatório Porter
00:20:16que permita identificar os setores e as áreas tecnológicas
00:20:20com maior potencial de arrancamento da economia.
00:20:22Isso distingue, visto que o Estado não deve ser visto como um empecilho
00:20:24na economia, mas é o Estado a dirigir a economia?
00:20:26Não, claro que não.
00:20:28Da mesma forma, são as empresas que fazem o seu investimento.
00:20:31Aliás, eu quero lembrar, porque Luís Montenegro diz que está tudo muito bem
00:20:34do ponto de vista de investimento e crescimento económico,
00:20:37na realidade, aquilo que Luís Montenegro apresenta como estando bem,
00:20:40já estava bem há um ano.
00:20:41Aliás, estava melhor.
00:20:42A economia crescia mais no último ano do PS do que no primeiro ano da AD,
00:20:46mas o investimento privado também crescia mais, e digo-lhe mais ainda,
00:20:51a execução pública do investimento público do primeiro ano da AD
00:20:55é mesmo das piores...
00:20:57Muito bem, vou dar 30 segundos a Luís Montenegro para encerrarmos este tema.
00:21:01Diz que a economia gera-se a si própria e o Estado não deve atrapalhar,
00:21:05deve estimular.
00:21:06O Estado atrapalha a economia?
00:21:07Voltando só ao tópico inicial do Pedro Nuno Santos,
00:21:09nós temos mesmo de ser sérios.
00:21:11E o Pedro Nuno Santos tem de ser sério.
00:21:13A Fundação para a Ciência e a Tecnologia bateu o recorde de execução
00:21:18de sempre 833 milhões de euros.
00:21:21E corta-lhe a verbo.
00:21:21Sabe que é mentira isso.
00:21:23O ano passado, a execução da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
00:21:27era de pouco mais de 500 milhões de euros.
00:21:30Subiu mais de 50%.
00:21:32O Sr. Doutor não está preparado para argumentar.
00:21:35Peço-lhe muita desculpa, mas tem que se informar melhor.
00:21:37Nós estamos a fazer uma aposta determinante na ciência e na inovação,
00:21:42na inteligência artificial, na tecnologia,
00:21:44como um motor do crescimento económico.
00:21:47E é preciso olhar para aquilo que está no terreno.
00:21:49Nós temos, de facto, uma capacidade de execução muito maior
00:21:51do que aquela que o Partido Socialista e o Pedro Nuno Santos estavam habituados.
00:21:55E vamos continuar a ter.
00:21:56E é isto que dá sustentabilidade ao cenário macroeconómico que nós apresentámos.
00:22:01Sobre a sua questão, nós apresentamos medidas que estimulam
00:22:05o crescimento da economia e toda a atividade empresarial.
00:22:08Aquilo que o Partido Socialista quer é não só dirigir a economia,
00:22:11como privilegiar alguns setores.
00:22:13Mas a questão que se coloca e que se tem que colocar,
00:22:15e que o Pedro Nuno Santos nunca respondeu,
00:22:16é quais são os setores que ficam excluídos.
00:22:20Quais são os setores que o Partido Socialista não quer apoiar.
00:22:23Ou então, ainda mais, quanto tempo vai demorar
00:22:26o governo hipotético do Partido Socialista
00:22:29a decidir e estudar, como fez Michael Porter,
00:22:33os setores que, estrategicamente, devem ser mais apoiados.
00:22:36Muito bem.
00:22:36Uma ou duas questões que o Pedro Nuno Santos...
00:22:38Vamos ter, seguramente, e pode-se discutir vários temas
00:22:40ao longo deste debate, e Sara, vamos à saúde agora.
00:22:44Era só um apontamento muito rápido.
00:22:4620 segundos.
00:22:47Aquilo que o Partido Socialista defende
00:22:48é aquilo que Mário Draghi defende na União Europeia,
00:22:52e que, aliás, Luís Montenegro teve a oportunidade de ouvir,
00:22:56da boca do próprio Mário Draghi,
00:22:58de que era preciso nós fazermos uma seleção.
00:23:01Nenhum setor fica de fora dos apoios.
00:23:04Nós temos é que ter uma maior percentagem
00:23:06naqueles que têm maior potencial de arrastamento da economia.
00:23:09Não é nada de radical,
00:23:10é aquilo que Mário Draghi defendeu no mesmo sítio
00:23:13onde nós estivemos os dois.
00:23:15Muito bem.
00:23:16Vamos, então, olhar aqui para uma das áreas
00:23:18de maior importância para os portugueses,
00:23:20a questão da saúde,
00:23:21e onde governantes, quer do Partido Socialista,
00:23:24quer do PSD,
00:23:25não têm sido capazes de comatar todas as falhas.
00:23:28Os senhores têm visões diferentes
00:23:29de como resolver os problemas no SNS,
00:23:32que são vários,
00:23:33mas que acabam todos por estar ligados
00:23:35à falta de profissionais.
00:23:37Era aqui que eu queria que nos centrássemos.
00:23:40Luís Montenegro,
00:23:41o que é que se compromete a fazer
00:23:42para conseguir contratar mais profissionais
00:23:45para o SNS,
00:23:46para ter menos utentes sem médico de família
00:23:49e menos urgências fechadas?
00:23:51Dar continuidade à política que iniciámos
00:23:53de valorização do estatuto remuneratório
00:23:56e da progressão das carreiras dos profissionais de saúde.
00:23:59Nós fizemos um acordo com os médicos,
00:24:00como é sabido,
00:24:01fizemos com os enfermeiros,
00:24:02fizemos com todas as áreas de atividade,
00:24:04até com os técnicos de emergência pré-hospitalar,
00:24:06para precisamente podermos ter capacidade
00:24:09de atração e retenção de recursos humanos.
00:24:11É verdade que o nosso Serviço Nacional de Saúde
00:24:14tem vários constrangimentos,
00:24:16vários problemas,
00:24:17que vão demorar algum tempo a ser superados,
00:24:19do ponto de vista da gestão,
00:24:20do ponto de vista dos investimentos
00:24:22que ficaram na gaveta durante anos,
00:24:24mas esse dos recursos humanos é decisivo.
00:24:26Mas era preciso tratar disso.
00:24:27Dar continuidade,
00:24:28temos mais aumentos para os médicos.
00:24:31E depois também temos de ter instrumentos de gestão
00:24:35e de incentivo.
00:24:37Por exemplo,
00:24:37ao nível da saúde familiar,
00:24:39termos mais unidades de saúde familiar
00:24:40de tipo B ou de tipo C,
00:24:42que têm instrumentos
00:24:44para poder valorizar mais
00:24:45a disponibilidade e o trabalho
00:24:47do pessoal médico
00:24:48e de todos aqueles que colaboram
00:24:50nas atividades das respectivas unidades de saúde.
00:24:53É importante poder atribuir
00:24:55centros de responsabilidade integrada
00:24:57a profissionais que se juntam
00:24:58e apresentam esses projetos
00:25:00nas unidades hospitalares.
00:25:01É importante para termos mais capacidade
00:25:03e mais eficiência.
00:25:05Termos mecanismos de gestão
00:25:06que possam também trazer,
00:25:08por exemplo, melhorias
00:25:09como as parcerias público-privadas,
00:25:10que está comprovado.
00:25:12Não é uma questão ideológica.
00:25:13Nós não temos nenhuma vontade
00:25:14de o fazer
00:25:15se não ficar bem demonstrado
00:25:17que podemos ter ganhos de eficiência
00:25:19do ponto de vista financeiro
00:25:20e do ponto de vista da gestão.
00:25:22Se podemos atender melhor as pessoas,
00:25:24prestar melhor cuidado
00:25:25e tratamento
00:25:26àqueles que têm essa necessidade,
00:25:29se podemos fazer isso
00:25:30e libertar mais recursos
00:25:31para poder ter outras respostas,
00:25:33porquê é que não o podemos fazer?
00:25:34Porquê é que,
00:25:35como aconteceu nos oito anos
00:25:36que nos precederam,
00:25:37os governos devem
00:25:38prender-se
00:25:40às amarras ideológicas,
00:25:41que são, aliás,
00:25:42muito próximas
00:25:43do pensamento político
00:25:44de Pedro Nuno Santos
00:25:45e daqueles que foram
00:25:45os seus parceiros
00:25:46privilegiados na governação
00:25:48e que se estima
00:25:48possam ser também
00:25:49numa hipotética solução
00:25:51do governo que ele preconiza,
00:25:53o Bloco de Esquerda,
00:25:53o Partido Comunista,
00:25:54que têm uma incapacidade
00:25:57de olhar para este regime
00:25:59de complementaridade
00:26:00e de parceria.
00:26:01Nós também olhamos
00:26:02para a parceria
00:26:03com o setor social
00:26:04como fundamental
00:26:05para, aproveitando
00:26:06a capacidade instalada
00:26:07no país,
00:26:08poder dar maior capacidade
00:26:09para os Estados Unidos.
00:26:09E assim sendo,
00:26:10Luís Montenegro,
00:26:11e porque de facto falhou
00:26:12aqui nesta promessa,
00:26:13por exemplo,
00:26:13de garantir a todos os portugueses
00:26:14um médico de família,
00:26:16quer falar diretamente
00:26:17para quem não tem médico de família,
00:26:19prometeu-lhe uma nova data?
00:26:20Quero,
00:26:20quero,
00:26:21mas deixe-me dizer-lhe,
00:26:22eu prometi na campanha eleitoral
00:26:24um programa de emergência
00:26:25para a saúde
00:26:26nos primeiros 60 dias
00:26:27de mandato
00:26:28e cumpri.
00:26:28Nós apresentámos
00:26:29um programa de emergência
00:26:30e transformação
00:26:31com 54 medidas,
00:26:33umas mais urgentes
00:26:34e outras de transformação
00:26:35mais mediata.
00:26:36Nós já cumprimos
00:26:3780% das medidas urgentes
00:26:39prioritárias.
00:26:39E a nova data
00:26:40para esta promessa
00:26:41de médico de família
00:26:41para todos?
00:26:42Na medicina geral
00:26:42e familiar,
00:26:43é verdade,
00:26:44eu prometi que até ao final
00:26:44do ano 2025
00:26:45tentaria ter uma resposta
00:26:47para todos aqueles
00:26:48que eram os doentes
00:26:49que não tinham médico de família
00:26:50e que são prioritários
00:26:51e nós não estamos
00:26:53no final do ano 2025,
00:26:54mas eu sou honesto,
00:26:55nós não íamos conseguir
00:26:56atingir esse resultado
00:26:58no final do ano 2025.
00:26:59E quer deixar uma nova data
00:27:00ou não,
00:27:00para terminar?
00:27:01Agora,
00:27:01com a adoção
00:27:03de maiores
00:27:03unidades de saúde familiar
00:27:05tipo B e tipo C,
00:27:06com as parcerias,
00:27:08com o setor social,
00:27:10com o reforço
00:27:11da capacidade
00:27:11de contratação
00:27:12e manutenção
00:27:14de médicos
00:27:16de medicina familiar
00:27:17no Serviço Nacional de Saúde,
00:27:18eu quero,
00:27:19no mais rápido
00:27:20prazo possível,
00:27:22cumprir esse desígnio.
00:27:23Não vou avançar
00:27:24uma data concreta
00:27:25porque não tenho elementos
00:27:26ainda suficientes
00:27:27para o poder fazer.
00:27:28Pedro Nuno Santos,
00:27:29sobre esta questão
00:27:30da falta de médicos
00:27:31no SNS,
00:27:32o que é que se compromete
00:27:33a fazer para, de facto,
00:27:34reforçar o número de médicos?
00:27:36Antes de mais,
00:27:36deixe-me dizer
00:27:37que esta é mesmo
00:27:38a área de maior falhanço
00:27:40do Governo da AD
00:27:41e por responsabilidade
00:27:43direta e pessoal
00:27:44de Luís Montenegro,
00:27:46que criou a expectativa
00:27:47nos portugueses
00:27:47de que era fácil
00:27:48e rápido
00:27:49resolver os problemas
00:27:50da saúde.
00:27:51Prometeu,
00:27:51como aqui já tivemos
00:27:52a falar,
00:27:54médicos de família
00:27:55para todos os utentes
00:27:57e nós temos
00:27:57mais 50 mil utentes
00:28:00de médicos de família
00:28:00do que tínhamos
00:28:01há um ano.
00:28:02E temos um milhão e meio,
00:28:03é óbvio,
00:28:04que não vai conseguir
00:28:04cumprir a promessa
00:28:06que fez há um ano.
00:28:07Mas tem o Governo
00:28:08do Partido Socialista
00:28:09que conseguiu cumprir
00:28:09essa promessa.
00:28:10Correto,
00:28:11só que entretanto
00:28:12nós perdemos as eleições
00:28:13e há um ainda
00:28:14Primeiro-Ministro
00:28:15que fez a promessa
00:28:16de que até ao final
00:28:17de 2025
00:28:18todos iam ter.
00:28:19E portanto,
00:28:19neste momento,
00:28:20quem está em julgamento
00:28:21é o líder
00:28:22da AD
00:28:23que fez essa promessa.
