O especialista em relações internacionais e professor do Ibmec-RJ, José Niemeyer, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan. Ele analisou a iniciativa da China em isentar cerca de um quarto das importações provenientes dos Estados Unidos. Os itens isentos de tarifas valem cerca de US$ 40 bilhões em importações. Cristiano Vilela participa.
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NotíciasTranscrição
00:00Em meio à guerra tarifária, a China decidiu isentar mais de 100 produtos dos Estados Unidos.
00:07O nosso entrevistado agora é o especialista em relações internacionais,
00:10professor do IBMEC do Rio de Janeiro, José Niemeyer.
00:13Como sempre, professor, muito bom receber o senhor aqui. Bem-vindo, boa noite.
00:17Ô, Tiago, como vai você? Obrigado pelo convite.
00:20Um abraço a você e o assinante da Jovem Pan.
00:23Muito obrigado.
00:24Bom, professor, a gente vem acompanhando nessa semana algumas informações.
00:27A própria mídia estatal da China chegou a dizer que a Casa Branca procurou o país asiático para discutir as tarifas.
00:37O governo americano não comenta ou não confirma essa informação de forma tão enfática.
00:42E agora vem essa decisão do governo da China de isentar produtos americanos.
00:47Eles estão querendo se aproximar, professor?
00:50Olha, eu acho que sim.
00:52A China exporta para os Estados Unidos muito mais do que os Estados Unidos exportam para a China.
00:57Então, o mercado norte-americano é muito importante para a China.
01:01São duas grandes economias, muito fortes, as principais economias do mundo.
01:06Mas a balança comercial entre China e Estados Unidos,
01:10como eu disse, a China exporta mais para os Estados Unidos do que os Estados Unidos para a China.
01:16Então, a China está fazendo esse movimento para continuar a ter o seu espaço de exportação para os Estados Unidos da América,
01:23que é muito importante para a China.
01:24Depois de semanas de muita turbulência, Thiago, eu tenho a impressão que os Estados Unidos da América, a China e os outros países
01:33conversaram do ponto de vista diplomático, nos bastidores.
01:38As chancelarias desse país conversaram entre elas e foram ajustando as possibilidades de tarifas mais amenas e não tão radicais
01:46como o governo Trump estava implementando.
01:50Eu tenho a impressão que já essa semana nós vamos ter uma noção mais clara.
01:54Nós precisaríamos entender melhor, Thiago, que produtos são esses que a China liberou a importação,
02:00que produtos norte-americanos são esses.
02:02Porque isso é muito importante.
02:03Às vezes são produtos já acabados,
02:06ou se são produtos que vão fazer parte de um processo produtivo na China ou nos Estados Unidos.
02:11Mas é muito interessante para o assinante da Jovem Pan entender que quando se exporta um automóvel,
02:17você tem um impacto.
02:18Quando você exporta minério de ferro ou aço,
02:21você tem um outro impacto na economia que está comprando esses produtos ou serviços.
02:26Isso é importante a gente entender.
02:28Qual é o perfil desses produtos que a China liberou as tarifas?
02:32Professor, vou chamar o Cristiano Vilela, nosso comentarista, para participar desta nossa conversa.
02:36Vilela.
02:38Professor, boa noite.
02:39Sempre bom revê-lo aqui na Jovem Pan.
02:40Professor, tivemos nos últimos dias os 100 dias de governo Trump nos Estados Unidos.
02:47Qual é o balanço que o senhor faz sobre o olhar da popularidade do presidente americano nos Estados Unidos
02:54e sobre o olhar também da capacidade da oposição em eventualmente se articular,
03:01em eventualmente ganhar força diante de um cenário talvez um pouco conturbado em relação ao presidente americano?
03:08Olha, excelente pergunta, Cristiano. Obrigado pela pergunta.
03:12Como sempre, o prazer está com você aqui na Jovem Pan.
