O convidado do programa nesta quinta (24) pode até se chamar Cordeiro, mas é ele que vai te jantar (na porrada). Rafael, o homem responsável pelos punhos de aço do Mike Tyson e que não tem nada a ver com a voz fina de Anderson Silva, está no estúdio para falar tudo sobre os principais desafios na carreira de um lutador, comparando os atletas antigos com os atuais. Assista à entrevista na íntegra!
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Categoria
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DiversãoTranscrição
00:00Chegou o nosso convidado.
00:01Programa de hoje, um dos maiores
00:04coachs de MMA do mundo.
00:08Rafael, Rafael, cadê você meu bem?
00:12Cachorrão.
00:14O homem é uma fábrica de campeões.
00:17Dona do Kings MMA.
00:19Oh, respeitado e venerado mestre.
00:23Linguiça.
00:25Cara, que brincadeira essa.
00:26Rafael Correiro.
00:32Aí está o homem.
00:34Muito bem.
00:36Nós temos aqui, você sabe o que você tem de fã, né?
00:39Impressionante.
00:40Muito.
00:41Adoro.
00:42Você faz um trabalho assim, um trabalho.
00:45E o Brasil inteiro rende homenagem a você.
00:47Pô, parabéns, cara.
00:48Muito obrigado.
00:49É um prazer estar aqui com vocês.
00:51Já abriu o programa assim com essas palavras.
00:53Poxa, a gente acompanha.
00:54Não, mas é verdade, a gente acompanha o seu trabalho.
00:57E você esteve lá com os melhores, né?
00:59Quem vai fazer a pergunta?
01:00Gueré, vai fazer a primeira?
01:02Ó, a pergunta, eu acho que assim, porque, pô, o mundo da luta é uma parada que no Brasil
01:07é algo que muita gente já conhece, mas tem uma galera que não conhece tanto.
01:11Então eu queria perguntar como foi a transição de Curitiba, onde você já tinha um nome,
01:16já junto com o mestre Rudimar e tudo mais, já tinha um trabalho bem legal ali, bem desenvolvido.
01:22Pegou e falou assim, pô, quer saber?
01:23Eu vou para os Estados Unidos e vou vencer lá.
01:26Como é que foi essa chegada lá?
01:28Bem, foi em 2007.
01:30Nós mudamos os Estados Unidos em 2007.
01:32O mercado americano ficou muito forte.
01:34A gente estava indo do Japão.
01:36A Academia Shooter Box dominou o Japão por muitos anos.
01:38Total.
01:38E com a queda do Pride, o Pride foi vendido para o UFC, o mercado americano ficou muito
01:44forte.
01:45E com o mercado virou para os Estados Unidos, o UFC dominou tudo, era o campo para se abrir
01:50e indo para lá, abrindo a Academia, Academia Pequena, um trabalho de 17 anos lá, a gente
01:56conseguiu botar a Academia num patamar bem grande, levando a técnica de Curitiba, levando
02:01tudo aquilo que a gente aprendeu em Curitiba e hoje a gente pode dizer que tem um brasileiro
02:04levando a arte marcial brasileira para todo mundo.
02:07não apenas dentro da Academia, mas as pessoas que vêm visitar a Academia.
02:11Tem alunos do mundo inteiro, graças a Deus, que vão lá para aprender a cultura brasileira.
02:16Curitiba tem muita história, né?
02:17Sim.
02:18Se a gente pegar o Anderson Silva, o Vanderlei.
02:21Shootbox.
02:22Tem a turma inteira, veio de lá, né?
02:24O Pelé, tem muita...
02:25Tem histórias, tretas, briga.
02:27Você participou desse momento ou você já tinha vazado?
02:30Alguma coisinha você tem.
02:31Alguma coisinha você tem.
02:32Pula!
02:32Pula!
02:33Porque ele nem sabia, porque a gente nem imagina os bastidores
02:37que aconteceu.
02:38Mas eram outros tempos.
02:39Teve os tempos de...
02:40Pode só falar mais próximo com a gente.