00:28:24E o senhor,
00:28:25como candidato
00:28:25quer avançar com uma data
00:28:27para ter isso concluído?
00:28:29Deixa-me dizer o seguinte ainda,
00:28:31e as propostas
00:28:32que o Governo da AD
00:28:34tem implementado
00:28:36tem fracassado.
00:28:37Fez uma promessa
00:28:38de que um acordo
00:28:40com o Hospital Privado
00:28:41de Cascais
00:28:42iria garantir
00:28:43médicos de família
00:28:44a 75 mil utentes.
00:28:46Não chegaram a 5 mil.
00:28:48Já hoje aqui
00:28:48falou nas unidades
00:28:49de saúde familiar
00:28:50tipo C,
00:28:50prometeram 20,
00:28:52candidataram-se 6.
00:28:53Isto é,
00:28:54as respostas
00:28:55e a aposta
00:28:55no setor privado
00:28:58por parte
00:28:59deste Governo
00:29:01fracassou.
00:29:02Ora,
00:29:03nós temos
00:29:03de criar condições
00:29:05no SNS
00:29:06para tornar
00:29:06não só as carreiras
00:29:07mas a atividade
00:29:08dentro do SNS
00:29:09mais atrativa.
00:29:10E quais são as propostas
00:29:11do Partido Socialista?
00:29:12Isso passa por nós
00:29:12obviamente olharmos
00:29:13para a carreira,
00:29:14garantirmos uma progressão
00:29:16mais célere da carreira
00:29:17e conseguirmos
00:29:18encontrar mecanismos
00:29:19que permitam
00:29:20uma melhor conciliação
00:29:22da vida familiar
00:29:22com a vida profissional
00:29:23aos médicos.
00:29:24Portanto,
00:29:25não é só aumentos
00:29:26para os médicos.
00:29:26E dar condições
00:29:27de alojamento,
00:29:29nomeadamente
00:29:29subsídio de alojamento
00:29:30aos médicos disponíveis
00:29:31para prestar
00:29:32cuidados de saúde primários,
00:29:34serem médicos de família
00:29:35nos centros de saúde
00:29:36onde nós temos
00:29:37mais carência.
00:29:38Mas verdadeiramente
00:29:39nós precisamos
00:29:40de fazer mais
00:29:40para reduzir
00:29:42não só a pressão
00:29:43nos nossos hospitais
00:29:45e nos serviços
00:29:45de urgência
00:29:46mas também para darmos
00:29:47melhor qualidade de vida
00:29:48aos nossos portugueses.
00:29:50Nós temos uma população
00:29:51cada vez mais envelhecida,
00:29:52com doenças crónicas
00:29:54e nós precisamos
00:29:55de fazer um trabalho
00:29:56junto da comunidade
00:29:57para garantir
00:29:58que as doenças crónicas
00:29:59nomeadamente
00:30:00dos nossos mais velhos
00:30:01não se desestabilizem
00:30:03evitando que tenham
00:30:04de ir desnecessariamente
00:30:05para as urgências
00:30:06ou serem hospitalizados.
00:30:08Isto implica
00:30:08equipas multidisciplinares
00:30:10com médicos,
00:30:11enfermeiros,
00:30:12nutricionistas,
00:30:13fisioterapeutas,
00:30:14assistentes sociais.
00:30:15Estas equipas
00:30:17vão permitir
00:30:18aliviar,
00:30:19diminuir,
00:30:20onde custa mais
00:30:20também ao SNS
00:30:21que é nas urgências
00:30:22e nos hospitais.
00:30:23E para terminarmos,
00:30:24antes de dar novamente
00:30:24a palavra ao Luís Montenegro,
00:30:25a questão das parcerias
00:30:26público-privadas.
00:30:27Já disse que não tem
00:30:28nenhum dogma
00:30:28em relação a isso.
00:30:29Portanto,
00:30:30estão alinhados
00:30:31nessa questão
00:30:32se for necessário
00:30:34avançar com novas
00:30:35parcerias público-privadas
00:30:37na saúde?
00:30:37Mas já disse várias vezes,
00:30:38nós não temos
00:30:39nenhum dogma ideológico.
00:30:40Agora,
00:30:41não só se avança
00:30:42para uma parceria
00:30:43público-privada
00:30:44com uma fundamentação
00:30:45que nós não vimos
00:30:45até agora.
00:30:46O Governo quer
00:30:47passar para PPPs
00:30:48cinco hospitais
00:30:49mais de 170 centros
00:30:50de saúde
00:30:51sem ter apresentado
00:30:52a devida fundamentação.
00:30:54E, portanto,
00:30:54o que eu prefiro
00:30:56em primeiro momento
00:30:58dar mais autonomia
00:30:59de gestão
00:31:00às administrações
00:31:02dos nossos hospitais.
00:31:03E eu tenho a certeza
00:31:04que com maior autonomia
00:31:06e maior flexibilidade
00:31:07de gestão
00:31:08os nossos hospitais
00:31:09podem ser melhor geridos
00:31:10sem os termos
00:31:11de entregar
00:31:12à gestão
00:31:13de privados.
00:31:14Muito rapidamente,
00:31:15Luís Montenegro,
00:31:16para terminarmos este tema.
00:31:17Queria rebater
00:31:18há pouco uma ideia
00:31:18de Pedro Nuno Santos.
00:31:19Com certeza,
00:31:19porque acusar-me a mim
00:31:20de ter falhado
00:31:21é, de facto,
00:31:22uma coisa espantosa.
00:31:24Então, eu falhei
00:31:25quando nós,
00:31:25em 11 meses,
00:31:26fizemos um acordo
00:31:27com os médicos
00:31:27e com os enfermeiros
00:31:28que o Partido Socialista
00:31:29e o Pedro Nuno Santos
00:31:30não fizeram em 8 anos.
00:31:32Então, eu falhei
00:31:32quando...
00:31:33Vamos falar das urgências
00:31:34e dos encerramentos
00:31:35dos urgências.
00:31:35Mas tem de ser muito rápido,
00:31:36por favor,
00:31:37para mudarmos o tema.
00:31:37Sabe que as urgências
00:31:38no primeiro trimestre
00:31:39de 2025,
00:31:40face ao ano passado
00:31:41que ainda era o Governo
00:31:42do Partido Socialista,
00:31:43as urgências de adultos
00:31:44tiveram menos 89%
00:31:46de encerramentos
00:31:47este primeiro trimestre
00:31:48de 2025.
00:31:49As de pediatria,
00:31:50menos 50% de encerramento
00:31:51do que tinham tido
00:31:52no ano passado.
00:31:54As de obstetrícia,
00:31:54menos 46% de encerramentos
00:31:56do que tinham tido
00:31:57no ano passado.
00:31:58A criação da linha
00:31:59SNS grávida
00:32:00tirou das urgências
00:32:0136.500 atendimentos
00:32:05que não foi necessário
00:32:06serem encaminhados
00:32:07para as urgências.
00:32:08Foram encaminhados
00:32:08para outras unidades de saúde
00:32:09ou até foram acompanhadas
00:32:13a partir da chamada
00:32:14no domicílio.
00:32:15Nós temos em transformação
00:32:17o Serviço Nacional de Saúde
00:32:18que está a diminuir
00:32:19os prazos
00:32:20para a marcação das consultas
00:32:21e a realização das consultas
00:32:22e das cirurgias.
00:32:24Com certeza que há
00:32:24muitos constrangimentos,
00:32:25eu não estou com isto a dizer,
00:32:26que vivemos num país
00:32:27que ultrapassou no ano
00:32:29um problema
00:32:30que tem duas décadas
00:32:32pelo menos,
00:32:32mas que foi agredito
00:32:33nos últimos oito anos
00:32:35sob a responsabilidade
00:32:36do Pedro Nuno Santos
00:32:36e já agora
00:32:37daquele que o doutor
00:32:39Pedro Nuno Santos
00:32:39exibe como, enfim,
00:32:41a grande esperança
00:32:41do Partido Socialista
00:32:42para a área da saúde
00:32:43que foi não só
00:32:44Secretário de Estado
00:32:45neste período
00:32:46de oito anos
00:32:47como foi também
00:32:47direto do Serviço Nacional
00:32:49do Serviço Nacional de Saúde.
00:32:49Já agora,
00:32:50só para terminar,
00:32:51hoje de manhã
00:32:51o doutor Pedro Nuno Santos
00:32:53foi ao Hospital de Santa Maria
00:32:54e deve ter percebido
00:32:55que o tempo que espera
00:32:56na urgência
00:32:56para os doentes
00:32:57vermelhos foi zero minutos
00:32:59e para os doentes
00:33:01Laranja foi 36 minutos.
00:33:03Eu, antes de mais,
00:33:04agradeço
00:33:04que Luís Montenegro
00:33:06tenha lembrado aqui
00:33:07Fernando Araújo
00:33:07porque é de facto
00:33:08das figuras
00:33:09na área da saúde
00:33:10mais consensuais
00:33:11na sociedade portuguesa
00:33:13no Partido Socialista
00:33:14elogiado por muitas
00:33:15personalidades de direita
00:33:16julgo até candidato
00:33:18a Presidente da República
00:33:19apoiado pela ADE
00:33:21e portanto agradeço
00:33:21muito que lembre
00:33:22porque dá segurança
00:33:23e dá confiança
00:33:24aos portugueses
00:33:26de termos pessoas
00:33:26competentes
00:33:27candidato
00:33:28pessoas competentes
00:33:30do nosso lado.
00:33:31As listas de espera
00:33:33para consulta
00:33:33aumentaram 15%
00:33:35as listas de espera
00:33:36para cirurgia
00:33:37aumentaram
00:33:38entre 2% a 3%
00:33:39os serviços
00:33:40de urgência
00:33:41não estão melhor
00:33:42estão piores
00:33:44do que o ano passado
00:33:45e Luís Montenegro
00:33:47revela
00:33:47uma incapacidade
00:33:49de sintonizar
00:33:50com a preocupação
00:33:51com os problemas
00:33:51dos portugueses
00:33:52e só isso explica
00:33:53que durante semanas
00:33:55sobre encerramentos
00:33:56de serviços
00:33:57de urgência
00:33:57de obstetrícia
00:33:58não tenha dito nada
00:33:59mas na segunda-feira
00:34:01tenha corrido
00:34:02para as portas
00:34:02da maternidade
00:34:03Alfredo da Costa
00:34:04para fazer
00:34:04uma declaração
00:34:05ao país.
00:34:06Muito bem
00:34:06nós já vamos voltar
00:34:07daqui a pouco
00:34:07aos temas
00:34:09dos vossos programas
00:34:10eleitorais
00:34:10para já
00:34:11seguimos clara
00:34:12novamente com um tema
00:34:13político.
00:34:14Até porque houve
00:34:15uma crise de confiança
00:34:15que nos trouxe de novo
00:34:16para eleições
00:34:17devido a suspeitas
00:34:18sobre o comportamento
00:34:19ético do primeiro-ministro
00:34:20o Pedro Nuno Santos
00:34:21disse há dias
00:34:22que já sabe o suficiente
00:34:24para fazer um juízo
00:34:25negativo
00:34:26sobre Luís Montenegro
00:34:27mas que ainda
00:34:28cria explicações
00:34:29agora a revelação
00:34:30hoje de sete
00:34:31novas empresas
00:34:31para as quais
00:34:33Luís Montenegro
00:34:33trabalhou
00:34:34era a explicação
00:34:35que pedia
00:34:36ou considera
00:34:36que não está
00:34:37tudo esclarecido
00:34:38Pedro Nuno Santos?
