O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defendeu nesta segunda-feira (15) a PEC da Segurança Pública e revisitou o debate sobre a desmilitarização das polícias estaduais. Ao rebater críticas de governadores, comparou a resistência ao projeto à postura dos líderes da República Velha, criticando o “mandonismo local”.
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NotíciasTranscrição
00:00O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ele negou que a pasta cogite desmilitarizar a polícia militar
00:06para evitar confrontos com os governadores, mas cobrou que a discussão parta da sociedade.
00:13Durante um evento com desembargadores, magistrados, juristas e advogados,
00:18Lewandowski fez uma firme defesa da PEC da Segurança Pública que foi apresentada ao Congresso
00:24e ele criticou a resistência que muitos têm a esse texto.
00:29O texto dessa proposta de emenda à Constituição.
00:33Mota, queria pedir que você trouxesse sua percepção sobre a maneira como o ministro tem se comportado
00:42em relação às críticas que vêm sendo feitas à PEC da Segurança Pública.
00:47Houve uma fala dele que muitos interpretaram como uma defesa da desmilitarização da polícia
00:53e agora ele dá um passo para trás dizendo que não, que não defende essa desmilitarização da polícia.
01:02Enfim, versões e muitas teses, né Mota?
01:05Caniato, há especialistas que ganham a vida vendendo essa obsessão com a desmilitarização da polícia militar.
01:16O tema, na verdade, é irrelevante.
01:20Os problemas que a nossa polícia enfrenta, externos e internos,
01:25nada tem a ver com o fato de uma das polícias ser militarizada.
01:30Os principais problemas têm origem na legislação e na restrição ao trabalho das polícias,
01:39que cada dia aumenta.
01:41As polícias estão praticamente proibidas por decisões judiciais de usar o seu instinto.
01:48Há inúmeros casos de criminosos que foram parados pela polícia,
01:52estavam com armas, com drogas,
01:54e essas decisões judiciais, depois disseram que a pessoa tinha que ser solta
01:59porque não havia motivo razoável para a polícia ter parado a pessoa em primeiro lugar.
02:05Quem não acredita no que eu estou dizendo, pode procurar na internet.
02:08São dezenas de decisões judiciais como essa.
02:12Existem muitos modelos de polícia no mundo que funcionam.
02:16Não existe uma receita única.
02:17A maioria das polícias no mundo tem algum grau de militarização.
02:24E há bons argumentos sobre a necessidade de hierarquia militar
02:28para controlar os imensos contingentes das nossas polícias militares.
02:34No país inteiro, elas somam quase meio milhões de policiais.
02:40É um efetivo maior do que do Exército, Marinha e Aeronáutica somados.
02:45É lógico, uma polícia desmilitarizada é uma polícia mais suscetível a influências ideológicas.
02:54Uma polícia que pode ser transformada, de repente, em uma guarda bolivariana.
03:00Pois é. Passa para o Dávila agora, porque a fala do ministro foi a seguinte.
03:05Nós não mexemos na polícia militar porque vamos enfrentar uma briga
03:09com 27 corporações muito bem organizadas com os governadores,
03:14com os chefes, os executivos dos estados, mais o Distrito Federal.
03:19E aí ele chega com essa frase, o ministro.
03:21A sociedade civil que tem que fazer essa discussão.
03:25Então, até talvez ele tenha simpatia pelo tema,
03:28mas transfere essa responsabilidade para a sociedade civil que deveria discutir e tratar desse tema.
03:34E aí parece que a gente está numa situação excepcional, né?
03:38Parece que os nossos indicadores são muito próximos aos da Suíça, Dinamarca, enfim.
03:44Você pode listar alguns países europeus aí.
03:47Porque não me parece que cabe qualquer tipo de cogitação que trate da questão de desmilitarizar.
03:54A gente está falando de militarização das guardas municipais, Dávila.
03:58Agora vai falar em desmilitarizar a polícia militar?
04:00Caniato, como professor de ciências políticas,
04:06eu daria nota zero de articulação política para o ministro da Justiça.
04:12É inacreditável a sua inabilidade política
04:17de tentar construir algum tipo de consenso em torno da sua PEC.
