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Os diretores do Banco Central voltam a se reunir nesta semana para decidir o patamar da taxa básica de juros da economia brasileira. As expectativas do mercado financeiro apontam para a sexta alta consecutiva, desta vez de 0,5 ponto percentual, passando para 14,75% ao ano. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Felipe Salles, economista-chefe do banco C6.

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Transcrição
00:00Falamos de economia agora, isso porque a taxa básica de juros da economia brasileira deve ter mais uma alta.
00:06A expectativa do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o COPOM,
00:11que se reúne hoje e amanhã, suba a taxa Selic por decisão unânime para 14,75% ao ano.
00:19Nós conversamos agora com o economista-chefe do Banco C6, o Felipe Salles, que gentilmente atende aqui o Jornal da Manhã.
00:26Felipe, é essa a tua expectativa também, ou você trabalha aí com outros números para essa reunião do COPOM?
00:34Bom dia e bem-vindo.
00:36Bom dia, Nonato, bom dia a todos.
00:39Sim, essa também é a nossa expectativa.
00:42A gente espera que o COPOM aumente a taxa de juros em 50 pontos base para 14,75% na próxima reunião.
00:49E isso foi muito bem comunicado pela própria autoridade monetária.
00:53Eles já indicaram na última reunião, via documentos, na ata, no comunicado,
01:02que eles iam reduzir o passo de aumento de juros.
01:07Eles estavam vindo no ritmo de 100.
01:09Eles sinalizaram muito claramente que vão reduzir esse passo.
01:12Então, por isso, a gente acha também, da mesma forma que o mercado,
01:16que eles vão optar por 50 pontos base na próxima reunião.
01:18Agora, Felipe, muito bom dia para você também.
01:22Há sinais de que esse ciclo de alta pare por aqui,
01:28ou a gente ainda vai ver novas altas, pelo menos até o final do ano?
01:34O cenário está muito incerto.
01:36Então, quando o cenário está difícil de enxergar,
01:43quando está com muita certeza para frente, é normal o Banco Central optar por ser um pouco mais conservador,
01:48um pouco mais cauteloso.
01:50Então, o que provavelmente vai acontecer?
01:52Provavelmente eles vão entregar esse aumento de 50 pontos base
01:55e vão deixar as próximas reuniões em aberto.
01:59Eles não devem sinalizar os próximos passos.
02:01Por quê?
02:02Porque eles vão querer ver como se desenvolve o cenário,
02:05vão querer ver os dados,
02:08vão querer ver como a economia evolui,
02:10para só depois decidir qual medida tomar.
02:17Mas, de qualquer forma, eu acho que é justo dizer
02:20que a gente já está muito perto do fim do ciclo.
02:23Quer dizer, talvez eles deem mais uma de 25,
02:27talvez eles optem por parar.
02:29Quer dizer, é difícil de dizer hoje,
02:33por conta da certeza do cenário,
02:34onde exatamente vai parar a taxa de juros,
02:36mas eu acredito que o que dê vai terminar em torno desse 15%.
02:40Não deve ter muitos aumentos de juros,
02:43salvo alguma mudança no cenário.
02:45Agora, Felipe, a gente tem,
02:47entre aspas, uma espécie de encruzilhada aí,
02:49porque o Banco Central aumenta juros
02:52para tentar controlar a inflação
02:55que está ainda, na perspectiva de boa parte das instituições,
02:58bem acima do teto.
03:00E, por outro lado,
03:02tem que atuar de um jeito que também não trave investimentos.
03:04À medida que você tem juros altos,
03:06isso inibe investimentos.
03:07Como é que se sai dessa encruzilhada, Felipe?
03:11Se sai dessa encruzilhada, Nonato,
03:13na nossa visão,
03:15fazendo uma política fiscal um pouco mais contracionista.
03:18O que significa isso?
03:20Significa que, se, por exemplo,
03:22o governo conter os gastos,
03:25ou subir menos os gastos,
03:27isso teria o impacto que o Banco Central deseja,
03:30que é desfriar um pouco a atividade,
03:33sem que você tivesse que recorrer
03:35à taxa de juros mais altas.
03:37Quer dizer, dito de outra forma,
03:39se o fiscal está acelerando,
03:41o Banco Central vai ter que subir o juros
03:43para um patamar mais alto para conter a inflação.
03:45E o efeito colateral que isso tem
03:48é exatamente o que você comentou.
03:49Quer dizer, se o Banco Central sabe muito o juro,
03:52isso acaba tendo impacto deletério nos investimentos.
03:55Então, a saída dessa encruzilhada
03:57passa necessariamente por uma política fiscal
04:00um pouco mais apertada.
04:03Ou seja, governo fechando a torneirinha, né?
04:06Felipe, muito obrigado, viu,
04:07pela entrevista aqui no Jornal da Manhã.
04:10O Felipe Salles, que é economista-chefe do Banco C6.
04:13Até uma próxima oportunidade.
04:14Obrigado, Nanato. Obrigado, Soraya.
04:17Bom dia a todos.

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