00:34:39Bom, antes de mais
00:34:40nós estamos
00:34:41aqui sobretudo
00:34:42para falar
00:34:43dos problemas
00:34:44dos portugueses
00:34:45e das nossas soluções
00:34:46para esses problemas
00:34:46os portugueses querem
00:34:47ouvir de nós
00:34:48respostas claras
00:34:49mas também querem
00:34:50estabilidade política
00:34:51e querem sentido
00:34:52de responsabilidade
00:34:53sentido de responsabilidade
00:34:54que foi aliás
00:34:55aquilo que o Partido Socialista
00:34:56demonstrou ao longo
00:34:57do último ano e meio
00:34:58nós demos mesmo
00:34:59todas as condições
00:35:00de governabilidade
00:35:01à AD
00:35:02Luís Montenegro
00:35:03não tem a esse propósito
00:35:04nenhuma razão de queixa
00:35:05nem de mim próprio
00:35:06nem do Partido Socialista
00:35:08mas há uma linha vermelha
00:35:09que nós não podemos
00:35:10ultrapassar
00:35:11e que é ignorar
00:35:12aquilo que nós
00:35:13ficamos a saber
00:35:14nos últimos dois meses
00:35:16os casos que envolveram
00:35:17o Primeiro-Ministro
00:35:18em primeiro lugar
00:35:19ficamos todos a saber
00:35:20que Luís Montenegro
00:35:22como Primeiro-Ministro
00:35:23continuou a receber
00:35:25dinheiro
00:35:25de algumas empresas
00:35:26e eu digo isto
00:35:27com a consciência
00:35:29de que a CPI não viva
00:35:30é Luís Montenegro
00:35:31foi Luís Montenegro
00:35:32que criou a empresa
00:35:33foi Luís Montenegro
00:35:34que angriou os clientes
00:35:35da empresa
00:35:35e é por Luís Montenegro
00:35:36que os clientes
00:35:37lá estão
00:35:38um desses clientes
00:35:39tem mesmo interesse
00:35:40em decisões do Estado
00:35:42o Grupo Sol Verde
00:35:43que Luís Montenegro
00:35:44chegou mesmo a representar
00:35:45em interações
00:35:46com o governo anterior
00:35:47hoje ficamos a conhecer
00:35:49mais clientes
00:35:50e alguns deles
00:35:51são clientes
00:35:52que fornecem o Estado
00:35:53e recebem por esses
00:35:54fornecimentos
00:35:55milhões de euros
00:35:56em segundo lugar
00:35:58ficamos a saber
00:35:59que Luís Montenegro
00:36:00fez a reestruturação
00:36:01da empresa
00:36:02sem não ter currículo
00:36:04na área da reestruturação
00:36:05nunca tinha feito antes
00:36:06não voltou a fazer depois
00:36:07não é economista
00:36:08mas recebeu
00:36:09238 mil euros
00:36:10por esse trabalho
00:36:11em 2022
00:36:12no ano
00:36:13em que foi eleito
00:36:14presidente do PSD
00:36:15não apresentou
00:36:16até o momento
00:36:17nenhuma prova documental
00:36:18desse trabalho
00:36:18em terceiro lugar
00:36:20ficamos a saber
00:36:21que Luís Montenegro
00:36:22apresentou
00:36:23não declarou
00:36:24todas as contas
00:36:25ao Tribunal Constitucional
00:36:27em quarto lugar
00:36:28há um inquérito
00:36:30crime a decorrer
00:36:31no Diapo do Porto
00:36:32sobre o maior
00:36:33investimento público
00:36:34na Câmara Municipal
00:36:35de Espinho
00:36:36que envolve
00:36:37uma empresa
00:36:37chamada
00:36:38ABB
00:36:39sabemos também
00:36:40que a sociedade
00:36:41de advogados
00:36:41da qual fez parte
00:36:42Luís Montenegro
00:36:44fez parecer
00:36:44que foram favoráveis
00:36:46à posição
00:36:46da construtora
00:36:48na exigência
00:36:49de pagamentos
00:36:49por trabalhos a mais
00:36:50na Câmara Municipal
00:36:52que era supostamente
00:36:54representada
00:36:55pela sociedade
00:36:56de advogados
00:36:57sabemos
00:36:57que essa empresa
00:36:59ABB
00:36:59foi a fornecedora
00:37:00do botão
00:37:01para a casa
00:37:02de Luís Montenegro
00:37:03e sabemos também
00:37:05que Luís Montenegro
00:37:06que podia ter morto
00:37:07este tema
00:37:08não apresentou
00:37:10nunca a ninguém
00:37:10as faturas
00:37:11dessas obras
00:37:13ou seja
00:37:13hoje não está mais esclarecido
00:37:14do que estava ontem
00:37:15deixa-me só terminar
00:37:16acrescentamos a isto tudo
00:37:17um coelho da cartola
00:37:19que Luís Montenegro
00:37:20tirou algumas horas
00:37:21antes deste debate
00:37:22eu quero dizer
00:37:23que é inaceitável
00:37:24que é gozar
00:37:25com o NOSCO
00:37:26gozar com os portugueses
00:37:28é gozar com quem trabalha
00:37:30aquilo que Luís Montenegro
00:37:31fez umas horas
00:37:32antes deste debate
00:37:34quando tinha
00:37:34essa informação
00:37:35há dois meses
00:37:36e decidiu
00:37:37atirar o país
00:37:38para eleições
00:37:38quero terminar
00:37:39dizendo
00:37:40que isto é
00:37:41mais do que suficiente
00:37:42para nós percebermos
00:37:43que Luís Montenegro
00:37:44não tem idoneidade
00:37:45para o cargo
00:37:46que ocupa
00:37:47e é neste momento
00:37:48o principal fator
00:37:50de instabilidade política
00:37:51em Portugal
00:37:52Luís Montenegro
00:37:52quero perguntar-lhe naturalmente
00:37:53porque é que
00:37:54este anúncio
00:37:55foi feito poucas horas
00:37:56antes deste debate
00:37:57se quis destronfar
00:37:57o seu adversário
00:37:58porque é que não o fez antes
00:37:59e se acha que de facto
00:38:00isto já está tudo esclarecido
00:38:02Bom, antes de mais
00:38:03deixe-me dizer-lhe
00:38:04que eu não tornei público
00:38:05nenhuma interação
00:38:06que tive com a entidade
00:38:07para a transparência
00:38:08eu não sei
00:38:09qual é a fonte
00:38:10desta notícia
00:38:11o que eu sei é o seguinte
00:38:12eu respondi
00:38:14a uma solicitação
00:38:15que me foi feita
00:38:16eu contactei hoje
00:38:17a entidade para a transparência
00:38:18que me assegurou
00:38:19que não publicitou
00:38:21aquilo que foi a informação
00:38:23que eu enviei ontem
00:38:24e me informou
00:38:26que na Assembleia da República
00:38:28a informação
00:38:28que eu canalizei
00:38:30para a entidade
00:38:31da transparência
00:38:31foi acessível
00:38:33e que portanto
00:38:34terá sido
00:38:35eventualmente
00:38:35essa a origem
00:38:37da difusão
00:38:38de uma informação
00:38:38que não tem
00:38:39a minha responsabilidade
00:38:40até porque eu não tenho
00:38:42autorização
00:38:42para publicitar
00:38:44não tive
00:38:45essa autorização
00:38:46previamente
00:38:47esses clientes
00:38:48que não estavam
00:38:48identificados
00:38:49dito isto
00:38:50para que fique
00:38:51mais uma vez
00:38:52muito claro
00:38:53eu não acumulei
00:38:55as funções
00:38:55de primeiro-ministro
00:38:56com nenhuma
00:38:57outra atividade
00:38:58eu não recebi
00:39:00um único euro
00:39:01de nenhuma entidade
00:39:02privada
00:39:03não é desde que sou
00:39:03primeiro-ministro
00:39:04é desde que sou
00:39:05presidente do PST
00:39:06eu cumpri
00:39:08todas as minhas
00:39:09obrigações
00:39:10declarativas
00:39:10fiscais
00:39:11eu dei todas
00:39:12as informações
00:39:13que me foram pedidas
00:39:14nomeadamente por escrito
00:39:15e o Pedro Nuno Santos
00:39:15e o Partido Socialista
00:39:16não pediram nunca
00:39:17nenhuma informação
00:39:18por escrito
00:39:19eu tive a ocasião
00:39:20até de dar
00:39:21público conhecimento
00:39:23das minhas
00:39:23declarações
00:39:24de rendimentos
00:39:25dos últimos 15 anos
00:39:27tudo aquilo
00:39:28que foi agora
00:39:28aqui descrito
00:39:29o Pedro Nuno Santos
00:39:30corresponde
00:39:32a uma exploração
00:39:33de insinuações
00:39:35gratuitas
00:39:36que é lamentável
00:39:38e deplorável
00:39:38que um líder político
00:39:40se preste a fazer
00:39:42apenas com o intuito
00:39:44de tirar daí
00:39:45algum dívida
00:39:46porque é que não o fez
00:39:47mais cedo?
00:39:47porque é que deixou
00:39:48arrastar este caso
00:39:48e foi deixando
00:39:50as coisas saírem
00:39:50a conta gotas
00:39:51pode garantir
00:39:52aqui aos portugueses
00:39:52que para si este é
00:39:53um caso encerrado
00:39:53e que não vai haver
00:39:54mais informações
00:39:55sobre este caso
00:39:56eu estou disponível
00:39:57sempre para dar
00:39:59as explicações
00:40:00mas podem surgir
00:40:00ou não
00:40:01ou as solicitações
00:40:02que me forem
00:40:03perguntadas
00:40:04eu dei as informações
00:40:05que me foram perguntadas
00:40:06até agora
00:40:06deixa-me só dizer o seguinte
00:40:08e depois há aqui
00:40:09uma questão
00:40:09que é uma questão
00:40:10mesmo de caráter
00:40:11é que o Pedro Nuno Santos
00:40:12não tem nem autoridade moral
00:40:13nem tem vida
00:40:14para falar assim
00:40:15de mim
00:40:15não tem
00:40:16não tem vida cívica
00:40:18não tem vida profissional
00:40:20nem tem vida empresarial
00:40:21deixa-me dizer o seguinte
00:40:22há uma coisa
00:40:23que eu na vida fiz sempre
00:40:24eu apliquei a mim mesmo
00:40:26aquilo que exigia aos outros
00:40:28o que o Pedro Nuno Santos
00:40:29acabou aqui de fazer
00:40:30e de escrever
00:40:30é deplorável
00:40:32é um aproveitamento político
00:40:35inaceitável
00:40:36porque ele não aplica
00:40:37a ele próprio
00:40:37aquilo que aqui quis
00:40:38instrumentalizar
00:40:40nós sabemos quais foram
00:40:41os clientes
00:40:42do Pedro Nuno Santos
00:40:43na empresa
00:40:43da qual era detentora
00:40:44de uma participação social
00:40:46quando era deputado
00:40:47quando era secretário de Estado
00:40:49quando era ministro
00:40:50eu nunca lhe perguntei
00:40:51eu só estou a dizer isto
00:40:52porque isto é a pergunta
00:40:53que Pedro Nuno Santos
00:40:54tem de fazer a Pedro Nuno Santos
00:40:55nós sabemos
00:40:56quais foram as entidades públicas
00:40:58a quem a empresa
00:40:59do Pedro Nuno Santos
00:41:00e é o Pedro Nuno Santos
00:41:01que lhe deve perguntar
00:41:02vendeu materiais
00:41:04vendeu equipamentos
00:41:04vendeu serviços
00:41:05quer responder
00:41:06Pedro Nuno Santos
00:41:06quanto é que ganhou com isso
00:41:07já são muitas as perguntas
00:41:08deixe-me só dizer-lhe uma última coisa
00:41:09o senhor doutor Pedro Nuno Santos
00:41:11quer saber
00:41:12qual foi o meu trabalho
00:41:14quando eu estava fora da política
00:41:16e fica espantado
00:41:18por eu ter recebido
00:41:19190 mil euros
00:41:20de honorários
00:41:21quer responder
00:41:22de uma reestruturação
00:41:23deixe-me só dizer isto
00:41:24de uma reestruturação
00:41:25de uma empresa
00:41:25e de uma valorização
00:41:28que foi de mais de 6 milhões de euros
00:41:30peço-lhe que o que me dá as regras do debate
00:41:32Luís Montenegro
00:41:32eu não só estava habilitado
00:41:33para fazer esse trabalho
00:41:34como já demonstrei estar habilitado
00:41:36para reestruturar o país
00:41:37o país que os senhores deixaram
00:41:38muito maltratado
00:41:39Pedro Nuno Santos
00:41:40quem está habilitado
00:41:41para reestruturar um país
00:41:42mal era que não estivesse
00:41:43para fazer uma pequena operação
00:41:45de valorização
00:41:45de uma arquitetura
00:41:45peço-lhe mais rigor no tempo
00:41:47queira responder por favor
00:41:47eu queria dizer a Luís Montenegro
00:41:49que não se vitimize
00:41:51porque a vida não o tratou mal
00:41:52não é toda a gente
00:41:53que consegue sair da política
00:41:55é rapidamente conseguir
00:41:56dois ajustes diretos
00:41:57com duas autarquias
00:41:59presididas por dois
00:42:00companheiros de partido
00:42:03e amigos
00:42:03portanto a vida não o tratou mal
00:42:05não se vitimize
00:42:06não tem sentido absolutamente nenhum
00:42:08não foi o Partido Socialista
00:42:09que abriu um inquérito
00:42:10crime no Diapo do Porto
00:42:12o que é que eu tenho a ver com isso?
00:42:13não fui eu
00:42:13não fui eu
00:42:14está a insinuar o quê?
