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Transcrição
00:00E o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou interromper a relação comercial e impor sanções sobre todos os países que compram produtos petrolíferos do Irã.
00:10Acontece que o maior importador do petróleo iraniano é justamente a China.
00:16Com isso, Trump aumenta a pressão sobre dois adversários numa cartada só.
00:21O apresentador do Conexão, Marcelo Favalli, já está por aqui e, claro, vai explicar o que os embargos ao Irã significam.
00:27Então, nesse contexto, Favalli é de guerra tarifária entre as duas maiores potências econômicas.
00:33Boa noite para você.
00:35Mais um capítulo, Natália Ariede, dessa guerra tarifária.
00:39Só que, para começar a explicar, eu vou usar um jargão do nosso tempo.
00:43Expectativa e realidade.
00:46Boa noite para você.
00:47Boa noite para todo mundo que nos acompanha.
00:49Quando o Donald Trump fala que vai, então, aplicar sanções aos países que compram o petróleo do Irã,
00:56O Irã pertence ao PEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
01:01É um grande player para o abastecimento mundial, exportador da commodity.
01:07Então, o Donald Trump ameaçar sanções de quem compra, sejam pessoas físicas, jurídicas, países,
01:14pode parecer muita coisa.
01:17Mas, espera aí, vamos dividir o que é expectativa de realidade, o que é teoria de prática.
01:24Vamos olhar aqui quem são os países compradores de petróleo do Irã hoje.
01:31Por que hoje?
01:31Porque essa realidade mudou.
01:33Quem que nós temos?
01:35A esmagadora maioria, 91% do petróleo extraído, vai para um dos maiores consumidores de combustível do mundo.
01:45Este país que está em marcha de crescimento, a China, 91%.
01:50Uma pequena parcela para um aliado ali na região, a Síria, que passou por mais de uma década de guerra civil,
02:00ainda está num processo de reconstrução.
02:04Estou colocando isso para pontuar que nem é um parceiro tão importante assim.
02:09E, curiosamente, 2%, uma fração muito pequena, para a Venezuela.
02:13A Venezuela, ouvidos mais atentos, devem ter pensado,
02:16espera aí, a Venezuela, a maior reserva de petróleo do mundo,
02:21precisa comprar petróleo de outras pessoas, de outros países.
02:25E olha a distância da Venezuela para o Irã.
02:28Parte da explicação é uma aliança política,
02:32porque a Venezuela também passa por um processo de isolamento
02:36pelos seus vizinhos das Américas, principalmente dos Estados Unidos, da Europa.
02:42É uma espécie de uma aliança estratégica.
02:45E, durante os últimos 25 anos, em que a gente teve o chavismo na sua ascensão e queda,
02:52houve um problema de refino de combustível na Venezuela.
02:58A Venezuela consegue extrair, de fato, muito petróleo,
03:01muito mais do que consome.
03:03É uma grande exportadora de petróleo, mas, olhando para o mercado interno,
03:07não consegue mais refinar tanto,
03:10porque a PDVSA acabou sendo deteriorada por uma má administração.
03:15Então, essa exportação, ou exportação dos iranianos para os venezuelanos,
03:20a importação dos venezuelanos do petróleo iraniano,
03:24é já um combustível refinado.
03:27Mas o mais importante desse desenho aqui,
03:29é que dados, a última vez que eles foram atualizados, em 2023,
03:3391% do petróleo iraniano vai para a China.
03:37Aí, eu chego.
03:38Expectativa e realidade, teoria e prática.
03:41Então, Donald Trump, ameaçando impor sanções aos compradores do petróleo iraniano,
03:49a Síria, ainda vai passar por um processo de reconstrução,
03:53depois de uma guerra civil sangrenta, que devastou o país.
03:56A Venezuela já faz parte, há muito tempo, de um processo de isolamento dos próprios Estados Unidos.
04:04O Donald Trump vai colocar mais sanções ainda sobre a China?
04:08Eles estão ali, no pico de uma guerra tarifária, quase 300% de taxas e sobretaxações da China.
04:17Será que é factível esta ameaça do Donald Trump?
04:20Porque quando a gente vê isso no papel, funciona.
04:23Nossa, mão de ferro, que presidente é esse?
04:26É um discurso que funciona muito para a claque, para a torcida.
04:29Mas quando a gente olha em dados de realidade, não é tão grande assim.
04:34Diferente do que seria em 2017.
04:36Porque aí a gente tinha o seguinte,
04:39o petróleo iraniano exportado para a China, em muito menor escala,
04:43depois para a Índia, Coreia do Sul, União Europeia, Turquia, Japão,
04:48a própria Síria.
04:50Agora, para quem está se perguntando,
04:52por que houve essa mudança de realidade?
04:55Por que o Irã exporta muito menos?
