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Josias Bento, sócio da GT Capital, analisou a abertura mista das bolsas europeias em meio a tensões comerciais e decisões de juros nos EUA e Brasil. Ele destacou os impactos do câmbio, inflação e estímulos na Europa sobre os mercados globais.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00E a gente não teve movimentações das principais bolsas asiáticas por ser feriado no Japão, na China e também em Hong Kong.
00:07Na Europa, a abertura dos negócios demonstra estabilidade.
00:11A gente vai analisar agora essas perspectivas para o mercado financeiro nesta semana com o Josias Bento, ele que é sócio da AGT Capital.
00:20Josias, primeiramente, bom dia. Mais uma vez, obrigada por participar ao vivo com a gente aqui no Agora.
00:26Bom, Josias, na sexta-feira a gente viu que as bolsas asiáticas fecharam em alta.
00:31Hoje elas não estão funcionando por conta desse feriado.
00:35Qual que deve ser a expectativa para a semana?
00:37Você acha que deve seguir nessa mesma toada de uma possível expectativa de negociação entre China e Estados Unidos?
00:44Bom dia mais uma vez.
00:46Bom dia, bom dia meninas.
00:48Foi sim, que teve uma semana que passou relativamente boa para as bolsas asiáticas.
00:54Fecharam praticamente todas no campo positivo, principalmente a de Japão e China também fecharam em campos positivos.
01:03Então, empresas dessas duas corporações foram muito boas.
01:08Para essa semana, a gente pode ser que tenha algum recuo ali com uma realização de lucro nesses primeiros dias dessa semana.
01:17Mas acredito que a gente vai ter uma semana super boa para as bolsas asiáticas.
01:22Também no campo europeu, as bolsas também tendem a ficar no campo positivo.
01:26Essa semana a gente tem a decisão do Federal Reserve em relação à taxa de juros, que é uma variável que acaba mexendo nos mercados globais.
01:35E, curiosamente, a taxa de juros americana está agora num stick e puxa, digamos assim, do debate,
01:42que de um lado Donald Trump pressiona para ela ser reduzida,
01:45de outro, a inflação americana tem uma instabilidade que poderia até ser ampliada a taxa de juros.
01:49Qual que é a tendência? Como você vê as análises de mercado e o clima a partir dessa briga,
01:55que é meio econômica, meio política, em torno da decisão do Federal Reserve?
02:00Sim. Eu vejo que essa briga ainda vai levar um certo tempo, mas para essa reunião em específico,
02:07eu acredito que o Fed vai manter os juros.
02:09Ele não vai nem subir e muito menos baixar os juros agora,
02:13porque ele está ainda esperando os movimentos da política tarifária de Donald Trump.
02:20O reflexo dessa política tarifária, para entender para onde realmente vai ir essa inflação.
02:26A gente já viu que os dados de emprego dos Estados Unidos também já estão ficando um pouco mais estáveis,
02:31então algumas coisas já estão se ajeitando,
02:34mas a política tarifária pode ainda mexer em relação à parte inflacionária,
02:39e aí o Jeremy Powell vai segurar ainda os juros nos patamares que estão para a próxima reunião,
02:45bem provável, ele tomar alguma decisão que possivelmente será de corte.
02:50E você estava falando de uma certa estabilidade nesse momento.
02:56A Europa se aproveitou da instabilidade para criar uma certa unidade, digamos assim, entre os países
03:02e começar a promover, inclusive, alguns pacotes de ampliação de gastos.
03:06Então teve aí um realinhamento do ponto de vista, talvez, de visão sobre o equilíbrio fiscal ali,
03:12que ainda está se consolidando, mas tem uma possibilidade de maiores gastos em defesa, infraestrutura.
03:17Você acha que isso pode mexer, continuar mexendo nos mercados europeus
03:21e dando um certo alívio para quem opera nas bolsas de lá?