00:42:15não fui eu
00:42:16que não declarei
00:42:17todas as minhas contas
00:42:19ao Tribunal Constitucional
00:42:20e quero lhe dizer mais
00:42:21Luís Montenegro perguntou
00:42:23ao Paulo Raimundo
00:42:24se havia alguma decisão
00:42:25sua
00:42:26ou do seu governo
00:42:27que tivesse beneficiado
00:42:28algum seu cliente
00:42:29e eu quero dizer
00:42:30que há
00:42:31potencialmente sim
00:42:32e vou lhe dizer porquê
00:42:34neste momento
00:42:35na pasta de transição
00:42:37do anterior governo
00:42:38foi dito
00:42:39ao seu governo
00:42:40que a partir de outubro
00:42:41do ano passado
00:42:42segundo o turismo
00:42:44havia condições
00:42:45para lançar
00:42:46o concurso internacional
00:42:47para a renovação
00:42:48da concessão
00:42:48de três casinos
00:42:50dizia mesmo
00:42:51que o governo
00:42:52tinha pedido
00:42:53ao turismo de Portugal
00:42:54para antecipar
00:42:55este cronograma
00:42:56para defender
00:42:57o interesse público
00:42:58ora hoje
00:42:59estamos no final
00:43:00de abril
00:43:00e ainda não foi lançado
00:43:02o concurso internacional
00:43:03o que significa
00:43:04que é cada vez
00:43:05mais difícil
00:43:06de nós assegurarmos
00:43:07que não vai haver
00:43:08uma nova prorrogação
00:43:10prorrogação da concessão
00:43:11que vai
00:43:12beneficiar
00:43:13diretamente
00:43:14o grupo
00:43:15Sol Verde
00:43:16e vai
00:43:16e pode
00:43:17potencialmente
00:43:18prejudicar
00:43:18o Estado português
00:43:19e espero lhe dizer
00:43:20que nesta matéria
00:43:23estas matérias
00:43:23são fundamentais
00:43:24e não podia
00:43:26não podia nunca
00:43:27ter continuado
00:43:28com a sua empresa
00:43:29depois de ter assumido
00:43:30funções
00:43:31como primeiro-ministro
00:43:31esta é uma matéria
00:43:32importante
00:43:33porque obviamente
00:43:34estão-se a avaliar
00:43:36líderes
00:43:36e projeto
00:43:37as duas coisas
00:43:38estão obviamente
00:43:39na campanha
00:43:40e estão
00:43:41no momento
00:43:42da decisão
00:43:43dos portugueses
00:43:43e sim
00:43:44houve uma decisão
00:43:45que pode ter beneficiado
00:43:47uma decisão
00:43:48por omissão
00:43:49que pode vir a beneficiar
00:43:50um seu poder
00:43:50É a comissão parlamentar
00:43:52de inquérito
00:43:52ainda está em cima
00:43:53da mesa
00:43:53Pedro Nunes Santos?
00:43:54Depende sobretudo
00:43:55de Luís Montenegro
00:43:57Luís Montenegro
00:43:57como é que pretende
00:43:58dar estabilidade ao país
00:43:59quando carrega um caso
00:44:00que promete
00:44:00prolongar a instabilidade?
00:44:02Eu não carrego caso nenhum
00:44:03com toda a franqueza
00:44:04eu tenho só que dizer
00:44:05ao Pedro Nunes Santos
00:44:06que ele não tem mesmo limites
00:44:08o doutor Pedro Nunes Santos
00:44:09fala de um processo
00:44:11que estaria na pasta
00:44:12de transição
00:44:13eventualmente
00:44:14do turismo
00:44:14do Ministério da Economia
00:44:15é para ver
00:44:16que eu não tenho conhecimento
00:44:17sequer disso
00:44:17porque eu não
00:44:18participei nessa transição
00:44:19nem participei
00:44:20nenhuma decisão
00:44:21que tivesse a ver
00:44:22com os meus antigos clientes
00:44:24de tal maneira
00:44:24que a única
00:44:25que foi tomada
00:44:26pelo governo
00:44:26foi um recurso
00:44:28sobre uma decisão
00:44:29que tinha sido
00:44:30tomada pelo seu governo
00:44:32do qual o senhor
00:44:32fez parte
00:44:33e no decurso
00:44:34da qual tinha sido
00:44:35atribuída uma indemnização
00:44:36a essa empresa
00:44:37a Solverde
00:44:37de 15 milhões de euros
00:44:38mais juros
00:44:39eram 18 milhões de euros
00:44:40nós recorremos
00:44:42e inibimos o Estado
00:44:44de pagar essa indemnização
00:44:45mas deixa-me dizer-lhe
00:44:45uma outra coisa
00:44:46o senhor tem mesmo
00:44:47coragem de me falar
00:44:48em prorrogações
00:44:49de zonas de jogo
00:44:50quando o senhor
00:44:51sabe que as duas últimas
00:44:53foram da responsabilidade
00:44:54dos governos
00:44:54do Partido Socialista
00:44:55e a última
00:44:56de um conselho
00:44:56de ministros
00:44:57onde o senhor
00:44:57se sentava
00:44:58o senhor está a falar
00:44:59do quê?
00:45:00o senhor não sabe
00:45:01que nós estamos
00:45:01ainda no ano de 2025
00:45:03e que eu saiba
00:45:04essas concessões
00:45:04que mencionou
00:45:05acabam no final do ano
00:45:06era responder
00:45:06o senhor
00:45:07não tem limites
00:45:09mas devia ter
00:45:10Luís Montenegro
00:45:10não percebe a diferença
00:45:11é que o Grupo Solverde
00:45:13não era cliente
00:45:14nem de António Costa
00:45:15nem do ministro
00:45:16Pedro Cisaveira
00:45:17ou Costa e Silva
00:45:18quero dizer
00:45:18sobre os 18 milhões
00:45:20do Grupo Solverde
00:45:22era só o que faltava
00:45:24que o Estado português
00:45:25não recorresse
00:45:26da decisão
00:45:27do Tribunal Arbitral
00:45:27e vou-lhe dizer porquê
00:45:29é que
00:45:29numa situação
00:45:30exatamente igual
00:45:32exatamente igual
00:45:34só que era
00:45:34o casino da Póvoa
00:45:35o governo anterior
00:45:37também recorreu
00:45:38da decisão
00:45:39do Tribunal Arbitral
00:45:40para o Supremo Tribunal
00:45:41de Justiça
00:45:42que depois veio
00:45:42dar razão
00:45:43ao Estado
00:45:44imagine
00:45:45o que era
00:45:46numa situação
00:45:47exatamente igual
00:45:48o Estado português
00:45:50e o governo
00:45:50sobre a sua liderança
00:45:51não fazerem o mesmo
00:45:53que o governo anterior
00:45:54não tinha feito
00:45:55a esta hora
00:45:56o doutor Luís Montenegro
00:45:57já não estaria aí
00:45:58eu estou esclarecido
00:45:58quanto aos seus propósitos
00:45:59para fechar
00:45:59Luís Montenegro
00:46:00se for eleito
00:46:00e se o PS
00:46:01ou o Chega
00:46:01não tiver a intenção
00:46:02de avançar
00:46:03com uma comissão
00:46:03parlamentar de inquérito
00:46:05o senhor vai responder
00:46:06com mais uma moção
00:46:06de confiança?
00:46:08Eu analisarei
00:46:09todas as iniciativas
00:46:10políticas
00:46:11que os partidos
00:46:12da oposição
00:46:12quiserem colocar
00:46:14há uma coisa
00:46:14que eu nunca farei
00:46:15na minha vida política
00:46:16eu nunca forçarei
00:46:17nenhum adversário
00:46:19a expor
00:46:20a sua família
00:46:20a sua mulher
00:46:21os seus filhos
00:46:22ou o seu pai
00:46:22ou a sua mãe
00:46:24ou a sua irmã
00:46:24a uma comissão
00:46:25parlamentar de inquérito
00:46:26para tirar daí
00:46:27proveito político
00:46:27isto eu nunca farei
00:46:28quer responder
00:46:28para fechar?
00:46:29Nós nunca
00:46:30quisemos expor
00:46:31a família
00:46:31de ninguém
00:46:31aliás
00:46:32já tivemos
00:46:33oportunidade
00:46:33de dizer
00:46:34que nunca
00:46:34chamaríamos
00:46:35a família
00:46:36direta
00:46:36nomeadamente
00:46:37a mulher
00:46:38nem os filhos
00:46:39de Luís Montenegro
00:46:41já o dissemos
00:46:41publicamente
00:46:42nunca foi esse
00:46:43o nosso objetivo
00:46:44era simplesmente
00:46:45ter os esclarecimentos
00:46:46que o povo português
00:46:47tem o direito
00:46:48de ter
00:46:49e que Luís Montenegro
00:46:50infelizmente
00:46:50preferiu sempre
00:46:51não dar
00:46:52De regresso
00:46:52aos temas
00:46:53sectoriais
00:46:53agora Hugo
00:46:54é tempo
00:46:54de falar
00:46:54de pensões
00:46:55Pensões
00:46:56de envelhecimento
00:46:56e também
00:46:57de segurança social
00:46:58um tema
00:46:59que mexe com
00:46:59milhões
00:47:00e milhões
00:47:00de portugueses
00:47:01começa por si
00:47:02Pedro Nuno Santos
00:47:03pede um pacto
00:47:03nacional
00:47:04para cuidar
00:47:04do envelhecimento
00:47:05e diz também
00:47:06que na questão
00:47:07das pensões
00:47:08é diferente
00:47:09da AD
00:47:09porquê?
00:47:11Bom, antes de mais
00:47:11porque nós valorizamos
00:47:14a sério
00:47:14os pensionistas
00:47:16e sempre que podemos
00:47:17nós aquilo que fazemos
00:47:19é aumento
00:47:20extraordinário
00:47:21para além
00:47:21do aumento
00:47:22que está consagrado
00:47:22na lei
00:47:23eu já ouvi
00:47:25a AD
00:47:25dizer que aumentou
00:47:26as pensões
00:47:27a AD
00:47:28estava tão habituada
00:47:29a cortar pensões
00:47:30que cumprir a lei
00:47:31já é um feito
00:47:33para a AD
00:47:33na realidade
00:47:34houve um aumento
00:47:35já com o PS
00:47:37na oposição
00:47:38aumento para lá
00:47:38do que a lei previa
00:47:39mas foi uma proposta
00:47:41que o Partido Socialista
00:47:41levou à Assembleia de República
00:47:42que teve um voto
00:47:43contra da AD
00:47:44portanto
00:47:45o Partido Socialista
00:47:46leva a sério
00:47:47o sistema público
00:47:48de pensões
00:47:49leva a sério
00:47:49os pensionistas
00:47:50do nosso país
00:47:51nós valorizamos
00:47:52os pensionistas
00:47:53e o conhecimento
00:47:54acumulado
00:47:54que eles tenham
00:47:56e o contributo
00:47:56que podem ainda dar
00:47:57à nossa sociedade
00:47:58e há uma coisa
00:47:59que nós nunca faremos
00:48:01que é
00:48:02grupos de trabalho
00:48:03presididos
00:48:04por pessoas
00:48:04que têm
00:48:05uma posição
00:48:06clara
00:48:07sobre o sistema
00:48:07público de pensões
00:48:08e que querem
00:48:09obviamente
00:48:10entregar parte
00:48:11do sistema
00:48:11público de pensões
00:48:12ao mercado de capitais
00:48:13isso nós nunca faremos
00:48:15nós nunca permitiremos
00:48:16que quem quer
00:48:17que seja
00:48:18cunha a mão
00:48:19do sistema
00:48:19público de pensões
00:48:20está a acusar
00:48:21o leis
00:48:21de modo negro
00:48:22de o fazer
00:48:22o governo
00:48:23criou um grupo
00:48:24que está a estudar
00:48:25a reforma
00:48:26da segurança
00:48:26social
00:48:27e tem um presidente
00:48:28que tem posições
00:48:29muito sólidas
00:48:31sobre o sistema
00:48:32de pensões
00:48:33em Portugal
00:48:33tem muita dificuldade
00:48:35em acreditar
00:48:36que vai concluir
00:48:37diferente do que
00:48:37sempre defendeu
00:48:38e portanto
00:48:39a AD tem
00:48:40hoje
00:48:41o projeto
00:48:42que sempre teve
00:48:42que é a privatização
00:48:44parcial
00:48:44do sistema
00:48:45público de pensões
00:48:46isso nunca
00:48:46acontecerá com o PS
00:48:47e quero aqui dizer
00:48:48que será mesmo
00:48:49uma das nossas
00:48:50primeiras decisões
00:48:51extinguir
00:48:52o grupo de trabalho
00:48:53que foi criado
00:48:54para a privatização
00:48:55da segurança social
00:48:56Luís Montenegro
00:48:56já vai responder a isso
00:48:57mas diga-me
00:48:57o que é o pacto
00:48:58nacional
00:48:59para o envelhecimento
00:48:59aquilo que
00:49:01nós precisamos
00:49:02é de olhar
00:49:03para as nossas
00:49:04instituições
00:49:05de solidariedade social
00:49:06que cuidam
00:49:06dos nossos
00:49:07mais velhos
00:49:07e assumirmos
00:49:09todos
00:49:09que nós precisamos
00:49:10de aumentar
00:49:10o investimento
00:49:12no apoio
00:49:12aos mais velhos
00:49:13e quando digo
00:49:14não só
00:49:15aos lares
00:49:16que hoje existem
00:49:16à criação
00:49:17de novos lares
00:49:19mas sobretudo
00:49:20e isto é muito importante
00:49:21nós conseguirmos
00:49:22ter um pacto
00:49:23um consenso
00:49:24para aumentar
00:49:24de forma relevante
00:49:25os salários
00:49:26de todos os trabalhadores
00:49:28que são na sua esmagadora
00:49:29maioria
00:49:29mulheres
00:49:30que dedicam
00:49:31a sua vida
00:49:32a cuidar
00:49:33dos nossos
00:49:33mais velhos
00:49:34e valorizando
00:49:35quem cuida
00:49:36dos nossos pais
00:49:37e dos nossos avós
00:49:38nós estaremos também
00:49:39a cuidar
00:49:39dos nossos idosos
00:49:40Luís Montenegro
00:49:41dizia há um ano
00:49:42que era a altura
00:49:42de o PSD
00:49:43se reconciliar
00:49:44com os pensionistas
00:49:45e com os reformados
00:49:46portugueses
00:49:46estou a citar
00:49:47dizia
00:49:48sei que alguns deles
00:49:49têm receio
00:49:50de votar em nós
00:49:51acredita que essa
00:49:52reconciliação
00:49:52já aconteceu?