04:23Primeiro ele repete a frase infeliz de que a polícia aprende mal
04:28e por isso que a justiça tem que soltar.
04:29Depois ele cria animosidade com os 27 governadores,
04:34criticando os governadores.
04:36Então veja só, se você é um ministro da Justiça
04:40querendo aprovar uma PEC da Segurança,
04:43o que você deveria fazer como articulador político nesse caso?
04:47Diminuir a tensão com os governos estaduais
04:50para que amanhã um governador falasse
04:51tá bom, eu estou achando que esse projeto aí é só coordenação,
04:54não é centralização,
04:55quem sabe vamos dar um voto de confiança.
04:57Não, ele está acirrando a divisão.
05:01Então, de duas, uma.
05:03Ou ele, esse nota zero em articulação política,
05:07ao invés de diminuir a tensão,
05:08está criando cada vez mais tensão
05:10e, portanto, a chance da PEC aprovar é ainda menor,
05:15porque você vai ter os governadores pressionando as suas bancadas
05:18para votar contra essa PEC, que já é um absurdo.
05:22Então, esse é o primeiro ponto.
05:24O segundo ponto,
05:26essa estratégia descabida
05:28só faz sentido
05:30se essa PEC é, na verdade,
05:33um bode expiatório,
05:34um factóide criado pelo governo
05:36para falar para a população
05:38que o governo se preocupa com segurança pública,
05:41mas já sabendo que vai ser derrotado
05:43e aí colocar a culpa da derrota da PEC
05:45nos governadores.
05:47na oposição,
05:49naqueles que não querem tratar
05:51da segurança pública com a seriedade
05:53que o tema merece.
05:54Então, só pode ser essa possibilidade.
05:58É uma PEC fadada ao fracasso,
06:01que é para acirrar ainda mais
06:03a divisão de oposição dos governadores ao governo
06:06e para lavar as mãos e dizer assim,
06:09olha, essa PEC foi derrotada pela oposição
06:12e pelos governos
06:13que ainda têm essas polícias brutais,
06:17que não seguem o devido processo
06:19no prender as pessoas e a justiça obrigada a soltar.
06:23Só se for uma barbaridade dessa,
06:26porque se fosse uma pessoa
06:29capacitada para articular politicamente
06:33o apoio à PEC,
06:34ele estaria fazendo exatamente o oposto
06:38de todo esse périplo que o ministro vem fazendo,
06:41que cada vez mais abre o fosso
06:44entre o governo federal e os governos estaduais.
06:47Pois é, mas em tese, Beraldo,
06:50essas movimentações são justamente uma articulação
06:54em prol da PEC da Segurança Pública.
06:56Tem conversado com muitos especialistas,
06:59juristas, pessoas que têm alguma ligação
07:01com a área de segurança pública
07:03e também com os estados,
07:07representantes dos estados, secretários,
07:09e com o objetivo de fazer com que
07:12esses representantes pressionem também as bancadas
07:15a fim de conseguir aprovar
07:17essa PEC da Segurança Pública.
07:19Agora, o Dávila traz um ponto interessante
07:23em relação a essa, talvez, falta de habilidade
07:26ou falta de diagnosticar o que é realmente importante
07:29para você conseguir avançar com um projeto como esse.
07:32Agora, não me parece que o debate
07:35deva tratar de questões que envolvam
07:37a desmilitarização da polícia,
07:40ainda mais querendo jogar isso
07:41para a população que clama justamente o contrário,
07:45que é uma polícia mais efetiva
07:47a aumentar o contingente da polícia,
07:49que é policiamento na sua rua.
07:51Acho que as pessoas pensam justamente
07:53de forma contrária a essa ideia
07:55de desmilitarizar a polícia, né, Beraldo?
07:58É, Neto.
07:59Aquelas pessoas que estão sofrendo com a insegurança
08:03que todos os dias, quando saem para o trabalho,
08:07para a escola, vão ao mercado, vão ao banco,
08:11vão fazer qualquer coisa na rua,
08:13estão ali em permanente medo.