02:41Teve os tempos de confronto, né?
02:44A gente está falando da década de 80, década de 90.
02:47As pessoas se confrontavam para ver qual era a melhor Academia.
02:49Sim.
02:49Até o UFC nasceu do...
02:51Vamos ver qual que é o melhor esporte, vamos ver quem que é o cara ali dentro.
02:54E nessa época, as academias realmente se confrontavam.
02:58Até...
02:58Vamos fazer eventos onde elas possam se confrontar dentro do evento.
03:01Então, nós participamos desde o começo dessa transição até hoje, graças a Deus.
03:0732 anos que nós estamos fazendo o MMA.
03:1032 anos só do MMA.
03:11Mas o...
03:11Para chegar onde chegou mais...
03:12Resolvia na rua aquela época.
03:13Mas era uma coisinha sempre.
03:15E a Japão ali era pequena.
03:17E era o Pride, né?
03:19Era o Pride.
03:20Que era uma coisa que não tinha muita regra, né?
03:23Não tinha regra naquilo.
03:24Tiro de mérito.
03:25Tinha, mas tem aquela luta.
03:27É do brasileiro, com aquele grandão.
03:28Sim.
03:29Que é uma luta clássica que tem do...
03:32O Minotauro e o Bob Sapp.
03:33Acho que é isso, né?
03:34O Minotauro e o Bob Sapp gigantesco.
03:36O Minotauro quase ficou paraplético naquela luta.
03:38Porque o Bob Sapp jogou ele de cabeça no chão.
03:40E o Minotauro terminou finalizando ele.
03:42O Pride, nessa época, Emílio, foi considerado o evento mais violento.
03:45Eram regras, assim, que se podia dar chute na cabeça no chão.
03:47Podia dar a joelhada no chão.
03:49Só não tinha cotovelar.
03:50Hoje você olha aquela regra e fala assim...
03:52A gente está acostumado com uma regra mais esporte.
03:54Sim.
03:54Eu acho que o esporte chegou nesse patamar aqui.
03:57Vamos tirar coisas que possam...
03:59Os caras têm que continuar trabalhando.
04:01Não adianta deixar o cara...
04:02Vamos fazer qualquer coisa.
04:04Vale tudo.
04:04Eu fiz vale tudo.
04:05A minha geração, a geração que fazia vale tudo.
04:07Que era sem luva.
04:09Era um round só de 30 minutos.
04:10Era uma loucura.
04:11Graças a Deus ninguém morreu.
04:12Mas era uma...
04:13Se você olha aquilo, era uma grande estupidez.
04:15Para a gente poder chegar onde a gente chegou hoje.
04:17Eu acho que quanto mais regras é melhor.
04:18Os caras podem lutar em dois, três...
04:20Em dois meses.
04:21Em três, três meses.
04:22E naquela época, para lutar em dois, dois, três meses...
04:25Acho que eu quero essas regras.
04:26Ia quebrar muita gente.
04:27Ô, mestre.
04:28Eu vi uma entrevista sua falando nessa questão de treinamento.
04:31Porque...
04:32Você falou, né?
04:34Não tinha regra.
04:35E na questão do treinamento...
04:37Vocês pegavam pesado também.
04:38Você até falou.
04:39Eu não sei como vai ser minha saúde daqui...
04:41Alguns anos.
04:42Como que você tem feito esse acompanhamento?
04:45E como que é hoje esse tipo de treinamento?
04:47De pegar mais pesado, pegar mais leve?
04:49Quando que é o momento de pegar mais pesado mesmo durante o treino ou não?
04:54Tem que se fazer.
04:55No passado, nós estávamos desenvolvendo esse esporte.
04:58Pode dizer que a nossa geração desenvolveu o que o MMA tem hoje.
05:02Regras foram criadas.
05:03Treinamentos foram mudados.
05:04Na época que nós competimos, nós fazíamos sparring todo dia.
05:08Todo dia.
05:08Tinha parte de treino e sparring.