03:24Com certeza, a gente já viu esse sintoma acontecendo na Europa há alguns anos atrás,
03:32e esse movimento de ter as bolsas subindo principalmente pelos estímulos de gastos
03:38pode acontecer novamente.
03:40A gente viu ações principalmente das empresas alemãs subindo bastante,
03:45a gente viu o CAC na sexta-feira da França também tendo uma boa alta.
03:49Então são mercados que são um pouco mais conservadores e defendem muito desses estímulos de gastos
03:55para que eles tenham um certo avanço.
03:58Desde a pandemia, vamos dizer assim, o mercado vinha um pouco de lado.
04:03A gente não via um certo aumento em relação às bolsas europeias,
04:08porque a gente teve a pandemia, teve uma inflação muito alta
04:11e demorou muito tempo para controlar isso tudo.
04:13Agora que as coisas estavam voltando ao normal,
04:16veio as tarifas de Trump e deu uma certa bagunçada novamente.
04:20Então esses estímulos econômicos com uma taxa de juros um pouco mais baixa
04:24e com uma inflação controlada também,
04:27com certeza a gente vai ver as bolsas europeias avançando.
04:32Bom, Josias, agora trazendo um pouquinho essa discussão para o Brasil,
04:36o Banco Central se reúne nessa semana e prevê a taxa de juros a 14,75% ao ano, a Selic.
04:43Como que você avalia, então, quais devem ser as expectativas dos mercados
04:48diante dessa previsão que já era o que os analistas e economistas
04:53estavam já confirmando aí, né?
04:56Sim, sim.
04:57O Brasil está muito parecido com os Estados Unidos
04:59em relação ao presidente nosso executivo,
05:02com o presidente do Banco Central,
05:04querendo baixar os juros a qualquer custo,
05:07mas eu acredito que não vai ser dessa forma também aqui no Brasil.
05:10A gente pode ter esse aumento de mais 0,50 pontos meses
05:15em relação à nossa taxa de juros,
05:17vai ficar ali nos 14,75%.
05:20E esse final de ciclo, talvez ele esteja na próxima reunião,
05:24em torno de 15%.
05:25Então, para essa reunião, pode ser esses 0,50 pontos,
05:29a gente fecha em 14,75%,
05:32por dois motivos, principalmente.
05:34A gente teve a inflação ali, o IPCA 15 do mês de abril,
05:39com a inflação convergindo mais para o centro da meta.
05:43A gente já viu esse arrefecimento da inflação em abril.
05:49A gente também vê alguns gastos do governo,
05:52a política fiscal do nosso governo.
05:54Já faz um pouco mais de um mês e meio que não se ouve falar disso.
05:58Parece que as contas já estão todas certas, mas não estão.
06:00A gente só está falando de outra coisa e não falando de política fiscal.
06:05Isso também anima os mercados e deixa o Banco Central
06:08um pouco mais tranquilo para tomar as suas decisões.
06:12Então, para essa reunião, com certeza,
06:15ali vai ser esses 0,50 pontos,
06:18para a gente conseguir manter essa inflação
06:21um pouco mais controlada nesses primeiros seis meses do ano.
06:26Ainda pegando os fatores que podem afetar
06:29a defesa do Banco Central no Brasil,
06:30tem um fator que foi um dos propulsores
06:34desse início de crescimento da taxa de juros interna,
06:37que foi a variação do câmbio.
06:38No final do ano passado, a gente teve um pico cambial
06:42relacionado com a política fiscal, como você estava dizendo,
06:45mas esse pico vem diminuindo e o câmbio tem ficado mais estável,
06:49inclusive com os processos de valorização aqui do real.
06:52Como você vê esse movimento?
06:54Qual é a sua visão em termos de tendência
06:56e como isso também deveria afetar o olhar do Banco Central
06:59na tomada de decisão da política monetária?
07:03Esse movimento do câmbio ali abaixo dos 5,70,
07:06como a gente vem navegando nesses últimos dias,
07:09é super positivo, Mari,
07:10mas é um fator em relação a Brasil.