08:15Qualquer pessoa hoje que circule pelas ruas do Brasil,
08:19sobretudo das grandes cidades,
08:21tem uma visão muito pragmática
08:22em relação à segurança pública.
08:25As pessoas querem ver bandidos
08:29sendo presos,
08:30querem ver bandidos sendo mortos.
08:32Não é por acaso que nós estamos vendo
08:35pessoas reagindo a assaltos e tentativas
08:38de cometimento de crime,
08:42indo, tocando o carro para cima.
08:43Tivemos aquele caso do arquiteto
08:45que foi assassinado
08:47depois de, ao presenciar um assalto,
08:51uma tentativa de assalto,
08:52jogou seu carro em cima da moto do bandido
08:55e o bandido levantou e executou esse arquiteto.
08:59Então, hoje, o Brasil vive um clima de bang-bang.
09:03E isso está tão evidenciado para todos os brasileiros
09:06que nós sabemos o que queremos.
09:10Nós queremos a polícia vencendo os bandidos.
09:14É isso que a gente quer.
09:15E aí, quando a gente olha para as iniciativas
09:18que estão vindo do governo federal,
09:19é como aquele copo de refrigerante
09:22que sobe toda aquela espuma,
09:25mas, quando você vai ver,
09:26o refrigerante está lá.
09:27É só o fundinho do copo.
09:30A gente olha para esse tipo de discussão,
09:33desmilitarização,
09:35isso aqui, vamos federalizar tudo.
09:37Porque Brasília, realmente,
09:39é que eles sabem como a ter crime.
09:42E aí, a gente se depara
09:43com as declarações do diretor-geral
09:45da Polícia Federal
09:46que foi aos Estados Unidos em Harvard.
09:50A nata da intelectualidade mundial
09:53estava lá dando uma palestra,
09:55se dizendo indignado
09:57com a ação dos manifestantes de 8 de janeiro
10:00que colocaram em risco a democracia brasileira.
10:03Porque, afinal de contas,
10:04o diretor da Polícia Federal
10:06é muito preocupado com a democracia
10:09e a soberania brasileira.
10:12E aí, a gente olha o que é o Brasil
10:13e o trabalho desempenhado
10:15pela Polícia Federal.
10:18Não por falta de iniciativa
10:20e vontade dos policiais federais.
10:22Aliás, a Polícia Federal
10:23merece todo o nosso respeito
10:25e tem em seu efetivo
10:27um número imenso
10:28de pessoas que estão ali
10:30comprometidas
10:32em cumprir adequadamente o seu papel.
10:36Mas o fato concreto
10:38é que a falta de investimento
10:40na própria Polícia Federal
10:41permitiu que o Brasil
10:43se tornasse essa piada de mau gosto
10:46em que toneladas de drogas
10:49passam por solo brasileiro
10:51vindo da Bolívia, da Colômbia
10:53e usam os nossos portos
10:56para irem para os Estados Unidos
10:57e para a Europa.
11:00O Brasil é o país
11:02em que o crime organizado
11:04porque tem acesso
11:05a armas contrabandeadas
11:07e drogas contrabandeadas
11:09responsabilidade da Polícia Federal
11:11vai perdendo soberania
11:14sobre áreas das cidades
11:17porque o crime organizado
11:18toma conta
11:19e ninguém mais entra.
11:21Ali vale as leis
11:22que eles impõem.
11:24É a lei do crime.
11:26E fica tudo por isso mesmo.
11:27Mas o problema do Brasil
11:29para a diretoria atual
11:30da Polícia Federal,
11:31qual é?
11:31É o 8 de janeiro
11:32os manifestantes
11:33que foram lá
11:34tentar destruir
11:35a democracia do Brasil.
11:37Mas índio não.
11:38Índio pode.
11:39Índio pode
11:39porque é povo originário.
11:41O Brasil é deles.
11:42Vamos entregar tudo para o Brasil.
11:44A Praça dos Três Poderes
11:45ali certamente
11:46era uma aldeia indígena.
11:47Eles fazem lá
11:47o que eles bem entenderem.
11:49Mas não venham com batom aqui.
