O economista Alexandre Chaia analisou os impactos da guerra comercial nas projeções de crescimento global e na inflação. As tarifas impostas pelos EUA afetam empresas e consumidores no mundo inteiro.
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00:00E o Fundo Monetário Internacional reduziu a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 2% em 2025,
00:07uma queda de 0,2 ponto percentual em relação à previsão anterior.
00:13Para a inflação brasileira, o FMI calcula uma taxa média anual de 5,3% este ano.
00:21O FMI também prevê que a economia global crescerá menos este ano por causa, claro, do tarifácio de Donald Trump.
00:30A economia global vai crescer apenas 2,8% este ano devido às incertezas causadas pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:39e pelas retaliações de alguns países.
00:41A previsão do Fundo Monetário Internacional foi divulgada nesta terça-feira.
00:47Para os Estados Unidos, as tarifas representam um choque de oferta que reduz a produtividade e a produção permanentemente
00:55e aumenta temporariamente as pressões sobre os preços.
00:58Isso se soma a uma perspectiva já enfraquecida e nos leva a revisar o crescimento para baixo, para 1,8%,
01:05com rebaixamento de 0,4 ponto percentual apenas das tarifas, enquanto a inflação é revisada para cima.
01:12Desde fevereiro, os Estados Unidos anunciaram várias ondas de tarifas contra parceiros comerciais e rivais,
01:21alguns dos quais responderam com contramedidas.
01:24Mesmo com um crescimento pequeno, a economia global deve ficar livre da recessão.
01:28Mas esse pesadelo ainda paira sobre o México, que arrasta a economia do continente americano para baixo,
01:34e os Estados Unidos, que podem pagar um preço alto pelas políticas protecionistas de Trump.
01:40A China, principal alvo das tarifas, pode experimentar o menor crescimento desde 1990,
01:46com apenas 4% da expansão do PIB.
01:48Bom, Mari, a gente viu aí, né?
01:51Trump está recebendo críticas do FMI, os mercados perdendo dinheiro todos os dias,
01:56recebendo crítica dos mercados também.
01:59Ele não tinha outra alternativa se não não recuar, né?
02:02Provavelmente agora, acho que o calo ali dele apertou,
02:05e ele deve ter pensado, bom, agora deixa eu tentar fazer aqui, remediar toda essa situação.
02:11É, Paula, acho que é importante a gente contextualizar, assim,
02:13Primeiro tem essa grande questão que a gente sempre debate aqui,
02:16que é o que realmente passa na cabeça de Trump.
02:18E eu não vou me arriscar até conseguir determinar isso.
02:22Mas eu acho que desde o início o Trump não estava a ver,
02:26ele não desconhecia o efeito, esse efeito tão forte, né,
02:32de um furacão que as medidas iam causar.
02:35Por quê?
02:35Porque ele estava realmente pautando a ideia de que ele queria uma outra forma de organizar a economia.
02:40Isso desde sempre ele tinha defendido,
02:43aliás, não foi novidade, ele dizia que ele queria recuperar a indústria norte-americana,
02:48make America great again, ele ganhou sobre isso,
02:51e essa recuperação viria, de alguma maneira, num choque para o resto dos mercados.
02:55Porque é isso, eu quero ocupar um espaço que hoje está ocupado por outros países,
02:58eu quero deslocar algumas economias para ocupar via economia norte-americana.
03:03O que foi mais chocante, digamos assim,
03:05para o conjunto das economias, dos agentes econômicos internacionais,
03:09foi a velocidade e a intensidade que o tarifaço aconteceu.
03:13Então, alguns mais otimistas disseram que esse vai ser o método dele de negociação,
03:17então ele vai chocar para se posicionar melhor,
03:20e outros ficaram ali observando, até onde ele vai?
03:23Será que isso vai acontecer? Será que não vai?
03:25E a incerteza se estabeleceu entre esses dois pontos.
03:29Bom, fato é que é difícil imaginar que o limite seria realmente impor esse nível de tarifas.
03:36Se tem alguma outra negociação no meio do caminho,
03:38e o grande problema é qual é a verdadeira intenção
03:42em relação a esse posicionamento de ocupação industrial dos Estados Unidos.
03:46E aí que eu trago o tal do contexto, Paulo, de novo para a gente.
03:48Porque, se a gente for pensar, do ponto de vista aí do que o FMI está dizendo,
03:52sobre redução do nível de crescimento internacional,
03:55é fato que o tarifaço com certeza criou mais incertezas e diminuiu esse ritmo.
