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  • 13/04/2025
O Hezbollah, tradicionalmente resistente à desmilitarização, sinalizou disposição para discutir a entrega de suas armas e o fim de suas atividades militares. A possível desmilitarização do Hezbollah representa uma mudança histórica no equilíbrio de poder no Oriente Médio.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/56NDYFCwJmI

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Transcrição
00:00Pressionado dentro e fora do país, o grupo libanês Hezbollah pode fazer um acordo histórico.
00:06Segundo fontes, a organização pode entregar as armas e abandonar as atividades militares em definitivo.
00:13Mas para que isso aconteça, algumas exigências precisam ser cumpridas.
00:17É o que a gente confere agora na reportagem de Camiliones.
00:23O que parecia impossível, agora pode se tornar realidade.
00:27Líderes do Hezbollah admitiram que o grupo está pronto para negociar com o governo do Líbano um acordo para encerrar a luta armada no país.
00:36A proposta inicial, chancelada pelo presidente Joseph Aouni, que possui apoio dos Estados Unidos,
00:43garante que o grupo entregaria as armas em troca da retirada de tropas de Israel do sul do território.
00:50Se confirmado, o texto pode pôr fim em um dos principais movimentos islamistas do Oriente Médio,
00:57mas que permaneceria como um dos principais partidos políticos libaneses.
01:02Fundado em 1982, em meio à invasão de Israel no Líbano,
01:07o Hezbollah se expandiu ao longo das décadas com o apoio do Irã.
01:12Desde os anos 90, o partido também passou a fazer parte do parlamento.
01:17Mas a última guerra contra Israel teve fortes impactos na estrutura da organização.
01:22Os principais líderes foram mortos em ataques, incluindo o secretário-geral Hassan Nasrallah e o sucessor Hassan Safedini, em outubro.
01:32O Hezbollah também foi alvo de operações que assustaram o grupo.
01:37É o caso da explosão dos Pagers Wall Talks conduzida pelo Serviço Secreto Israelense,
01:43o Mossad que deixou pelo menos 37 mortos.
01:46Em teoria, o conflito deveria ter acabado em novembro do ano passado,
01:51com a assinatura de um cessar-fogo entre Israel e Líbano.
01:55Mas o Estado judeu decidiu manter tropas em cinco pontos do território,
02:00além do período determinado no acordo.
02:03Nos últimos meses, a posição do Hezbollah dentro do Líbano tem ficado cada vez mais fragilizada.
02:09É o que explica o professor de Relações Internacionais e especialista em Islã Político, Danilo Porfírio de Castro.
02:17Eu não consigo enxergar o Hezbollah se afirmar como um movimento de insurgência.
02:26Então o que resta para ele é o quê?
02:28É essa adesão como um movimento representativo de assistência e um movimento político.
02:35Só que mesmo existindo, Fabrício, uma consciência da população libanesa de hostilidade em relação à invasão israelense,
02:49eles também, o que?
02:50Principalmente os grúgobos cristãos, cristãos maronitas, melquitas, os sunitas, os drusos,
02:58como todas as comunidades que ali são, que não são xiítas, atribuem culpabilidade de tudo o que está acontecendo ao Hezbollah e ao apoio à ação do Hamas contra Israel.
03:11Israel foi, agiu, não digo de forma inédita, Fabrício, porque ele já fez isso mais de uma vez,
03:18mas de uma forma tão intensa, tão assim, deliberada, Israel, na hora de assumir um processo de contra-ataque e de resistência contra as forças do Hamas e do Hezbollah,
03:31ele foi diretamente às cabeças.
03:34Israel não estava apenas preocupado com as lideranças presentes, mas todo o quê?
03:41Uma cadeia de sucessão.
03:43Sucessão. Então, ele desmobiliza, cortando a cabeça desses movimentos, tanto do Hamas quanto do Hezbollah.
03:56O Hezbollah foi um dos primeiros grupos a manifestar apoio ao Hamas após os ataques de 7 de outubro de 2023.
04:03Na ocasião, o grupo libanês pressionou Israel com foguetes na região de fronteira entre os dois países.
04:11Mas a organização não contava com um ponto fundamental, a falta de apoio do Irã.
04:18O país persa, inimigo de primeira hora dos israelenses, conta com os chamados proxies para manter os combates na região,
04:26na conhecida guerra por procuração.
04:29Historicamente, o Irã é o responsável por dar suporte financeiro, militar e logístico para grupos como o Hezbollah, o Hamas e os Houtis no Iêmen.
04:39Mas a crise e a pressão também chegaram em Teirã.
04:43E o governo precisou recuar, em parte da estratégia, depois dos fortes contra-ataques israelenses.
04:50Semi-abandonado, Hezbollah também teve outro revés.
04:54Eleito em janeiro, o novo presidente do Líbano, Joseph Aouni, é conhecido pela postura pró-Estados Unidos.
05:01Apesar de prometer acabar com a ocupação de Israel, a ONI tem alinhado o discurso com a Casa Branca
05:07e buscado colocar a população contra movimentos islamistas.
05:12O Irã cria todo um projeto de ação contra Israel, contando com braços proxies.
05:21Só que o que acontece?
05:23O Irã não contava com a resposta israelense.
05:30A articulação do governo.
05:32Um senso de unidade nacional.
05:35E por que de unidade nacional, Fabrício?
05:38Porque o Irã contava com a instabilidade institucional.
05:43Netanyahu e seus problemas com a justiça.
05:46Netanyahu e seus problemas com a população.
05:49Netanyahu e seus problemas com a oposição.
05:52Isso não aconteceu.
05:54Joseph Aouni é de um quê?
05:55Ele acende também de uma linhagem política.
06:00Família já esteve na presidência mais de uma vez.
06:03Isso na década de 90.
06:05O Joseph Aouni é general de brigada.
06:10O Joseph Aouni se investe da roupagem nacionalista.
06:15O Joseph Aouni é pro-americano.
06:18E se é pro-americano, está próximo o quê?
06:21De um diálogo com os aliados americanos.
06:24Entre eles, Israel.
06:25Então, o Hezbollah volta a insistir.
06:30Eu gosto de usar esse termo.
06:32E, por favor, não é trocadilho.
06:34Tem que deixar as barbas morrem.
06:36Convencer toda a estrutura do Hezbollah a abandonar a luta armada não deve ser tarefa fácil.
06:43E usar da força para parar o grupo ainda menos.
06:47Mas agora, mais do que nunca, o futuro de Líbano e Hezbollah andam lado a lado.

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