11:51Não venham com uma bíblia na mão.
11:53Não venham vocês aqui
11:54ficar bradando
11:55que não concordam,
11:57que não gostam,
11:57que não querem
11:58o atual presidente da República.
11:59Vocês são golpistas.
12:01Afinal de contas
12:02o que aconteceu
12:03em 2016?
12:05Dilma Rousseff
12:06processo inteiro
12:07legal
12:08presidido
12:09pelo presidente
12:10do Supremo Tribunal Federal
12:11sofreu impeachment.
12:12Qual é a versão
12:13que eles vendem?
12:14Foi golpe.
12:15Dilma Rousseff
12:16caiu porque foi golpistas.
12:18É ali que tiraram
12:18Dilma Rousseff.
12:19Então, Caniato,
12:20o que dizer
12:21dessas iniciativas
12:24do governo federal
12:25é faz de conta
12:26para desviar o foco
12:28e não resolver o problema.
12:29E quem que sofre?
12:30A população.
12:31Pois é,
12:32a nossa produção
12:32fez uma compilação
12:34de algumas declarações
12:35do ministro
12:36nesse evento
12:37com a participação
12:38de alguns juristas.
12:40Em dado momento,
12:41ele afirmou
12:42que parte dos governadores
12:43age como se comandassem
12:45estados soberanos,
12:47como se estivessem
12:48na era da República Velha.
12:51Você, Mota,
12:52uma declaração
12:53que indica talvez
12:54a forma como o ministro
12:56enxerga, né,
12:57os nossos governadores,
12:59a maneira como eles
13:00administram.
13:02Agora,
13:02é um aspecto
13:04que não ajuda muito, né,
13:06se a gente pensa
13:07em uma pessoa
13:07que precisa
13:08fazer uma articulação
13:10em prol
13:10da aprovação
13:11de uma proposta
13:13de emenda
13:13à Constituição,
13:14que você precisa
13:15de uma quantidade
13:15enorme de votos, né,
13:17três quintos,
13:18por exemplo,
13:18das duas casas
13:19legislativas.
13:20Como a gente
13:21precisa interpretar
13:23essa comparação
13:24feita pelo ministro
13:26à época
13:27da República Velha?
13:29É uma comparação
13:30equivocada,
13:31porque a comparação
13:32certa seria
13:33com os Estados Unidos
13:35da América,
13:35que são uma
13:36verdadeira federação.
13:38Os Estados Unidos
13:39se originaram
13:40de treze colônias
13:42que eram como
13:43se fossem
13:43países independentes.
13:45Eles guerrearam
13:46contra a Inglaterra,
13:48se tornaram
13:49independentes,
13:49e aí eles decidiram
13:51vamos nos unir
13:52ou não vamos
13:53nos unir.
13:54Debateram
13:55durante um tempo
13:56e aí eles resolveram
13:56a gente vai se unir,
13:58mas vamos colocar
13:59aqui várias cláusulas
14:00garantindo
14:02a independência
14:03de cada um
14:04dos Estados.
14:04Nos Estados Unidos,
14:06veja o nome
14:07do país,
14:08Estados Unidos.
14:11Então,
14:11os Estados,
14:12cada Estado
14:12tem a sua
14:13legislação penal,
14:14por exemplo,
14:16olha que inacreditável,
14:17cada Estado
14:17tem a sua legislação
14:19eleitoral.
14:21Vocês concebem
14:22um negócio desse?
14:23Um Estado
14:24tem máquina
14:24de votação,
14:26o outro usa
14:26cédula em papel,
14:28o outro não
14:28pede identidade
14:30na hora de votar,
14:30cada Estado
14:31faz o que bem
14:32entender,
14:33desde que fique
14:34nos limites
14:34da Constituição.
14:36É muito difícil
14:37para o brasileiro
14:38entender isso,
14:39né?
14:39Essa comparação
14:41com a República Velha,
14:43a gente pode
14:43comparar também
14:44com a época
14:45do Império,
14:45o Brasil
14:46nasceu
14:46como um Estado
14:47centralizado,
14:48onde as pessoas
14:49estão acostumadas
14:50a obedecer
14:51a uma autoridade
14:52central,
14:53e a autoridade
14:54central não
14:54está acostumada
14:56a ser questionada.