04:00Mas a gente já vinha, enquanto economia internacional,
04:03num cenário bastante difícil de sustentar crescimento geral.
04:07Como assim?
04:08Com os vários avanços tecnológicos, a gente vinha enfrentando algumas dificuldades importantes
04:12em países fortes, os Estados Unidos, a Europa,
04:15que tinham uma redução aí da sua capacidade de incorporação de trabalho,
04:21principalmente no campo produtivo.
04:22Então, a pressão para aumento de produtividade vinha cada vez maior.
04:26Para quê? Para sustentar o nível de lucro de crescimento.
04:28Ao mesmo tempo que a gente tinha constrangimentos,
04:32tem constrangimentos, por exemplo, das questões climáticas,
04:35que impunham um certo limite na busca por maior eficiência, maior produtividade,
04:40às custas, por exemplo, do meio ambiente ou de altos consumos energéticos.
04:44Então, a economia estava numa situação um pouco complexa,
04:47de precisar, de novo, dar saltos ainda maiores de produtividade,
04:51com incorporação de mão de obra ainda, ou seja, mantendo as pessoas,
04:54não é produtividade sem geração de emprego,
04:57mas aumentando essa produtividade com sustentabilidade e incorporação das mãos de obra
05:03para não ter aumento de desigualdade.
05:04A conta não estava fechando fácil.
05:06Quando o Donald Trump chega e bagunça tudo,
05:09parece que estava um clima muito tranquilo antes.
05:11Não estava.
05:12Então, sim, o Donald Trump vai recuar,
05:14mas qual é a resposta que ele dá para o problema original?
05:17Onde ele se posiciona?
05:18O que a gente tem escutado sempre é,
05:20eu me posiciono a partir do que vai ser bom para mim.
05:22E isso deixa em aberto o que é que vai ser bom para o globo, para todo mundo.
05:27Então, tem um nível aí de tensão sobre a cooperação internacional
05:30e o futuro da economia internacional que está longe de ser resolvido
05:33e que os apontamentos do FMI sobre esse ano
05:36são só a pontinha do iceberg para a gente poder voltar a debater esse pacotão.
05:41Então, sim, tem o tarifaço, que é a visão de Donald Trump de dizer
05:44eu vou resolver esse problema todo sozinho,
05:46mas o que a economia internacional tem que voltar a pensar é
05:48e como vamos fazer no coletivo?
05:50O que será que nos sobra para além dessa pontinha no iceberg?
05:53E aí tem muito debate para acontecer, Paula.
05:56É, e a gente segue falando disso ao longo aí de toda a programação do Agora.
06:00Inclusive, agora a gente tem uma entrevista sobre esse assunto,
06:03porque o mercado voltou a fechar positivo nos Estados Unidos.
06:07Hoje, os negócios também encerram em alta na Ásia.
06:10As principais bolsas da Europa abriram em valorização.
06:13A gente vai avaliar esse cenário com o Alexandre Jorge Chaia,
06:17economista, professor de finanças do INSPER e também gestor da Carmel Capital.
06:23Alexandre, bom dia para você.
06:25Primeiramente, muito obrigada por participar e aceitar o nosso convite
06:28aqui dessa entrevista no Agora, nessa manhã de quarta-feira.
06:31Bom, eu e Mário estávamos comentando aqui mais cedo, né?
06:34Trump, ele surpreendeu ao seu ver a fazer esse anúncio ontem.
06:38Você acha que, de fato, o FMI criticando, mercados perdendo dinheiro e tudo mais,
06:44ele falou, não, opa, agora eu tenho que tomar uma atitude aqui
06:47para tentar reverter um pouco toda essa situação que ele mesmo causou
06:51desde o dia 2 de abril?
06:53Então, primeiro, bom dia para vocês.
06:56É complicado, como a Mariana estava falando,
06:59é difícil saber o que passa na cabeça do Trump.
07:01Ele é uma pessoa totalmente imprevisível
07:03e parece que ele não é o adulto na sala,
07:06que o resto do mundo é o adulto na sala,
07:08querendo trazer a conversa para um nível mais normal.
07:12Acho que ele está sofrendo,
07:14acho que ele está sofrendo principalmente,
07:15no caso político,
07:17pela perda de financiamento.
