O Brasil ocupa a terceira posição no ranking dos maiores juros reais do mundo, após a decisão do Banco Central de elevar em 0,50 ponto percentual a taxa Selic, que agora está em 14,75%, segundo relatório do MoneYou. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
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NotíciasTranscrição
00:00Bom, com esse aumento aí da taxa de juros, né, em meio ponto percentual, como você acompanhou na reportagem, ficando em 14,75% ao ano,
00:08o Brasil subiu então para a terceira posição no ranking dos países com o maior juro real do mundo.
00:14E é sobre esse assunto que a gente convida aqui os nossos analistas de hoje, os nossos comentaristas,
00:19Deise Siocari e também José Maria Trindade, que se juntam a nós nesta manhã.
00:25Vou começar contigo, Deise, um número que era esperado pelo mercado, mas claro, a gente não pode deixar de reconhecer que é um número muito elevado
00:34e que isso também dificulta, claro, investimentos aqui no Brasil, à medida em que traz mais juros para quem quiser tomar e tentar fazer algum tipo de investimento na nossa economia, não?
00:47Exatamente, Nonato, bom dia para você, Soraya.
00:50O que acontece agora é que a gente tem visto esse juro persistente e isso mostra, para quem precisa de crédito, o crédito vai ficar mais caro,
01:01a economia do Brasil, ela não vai crescer e aí a gente vê um movimento no Congresso Nacional que acaba aprovando pacotes e reformas bilionárias
01:11e isso mostra uma certa irresponsabilidade fiscal, então o mercado olha para isso e não vê confiança na política econômica brasileira, né?
01:21Então, enquanto o Ministério da Fazenda, ele anuncia algumas medidas, assim, muito pequenas para conter a inflação, para conter os gastos,
01:29aí o Congresso vai lá e aprova essas reformas bilionárias, né?
01:33Então, isso acaba provocando toda essa desconfiança, o mercado olha para isso e diz, não tem como investir no Brasil, né?
01:39O Banco Central, diante desse quadro, ele não tem mais escolha, né?
01:44Porque o que ele é forçado a fazer?
01:46Manter os juros altos para tentar atender as expectativas, né?
01:50Enquanto isso, por sua vez, também a gente está falando aqui do Congresso Nacional,
01:54mas o Palácio do Planalto também não mostra essa responsabilidade fiscal.
01:58A gente teve o teto dos gastos, teve a tentativa da reforma tributária, que ainda não foi regulamentada pelo Congresso Nacional,
02:05mas o próprio Palácio do Planalto também não dá essa segurança fiscal.
02:09E aí o que a gente vê é essa confusão toda e essa taxa Selic subindo e, claro, isso acaba ficando muito caro,
02:16principalmente para aquele consumidor, para o brasileiro que precisa de crédito.
02:21Oi, Deise, bom dia para você. Bom dia, Zé Maria Trindade.
02:24Pois é, agora esse novo comunicado do Banco Central deixou em aberto os próximos passos do Procon, né?
02:32Então eles falaram, olha, a gente não vai dizer se os próximos passos vão aumentar, se vai ter corte ou não.
02:40Zé, como que você avalia esse novo comunicado? Isso é bom ou ruim?
02:46Era o grande segredo de Polichinela, né? Saber como seria o comunicado, que a alta de juros já era prevista.
02:52Muito bom dia, Soraya. Bom dia, Nornato. Bom dia, Deise. Bom dia a você, que nos acompanha aqui no Jornal da Manhã.
02:59Olha, essa caixa de ferramentas do Banco Central para cuidar exatamente do valor da moeda é uma caixa de ferramentas limitada.
03:08E é só juros no momento que se pode mexer. É a política que está dando certo, mas que em certos pontos extrapola.
03:16Veja bem, nós estamos aí como os juros mais altos desde 2006, lá atrás ainda no governo Lula.
03:25E esse presidente do Banco Central foi eleito pelo presidente, eleito não indicado pelo presidente Lula e votado no Senado Federal, né?
03:32Então não se pode dizer que estamos com um presidente do Banco Central adversário inimigo.
03:39É um presidente do Banco Central alinhado ao governo, indicado por esse governo.
03:45Mas é a política do momento. É o que se pode fazer.
03:47A moeda brasileira está caindo num descrédito.
03:51A dívida pública está sufocando o país.
03:54O próprio governo diz que o orçamento colapsou.
03:57A partir de 2027, ou seja, o próximo presidente, qualquer que seja ele,
04:02vai enfrentar dificuldades para sobreviver, ou seja, não haverá dinheiro para pagar as despesas fixas.
04:09Num cenário assim, o Brasil parece um avião que está caindo e se colocando à venda.
04:15Quem é que vai comprar um avião em pleno ar e que não tem combustível, por exemplo?
04:22Então é a realidade.
04:23A economia tem leis que são próprias, não podem ser modificadas.
04:28E nós seguimos falando de juros, exatamente por tudo isso que os nossos comentaristas trouxeram aqui.
04:35Isso impacta no nosso dia a dia, na nossa vida diária.
04:39Com essa nova taxa de 14,75% ao ano, o Brasil subiu para a terceira posição no ranking com o maior juro real.
04:47E a Beatriz Manfredini tem mais detalhes aqui para a gente a respeito desse tema
04:52com os países que estariam aí com os juros maiores.
04:54E a gente, infelizmente, nessa terceira posição.
04:56Beatriz, bom dia. Bem-vinda.
04:58Pois é, Nonato, subimos da quarta para a terceira posição nesse ranking que é feito pela MoneyU,
05:08com base justamente nessas alterações da taxa, por exemplo, Selic,
05:14que foi ali colocada então pelo Banco Central.
05:16Bom dia para você também, para a Soraya, para todos que nos acompanham aqui no Jornal da Manhã.
05:21Então, esse ranking, ele faz a projeção, a expectativa da taxa de juros real para um país.
05:28Ele observa 40 países para o próximo ano, para dentro de 12 meses.
05:33O Brasil ficou então agora nesse novo ranking com taxa de 8,65%.
05:38O interessante é que é uma taxa menor do que no último ranking que foi feito,
05:43quando tinha 8,79%, e mesmo assim o Brasil subiu da quarta para a terceira posição.
05:51Isso não só por conta do próprio Brasil, mas é porque nos outros países,
05:56outros 39 que também são pesquisados e fazem parte do ranking, também tiveram movimentações.
06:01Então, agora, por exemplo, o Brasil está atrás apenas da Turquia,
06:06que tem uma taxa real de juros, de acordo com esse levantamento, a expectativa, né,
06:11para dentro de 12 meses, de 10,47%, e da Rússia, 9,17%.
06:17O Brasil, então, tem 8,65%.
06:20A Argentina, por exemplo, foi quem fez essa movimentação.
06:24Ela estava no terceiro lugar no ranking, com uma taxa superior a 9%,
06:30e agora ela cai em algumas posições, porque registra uma taxa de 3,92%,
06:36de acordo com a projeção.
06:38Só para a gente citar os países com as menores taxas reais,
06:42nós temos lá no final do ranking a Holanda, com menos 2,2%,
06:47a Dinamarca, menos 2% também, e o Japão, menos 1,9%.
06:53Nonato.
06:54Muito obrigado, Beatriz Manfredini, atualizando para a gente aqui
06:57esse posicionamento do Brasil, infelizmente, a respeito da taxa de juros.
07:01Obrigado, Bia, que volta daqui a pouco.