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  • hoje
Como se define a saudade?
Confesso: não sei. Talvez nem queira saber.
É que saudade não é só ausência — é um grito mudo no peito, um eco de tudo que fomos e já não somos mais.
É o vazio que tem forma, cheiro, cor... e nome. O nome de quem se foi, mas ficou em nós.
Não se descreve a falta como se descreve o tempo ou a distância.
Falta não se mede em horas — se sente em suspiros.
A saudade é a ausência viva. É o silêncio que grita.
É o toque que a pele ainda lembra, mesmo sem presença alguma.
Saudade é querer voltar a ser quem éramos com aquele alguém ao lado.
É sentir falta de nós mesmos — daquela versão que só existia quando o outro existia junto.
É perceber que o amor deixou raízes mesmo depois da partida.
Ela machuca com delicadeza. Corrói sem pressa.
Não há palavra que abarque sua profundidade.
Talvez por isso eu não consiga defini-la — porque ela não cabe em dicionários, só em corações partidos.
A saudade que sinto é infinita.
Toca minha pele todos os dias como o vento que não se vê, mas se sente.
Ela vive em mim. E talvez... seja isso.
Saudade é tudo aquilo que nunca deixou de ser.

Categoria

Pessoas

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