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Transcrição
00:00Estamos aqui com o Alessandro Vizá, com o analista de segurança, ele que está palestrando aqui com relação a prejuízes, para as forças de segurança aqui da Bahia.
00:09Essa palestra que começou agora há pouco aqui no auditório do Ministério Público da Bahia.
00:13Alessandro, eu queria que você falasse primeiramente com relação ao CORE, o objetivo principal desse evento.
00:18Vocês que destacaram diversos dados, diversas questões relacionadas à violência, à apreensão de armas, à apreensão de drogas
00:24e outros aspectos relacionados também à inteligência dessa força tarefa espalhada pelo país.
00:30Esse evento foi uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública, juntamente com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público da Bahia.
00:39A intenção é nós trazermos, compartilharmos um pouco da experiência vivida no Rio de Janeiro, sobretudo sobre controle territorial armado.
00:49Então, na parte da manhã, nós estamos fazendo uma breve apresentação teórica para fornecer o enquadramento do problema.
00:56E na parte da tarde, nós vamos contar com dois grandes profissionais da segurança pública do Estado do Rio,
01:01o coronel da Polícia Militar, o IRA, e o doutor Fabrício Oliveira, da Polícia Civil do Estado do Rio.
01:09Então, ambos vão compartilhar as suas experiências ao longo das últimas décadas,
01:14as suas experiências institucionais acerca desse enfrentamento à criminalidade de alta intensidade,
01:22que é vinculada às redes de ilícitos transnacionais.
01:26Aproveito da participação aqui do senhor com a gente,
01:28uma das coisas que tem se falado muito com relação à Bahia e ao Rio de Janeiro,
01:32e também com a capital fluminense, também a cidade de Salvador,
01:35é a semelhança da relação entre as facções criminosas das duas regiões,
01:40sobretudo também que tem sido potencializada por conta da geografia das cidades,
01:45que é um pouco semelhante.
01:46A gente sabe que o rio é um pouco mais sinuoso, tem regiões mais montanhosas, os morros,
01:50mas a capital baiana tem muitas comunidades, é uma das cidades mais favelizadas, digamos assim, do Brasil.
01:57Eu queria que o senhor falasse com relação a como a semelhança dessas cidades
02:00pode acabar facilitando essas organizações criminosas em se penetrar aqui nas regiões da capital baiana.
02:09Acho que mais importante do que a fisiografia são, vamos colocar dessa maneira, a geografia social.
02:15Então, essa quantidade de espaços segregados, que acabam se tornando espaços anárquicos,
02:22propensos à territorialização por esses grupos armados criminais.
02:27Então, na verdade, o processo que a gente observa no Rio de Janeiro,
02:31ele tem se reproduzido em outros estados, não só na Bahia,
02:36não só especificamente na região metropolitana de Salvador,
02:39mas em outras grandes metrópoles do Nordeste.
02:42A gente até abordou a questão da mesma dinâmica que se reproduz nas comunidades ribeirinhas,
02:49nas comunidades indígenas do estado do Amazonas, na Amazônia Ocidental.
02:53Então, são dinâmicas muito próximas que, na verdade, elas adquirem as características,
02:59ou se modam as características locais.
03:01Infelizmente, o processo de territorialização que acontece no Rio de Janeiro há mais de século,
03:11porque é um problema que vai ter suas origens ali na virada do século XIX para o século XX,
03:17ele tem se reproduzido em outras regiões do país.
03:20Na Bahia, é um exemplo muito claro disso.
03:25E, voltando ao início aqui da minha fala, a ideia é justamente essa,
03:30trazer essa experiência que o Rio já tem acumulada
03:33para evitar, estancar esse processo de territorialização ainda há tempo.

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