07:19Os empresários americanos,
07:21que, de alguma forma, apoiaram ele
07:22com uma ideia de regulamentação,
07:24aquela primeiro momento que todo mundo,
07:26ah, o Trump vai entrar, vai melhorar a desregulamentação,
07:29vai melhorar, vamos dizer, a economia americana,
07:31essa ideia de retomar o crescimento da economia americana,
07:34veio junto com um conjunto de incertezas
07:38que está fazendo com a economia parar.
07:40Os Estados Unidos desacelerou a economia completamente,
07:43a Europa está quase estagnada,
07:45você está vendo que a Inglaterra desacelerou bastante,
07:48os números que saíram hoje.
07:49Isso prova que os financiadores do Partido Republicano,
07:54as pessoas que apoiaram,
07:55que apoiam os políticos como um todo,
07:58vão começar a falar,
07:59olha, desculpa, nesse ritmo eu não vou te ajudar mais.
08:01Eu acho que a pressão está vindo muito mais dos empresários
08:04pressionando para ele,
08:05para ele, de alguma forma,
08:08parar essa criação de incerteza,
08:11porque nesse ritmo a economia vai estagnar completamente.
08:14Tanto nos Estados Unidos,
08:15a FMI revisando,
08:16e provavelmente se ele não chegar a um acordo,
08:18que ele fala desse acordo grandioso,
08:21ah, primeiro ele fala do Fed,
08:23depois ele tira essa conversa,
08:24todo esse grau de incerteza vai levar
08:26as decisões de investimento cada vez mais para frente,
08:29e quanto mais demorar para fazer investimento,
08:32mais vai demorar para a economia retomar.
08:34Então, provavelmente o FMI vai revisar ainda mais para baixo
08:36esses números da economia mundial.
08:39Agora, o Trump, ao longo de todo esse...
08:41Bom, desculpa, Alexandre, bom dia,
08:42obrigado por estar aqui com a gente hoje.
08:45Ao longo de todo esse período,
08:46o Trump, ele oscilou entre admitir a possibilidade da recessão
08:51e dizer que a recessão era necessária no curto prazo.
08:54Quer dizer, mas ele, de alguma maneira,
08:55foi dialogando porque parecia inevitável,
08:57desde o início, assim, qualquer fundamento econômico básico
09:00diz que você vai colocar muita tarifa,
09:02no curto prazo não tem como negar
09:04que vai ter algum tipo de choque do ponto de vista inflacionário,
09:07isso deve afetar a tomada de decisão para baixo.
09:10E ele foi ali segurando,
09:12sempre tentando vender, de alguma maneira,
09:14a consequência possível para os Estados Unidos de médio prazo.
09:17Eu estou fazendo o que precisa de coragem para fazer
09:19e depois vai crescer.
09:21Você acha que o tom de ontem,
09:22pelo que você ouviu e daqui em diante,
09:24ele vai continuar insistindo nesse médio prazo?
09:27Você vê esse projeto de entrega
09:29de algum benefício maior para os americanos
09:32como algo que ele vai conseguir dar forma?
09:34Quer dizer, tem algo que salva nesse contexto?
09:37Ou é um recuo mesmo, sabe?
09:38É a coisa de recuar ou de avançar
09:40com esse tentando vender um futuro?
09:44Então, vamos lá.
09:45Primeiro, eu acho que ele vai continuar vendendo
09:48essa ideia que é um sacrifício para, no futuro,
09:51a gente conseguir crescer, retomar a indústria.
09:53Porque, senão, ele vai perder o que sobra de base dele.
09:57O índice de aprovação do Trump,
09:59nesse momento do governo,
10:00é o pior da história dos presidentes americanos.
10:03Eu nunca, nesse momento, nesse período de tempo,
10:06consegui um presidente estar tão desacreditado.
10:08Então, se ele jogar a toalha e falar
10:11olha, realmente, eu não vou fazer,
10:14esse futuro não é o futuro que eu prometia,
10:17ele vai perder o resto da bolha que ele tem,
10:19que apoia ele,
10:20que é exatamente as pessoas que perderam o emprego,
10:23que, de alguma forma, perderam o emprego na indústria americana,
10:26que foi para outros países.
10:27Então, eu acho que ele vai continuar vendendo essa ideia.
10:31Isso é básico do comportamento dele.
10:34Ele vai continuar jogando a culpa para os outros,
10:36sempre jogando,
10:37já estou fazendo um acordo grandioso,
10:39grandioso, a China cedeu,
10:41o Xi Jinping vai me ligar,
10:43a Europa está se rendendo.