03:15Eu tenho a impressão que a oposição está crescendo nos Estados Unidos,
03:19mas o presidente Trump conseguiu, a partir da última eleição,
03:22criar um eleitorado muito próximo a ele, no que diz respeito aos Estados Unidos,
03:27que tomarem uma posição econômica mais forte no sistema internacional.
03:31Eu acho que isso pega bem junto ao eleitorado de Donald Trump, pega muito bem,
03:36porque os Estados Unidos sempre foram e continuam sendo a principal máquina econômica do mundo.
03:40Mas nós estamos percebendo que a China vem em uma competição muito forte com os Estados Unidos.
03:46E disso o povo norte-americano percebe.
03:49Então, essa pauta de fazer com que os Estados Unidos recuperem a sua capacidade econômica
03:54e a sua influência econômica, seja na exportação de bens e serviços,
03:58seja com as suas multinacionais, seja com seus investimentos diretos em outros países,
04:03ou recebendo investimento direto de outros países,
04:07continuando seu centro econômico e financeiro do mundo,
04:11isso me parece um mote de campanha muito forte para Donald Trump.
04:15Ele vai continuar insistindo nisso, mas como eu falei com o Tiago,
04:19talvez tirando um pouco o pé do acelerador,
04:22não sendo tão imprevisível nas medidas que ele vinha implementando.
04:26Vai haver uma renovação do Congresso norte-americano daqui a dois anos.
04:30E aí nós vamos ter que analisar se do ponto de vista político, dentro do Congresso, ele vai...
04:35Professor José Neymar, que a gente está falando sobre os 100 dias agora do presidente Donald Trump.
04:42Agora sim, professor, retomando o seu contato, pode continuar, por favor.
04:46Desculpe, eu acho que teve um problema com sinal.
04:47Vamos ter que aguardar, Cristiano, a próxima eleição, a renovação do Congresso norte-americano,
04:53para percebermos se ele continua mantendo uma certa rédea do processo político.
04:59Eu tenho a impressão que o presidente Trump exagerou muito no início.
05:02E agora, até porque foi aconselhado dentro do governo para mudar,
05:07eu tenho a impressão que ele vai tirar um pouco, como eu disse, o pé do acelerador
05:10com relação às mudanças que vinha implementando.
05:13Professor, e dentro disso que o Villela perguntou para o senhor,
05:16eu queria fazer a seguinte questão.
05:18Antes dele tomar posse, existia muita expectativa de que o governo americano
05:23poderia contribuir para o fim das guerras que nós estamos vivendo,
05:28a guerra no leste europeu e a guerra no Oriente Médio.
05:30Mas, por enquanto, não se viu pouco, só foram vistos poucos avanços,
05:35como inclusive nessa semana, nesse acordo entre a Ucrânia e os Estados Unidos,
05:39sobre os minerais raros do país.
05:41Eu pergunto para o senhor o seguinte, é possível taxar de fracasso americano
05:45nesses primeiros 100 dias ou existe, sim, uma expectativa positiva
05:50para que o governo americano ajude a interferir e tente solucionar essa crise dos dois lados?
05:56Tiago, essa pergunta envolve um assunto mais complexo do que a economia e o comércio,
06:02que é a segurança internacional.
06:04Eu tenho a impressão que os Estados Unidos perderam a capacidade de decidir
06:09todos os assuntos com relação à segurança internacional.
06:12Isso está muito claro, inclusive para o presidente Trump.
06:15Ele meio que delegou poder a dois outros agentes.
06:18A Rússia, na Europa.
06:20E isso, inclusive, para ele é estratégico, porque ele acha que isso vai embarealhar,
06:26vai fazer com que a Europa não fique se sentindo tão autônoma.
06:31Então, ele meio que passa a bola para a Europa, para expor a Europa,
06:35que é algo muito grave, mas ele fez esse jogo, ele fez esse movimento.
06:41E o outro ator que ele passou o poder foi para a China.
06:44Tem a impressão, Tiago e Cristiano, que os Estados Unidos da América
06:48estão jogando com o cenário de uma formação internacional com três centros de poder.
