• há 8 anos
A última vez que um presidente da Moldávia foi eleito por sufrágio universal direto foi há 20 anos. A eleição deste domingo ocorre na sequência da decisão do tribunal constitucional, que, em Março, obrigou à realização do sufrágio nesta antiga república soviética, independente desde 1991.

Dado como favorito nas sondagens para a primeira volta da eleição, o candidato pró-russo e antigo ministro da Economia num governo comunista, Igor Dodon, promete uma parceria estratégica com a Rússia e a anulação das cláusulas económicas do acordo de associação com a União Europeia, assinado pelo país em 2014.

Em segundo lugar nas sondagens, Maia Sandu, candidata da oposição, de centro-direita, promete, por seu turno, uma “Moldávia europeia”. Esta ex-ministra da Educação, que trabalhou no Banco Mundial, defende que o governo de Chisinau terá que convencer os moldavos e os parceiros europeus da “sua sinceridade” antes de prôpor uma data para a adesão do país ao clube europeu.

Situada entre a Roménia e a Ucrânia, a Moldávia é um dos países mais pobres da Europa. Segundo o Banco Mundial, 41% da população vive com menos de 5 euros por dia.

Mergulhados numa situação de pobreza desde a independência, os moldavos estão profundamente revoltados contra a classe política desde que em 2015 foi descoberta uma gigantesca fraude bancária de cerca de mil milhões de euros – o equivalente a 1/8 do PIB nacional. O escândalo afeta diretamente os dois anteriores governos pró europeus, responsáveis pelo desaparecimento do crédito atribuído aos bancos. Neste país minado pela corrupção, não é fácil para os eleitores a escolha entre o Leste e o Ocidente.

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