10:45E, na verdade, o que eu acho que
10:46o principal problema que ele teve
10:48é que ele sabia que ia ter algum tipo de choque,
10:52só que ele achou que todo mundo
10:53ia acabar cedendo para ele.
10:55E o que ele viu foi
10:56uma contrapartida muito grande.
10:59A Europa falando que vai reagir,
11:00a China vindo fortemente,
11:03no primeiro mandato dele,
11:04ele impôs Parifa para a China,
11:06o Biden continuou e a China não reagiu.
11:08Mas, dessa vez, a China falou,
11:09não, isso aqui chegou no nível,
11:11uma coisa é 20%,
11:12outra coisa é o que você está querendo fazer,
11:15chantageando o mundo como um todo.
11:16Então, eu acho que a resposta do mundo
11:18é que gerou essa piora.
11:20E ele, para não dizer que jogou a toalha,
11:23ele continuou indo com a aposta,
11:25mas o que eu falei no início é,
11:27eu acho que o empresariado americano como um todo,
11:30e vai sair o número
11:31da produção industrial americana hoje,
11:34provavelmente você vai ver
11:36o Fed bem preocupado
11:39com a desacceleração da economia,
11:40a possibilidade de recessão
11:41nos Estados Unidos crescendo.
11:43Então, de alguma forma,
11:44ele jogou a toalha,
11:45mas não vai admitir isso de jeito nenhum.
11:47Agora, Alexandre,
11:48ao mesmo tempo em que ele anuncia
11:49que vai, possivelmente,
11:51fazer um acordo com a China,
11:52ele também anuncia tarifas de energia
11:55ultrapassando 3.500%
11:58para esses quatro países
11:59na esfera de influência da China.
12:01Então, qual é o jogo?
12:03Realmente não dá para entender.
12:05Então, voltando ao comentário da Mariana
12:08que ela fez anterior,
12:09foi perfeito,
12:09não dá para saber o que o Trump fala,
12:11porque na cabeça dele,
12:12você não sabe o quanto é midiático,
12:14o quanto é só para poder,
12:17ele bate e vem depois alguém assoprar,
12:20não, eu faço isso,
12:21mas depois eu volto,
12:22realmente não sabe hoje.
12:24E o pior de tudo,
12:25é que acho que,
12:26aí voltando,
12:27eu não estou na cabeça do Trump,
12:29não sei qual é o pensamento dele,
12:30acho que ele tem um pensamento
12:32muito lastreado
12:35numa visão de mundo dos anos 70,
12:37antes da integração,
12:39ele vem de uma,
12:40vamos dizer,
12:40de um empresariado americano
12:43muito baseado
12:44numa visão antiga do mundo,
12:45sem ter uma integração completa.
12:47Agora,
12:49o que eu acho que está acontecendo
12:52é que a surpresa,
12:54quanto mais você adia
12:55essa situação,
12:58mais você vai estar gerando incerteza
13:00e mais está adiando investimento.
13:02Então,
13:03voltando,
13:03eu não sei quanto é midiático,
13:05quanto o Trump está fazendo
13:06esse aumento de tarifa,
13:07se ele vai lá na frente,
13:09a China não atende o que ele quer,
13:11ele vai continuar jogando,
13:12só que quanto mais ele adiar isso aí,
13:14provavelmente você vai ver
13:15uma situação muito ruim
13:16para os Estados Unidos
13:16nesse ano agora
13:18e provavelmente já levando
13:19para o ano que vem
13:20uma desaceleração
13:21da economia mundial.
13:22Agora,
13:23exatamente,
13:24porque tem esse aspecto
13:25do vai e vem
13:25e que gera esse mal-estar
13:27e desacelera de maneira imediata
13:29e tem algumas mudanças
13:30que acabam sendo mudanças
13:32que ficam
13:33ou que provocam aí
13:34deterioração de relações
13:35mais permanentes mesmo
13:37que demoram muito mais
13:37para ser reconstruídas.
13:39Inclusive,
13:39dentro dos Estados Unidos,
13:40a gente fala muito
13:41dos tarifas,
13:41da parte para fora,
13:43mas para dentro,
13:43pensando nas contas públicas,
13:45ele também fez diversas ações
13:46aí,
13:47seja retirando apoio
13:49a programas internacionais,
13:51seja programas nacionais mesmo,
13:52com vários efeitos
13:53sobre as universidades,
13:54redução de investimento
13:55em pesquisa
13:56na área de saúde,
13:57tem várias mudanças
13:59que geraram também
14:00uma chacoalhada,
14:01demissões em várias áreas
14:03ali do governo.