00:49:54Acredito que nós
00:49:54demos todas as razões
00:49:55para que os pensionistas
00:49:57e reformados portugueses
00:49:58confiem não só
00:49:59no projeto
00:50:01que nós lideramos
00:50:02como confiem
00:50:03mais no nosso
00:50:04do que no
00:50:04do Partido Socialista
00:50:05nós
00:50:06a palavra-chave
00:50:08é de
00:50:09tranquilidade
00:50:11e de
00:50:12valorização
00:50:13nós aumentamos
00:50:14as pensões
00:50:15de acordo
00:50:15com os critérios
00:50:16da lei
00:50:16para todos
00:50:17e cumprimos
00:50:18a nossa promessa
00:50:19de valorizar
00:50:20as pensões
00:50:21mais baixas
00:50:21valorizamos logo
00:50:23no primeiro mês
00:50:24de mandato
00:50:24aumentando
00:50:25uma primeira vez
00:50:26o complemento
00:50:26solidário
00:50:27para idosos
00:50:27aumentamos
00:50:28uma segunda vez
00:50:29no orçamento
00:50:29do Estado
00:50:29atribuímos
00:50:30um suplemento
00:50:31extraordinário
00:50:32em outubro
00:50:32quando vimos
00:50:33que a execução
00:50:33orçamental
00:50:34o permitia
00:50:35para todas as pensões
00:50:35até 1527 euros
00:50:37começando por ter
00:50:38um suplemento
00:50:39maior
00:50:40até aos 509 euros
00:50:41de 200 euros
00:50:42depois de 150 euros
00:50:43até aos 1018 euros
00:50:45e depois de 100 euros
00:50:47até aos 1527 euros
00:50:49mas deixe-me dizer-lhe
00:50:50que nós não fizemos
00:50:51só isso
00:50:51nós fizemos uma transferência
00:50:53de 4 mil milhões de euros
00:50:54para o Fundo de Estabilização
00:50:55Financeira da Segurança Social
00:50:56nós procedemos
00:50:58a uma digitalização
00:50:59do atendimento
00:51:00na Segurança Social
00:51:01que retirou 450 mil
00:51:02beneficiários
00:51:04da necessidade
00:51:05de serem atendidos
00:51:06na Segurança Social
00:51:06ou seja
00:51:07nós estamos a atuar
00:51:07não só conferindo
00:51:09melhor atendimento
00:51:12melhor capacidade
00:51:13de interação
00:51:13e também valorização
00:51:15agora
00:51:15o doutor Pedro Nuno Santos
00:51:16hoje está mesmo
00:51:17a falhar muito
00:51:18à seriedade
00:51:18então ele critica
00:51:20o governo
00:51:20por ter criado
00:51:21um grupo de trabalho
00:51:22que mais não está
00:51:24a fazer
00:51:24do que a analisar
00:51:25um estudo
00:51:26um livro verde
00:51:27que foi o governo
00:51:28do qual o doutor Pedro Nuno Santos
00:51:30fez parte
00:51:31que elaborou
00:51:32então o doutor Pedro Nuno Santos
00:51:33está chateado
00:51:35porque o governo
00:51:36que eu lidero
00:51:37está a estudar
00:51:39aquilo que
00:51:40o governo
00:51:41que ele fez parte
00:51:42mandou fazer
00:51:43ó doutor Pedro Nuno Santos
00:51:44o doutor Pedro Nuno Santos
00:51:45não tem limites
00:51:45à utilização
00:51:48demagógica
00:51:49deturpada
00:51:51dos argumentos políticos
00:51:52nós estamos
00:51:53simplesmente
00:51:54a analisar
00:51:54as conclusões
00:51:55do seu estudo
00:51:57do estudo
00:51:57que o senhor
00:51:58encomendou
00:51:59eu já prometi
00:52:00vou aqui reiterar
00:52:01nós não vamos fazer
00:52:02nenhuma alteração
00:52:04ao sistema
00:52:05de segurança social
00:52:06nesta legislatura
00:52:07e se algum dia
00:52:08eu enquanto líder
00:52:10do PSD
00:52:10ou o chefe
00:52:11do governo
00:52:12tiver de apropor
00:52:12ao país
00:52:13será na base
00:52:14de uma decisão
00:52:15eleitoral
00:52:17e eu já prometi
00:52:18que só o farei
00:52:19portanto
00:52:19numa próxima legislatura
00:52:21se for necessário
00:52:23mas todas as regras
00:52:24sobre a sustentabilidade
00:52:25da segurança social
00:52:26vem ainda do tempo
00:52:27do partido socialista
00:52:28e não está em causa
00:52:29não está em causa
00:52:30não está em causa
00:52:30mesmo
00:52:31nós fizemos tudo
00:52:32não só para dar mais
00:52:33sustentabilidade
00:52:34à segurança social
00:52:35como para valorizar
00:52:36as pensões
00:52:36e sobretudo
00:52:37as pensões mais baixas
00:52:38nós aumentámos
00:52:39primeiro para 600 euros
00:52:40depois para 630
00:52:41o complemento solidário
00:52:42para idosos
00:52:42queremos que chegue
00:52:43nesta legislatura
00:52:44ou 870 euros
00:52:45que é um rendimento
00:52:46mínimo do pensionista
00:52:47mas fizemos mais
00:52:48nós duplicámos
00:52:49de 50 para 100%
00:52:51a compartilhação
00:52:52dos medicamentos
00:52:53prescritos
00:52:53precisamente para quem
00:52:54tem rendimentos mais baixos
00:52:55como se abanhamos
00:52:55o país sem apoios sociais
00:52:57tinha 40% da população
00:52:58na pobreza
00:52:59com os apoios sociais
00:53:0020% da população
00:53:02está em risco grave
00:53:03de pobreza
00:53:04não fazia sentido
00:53:05e devolvo a palavra
00:53:06ao Pedro Nunes Santos
00:53:07mas também quero ouvir
00:53:07o Luís Montenegro
00:53:08sobre isso
00:53:08não fazia sentido
00:53:09tal como na defesa
00:53:10um entendimento
00:53:11entre os dois
00:53:11principais partidos
00:53:12na questão da sustentabilidade
00:53:14da segurança social
00:53:15naquilo que é
00:53:16verdadeiramente importante
00:53:17o Estado Social
00:53:18no contexto do país
00:53:19nós estamos
00:53:20sempre disponíveis
00:53:22para olharmos
00:53:23para a nossa
00:53:24segurança social
00:53:25e encontrar mecanismos
00:53:26para lhe dar
00:53:27mais sustentabilidade
00:53:28por exemplo
00:53:28o Partido Socialista
00:53:30defende a diversificação
00:53:31das fontes
00:53:32de financiamento
00:53:32da segurança social
00:53:33e quando eu digo isto
00:53:34nomeadamente
00:53:35termos
00:53:36vários pontos
00:53:37percentuais do IRC
00:53:38afetos
00:53:39especificamente
00:53:40ao financiamento
00:53:42público
00:53:42da segurança
00:53:42ao financiamento
00:53:43da segurança social
00:53:44e portanto
00:53:45eu quero deixar claro
00:53:46ao Luís Montenegro
00:53:47que a posição do Partido Socialista
00:53:49sobre o sistema público
00:53:49de pensões
00:53:50nunca se alterou
00:53:51agora aquilo que o Luís Montenegro
00:53:53aqui nos diz
00:53:53é que concorda
00:53:55com a alteração
00:53:55não tenha coragem
00:53:57para querer
00:53:57para fazer
00:53:58já nesta
00:53:59legislatura
00:53:59isso não é sério
00:54:00isso não é sério
00:54:01isso mesmo
00:54:02não é sério
00:54:03eu peço silêncio
00:54:05e tive em silêncio
00:54:06tanto tempo
00:54:06só de mais uns minutos
00:54:07mas não é sério
00:54:08isso é reincidente
00:54:09e não é sério
00:54:09não é verdade
00:54:11porque Luís Montenegro
00:54:12acabou aqui de dizer
00:54:13que não apresenta
00:54:14nesta legislatura
00:54:15pode apresentar
00:54:16ou apresentará
00:54:17e o senhor está
00:54:18a concluir
00:54:19que eu vou fazer
00:54:19não pode fazê-lo
00:54:20eu estou a dizer
00:54:21que nós todos
00:54:22conhecemos a posição
00:54:23de Jorge Bravo
00:54:24e dos membros
00:54:25deste grupo de trabalho
00:54:25e o que é mais provável
00:54:27é a conclusão
00:54:28que a AD defende
00:54:29há muitos anos
00:54:30e portanto
00:54:30não é sequer
00:54:31uma novidade
00:54:31no que diz respeito
00:54:35ao combate à pobreza
00:54:36Luís Montenegro
00:54:37falou aqui
00:54:37do complemento
00:54:38solidário para idosos
00:54:38o PSD foi sempre
00:54:40historicamente contra
00:54:41o complemento
00:54:41solidário para idosos
00:54:42ele é um instrumento
00:54:44de combate à pobreza
00:54:45na terceira idade
00:54:46que foi criado
00:54:47pelo Partido Socialista
00:54:48ele chega a 300 mil
00:54:50nós temos mais de 2 milhões
00:54:52quase 2 milhões e meio
00:54:53de pensionistas
00:54:54e por isso é que
00:54:55o Partido Socialista
00:54:56durante os últimos
00:54:58durante os últimos governos
00:55:00fez 6 aumentos
00:55:01extraordinários
00:55:01nas pensões
00:55:03e nós queremos voltar
00:55:04a fazer aumentos
00:55:05extraordinários
00:55:06permanentes
00:55:06qual é que é a política
00:55:08do PSD
00:55:09em matéria de pensões?
00:55:09é chegar ao pontal
00:55:11e anunciar um bónus
00:55:12só que é um bónus
00:55:13que não se repete
00:55:14as nossas propostas
00:55:16em matéria de pensões
00:55:17são aumentos
00:55:18permanentes
00:55:19nas pensões
00:55:19dou-lhe um minuto
00:55:20Luís Montenegro
00:55:21para poder responder
00:55:22e sei que vai conseguir
00:55:22conseguirei com certeza
00:55:24eu quero
00:55:25clarificar
00:55:26porque de facto
00:55:27o debate político
00:55:28tem que ser feito
00:55:28com seriedade
00:55:29e com honestidade
00:55:30intelectual
00:55:31nós não temos
00:55:32no nosso programa
00:55:33nenhuma alteração
00:55:35ao sistema
00:55:35de segurança social
00:55:36que fique muito claro
00:55:37os pensionistas
00:55:38sabem
00:55:38que nós
00:55:39vamos valorizar
00:55:40as pensões
00:55:41todas
00:55:42vamos valorizar
00:55:43mais
00:55:44as mais baixas
00:55:45vamos continuar
00:55:46a dar complementos
00:55:47de política
00:55:48para poder
00:55:49precisamente
00:55:50combater a pobreza
00:55:51combater a pobreza
00:55:52através
00:55:52da capacidade
00:55:54de comprar medicamentos
00:55:55uma das despesas
00:55:56mais prementes
00:55:57da população idosa
00:55:58mas também
00:55:59com políticas
00:55:59ativas
00:56:00ativas
00:56:01para combater
00:56:02a solidão
00:56:03para combater
00:56:04aquilo que é
00:56:05muitas vezes
00:56:05o sofrimento
00:56:06de pessoas
00:56:07que estão
00:56:07numa fase
00:56:08onde muitas vezes
00:56:08se sentem sozinhas
00:56:09e nós
00:56:10temos dado
00:56:11muitas mostras
00:56:13de concretizar
00:56:14também no domínio
00:56:14da saúde
00:56:15nós fizemos um acordo
00:56:16com o setor social
00:56:17nós fizemos um acordo
00:56:18para garantir
00:56:19o financiamento
00:56:20dos cuidados
00:56:21que as instituições
00:56:22sociais prestam
00:56:23cuidados continuados
00:56:24cuidados
00:56:25de apoio domiciliário
00:56:27cuidados de saúde
00:56:28de
00:56:29enfim
00:56:31em cada instituição
00:56:33garantir
00:56:35que nada
00:56:35fica
00:56:36por tratar
00:56:37sabe que
00:56:38é também com base
00:56:39na complementaridade
00:56:40entre o Serviço Nacional
00:56:42de Saúde
00:56:42o nosso sistema de saúde
00:56:44e o setor social
00:56:45que nós construímos
00:56:46uma sociedade
00:56:47mais justa
00:56:48e combatemos a pobreza
00:56:49e este é um outro
00:56:51é um dos impedimentos
00:56:52que do ponto de vista
00:56:53ideológico
00:56:54o Partido Socialista
00:56:54e os seus parceiros
00:56:56de governo
00:56:57não compreendem
00:56:58e haverá seguramente
00:56:59mais justiça social
00:57:00quando a habitação
00:57:01for melhor em Portugal
00:57:02será?