06:55Estados Unidos, China e Rússia.
06:57E isso é meio que deixar claro para a sociedade internacional e para a comunidade das nações
07:05que os Estados Unidos perderam a sua tendência hegemônica.
07:09Eles diminuíram a sua influência no sistema internacional.
07:13Vamos continuar influentes, mas mais ligados ao espaço vital norte-americano.
07:17A parte do Atlântico, a parte do Pacífico, que interessa muito aos Estados Unidos,
07:23as Américas.
07:24E vão deixar, por exemplo, a questão do leste europeu,
07:28as decisões de segurança no leste europeu e também com relação ao mar do sul da China
07:33e parte dos aliados chineses no sudeste asiático.
07:37Eles vão meio que deixar esses países determinarem, por enquanto, a agenda.
07:42Eu tenho a impressão, Tiago, que o presidente Trump está fazendo uma aposta.
07:48Ele vai tentar passar parte da responsabilidade da segurança internacional para a China e Rússia
07:55para ver no que vai dar.
07:57Talvez expondo esses países, isso até é um movimento com nível de...
08:04É meio alternativo demais, mas eu imagino que ele esteja fazendo isso.
08:08Ele vai ceder um pouco de responsabilidade à China e Rússia, principalmente à China,
08:13para ver como o sistema internacional se comporta
08:16e para o próprio sistema internacional perceber a necessidade de ação norte-americana
08:22em cenários específicos.
08:24É algo muito arriscado para a segurança internacional,
08:27mas é o que parece que a Casa Branca está planejando,
08:30pelo menos para o curto e médio prazo.
08:33Vilela?
08:34Na linha do que o senhor colocou, professor, nesse ponto colocado,
08:39pode-se dizer, pode-se fazer uma avaliação de que em determinadas situações,
08:45como por exemplo nos conflitos no Oriente Médio,
08:48essa mudança de chave dos Estados Unidos,
08:51ela pode acabar tendo realmente consequências muito graves, inclusive,
08:55haja vista que talvez a não participação, a não figura dos Estados Unidos,
09:00com o seu potencial intimidatório, inclusive, pode acabar, de alguma forma,
09:04deixando um espaço vazio para que outros grupos menos organizados e menos estruturados
09:10acabem, de alguma forma, se motivando para a ocupação de espaços de poder?
09:15Pode sim, e já aconteceu.
09:18Semana passada, ou há dez dias atrás, se não estou enganado,
09:21o líder Netanyahu deixou claro que não estava contando com os Estados Unidos,
09:27de maneira 100%, para uma ação contra o Irã, se o Irã ameaçasse o Israel.
09:31Isso já foi dito por Netanyahu nos últimos dias,
09:34eu não me recordo exatamente a data.
09:36É claro que os Estados Unidos são aliados de Israel,
09:39e vão atuar se, por exemplo, Israel entrar em um conflito bélico com o Irã.
09:43Mas precisamos analisar qual vai ser o nível de ação norte-americana
09:48numa guerra no Oriente Médio.
09:51Eu tenho a impressão, Cristiano,
09:53que o presidente Trump e os seus estrategistas na área de segurança nacional
09:57vão fazer aquilo que eu estou aqui imaginando.
10:00Eles vão passar responsabilidade para algumas lideranças,
10:03países importantes, que a gente chama de países pivô,
10:07na esfera internacional, no sistema internacional,
10:10contando que esses países têm um nível de aliança com os Estados Unidos.
10:15O problema é que nem todos esses países
10:17têm uma relação de aliança militar com os Estados Unidos.
10:20Por isso que é muito arriscado.
10:22Mas eu tenho também a impressão que os outros países,
10:25principalmente a União Europeia, a Rússia e a China,
10:28estão comprando esta ideia de um sistema internacional,
10:33de uma agenda de segurança internacional,
10:35mais dividida nas suas responsabilidades.