14:04Na tua opinião,
14:05tem como voltar atrás
14:07desse lugar,
14:07quer dizer,
14:08pensando um pouco
14:08na capacidade
14:09da máquina pública americana também
14:11e nessa estrutura
14:12mais forte
14:13de inovação,
14:14de pesquisa.
14:15Isso está mexendo
14:17de um jeito
14:18que vai ser difícil voltar
14:19ou também dá
14:21para fazer
14:21esse zigue-zague
14:22no campo interno
14:24da parte mais
14:24de finanças públicas?
14:25Esse, para mim,
14:27é o pior
14:28da situação
14:30como um todo,
14:30porque eu acho
14:30que os Estados Unidos
14:31perdeu
14:32a liderança
14:34do mundo
14:34do ponto de vista
14:35de confiança.
14:37Acho que o principal
14:38foi o próprio Canadá,
14:39que é o vizinho
14:40mais próximo,
14:41é o parceiro
14:42mais antigo,
14:42ele e o México,
14:43ele já jogou,
14:45falou,
14:45não,
14:45os Estados Unidos
14:46deixou de ser
14:47um parceiro confiável
14:48e eu não vou mais
14:49basear minhas relações
14:50nos Estados Unidos.
14:51Então,
14:51esse tipo de impacto,
14:54isso não reverte.
14:56Mesmo que o Trump
14:57voltasse atrás,
14:58provavelmente,
14:58nesse governo dele,
15:00não existe mais clima
15:01para você ter
15:02algum tipo
15:02de relacionamento
15:05de confiança
15:06com o governo americano.
15:08Em relação ao ponto
15:09dos cortes
15:10do governo americano,
15:11aí é uma questão
15:12até de partido.
15:15O Partido Republicano
15:16é a favor
15:16de uma diminuição
15:18do tamanho do Estado,
15:19de maior liberdade
15:20e o Partido Democrata
15:21é um pouco mais,
15:24digo,
15:25mas ele tem
15:27um fator maior
15:28de apoio
15:28ao Estado
15:29como indutor
15:30da economia.
15:32Só que,
15:32no caso das faculdades,
15:33eu acho que esse também
15:34vai ser um problema
15:35de longo prazo
15:35dos Estados Unidos,
15:36porque os Estados Unidos
15:38sempre foi
15:38um grande imã
15:40de mentes
15:41que vão para lá
15:42criar novos projetos,
15:44principalmente o Vale do Silício,
15:45tudo desenvolvido
15:46através de tecnologia.
15:47Os Estados Unidos
15:47não entenderam
15:48que o forte dele
15:49é o Trump,
15:50não entendeu,
15:50os Estados Unidos
15:50até entenderam.
15:51que o forte
15:52é serviço,
15:53que é tecnologia,
15:54que é patente,
15:56que é a criação
15:56de conceitos
15:57e a produção
15:58é feita em outros lugares
15:59por causa do custo
16:01como um todo.
16:01Então,
16:02esse tipo de situação
16:03de brigar
16:04com as faculdades,
16:05tentar impor
16:06uma doutrina
16:07na faculdade,
16:08vai fazer com que
16:09cada vez mais
16:10as pessoas procurem
16:10universidades na Europa,
16:12na Ásia
16:13e os Estados Unidos
16:14vai perdendo
16:14essa predominância
16:16na criação
16:17de novas ideias.
16:18isso,
16:18eu acho,
16:19para mim,
16:19é o que vai
16:19mais tempo demorar
16:22para realmente
16:22você voltar
16:23a ter o interesse
16:24pelos Estados Unidos
16:25como um centro
16:26educacional.
16:28Esse foi o
16:29Alexandre Jorge
16:30Chaia,
16:31economista,
16:31professor de finanças
16:32do INSPER
16:33e gestor
16:34da Carmel Capital.
16:36Muito obrigada,
16:36viu,
16:37pela sua entrevista
16:37e pelas suas informações
16:39aqui com a gente
16:39ao vivo no Agora.
16:41Um ótimo restinho
16:42de semana
16:42para você.
16:43Obrigado,
16:44São Paulo.
16:44Até logo,
16:45Maria.
16:45Bom dia.