14:58Olha,
14:59não existe
14:59nada de
15:00intrinsecamente
15:01errado
15:02com o modelo
15:03centralizado,
15:05só que é o seguinte,
15:06então vamos chamar
15:07isso do que é
15:08modelo centralizado,
15:10não vamos dizer
15:10que é uma
15:11federação
15:12e depois ficar
15:13criticando
15:14os governadores
15:15porque eles
15:16querem exercer
15:17os poderes
15:18previstos
15:19em qualquer
15:19federação.
15:21Pois é,
15:21é uma situação
15:22que é preciso
15:24inclusive
15:25refletir
15:26sobre a maneira
15:27como o ministro
15:28enxerga também
15:28a autonomia
15:30dos governadores,
15:31né, Dávila?
15:32Especialmente
15:32quando a gente
15:33trata de segurança
15:34pública,
15:35é preciso também
15:36a gente explicar
15:37para a nossa audiência
15:39que os governadores
15:40têm autonomia,
15:42para tratar
15:43dessas questões
15:44e tomarem
15:44as medidas
15:45dependendo
15:47dos objetivos
15:49e da realidade
15:50daquele estado.
15:51Programa Os Pingos
15:52nos diz,
15:52recebendo também
15:53as pessoas
15:54que nos acompanham
15:54pelas emissoras
15:55de rádio espalhadas
15:56por todo o Brasil,
15:57estamos repercutindo
15:58algumas falas
15:59do ministro da Justiça
16:01e Segurança Pública
16:02em relação
16:03à maneira
16:04como os governadores
16:05agem,
16:06ele fez uma comparação
16:08indicando
16:10que os nossos
16:11governadores
16:12teriam características
16:13dos líderes
16:14da República Velha
16:15e ele falou,
16:16eles agem
16:17como se comandassem
16:18estados soberanos.
16:20O Dávila sempre gosta
16:21de umas pitadinhas
16:23históricas,
16:24assim como o Motto
16:25e o Beirado
16:25e vai trazer também
16:26algum ingrediente
16:27para a gente
16:28refletir de acordo
16:29com essa fala
16:30de Ricardo Lewandowski.
16:31Dávila.
16:32Caniato,
16:34a única vez
16:35na história
16:36da República
16:36Brasileira
16:37que nós tivemos
16:38federalismo
16:39de verdade
16:40foi justamente
16:41na República Velha,
16:43foi justamente
16:43esse período
16:44da Constituição
16:46de 1891
16:47e geralmente
16:48nós podemos dizer
16:49onde foi esse período,
16:51foi de 1894
16:52da poste
16:53prudente
16:54de Moraes
16:54até 1930
16:57quando tem
16:58a Revolução
16:59de 1930
17:00que acaba
17:01o governo
17:01de Washington
17:02Lewis.
17:03Esse foi o único
17:03período
17:04da história
17:04do Brasil
17:05que nós tivemos
17:06federalismo,
17:07descentralização
17:08do poder
17:09com um governo
17:10nacional fraco
17:11e os governos
17:12estaduais
17:12com a devida
17:13autonomia
17:14como é o caso
17:15por exemplo
17:16dos Estados Unidos
17:16como bem mencionou
17:17o Motto.
17:18Foi a única vez
17:19que nós tivemos
17:19federalismo.
17:20Então na verdade
17:21a fala do ministro
17:23é justamente essa.
17:25Federalismo
17:26é uma coisa
17:26fake no Brasil.
17:27Nós gostamos
17:28não é de governo
17:29centralizado,
17:30é o poder central,
17:31é o que ele quer
17:32com a PEC,
17:33é justamente
17:33o que ele quer
17:34fazer com a PEC.
17:35Ele quer centralizar,
17:37concentrar cada vez
17:38mais poder
17:39no governo federal
17:40porque ele acha
17:41que os governos
17:42estaduais
17:42não estão dando
17:43conta do negócio.
17:44Esse é o ponto.