07:14A gente não fez quase nada para esse câmbio chegar nos 5,70.
07:17Esse é um fator muito mais internacional.
07:21A gente vê a guerra da rifária mexer com os mercados
07:27e aí o investidor global busca um pouco mais de segurança
07:31em relação aos seus recursos.
07:33Saiu um pouco de dólar dos Estados Unidos
07:36e veio para os emergentes.
07:38O Brasil foi um dos beneficiados.
07:40A Índia também foi um dos países beneficiados em relação a isso.
07:43A gente viu a Bolsa da Índia subindo nas últimas semanas
07:46e vê a Bolsa do Brasil também chegando quase nos 134 mil pontos.
07:50Então, tudo isso é um fator que é muito mais externo do que interno
07:55e o que acarreta o Banco Central brasileiro com o câmbio mais baixo?
08:00É ter uma inflação também um pouco mais baixa.
08:02Então, quando o câmbio tem esse arrefecimento real,
08:05ele se valoriza, tem um fôlego em relação à inflação
08:09e as decisões do Banco Central podem ser tomadas
08:12com um pouco mais dovish, vamos dizer assim,
08:15um pouco mais tranquilas em relação ao mercado
08:18sem precisar ser tão duro na decisão de poder subir os juros agora em 0,75.
08:24Vai ser 0,50 por esse contexto macroeconômico
08:27que fez com que o câmbio tivesse essa reduzida.
08:31E agora, queria também fazer um pouco de comparação,
08:34porque o câmbio, você falou, o câmbio é positivo,
08:36não é tanto o nosso, mas ele é positivo para um grupo.
08:38Todo fator econômico tem um lado bom e um lado ruim.
08:41Do ponto de vista das exportações, o quanto mais valorizado o real, mais difícil.
08:46Você vê um horizonte complexo, ou que pode se complexificar,
08:50na relação com a China em termos de competitividade?
08:53Mesmo em relação ao câmbio, quer dizer, a China agora está com essa dúvida
08:56de como vai ser feito, o que ela vai fazer com essa produção
08:59que não está indo para os Estados Unidos nesse momento?
09:02Ela tem dito que vai virar mais para o mercado interno?
09:04Todo mundo vê o risco de, eventualmente, aumentar a competitividade.
09:08Você acha que a exportação brasileira, e aí em relação ao câmbio também,
09:13com esse câmbio um pouco mais valorizado,
09:15já tem algum sinal de preocupação?
09:18Ou existe uma robustez nesse posicionamento que dá tranquilidade
09:21para esse lado da economia brasileira?
09:25Tem, sim.
09:25Tem uma certa preocupação, porque a China é uma grande potência,
09:29e ela, com essa demanda um pouco mais reprimida,
09:33e ela vai ter que jogar esses produtos em algum lugar,
09:37pode nos afetar, e a gente não tem muita margem de manobra.
09:41Então, quando qualquer movimento que não esteja no nosso contexto,
09:44não esteja programado em relação ao Brasil,
09:47que sai um pouco da linha,
09:50a gente sente aqui, a gente sente isso muito forte,
09:53e com certeza esse movimento da China,
09:55ele pode nos prejudicar,
09:57porque ela vai ter muita produção,
10:00ela vai ter que colocar isso em algum lugar,
10:01e aí, essa competitividade entre Brasil e China,
10:05infelizmente, nós não temos como bater de frente ali
10:09para conseguir, até mesmo em relação a preço,
10:12o custo que eles produzem é muito mais barato,
10:14a demanda que eles também têm é muito maior do que a nossa,
10:18e a gente pode sofrer, sim, em relação a isso.
10:21Josias Bento, sócio da GT Capital,
10:25sempre muito bom te ouvir aqui,
10:26obrigada mais uma vez por participar ao vivo com a gente,
10:29nessa manhã de segunda-feira aqui do Agora, viu?
10:31Um ótimo dia para você, boa semana.
10:34Ótimo dia, boa semana para vocês.

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