10:38Isso, para o assinante da Jovem Pan,
10:40pode até ser um ponto interessante.
10:42Ah, com mais participantes na seara da segurança internacional,
10:46teremos mais equilíbrio entre os atores envolvidos.
10:50Pode ser.
10:51O problema é que um destes atores
10:53pode acabar tendo uma ação de maior autonomia
10:57a partir dessa divisão de responsabilidades
11:00com relação à segurança internacional.
11:02E isso nos leva a uma situação cada vez mais de conflito
11:06e não de cooperação.
11:07Por isso que nós precisamos aguardar.
11:09Ou pode apenas ser um blefe da Casa Branca.
11:12Pode ser, Cristiano.
11:13Pode ser que daqui a seis meses
11:14os Estados Unidos organizem uma ação muito dura contra o Irã,
11:19mesmo sem o apoio de Israel.
11:21Pode ser que daqui a um ano,
11:22os Estados Unidos, se a guerra da Ucrânia não tiver terminado,
11:25que eu acho difícil ela terminar nos próximos meses,
11:28se ela não tiver terminada,
11:28pode ser que os Estados Unidos mudem
11:30e comece a ter uma postura novamente
11:33de muita aliança com a Ucrânia
11:36e com relação à guerra na Ucrânia.
11:38Mas, no momento, me passa esse cenário
11:41de uma divisão de responsabilidades
11:43na arena da segurança internacional.
11:46Professor Neymar, eu queria fazer a seguinte pergunta.
11:48Sobre o contexto geopolítico internacional,
11:51muito se fala que o mundo mudou,
11:53hoje a China tem uma preponderância muito grande,
11:56ao contrário de outros tempos.
11:59Mas eu pergunto para o senhor o seguinte,
12:01nesse momento, nesse cenário que a gente vive,
12:04quais são os fatores que fazem com que blocos,
12:08como o próprio Mercosul,
12:11o próprio grupo dos BRICS,
12:13a própria União Europeia como bloco,
12:15se fala muito na união do Mercosul com a União Europeia,
12:18esses blocos ainda são relevantes,
12:21ajudam em quê?
12:22Na negociação internacional,
12:24nas questões econômicas também,
12:26porque tudo fica muito para os polos.
12:28Estados Unidos e China,
12:29e esses blocos ficam um pouco perdidos, professor?
12:32Que análise política e também,
12:34do ponto de vista geopolítico,
12:36é possível fazer em relação a isso?
12:38Olha, Tiago, o século XXI,
12:40nós achávamos que não seria um século da geografia.
12:44O controle do espaço,
12:46a logística atuando naquele espaço,
12:48e os recursos que se retiraria
12:50a partir da logística e do controle do espaço,
12:53que isso não seria relevante, né, Cristiano?
12:55Tudo seria feito em laboratório, né?
12:57Mas não é verdade, né?
12:59Nós precisamos de energia,
13:01precisamos de comida,
13:02precisamos de água,
13:03precisamos de recursos bioenergéticos,
13:06precisamos de meio ambiente conservado.
13:09Os países que têm mais acesso a esses espaços,
13:12onde existem esses recursos,
13:15e que têm a logística para explorar esses espaços,
13:18esses países estarão na frente
13:20no sistema internacional como lideranças.
13:23O Brasil tem um papel muito importante nesse caso.
13:26Primeiro porque o Brasil está longe do centro de ruptura,
13:29muito longe.
13:30Está longe da Europa Central,
13:31está longe do Sudeste Asiático,
13:33estamos longe até do Pacífico,
13:35não conseguimos sair ainda pelo Pacífico.
13:37Um dia vamos sair,
13:38e aí vamos mostrar nossa força agrícola.
13:41Mas isso fica para uma outra entrevista.
13:43Mas o Brasil, então,
13:44precisa cuidar do seu espaço,
13:46precisa ter uma postura soberanista com o seu espaço.
13:49Por isso que é muito importante a política de defesa nacional do Brasil.