00:57:02É por aí que levamos
00:57:03agora o debate
00:57:04é uma das maiores
00:57:05dificuldades para os portugueses
00:57:06conseguir uma casa
00:57:07que possam pagar
00:57:08houve nos últimos anos
00:57:09responsabilidades governativas
00:57:11de ambos
00:57:12nesta área
00:57:13Luís Montenegro
00:57:15de que forma
00:57:16é que poderá fazer
00:57:18diferente
00:57:19daquilo que tem sido
00:57:20feito até aqui
00:57:20visto que as medidas
00:57:21tomadas até agora
00:57:22não têm resolvido
00:57:23esta crise na habitação
00:57:24Desde logo executando
00:57:26o Dr. Pedro Nuno Santos
00:57:27foi ministro
00:57:28e teve a responsabilidade
00:57:29desta área
00:57:30especificamente
00:57:31quando nós chegámos
00:57:32ao governo
00:57:33havia um plano
00:57:34de investimento
00:57:34de 26
00:57:36novas
00:57:37habitações
00:57:38seja por via
00:57:39de construção nova
00:57:40seja por via
00:57:40de reabilitação
00:57:42não havia dinheiro
00:57:43para concluir
00:57:44esse programa
00:57:45só havia dinheiro
00:57:45para pagar
00:57:4716 mil
00:57:48desse investimento
00:57:49sendo que ele ainda
00:57:49estava muito atrasado
00:57:51as 26 mil
00:57:53que estavam previstas
00:57:54não correspondiam
00:57:54sequer
00:57:55àquilo que tinham sido
00:57:56as candidaturas
00:57:57nomeadamente
00:57:57das autarquias
00:57:58e o que é que o Dr. Pedro Nuno Santos
00:57:59fez?
00:58:00Fez uma prioridade
00:58:01que era quem estivesse
00:58:01mais avançado
00:58:02quem chegasse primeiro
00:58:03tinha mais
00:58:05possibilidade
00:58:07de obter
00:58:08esse financiamento
00:58:09porque a oferta pública
00:58:10é um eixo fundamental
00:58:11da nossa política
00:58:12ora
00:58:13nós fizemos
00:58:14aumentar
00:58:15de 26 mil
00:58:16para 59 mil
00:58:17o objetivo
00:58:18agora
00:58:19na próxima legislatura
00:58:20e executados
00:58:21são apenas 2 mil
00:58:22financiando
00:58:23financiando
00:58:23esse projeto
00:58:25com dinheiro do PRR
00:58:26e com dinheiro
00:58:26do orçamento
00:58:28do Estado
00:58:29mas é um ritmo
00:58:29de execução
00:58:30que não tem
00:58:31servido
00:58:32para as necessidades
00:58:33do país
00:58:33nós tivemos
00:58:33de alocar
00:58:34mais 2 mil
00:58:34e 800 milhões
00:58:35de euros
00:58:36a este projeto
00:58:36é assim
00:58:37isto não
00:58:37não produz
00:58:38efeito imediato
00:58:39mas
00:58:40se nós conseguirmos
00:58:41construir
00:58:42estas 59 mil
00:58:43casas
00:58:44ou reabilitar
00:58:44se conseguirmos
00:58:45como estamos também
00:58:46a trabalhar
00:58:46uma linha de financiamento
00:58:48no Banco Europeu de Investimento
00:58:49para poder cumprir
00:58:50as estratégias locais
00:58:51de habitação
00:58:52dos municípios
00:58:52que preveem
00:58:53a construção
00:58:54de mais 136 mil
00:58:55novos fogos
00:58:56nós vamos
00:58:57do lado
00:58:57da oferta pública
00:58:58aumentar
00:58:59a oferta
00:59:00de casas
00:59:00depois temos
00:59:01também
00:59:02de aumentar
00:59:02do lado público
00:59:04os incentivos
00:59:07do lado
00:59:08da procura
00:59:08foi o que fizemos
00:59:09com os jovens
00:59:09nós atribuímos
00:59:10uma isenção
00:59:11do pagamento
00:59:12de IMT
00:59:12de imposto
00:59:13de selo
00:59:13aos jovens
00:59:14até aos 35 anos
00:59:15complementado
00:59:16com uma garantia
00:59:16pública
00:59:17para que eles
00:59:17pudessem aceder
00:59:18a 100%
00:59:18de financiamento
00:59:19bancário
00:59:19que era
00:59:20muitas vezes
00:59:20o constrangimento
00:59:21que faltava
00:59:22do lado
00:59:23do arrendamento
00:59:23agilizamos
00:59:25os critérios
00:59:26para a atribuição
00:59:27da ajuda
00:59:28do porta 65
00:59:29que é o nome
00:59:30do programa
00:59:30está agora
00:59:31com problemas
00:59:31de pagamento
00:59:32é verdade
00:59:32tem que ser
00:59:32recuperados
00:59:33mas são
00:59:34muito mais
00:59:35os jovens
00:59:35que estão
00:59:36a obter
00:59:37condições
00:59:37de aprovação
00:59:38para poderem ter
00:59:39acesso
00:59:39à habitação
00:59:40por via
00:59:41do arrendamento
00:59:42do lado
00:59:43da oferta
00:59:43privada
00:59:44é preciso
00:59:44simplificar
00:59:45é preciso
00:59:46ter vantagens
00:59:46fiscais
00:59:47é preciso
00:59:47também
00:59:47que do lado
00:59:48privado
00:59:49haja
00:59:49colaboração
00:59:50na oferta
00:59:51nós temos
00:59:52de ter
00:59:52mais construção
00:59:53no mercado
00:59:54para baixar
00:59:54o preço
00:59:54como é que se faz
00:59:56isso?
00:59:56se nós
00:59:57afunilarmos
00:59:58como aconteceu
00:59:59na última década
01:00:00a construção
01:00:01da habitação
01:00:02naturalmente
01:00:02que a lei
01:00:03da oferta
01:00:03e da procura
01:00:04tem um efeito
01:00:04imediato
01:00:05que é
01:00:05há pouca oferta
01:00:07há muita procura
01:00:08o preço
01:00:08sobe
01:00:08a política
01:00:09de habitação
01:00:10ainda por cima
01:00:10tem repercussões
01:00:11enormes
01:00:12porque a falta
01:00:12de recursos humanos
01:00:13sobretudo
01:00:14nas áreas
01:00:14mais densas
01:00:14como é o caso
01:00:15aqui da grande
01:00:15Lisboa
01:00:16na saúde
01:00:17na escola
01:00:18a falta
01:00:18de professores
01:00:19a falta
01:00:19de auxiliares
01:00:21a falta
01:00:22de profissionais
01:00:23nas grandes áreas
01:00:24de serviço
01:00:24público
01:00:25demana
01:00:26muitas vezes
01:00:26da incompatibilidade
01:00:29dos servidores
01:00:30do Estado
01:00:31poderem pagar
01:00:32as rendas
01:00:32ou as prestações
01:00:33da casa
01:00:34precisamente
01:00:34nos sítios
01:00:35onde este
01:00:36constrangimento
01:00:37se revela
01:00:38mais difícil
01:00:39Pedro Nuno Santos
01:00:40queremos ouvi-lo
01:00:41também
01:00:41sobre as suas
01:00:42propostas
01:00:43para fazer diferente
01:00:44daquilo que tem sido
01:00:45feito ao longo
01:00:45destes anos
01:00:46porque de facto
01:00:47a crise
01:00:47não está solucionada
01:00:48o problema da habitação
01:00:49é um problema
01:00:50de difícil resolução
01:00:51nós nunca o dissemos
01:00:53que era fácil
01:00:53e é um dos maiores
01:00:55dramas nacionais
01:00:56não só para os jovens
01:00:57que procuram casa
01:00:59para as jovens
01:00:59famílias
01:01:00que querem constituir
01:01:00a sua família
01:01:01querem se autonomizar
01:01:02mas também para muitos
01:01:03outros mais velhos
01:01:04que pagam caro
01:01:05ou pela prestação
01:01:06ou pela renda
01:01:07esse é de facto
01:01:07um dos nossos
01:01:08maiores problemas
01:01:09mas as políticas
01:01:10que foram adotadas
01:01:11no último ano
01:01:12elas produziram
01:01:13resultados contraproducentes
01:01:14e eu quero aqui
01:01:15explicar
01:01:16Luís Montenegro
01:01:17falava da isenção
01:01:18do IMT
01:01:19e da isenção
01:01:19de imposto de selo
01:01:20medidas que não
01:01:21tendo sido acompanhadas
01:01:22de medidas
01:01:22do lado oferta
01:01:23aquilo que levaram
01:01:24foi uma aceleração
01:01:25dos preços
01:01:26do imobiliário
01:01:27a isenção do IMT
01:01:28e do imposto de selo
01:01:29garante uma poupança
01:01:31a rondar os 5%
01:01:32só que só no último trimestre
01:01:34do ano de 2024
01:01:36os preços subiram
01:01:37mais de 15%
01:01:38engoliram a totalidade
01:01:39do benefício
01:01:41da isenção
01:01:42do imposto de selo
01:01:43e do IMT
01:01:45mas essas
01:01:45são medidas
01:01:47para manter
01:01:47se for primeiro
01:01:48nós não vamos
01:01:48revertê-las
01:01:49então está no seu programa
01:01:50mas na realidade
01:01:51hoje os jovens
01:01:52estão
01:01:53não só os jovens
01:01:53mas os jovens
01:01:54em particular
01:01:54estão ainda mais longe
01:01:56de conseguir
01:01:56comprar a casa
01:01:57do que há um ano atrás
01:01:58e com uma agravante
01:02:00nomeadamente
01:02:01a quem arrenda
01:02:02é que o governo
01:02:02falhou totalmente
01:02:04foi mesmo
01:02:05incompetente
01:02:06na gestão
01:02:07dos apoios
01:02:07ao arrendamento
01:02:08nós temos milhares
01:02:09de famílias
01:02:10que mesmo
01:02:10cumprindo os critérios
01:02:12perderam o apoio
01:02:13extraordinário
01:02:13à renda
01:02:14e estão a cortar
01:02:15na alimentação
01:02:16como já nos disse
01:02:17a Deco
01:02:17alguns mesmo
01:02:19perderam a casa
01:02:19e nos jovens
01:02:20Luís Montenegro
01:02:22falou a Mpaçã
01:02:22do Porta 65
01:02:23e dos problemas
01:02:24nos pagamentos
01:02:25os atrasos
01:02:26são entre 6 a 7 meses
01:02:27quando antes deste governo
01:02:29eram de 2 meses
01:02:30e portanto
01:02:30temos neste momento
01:02:31jovens
01:02:32à espera
01:02:326 meses
01:02:34para receber
01:02:35para poder pagar
01:02:36a renda de sua casa
01:02:37então quais é que são
01:02:37as suas propostas
01:02:38para resolver os problemas
01:02:40no arrendamento
01:02:41para aumentar a oferta
01:02:42também disponível no mercado
01:02:43aquilo que nós
01:02:43temos de fazer
01:02:45e aqui
01:02:46nós aproximamos-nos
01:02:48da AD
01:02:48não temos uma
01:02:49uma visão diferente
01:02:50é intensificar
01:02:51a construção
01:02:52construção pública
01:02:53construção privada
01:02:54e construção cooperativa
01:02:56não há outra solução
01:02:58algumas das casas
01:02:59que Luís Montenegro
01:03:00entregou
01:03:00por exemplo
01:03:01as casas em Oeiras
01:03:02foram casas
01:03:03que se devem
01:03:04ao programa
01:03:04que eu lancei
01:03:05enquanto ministro
01:03:06e aos governos
01:03:06do Partido Socialista
01:03:07as casas
01:03:08que o Sr. Ministro
01:03:09das Infraestruturas
01:03:10entregou
01:03:10no entroncamento
01:03:11a mesma coisa
01:03:12obviamente que este processo
01:03:14de investimento
01:03:15demora tempo
01:03:15Luís Montenegro
01:03:16falava em 59 mil casas
01:03:18na realidade
01:03:19desconhece o programa
01:03:20Primeiro Direito
01:03:21porque ele prevê
01:03:22o investimento
01:03:23não a 100%
01:03:25não a 100%
01:03:27mas a compartilhação
01:03:28por parte da Administração Central
01:03:30de todas as habitações
01:03:33em situação de indignidade
01:03:34neste momento
01:03:35estão 130 mil famílias
01:03:37identificadas
01:03:38portanto
01:03:39a legislação
01:03:40hoje em Portugal
01:03:41já prevê
01:03:41o financiamento
01:03:42por parte da Administração Central
01:03:44destas 130 mil casas
01:03:46agora
01:03:47o que nós precisamos
01:03:48é de ter casas
01:03:49também para a classe média
01:03:50o Primeiro Direito
01:03:51foi criado
01:03:51para a população
01:03:52mais carenciada
01:03:53nós precisamos
01:03:53de fazer casas
01:03:54para os filhos
01:03:55da classe média
01:03:56e por isso
01:03:57a construção
01:03:58impulsionarmos
01:03:59a construção
01:04:00é fundamental
01:04:01bem como
01:04:02o aproveitamento
01:04:03dos imóveis
01:04:04do Estado
01:04:04mas quando fala
01:04:04em impulsionar
01:04:05a construção
01:04:06está a referir-se
01:04:07a que medidas
01:04:08em concreto?
