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Em homenagem ao dia das mães, a TH+ Record inicia uma série de reportagens chamada de “De mãe para mãe”, que conta histórias sobre a maternidade.

Neste episódio, vamos conhecer a história da Aletheia, a filha dela foi vítima de femicídio, a mãe tranformou a dor em luta e ajuda a outras mulheres. Ela fundou o Instituto Mica que ajuda mulheres que sofrem com violência doméstica.

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Transcrição
00:00No episódio de hoje da nossa série de reportagens especiais de mãe pra mãe, vamos contar a história da Aleteia.
00:07A filha dela foi vítima de feminicídio. A mãe transformou a dor em luta e ajuda a outras mulheres.
00:16Ela fundou o Instituto Mica, que hoje ajuda mulheres que sofrem violência doméstica.
00:21Vamos conhecer essa história, eu tenho certeza que você vai se emocionar.
00:24Para a Aleteia, a maternidade começou cedo e de forma inesperada.
00:33Eu fui mãe da minha primeira filha, Jéssica, hoje ela tem 28 anos, quando eu tinha 15 anos de idade.
00:40Já trabalhava naquele período, morava com a minha mãe, inclusive, meu pai havia falecido há uns 2, 3 anos atrás.
00:48Não foi fácil. A então adolescente precisou largar os estudos e focar no trabalho.
00:54Que era do trabalho que eu ia garantir o sustento da minha filha, uma vez que o meu relacionamento com o pai dela não perdurou.
01:02Apesar das dificuldades, o amor pela primogênita e pelos outros 4 filhos sempre foi o que moveu a vida dela.
01:10Uma mãe presente, dedicada, preocupada.
01:14Que viveu o pior momento da vida há quase 2 anos, quando a filha, Micaele, foi covardemente assassinada.
01:20Perder um filho é a dor mais insuportável para uma mãe.
01:30Vai fazer 2 anos da partida da minha filha, né? Dia 15 de maio.
01:40E todos os dias, não há um momento sequer que eu não lamente por isso.
01:47Micaele foi morta pelo ex-namorado, que depois tirou a própria vida.
02:03Ela era influencer e colecionava muitos seguidores.
02:06Conviver com a dor da saudade não tem sido nada fácil.
02:15A menina é das 3, a mais nova, né?
02:21Ela sempre foi muito alegre, muito sapeca.
02:31Difícil eu ter uma lembrança dela triste ou indisposta, porque tinha uma saúde decepcional.
02:40Depois que a Aleteia perdeu a filha de forma trágica, covarde, cruel, ela passou por um período muito difícil.
02:49Foram 3 meses sem conseguir fazer as atividades básicas do dia a dia, como cuidar da casa, dos filhos e até se alimentar sozinha.
02:57Demorou mais de um ano para que a Aleteia conseguisse sair de casa novamente.
03:02Mas a Aleteia é uma mulher forte e ela resolveu ressignificar a morte da Mica.
03:07Ela criou um instituto justamente para ajudar outras mulheres.
03:13Outras mulheres que, assim como a Mica, também foram vítimas de violência.
03:17São vítimas de violência e precisam de ajuda.
03:21Ela criou um instituto Mica que hoje acolhe e ajuda muitas mulheres aqui na nossa região.
03:28Todas as vezes que eu vi alguma notícia ou alguma informação sobre a violência de gênero, sobre o feminicídio,
03:38eles sempre se retratavam a essas mulheres como números estatísticas.
03:44E não é, elas não são números.
03:46A minha filha não é um número.
03:49Ela não é uma estatística.
03:52Ela é uma vida.
03:53O Instituto Mica tem de hoje 24 mulheres em situação de vulnerabilidade.
04:00Hoje nós atuamos com assistência jurídica gratuita e também com esporte emocional.
04:05Temos um grupo terapêutico com psicólogas que atuam com perspectiva de gênero.
04:12A dor se transformou em luta.
04:15Continuar foi preciso.
04:16A vida teve que seguir, afinal, né, ainda tenho que ser forte e tentar todos os dias ser o melhor de mim,
04:30porque eu tenho outros filhos, tenho os meus netos, eu tenho meus propósitos, né, eu tenho a minha profissão.
04:37Bãe de cinco, a Letéia sabe que o dia das mães nunca mais será completo.
04:42Mas os momentos vividos com a filha a sustentam para seguir em frente.
04:48Embora eu me via nela, né, porque ela era uma dos meus cinco filhos que tinha muitos aspectos parecidos comigo,
04:59mas sempre quando tá muito difícil pra mim,
05:02sempre quando eu penso que não vou ser capaz, não vou ser suficiente,
05:10eu lembro da força dela, da garra dela e da determinação dela.
05:16Então, sim, ela continua me inspirando.

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