04:57Porque neste meio do caminho,
05:00houve enormes sanções puxadas pelos Estados Unidos,
05:03pela União Europeia, pelo Japão,
05:05por conta de uma necessidade que o mundo,
05:09principalmente as potências ocidentais,
05:11impuseram ao Irã para verificar o programa nuclear.
05:16Como isso nunca avançou,
05:18até avançou no governo Obama,
05:20depois o Trump no primeiro mandato quebrou essa dinâmica,
05:25os países foram se desligando do Irã.
05:28Todo mundo entendeu aqui o processo de exportação do petróleo iraniano?
05:32Vamos para a próxima página,
05:34para a gente ver efeitos práticos de quando a gente fala de embargos.
05:39Então está aqui, olha.
05:40Deixaram de importar França, Espanha,
05:44Coreia do Sul, Turquia, Japão, Itália,
05:47e os atuais compradores,
05:50China em enorme escala,
05:51depois menor a Síria e a Venezuela.
05:54A próxima arte aqui,
05:56coloca então, em ponto de comparação,
06:00um parênteses que eu coloquei.
06:02Olha o seguinte,
06:03quando o mundo impõe sanções,
06:06a gente tem que ver o todo.
06:08Quando os Estados Unidos impuseram sanções,
06:10a Rússia, por causa da invasão à Ucrânia,
06:13e ao Irã,
06:14que já é uma situação muito mais antiga,
06:17a China sempre se tornou,
06:20ou nos últimos anos,
06:21a China é a boia de salvação
06:24de quem tem a porta fechada pelos Estados Unidos.
06:27Porque tem aqui, olha,
06:28os Estados Unidos saem do acordo nuclear com o Irã.
06:32Em verde nós temos o Irã.
06:33Houve um crescimento de exportações para a China.
06:38E a mesma coisa quando o Ocidente
06:40para de comprar petróleo e gás da Rússia.
06:44A China aumenta,
06:45e essas sanções então das potências ocidentais
06:48não tem tanto efeito assim,
06:50tem um efeito muito mais no discurso do que na prática,
06:53porque a China acabou abraçando isso.
06:56No caso da Rússia,
06:57ainda tem um outro componente chamado Índia.
06:59Agora, se a gente,
07:00vamos ver a próxima arte,
07:01para a gente entender os embargos ao longo da história.
07:04Esse discurso é poderoso hoje
07:06porque ele já funcionou no passado.
07:08Cuba, por exemplo,
07:10que foi embargada três vezes pelos Estados Unidos
07:13em três séries,
07:15a última no começo da década de 60,
07:18mas Cuba teve outros polos de importação.
07:22depois os produtos cubanos foram para a União Soviética,
07:27aí acaba a União Soviética.
07:29As exportações cubanas caem vertiginosamente.
07:34O Obama faz uma flexibilização,
07:37volta a cair,
07:39mas deram certos embargos.
07:41Olha o que é exportação de Cuba no começo da década.
07:44Menos de 9 bilhões de dólares.
07:46Há títulos de comparação,
07:48vamos olhar para o Caribe,
07:49outro país muito menor do que Cuba,
07:52com muito menos potencial de exportar commodities,
07:55a exemplo de açúcar.
07:57Eu vou pedir a última arte para a gente ver.
08:00Aqui nós temos a República Dominicana.
08:03Está ali pertinho,
08:04tem uma potencialidade de produção e exportação
08:08muito menor do que Cuba,
08:10mas em 2020,
08:11e a República Dominicana nunca sofreu o embargo de ninguém,
08:15exportou mais de 14 bilhões de dólares.
08:18A gente viu Cuba que não chega a exportar 9.
08:22Então a gente entende que os embargos,
08:24sim, eles já tiveram a sua função de pressão política
08:27ao longo da história em momentos diferentes.
08:31Mas agora, contra o Irã,
08:33e tendo a boia de salvação à China,
08:36não vai dar certo não,
08:37senhor Donald Trump.
08:38Lamento avisá-lo.
08:40Bom, para a gente entender o mundo que a gente vive,
08:43Natália, não dá para usar,
08:44não dá para olhar para um pedaço só.
08:46A gente tem que olhar para o todo.
08:48E, de novo, desculpa ser repetitivo,
08:50estamos vivendo aí um choque de gigantes.
08:53Estados Unidos e China,
08:55de fato, vão pautar o século XXI.
08:57É, e o Marcelo Favalli pegando, então,
08:59essa ameaça de Donald Trump,
09:01não só não deixou passar despercebido
09:03nessa avalanche de informação
09:04que a gente recebe o tempo todo,
09:06mas como botou essa lente de aumento,
09:08trouxe todo o contexto.
09:09Muito obrigada por isso, Favalli.
09:10Até já.
09:11Até.
09:11Tchau.
09:12Tchau.
09:13Tchau.

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