17:46Eu adoraria
17:47voltar para a velha
17:49República
17:49e termos
17:50o verdadeiro
17:51federalismo
17:51porque uma
17:52das bandeiras
17:53que eu mais
17:53defendo
17:54é a descentralização
17:56do poder,
17:56é devolver
17:57mais poder
17:58para os estados.
17:59Um dos maiores
18:00problemas
18:01do Brasil
18:02é justamente
18:03o excesso,
18:05a concentração
18:06de poder
18:07em Brasília.
18:08Se a gente
18:08tirar o poder
18:09de Brasília
18:09e devolver
18:10para os estados
18:11certamente
18:12vamos ter
18:13governos melhores.
18:15E a prova
18:15disso,
18:16Caniato,
18:17é a excelente
18:18safra de governadores
18:19que nós temos
18:20hoje no Brasil
18:20e o ótimo trabalho
18:22que eles estão
18:23fazendo no estado.
18:24Semana passada
18:25no programa
18:26Entrevista
18:26com o Dávila
18:27entrevistamos o
18:28governador
18:28do Mato Grosso.
18:31Veja só
18:32o que o Mauro Mendes
18:32disse.
18:33Sabe quanto
18:34o estado
18:35do Mato Grosso
18:37investe
18:38em relação
18:39ao PIB lá?
18:4120%.
18:4220%
18:43do que
18:43arrecada
18:44imposto
18:44volta
18:45para investimento.
18:47Sabe
18:47qual que é
18:47o investimento
18:48do governo
18:48federal?
18:501%.
18:501%.
18:51Porque
18:52gasta
18:53todo o nosso
18:54dinheiro,
18:54todos os nossos
18:55impostos
18:56em
18:57financiar
18:58essa máquina
18:59pública
18:59ineficiente,
19:01incompetente,
19:03corrupta,
19:03esse estado
19:04caro.
19:05É esse
19:05o problema.
19:06Por que
19:07ele consegue
19:07investir 20%?
19:09Porque fez
19:10eleição de casa,
19:11equilibrou as
19:12contas públicas,
19:14sobrou dinheiro,
19:15e ao sobrar
19:15dinheiro,
19:16isso torna-se
19:17investimento
19:18para a população.
19:19Por isso,
19:20ministro Lewandowski,
19:21eu adoraria
19:22ver o Brasil
19:23voltar
19:24para a
19:25Constituição
19:26de 1891
19:27e dar
19:28mais poderes
19:29aos estados.
19:30A nossa
19:31realidade
19:31seria bem
19:32melhor.
19:33E daria opção
19:34para o cidadão
19:35escolher, né?
19:36Quer um estado
19:37mais progressista,
19:38quer um estado
19:38mais conservador,
19:39ele pode,
19:39inclusive,
19:40escolher um lugar
19:41que tenha a ver
19:42com as suas
19:43convicções.
19:44Você,
19:45Cristiano Beraldo,
19:46e a comparação
19:47feita pelo ministro
19:48da Justiça e Segurança
19:49Pública,
19:49que os nossos
19:50governadores ainda
19:51estão na época
19:52da República Velha,
19:53Beraldo.
19:56Olha,
19:56Renato,
19:57a gente sabe
19:58que o Pacto
19:59Federativo
20:00Brasileiro
20:00inviabilizou
20:02os estados
20:03e foi concebido
20:05para uma dinâmica
20:06em que todos
20:07se humilham
20:08para a União.
20:10O município,
20:12que é onde as pessoas
20:13vivem,
20:14as pessoas vivem
20:14na cidade,
20:16ali onde você tem
20:17as coisas que mais
20:18te influenciam
20:19diretamente no teu
20:20dia a dia,
20:21a tua calçada,
20:22a tua iluminação,
20:23o asfalto,
20:24a segurança,
20:25tudo isso acontece
20:26na cidade.
20:28E as cidades,
20:30depois os estados,
20:31não conseguem
20:32ter de volta
20:33aquilo que elas
20:35contribuem
20:36para a União.
20:37Então você pega
20:38um estado
20:38como São Paulo,
20:39por exemplo,
20:41recebe de volta
20:42da União
20:4210% do que envia.