01:04:09à construção pública
01:04:10aliás eu tive a oportunidade
01:04:11de dizer
01:04:11que nós queremos
01:04:12constituir
01:04:13uma conta corrente
01:04:14financiada
01:04:15a título de exemplo
01:04:16pelos lucros
01:04:18da Caixa Geral
01:04:19de Depósitos
01:04:19distribuídos
01:04:20ao seu acionista
01:04:21não ficaremos
01:04:22obviamente limitados
01:04:23a eles
01:04:23mas são uma forma
01:04:24que permite visualizar
01:04:26que nós queremos
01:04:27alimentar
01:04:27uma conta corrente
01:04:29à qual podem
01:04:30recorrer
01:04:31os municípios
01:04:33para poderem
01:04:33construir casas
01:04:34a preços
01:04:35que as pessoas
01:04:35possam pagar
01:04:36ou então
01:04:37para fazerem
01:04:38um contrato
01:04:40de arrendamento
01:04:40no regime
01:04:41de renda resolúvel
01:04:42que permita
01:04:43às famílias
01:04:43ao fim de 15
01:04:4420 ou 30 anos
01:04:45mediante o pagamento
01:04:46de um valor residual
01:04:48ficarem com a casa
01:04:49para a sua propriedade
01:04:50Luís Montenegro
01:04:51sobre esta medida
01:04:51em concreto
01:04:52já agora
01:04:52tem sido crítica
01:04:54dela de usar
01:04:55os dividendos
01:04:55da Caixa Geral
01:04:56de Depósitos
01:04:56para esta conta
01:04:57corrente
01:04:58para a construção
01:04:59de casos
01:04:59são utilizados
01:05:00para poder colaborar
01:05:02nas despesas
01:05:02que o Estado tem
01:05:03e portanto
01:05:04são naturalmente
01:05:05uma receita
01:05:05que entra
01:05:06na disponibilidade
01:05:07e na esfera
01:05:08do Estado
01:05:08nenhum programa
01:05:09deve estar dependente
01:05:10dos dividendos
01:05:11da Caixa Geral
01:05:11de Depósitos
01:05:12até porque eles
01:05:12não são garantidos
01:05:13isso faria fracassar
01:05:14a execuibilidade
01:05:15do programa
01:05:16nos anos em que
01:05:17não haveria
01:05:17essa receita
01:05:18mas deixe-me só dizer
01:05:19que o doutor
01:05:20Pedro Nuno Santos
01:05:21escamuteou aqui
01:05:22aquela que é a sua
01:05:24grande responsabilidade
01:05:26não só
01:05:26as suas ideias
01:05:27acabaram por dar
01:05:28ao mercado
01:05:29enfim
01:05:31uma visão
01:05:32completamente contrária
01:05:34ao investimento
01:05:34e portanto
01:05:35ainda estamos
01:05:36a pagar hoje
01:05:37o desinvestimento
01:05:38na habitação
01:05:39que as ideias
01:05:40do doutor
01:05:40Pedro Nuno Santos
01:05:41trouxeram
01:05:42como ele não
01:05:43foi capaz
01:05:44de nos deixar
01:05:45o financiamento
01:05:46ele deixou
01:05:46nos 1400 milhões
01:05:47de euros
01:05:47que só garantiam
01:05:49a construção
01:05:50de 16 mil
01:05:51fogos
01:05:52nós precisamos
01:05:53de 59 mil
01:05:54já
01:05:55e de atingir
01:05:56os tais
01:05:56130 mil
01:05:58mas nós precisamos
01:05:59de fazer mais
01:05:59como ele disse
01:06:00nós precisamos
01:06:01de ter uma política
01:06:01fiscal para os jovens
01:06:02como o IRS jovem
01:06:03que nós alargamos
01:06:04no âmbito de aplicação
01:06:06e alargamos também
01:06:06no tempo
01:06:07para 10 anos
01:06:07e sobre o Porta 65
01:06:09é verdade que nós estamos
01:06:10com problemas de pagamento
01:06:11porquê?
01:06:12porque há mais
01:06:12500 candidaturas por mês
01:06:13e porquê que há mais
01:06:14500 candidaturas por mês?
01:06:16porque nós eliminámos
01:06:17alguns critérios
01:06:18que afastavam
01:06:19os jovens
01:06:19nomeadamente
01:06:20haver um teto máximo
01:06:21da renda
01:06:21nós eliminámos
01:06:22e portanto as pessoas
01:06:23hoje podem candidatar-se
01:06:25independentemente
01:06:26da renda que vão pagar
01:06:27aquilo que é o teto máximo
01:06:28é do apoio
01:06:30não é da renda
01:06:31mais jovens
01:06:32podem usufruir
01:06:33desta vantagem
01:06:33nomeadamente nos sítios
01:06:34onde as rendas
01:06:35são mais altas
01:06:36nós passámos
01:06:38de 6 recibos
01:06:39de vencimento
01:06:39que eram exigidos
01:06:40para 3
01:06:40ou seja
01:06:41é mais fácil
01:06:42e mais rápido
01:06:42poder aceder
01:06:43a este regime
01:06:44e invertemos a lógica
01:06:46que é
01:06:46primeiro o jovem
01:06:47candidata-se
01:06:48e depois de saber
01:06:49que tem aquele benefício
01:06:50vai à procura da casa
01:06:51antigamente era ao contrário
01:06:52primeiro tinha que encontrar
01:06:53a casa
01:06:53e depois é que ia saber
01:06:54se ia ter a ajuda
01:06:55ou não
01:06:56isto provocou
01:06:57efetivamente
01:06:57um aumento
01:06:58mas também é preciso dizer
01:07:00nós aumentámos a verba
01:07:01nós aumentámos 70%
01:07:02a verba do orçamento
01:07:03de Estado
01:07:03para a porta 65
01:07:04os jovens são fundamentais
01:07:06os jovens são mesmo
01:07:07uma prioridade máxima
01:07:09na política fiscal
01:07:09nos serviços públicos
01:07:11na habitação
01:07:12porque só assim
01:07:13é que eles se vão manter
01:07:13em Portugal
01:07:14só assim é que nós
01:07:15vamos viabilizar
01:07:16este nosso objetivo
01:07:17que é contar com eles
01:07:18para os próximos anos
01:07:19para a recuperação do país
01:07:21para o crescimento
01:07:21da nossa economia
01:07:22Pedro Nuno Santos
01:07:22para concluirmos este tema
01:07:23dão-lhe oportunidade
01:07:24de rebater estas ideias
01:07:25em primeiro lugar
01:07:26quando se construiu
01:07:28o PRR
01:07:29no início
01:07:30havia uma verba
01:07:31que aos preços
01:07:32da altura
01:07:32permitiam as 26 mil casas
01:07:34com o aumento
01:07:35e com a pressão
01:07:36inflacionista
01:07:37a verba disponível
01:07:38no PRR
01:07:39aumentou
01:07:40foi atualizada
01:07:40para 2 mil milhões de euros
01:07:41obviamente
01:07:42que vai havendo
01:07:43que o impacto
01:07:44da inflação
01:07:45tem consequências
01:07:46num programa
01:07:46que foi construído
01:07:47num determinado momento
01:07:49e portanto
01:07:49quando foi construído
01:07:51foi construído
01:07:52com toda a verba necessária
01:07:53para as 26 mil casas
01:07:55agora
01:07:56Luís Montenegro
01:07:57fala dos jovens
01:07:58mas na realidade
01:07:59depois tem os jovens
01:08:00com o seu governo
01:08:01à espera
01:08:02mais de meio ano
01:08:03para conseguirem ter
01:08:04o subsídio
01:08:05do Porta-Senta e Cinco
01:08:06para poderem pagar a renda
01:08:07isto tem um impacto
01:08:08brutal
01:08:09na vida
01:08:10de jovens
01:08:10que têm o dinheiro
01:08:11contado
01:08:12até ao cêntimo
01:08:14e portanto
01:08:14revela
01:08:15não só a incompetência
01:08:16mas alguma também
01:08:17falta de sensibilidade
01:08:18para perceber o drama
01:08:19que os nossos jovens
01:08:20enfrentam
01:08:21e fala muito
01:08:21dos jovens
01:08:22mas quem descongelou
01:08:24as propinas
01:08:24foi já este governo
01:08:25e quem
01:08:26não permite
01:08:28a devolução
01:08:29ou não quer
01:08:30a devolução
01:08:30das propinas
01:08:31que nós tínhamos
01:08:32ao mesmo tempo
01:08:36que o IRS Jovem
01:08:37nós tínhamos
01:08:37um programa
01:08:38de devolução
01:08:39das propinas
01:08:40a quem entrava
01:08:40no mercado de trabalho
01:08:41português
01:08:42e o governo
01:08:42de Luís Montenegro
01:08:43quer terminar
01:08:44com a devolução
01:08:45das propinas
01:08:45ou estamos a falar
01:08:46no caso
01:08:46de licenciaturas
01:08:47de mais de 2 mil euros
01:08:49e no caso
01:08:50de mestrados
01:08:515 mil euros
01:08:52que o governo
01:08:53da AD
01:08:54quer terminar
01:08:55dá com uma mão
01:08:56mas na realidade
01:08:57retira com a outra
01:08:58terminando com a devolução
01:09:00das propinas
01:09:01portanto os jovens
01:09:01são uma prioridade
01:09:03quanto baste
01:09:04para a campanha
01:09:05na realidade
01:09:06naquilo que interessa
01:09:08seja na habitação
01:09:09seja nos custos
01:09:10em ensino superior
01:09:11seja na devolução
01:09:12dos custos
01:09:13com a propina
01:09:13o governo da AD
01:09:14não compareceu
01:09:16deixa-me só
01:09:18quero retorquir
01:09:18uma coisa muito rápida
01:09:19está com vantagem
01:09:20de tempo
01:09:20o Pedro Nuno Santos
01:09:21costuma acusar-me
01:09:22de só
01:09:23decidir para alguns
01:09:26e foi exatamente
01:09:27aquilo que ele fez
01:09:28nos jovens
01:09:28o passe gratuito
01:09:29sub-23
01:09:30nos transportes públicos
01:09:31e o IRS
01:09:31eram só para estudantes
01:09:32não eram para todos
01:09:33os jovens
01:09:34como são agora
01:09:35nós governamos
01:09:36para todos
01:09:36Pedro Nuno Santos
01:09:37é só para alguns
01:09:37deixo-me rebater
01:09:38esta ideia
01:09:39porque foi acrescentada
01:09:40não é verdade
01:09:41não é verdade
01:09:43o governo para todos
01:09:43os jovens
01:09:44a maioria dos jovens
01:09:45não conseguiu beneficiar
01:09:46da isenção do IMT
01:09:47do Imposto Civil
01:09:48a maioria dos jovens
01:09:49não consegue beneficiar
01:09:50da sua garantia
01:09:51da sua garantia pública
01:09:52porque ganham pouco
01:09:53e o preço das casas
01:09:54são altas
01:09:55na realidade
01:09:55as propostas da AD
01:09:57são mesmo para alguns
01:09:58como é a redução do IRC
01:10:00e como são algumas
01:10:01das medidas
01:10:01no caso da habitação
01:10:02a maioria esmagadora
01:10:03dos jovens
01:10:04não está
01:10:05nas suas preocupações
01:10:06nem pode beneficiar
01:10:07das suas políticas
01:10:08vamos terminar
01:10:09este assunto
01:10:10meus senhores
01:10:10vamos entrar aqui
01:10:12numa ronda mais rápida
01:10:13de questões
01:10:14com um novo tema político
01:10:16temas para resposta rápida
01:10:17e se possível
01:10:18peço-vos direta
01:10:20e é para ambos
01:10:21se nenhum conseguir
01:10:22uma maioria clara
01:10:23que compromisso
01:10:24assumem aqui hoje
01:10:25perante os portugueses
01:10:26sobre a vossa disponibilidade
01:10:28para negociar
01:10:29e viabilizar
01:10:30o próximo orçamento de Estado
01:10:32começando por si
01:10:32Pedro Nuno Santos
01:10:33nós estamos
01:10:34a trabalhar
01:10:35todos os dias
01:10:36com humildade
01:10:37para dialogar
01:10:37com os portugueses
01:10:38apresentar
01:10:39as nossas propostas
01:10:40conseguir a confiança
01:10:42dos portugueses
01:10:43para vencer as eleições
01:10:44é nesse cenário
01:10:45que nós estamos focados
01:10:47e aquilo que faremos
01:10:48é todos os esforços
01:10:50para dialogar
01:10:51e criar as condições
01:10:52de governabilidade
01:10:53necessárias
01:10:54para nós termos
01:10:55um governo
01:10:56que representa
01:10:57uma mudança segura
01:10:58com competência
01:10:59experiência
01:11:00e as soluções
01:11:01certas
01:11:01para os problemas
01:11:02porque veio então
01:11:03exigir reciprocidade
01:11:04há uns tempos
01:11:05não sou eu