13:53As Forças Armadas Brasileiras precisam,
13:56cada vez mais,
13:56ter recursos à disposição e treinamento,
14:00e continuar com a sua ação,
14:02sua agenda de segurança do Estado brasileiro.
14:05Porque outros países estão tendo essa noção de espaço.
14:08Os Estados Unidos, pensando a Groenlândia,
14:10pensando o Canal do Panamá,
14:11pensando mesmo o Canadá,
14:14nessa brincadeira do presidente Trump de dominar o Canadá,
14:18é uma preocupação com o espaço.
14:20Estão preocupados com o espaço onde tem o recurso.
14:22A Rússia está preocupada com o espaço
14:24quando ela invadiu a Ucrânia.
14:26E se ela invadir a Geórgia,
14:27ou se ela continuar agindo com relação à Moldávia,
14:30vai estar preocupada com o espaço.
14:32A manutenção da Crimea,
14:33como a área anexada à Rússia,
14:35é espaço.
14:36A China está preocupada com o espaço.
14:39O conflito entre China e Japão
14:41é um conflito, ainda potencial,
14:43mas é um conflito sobre espaço.
14:46O assunto é espaço.
14:48Nós precisamos de espaço,
14:49porque onde tem espaço tem recurso.
14:51E se você tiver uma boa logística,
14:53você explora o recurso e ganha muito em poder.
14:56Então, os blocos, me parece que são importantes,
14:59porque os blocos já formados
15:00ajudam a controlar os espaços.
15:02A União Europeia controla o espaço europeu
15:05numa maior eficiência econômica e comercial.
15:08O Brasil, no Mercosul, como liderança do Mercosul,
15:11pode se utilizar do Mercosul
15:12para controlar melhor o espaço sul-americano.
15:15Tem que conversar um pouco com o Milley,
15:17porque o Milley tem uma posição hoje
15:19de oposição ao presidente Lula,
15:21mas é uma questão muito ad hoc,
15:23muito conjuntural de governo.
15:25Os Estados Unidos continuam preocupados
15:27com seus parceiros no NAFTA,
15:29México, Estados Unidos e Canadá.
15:31Estão preocupados cada vez mais
15:32com as terras do Norte,
15:34porque tem questões graves lá
15:35de recursos a serem explorados,
15:37e de logística.
15:38E a Rússia cada vez se aprimorando mais nisso.
15:40A China também, como eu disse,
15:42muito preocupada com suas alianças
15:44no Sistema de Asiado.
15:46Então, eu tenho a impressão
15:47que os blocos de integração regional,
15:49quais são eles?
15:50Mercosul, União Europeia,
15:51NAFTA, ASEAN e os BRICS,
15:54como você colocou,
15:55os BRICS têm uma diferença.
15:56Eles não têm um link geográfico,
15:58porque o Brasil está muito longe
16:00dos outros membros dos BRICS.
16:02Mas ele é importante como um bloco político
16:05de tratativas estratégicas.
16:07Então, me parece que os blocos
16:09ainda têm importância.
16:11Agora, além, acima dos blocos,
16:13hoje, estão os interesses
16:15de Estados Unidos da América,
16:17de China e de Rússia.
16:19Esses formam, vamos dizer,
16:20três centros de poder fundamentais
16:22para se compreender
16:23as relações internacionais contemporâneas.
16:26Professor José Niemeyer,
16:28do IBMEC do Rio de Janeiro,
16:29de Relações Internacionais,
16:30como sempre, muito obrigado
16:31pela gentileza por nos atender.
16:33Um excelente fim de semana.
16:34Voltaremos a nos falar sempre.
16:36Um abraço, professor.
16:36Valeu.
16:38Um abraço, Tiago.
16:39Um abraço, Cristiano.
16:40Eu que agradeço.
16:40As perguntas são sempre muito boas.
16:42Fica muito fácil conversar com vocês.
16:44Um abraço ao assinante da Jovem Pan também.
16:46Muito obrigado.