20:45É o estado
20:46que mais gera
20:47riqueza
20:48para o país,
20:50tem uma população
20:51imensa
20:52e, obviamente,
20:53precisa
20:54de mais investimentos.
20:57Só que você
20:58pega estados
20:59como Maranhão,
21:00que recebem
21:02muito mais
21:03do que contribuem
21:04para a União.
21:05Mas qual é o trabalho
21:06que eles estão fazendo?
21:08Qual é a responsabilidade
21:10que eles têm
21:10em relação
21:12ao investimento,
21:13aos gastos
21:14deste dinheiro?
21:16Nenhum.
21:17Ao contrário.
21:19Quanto pior
21:20for o desempenho
21:21dos estados,
21:24melhor,
21:25porque eles recebem
21:25mais dinheiro.
21:27Só que esse dinheiro
21:27desaparece.
21:29É uma coisa
21:30impressionante
21:31como você tem
21:32essa desigualdade
21:33no Brasil,
21:34onde a riqueza
21:36gerada
21:36em estados
21:38como Mato Grosso,
21:39como São Paulo,
21:41desaparecem
21:43em estados
21:44que fazem
21:45da pobreza
21:46o seu grande negócio.
21:48Olhem para o Pará,
21:50olhem o absurdo
21:51que está sendo revelado
21:53para o mundo
21:54com essa COP30.
21:56o Pará,
21:59que oferece
22:00índices
22:01horrorosos
22:02de desenvolvimento
22:03para a sua população
22:04com violência,
22:06falta de educação,
22:08péssima infraestrutura,
22:10fica lá dominada
22:12por uma família
22:14que se instalou
22:15no poder
22:15e não sai nunca mais
22:17e a população
22:19fica chupando o dedo,
22:21se conformando
22:22com a mediocridade.
22:24e aí
22:25quando alguém
22:26fala a verdade
22:27sobre o Pará,
22:27o que acontece?
22:29Vem o exército
22:30atacar nas redes sociais,
22:32fazer matéria,
22:34como eu,
22:35inclusive,
22:35já fui ameaçado
22:36de morte
22:37porque falei
22:38que a COP30
22:39quando foi anunciada
22:40em Belém do Pará
22:41seria um absurdo.
22:42Está aí
22:43500 milhões
22:44de reais
22:45pagos pelo governo
22:46brasileiro
22:47só por organizar,
22:49não é investimento
22:50local, não.
22:50Você viu que teve
22:51matéria
22:51no Economist
22:53sobre o Pará, né?
22:55Pois é, exato.
22:56Então, assim,
22:57a gente vive
22:57esses absurdos,
22:59Caniato,
22:59e eu vou dizer o seguinte,
23:01estados como o Pará,
23:03como o Amapá,
23:05não podem ser pobres.
23:07Não há como
23:08um estado
23:09com tanta riqueza
23:10ser pobre.
23:12Não há justificativa
23:14para as pessoas
23:15desses estados
23:16viverem na pobreza,
23:18sem saneamento básico,
23:20com dificuldade
23:21de acesso
23:22à tecnologia,
23:24mas não se conformam
23:26porque são doutrinadas
23:27a se conformarem.
23:29E aí,
23:29aquela pequena elite
23:30se enriquece,
23:32mas o sistema
23:33brasileiro
23:34não funciona.
23:35Então,
23:35Caniato,
23:35quando você olha,
23:37voltando ao nosso
23:37ponto central aqui,
23:39na questão
23:39da segurança pública
23:41e essa necessidade
23:43urgente
23:44de autonomia
23:45dos estados
23:46para resolver
23:46esses problemas
23:47tão elementares,
23:48a gente só vai
23:49alcançar isso
23:49com a revisão
23:50do Pacto Federativo.
23:52Qualquer outra discussão
23:54não vai resolver
23:55o problema,
23:56vai simplesmente
23:57maquiar um pouco mais
23:58e tocar a vida
23:59adiante como está.
24:00que é o problema.
24:01Ainda não vai resolver
24:02o problema,
24:03mas o problema,
24:04pode ser