01:11:06quer dizer
01:11:07o seu partido
01:11:07eu acho
01:11:08que o Partido Socialista
01:11:10mostrou o sentido
01:11:10de responsabilidade
01:11:11ao longo do último ano
01:11:12e nós temos
01:11:13nós vemos isso
01:11:14aos portugueses
01:11:15agora na realidade
01:11:16nós estamos
01:11:17a trabalhar
01:11:18todos os dias
01:11:19para termos
01:11:20a confiança
01:11:21dos portugueses
01:11:21liderarmos um governo
01:11:23e tudo faremos
01:11:24com diálogo
01:11:25com as diferentes
01:11:25forças políticas
01:11:26para termos
01:11:27estabilidade
01:11:28a estabilidade política
01:11:29que infelizmente
01:11:30Luís Montenegro
01:11:31já não consegue
01:11:32garantir ao país
01:11:33e respeitar esta vontade
01:11:34do povo português
01:11:35de que governe
01:11:36o partido mais votado
01:11:37nós não conseguimos
01:11:39antecipar
01:11:39os resultados eleitorais
01:11:41nem a configuração
01:11:42parlamentar
01:11:42que nós vamos ter
01:11:43aquilo que
01:11:45de facto
01:11:45nós sabemos
01:11:46à luz do ano passado
01:11:47é que o Sr. Presidente
01:11:48da República
01:11:49convidará
01:11:49o partido mais votado
01:11:51a formar governo
01:11:51e é por isso
01:11:52que é tão importante
01:11:53que não haja
01:11:54uma grande dispersão
01:11:55de votos
01:11:55e que nós possamos
01:11:57ter os votos
01:11:58necessários
01:11:59para derrotar
01:12:00a AD
01:12:00e fazer liderar
01:12:01uma mudança segura
01:12:02portanto não assuma
01:12:03aqui um compromisso
01:12:04que dê uma indicação
01:12:06de que poderá atuar
01:12:07da mesma forma
01:12:08como atuou
01:12:09no último ano
01:12:10não quero deixar
01:12:12aqui esse compromisso
01:12:12o meu compromisso
01:12:13é com os portugueses
01:12:14de que encontraremos
01:12:16as condições
01:12:16para governarmos
01:12:18com estabilidade
01:12:18política em Portugal
01:12:20nos próximos anos
01:12:20Luís Montenegro
01:12:21que compromisso
01:12:22pode assumir aqui
01:12:22da sua parte
01:12:23o meu compromisso
01:12:24é que continuarei
01:12:25a governar
01:12:26exatamente
01:12:26com os mesmos
01:12:27princípios
01:12:28que nós
01:12:28demonstramos este ano
01:12:30e se não for
01:12:30o partido mais votado
01:12:31apesar da instabilidade
01:12:33da posição
01:12:33por exemplo
01:12:34do partido socialista
01:12:35e do seu líder
01:12:36sobre o orçamento
01:12:36do estado
01:12:37nós nunca desistimos
01:12:38do diálogo político
01:12:40de nos aproximarmos
01:12:41de cedermos
01:12:42e de podermos
01:12:43ultrapassar
01:12:43até aquelas
01:12:44que eram consideradas
01:12:45linhas vermelhas
01:12:46a bem da estabilidade
01:12:47do país
01:12:47nós somos um garante
01:12:48de estabilidade
01:12:49nós garantimos
01:12:50a estabilidade económica
01:12:51nós garantimos
01:12:51a estabilidade financeira
01:12:52nós garantimos
01:12:53a estabilidade social
01:12:54com 19 acordos
01:12:56na função pública
01:12:57nós garantimos
01:12:58por exemplo
01:12:59que este debate
01:13:00hoje começou
01:13:00sem que houvesse
01:13:01uma manifestação
01:13:02lá fora
01:13:02nós garantimos
01:13:04também a estabilidade
01:13:05política
01:13:05naquilo que é essencial
01:13:06o governo não caiu
01:13:08por falta de estabilidade
01:13:09o governo caiu
01:13:10por tática política
01:13:11e os portugueses
01:13:12têm agora na mão
01:13:13o instrumento
01:13:14que pode dar ao governo
01:13:15a estabilidade
01:13:16para que nos próximos anos
01:13:17continue o caminho
01:13:19de transformação
01:13:20de valorização
01:13:21de rendimentos
01:13:22de progresso
01:13:24de prosperidade
01:13:26mas também
01:13:26de justiça social
01:13:27e garanto
01:13:27que essa estabilidade
01:13:28também será garantida
01:13:29se a AD
01:13:30não vencer
01:13:30estas eleições
01:13:30eu garanto
01:13:31que vou continuar
01:13:32firme no propósito
01:13:34de estar focado
01:13:35nos problemas
01:13:35das pessoas
01:13:36e portanto
01:13:36garanto
01:13:37que da parte da AD
01:13:38haverá estabilidade política
01:13:40sendo que
01:13:41a estabilidade
01:13:42é também
01:13:43aquilo que os portugueses
01:13:44vão decidir
01:13:45na sua pronúncia
01:13:47no próximo dia
01:13:4818 de maio
01:13:48muito bem
01:13:49mais um tema
01:13:49este é um tema
01:13:51para
01:13:52como é que pode
01:13:53como é que Luís Montenegro
01:13:54pode garantir
01:13:55estabilidade política
01:13:56prometer estabilidade política
01:13:57ao país
01:13:58quando nós assistimos
01:13:59àquilo que aconteceu
01:14:00nos últimos dois meses
01:14:01e ao menor aperto
01:14:03que se senteu
01:14:05atirou o país
01:14:06para as eleições
01:14:07não pode acusar
01:14:08o Partido Socialista
01:14:09de ser fator de instabilidade
01:14:10quando nós viabilizamos
01:14:11a eleição do Presidente
01:14:12da Assembleia de República
01:14:13viabilizamos-lhe um orçamento
01:14:15chumamos duas moções de censura
01:14:16o fator de instabilidade
01:14:18política em Portugal
01:14:19é exatamente
01:14:20Luís Montenegro
01:14:21isso foi o que aconteceu
01:14:22nos últimos dois meses
01:14:23e era o que aconteceria
01:14:24se por alguma razão
01:14:26ganhasse
01:14:26isso não vai acontecer
01:14:27felizmente para o país
01:14:28e para a estabilidade
01:14:29política em Portugal
01:14:30Doutor Pedro Lono Santos
01:14:30o Presidente da Assembleia
01:14:31foi eleito porque nós
01:14:32combinámos dividir
01:14:34a Presidência da Assembleia
01:14:35metade do mandato
01:14:35para o PSD
01:14:36metade do mandato
01:14:36para o PSD
01:14:37o orçamento foi aprovado
01:14:39porque ao contrário
01:14:39da sua expectativa
01:14:40o nível de cedência
01:14:41do Governo
01:14:42foi muito mais longe
01:14:43do que aquilo
01:14:43que o senhor queria
01:14:44todas as decisões
01:14:46que foram importantes
01:14:47nós aproximámos
01:14:48do Partido Socialista
01:14:49apesar da tendência
01:14:50do Partido Socialista
01:14:51se aproximar
01:14:52nomeadamente do Chega
01:14:53para tomar decisões contrárias
01:14:54incluindo no orçamento
01:14:56do Estado
01:14:57o Partido Socialista
01:14:58não hesitou
01:14:58apesar de prometer
01:14:59ao país
01:15:00a estabilidade
01:15:01e a aprovação
01:15:02do orçamento
01:15:03não hesitou
01:15:04em fazer
01:15:04aumentar a despesa
01:15:06em mais de mil milhões
01:15:07de euros
01:15:07com o acordo político
01:15:08com o Chega
01:15:09e os tempos estão
01:15:09muito equilibrados
01:15:10vamos então
01:15:12aos minutos
01:15:13finais
01:15:14Luís Montenegro
01:15:15abriu este debate
01:15:17é Pedro Lono Santos
01:15:17que vai fechar
01:15:18por isso Luís Montenegro
01:15:19tem direito
01:15:19ao seu minuto final
01:15:21eu quero dizer
01:15:22às portuguesas
01:15:22e aos portugueses
01:15:23que não estou aqui
01:15:24para ataques pessoais
01:15:26não estou aqui
01:15:27para maldicência
01:15:28eu estou aqui
01:15:29para governar
01:15:29eu estou aqui
01:15:30para decidir
01:15:31eu estou aqui
01:15:31para executar
01:15:32durante este ano
01:15:33fomos capazes
01:15:34de tomar decisões
01:15:35que estavam
01:15:36adiadas
01:15:36arrastadas
01:15:37há muitos anos
01:15:38valorizámos
01:15:39o trabalho
01:15:41deixemos os impostos
01:15:42sobre os rendimentos
01:15:43do trabalho
01:15:43de todos os trabalhadores
01:15:45e em especial
01:15:45da classe média
01:15:46valorizámos
01:15:47a posição dos jovens
01:15:48diminuindo também
01:15:50a sua carga fiscal
01:15:51e dando-lhes incentivos
01:15:52para resolverem
01:15:53os seus problemas
01:15:53mais prementos
01:15:54nomeadamente
01:15:54a compra da habitação
01:15:55valorizámos
01:15:57as pensões
01:15:58os reformados
01:15:59com o aumento
01:16:00do complemento
01:16:01solidário para idosos
01:16:01com o aumento
01:16:02das pensões
01:16:03das pensões mais baixas
01:16:04em particular
01:16:05mas também
01:16:06transformámos
01:16:07os serviços públicos
01:16:08os serviços públicos
01:16:09estão em transformação
01:16:10na saúde
01:16:11na educação
01:16:11de que nós falamos
01:16:12e também
01:16:13noutras políticas públicas
01:16:14a imigração
01:16:15que aliás
01:16:16hoje o Partido Socialista
01:16:17concorda mais connosco
01:16:18do que concordava há um ano
01:16:19na segurança
01:16:20nós temos políticas
01:16:22proativas
01:16:22e na economia
01:16:23nós queremos acabar
01:16:25com a pobreza
01:16:25mas a pobreza
01:16:26só acabará
01:16:27se nós formos capazes
01:16:28de criar riqueza
01:16:28Pedro Nuno Santos
01:16:29é a sua a palavra final
01:16:30neste debate
01:16:31peço-lhe que se dirija
01:16:32aos portugueses
01:16:33neste minuto
01:16:33eu quero agradecer
01:16:35a quem nos acompanhou
01:16:36este debate
01:16:37o debate foi importante
01:16:39e esclarecedor
01:16:40quero ser muito claro
01:16:42dizer aos portugueses
01:16:44que por exemplo
01:16:44no que diz respeito
01:16:45às pensões
01:16:47nós vamos fazer
01:16:48uma defesa séria
01:16:49do sistema público
01:16:50de pensões
01:16:50e extinguirei
01:16:51o grupo de trabalho
01:16:52para a privatização
01:16:53da segurança social
01:16:54que o governo
01:16:55da AD nomeou
01:16:56nós faremos tudo
01:16:58para baixar
01:16:59o custo de vida
01:17:00que os portugueses
01:17:00enfrentam
01:17:01por isso vamos ter
01:17:02um IVA zero
01:17:03para o cabaz alimentar
01:17:04IVA 6%
01:17:05para todo o consumo energético
01:17:07vamos melhorar
01:17:09os rendimentos
01:17:10dos portugueses
01:17:11todos os homens
01:17:12e mulheres
01:17:13que trabalham
01:17:13todos os dias
01:17:14de sol a sol
01:17:15para sustentar
01:17:17as suas famílias
01:17:18sabem que podem contar
01:17:19com o Partido Socialista
01:17:20os homens
01:17:20e as mulheres
01:17:21os trabalhadores
01:17:22as nossas mulheres
01:17:23valorizar o seu papel
01:17:25na sociedade
01:17:26no trabalho
01:17:27o papel que têm
01:17:27junto das suas famílias
01:17:29cuidar
01:17:30das nossas mulheres
01:17:31cuidar
01:17:31dos nossos mais velhos
01:17:33respeitar
01:17:34quem trabalha
01:17:35especialmente
01:17:35mais jovens
01:17:36pode confiar
01:17:38pode confiar
01:17:39no Partido Socialista
01:17:40está concluído
01:17:41está concluído
01:17:43o debate
01:17:43entre os dois
01:17:44principais candidatos
01:17:45a Primeiro-Ministro
01:17:46depois do debate
01:17:47vem a campanha
01:17:48e a decisão
01:17:49dos eleitores
01:17:50e a escolha
01:17:51é dos portugueses
01:17:51no próximo dia
01:17:5218 de maio
01:17:54muito obrigada
01:17:54boa noite
01:17:56boa noite
01:17:56muito obrigado
01:17:56muito obrigado