05:11Nenhum ser humano consegue ficar fazendo treinamento e sparring todo dia.
05:15Vai criar uma lesão muito forte.
05:16Nós fazíamos treino pra ver quem aguentava mais porrada.
05:19Era uma época que...
05:20Ó, vamos ver.
05:21Pô, tô treinando meu queixo pra ver se meu queixo é resistente.
05:25Deu resultado.
05:26Porque ficou...
05:27Fizemos vários campeões.
05:29Mas com o tempo foi mudando, mudando, mudando.
05:30E hoje não tem necessidade de fazer todo dia sparring.
05:32O cara e sparring que você faz são lutas que você coloca no teu recorde.
05:36Você faz isso cinco vezes por semana e sparring.
05:38Tá aumentando o teu recorde.
05:39Mas tá aumentando bem as lesões.
05:41Então se diminuiu os impactos na cabeça pra que você possa prosseguir mais os treinamentos.
05:46Agora, a dor acostuma, né?
05:48Acostuma.
05:48Dor é um negócio esquisito, não é?
05:50Porque quando você sofre bastante dor, vira uma coisa normal, né?
05:54Normal, mas com o tempo...
05:56Você acha que é a cabeça que ganha a luta?
05:58É a cabeça.
05:58Por exemplo, tem aquela luta, que é a luta famosa do George Foreman.
06:02Com o Muhammad Ali.
06:03Que o Foreman era o grande campeão, né?
06:05E aí ele vai cansando, né?
06:09O Foreman.
06:10É a luta na selva, que foi no Zaire e tal.
06:13Que ele ganha aquela luta e ninguém esperava aquilo lá.
06:16Aquilo é muito mais da cabeça.
06:18Você acha que a cabeça também, ela conta muito ali na hora do...
06:22Tem que ter a cabeça no lugar.
06:24Hoje muitos atletas fazem terapia.
06:26Ah, parece...
06:27Os caras fazem.
06:28Muita responsabilidade.
06:30Acho que essa mídia social veio a trazer a responsabilidade de...
06:34Eu tenho que ganhar.
06:35Porque eu tenho pessoas que me seguem.
06:36Eu tenho que me apresentar bem.
06:37Pessoas que me seguem.
06:37E é.
06:38A responsabilidade também traz com isso...
06:42Mexe com você.
06:43Sim.
06:43Então muitos atletas hoje, eles buscam até terapia pra se achar...
06:47Pra tirar esse peso das costas.
06:48É.
06:49E que possa se apresentar bem.
06:50Hoje, Emílio, eu vou te falar que 80% cabeça e 20% físico.
06:54É tipo o Emílio.
06:55É.
06:56Ah, 80% cabeça.
06:58Ah, ele tá fazendo gracinha.
07:01É, te chamou de cabeça de Eiffel.
07:02Tem uma velha lá.
07:04Tem uma velha lá em Uberlândia.
07:06Ela teve aqui...
07:07Ela luta sumou essa velha.
07:08Se quiser treinar a velha, ela luta sumou.
07:10Só que ela não tem fio em casa.
07:12Ela gosta de outra cabeça.
07:14É, tem um Uberlândia.
07:15Não vou falar o golpe que ela dá.
07:16Ela teve aqui...
07:17É, a gente não gosta de falar...
07:19É uma senhora já.
07:21Ah, o que é isso?
07:22Ela finaliza sem ter isso.
07:23Ela tem uma chave de...
07:24Tadinha, ela já tá sem vio em casa.
07:27Ô, Mestre, agora falando desse...
07:28Então, vamos lá.
07:29Vamos já, já.
07:30Vamos lá.
07:32Então, quer dizer...
07:33O Eronda.
07:33O orgulho, o atleta que vai lá, né?
07:36Que nem você tá falando da rede social e tal.
07:38A rede social, por ter muito seguidor, você pode ficar orgulhoso, né?
07:41Que se sente o...
07:42Isso é um defeito.
07:44É um defeito?
07:45É um defeito do atleta.
07:46Mas o tatame é um lugar que vai esvaziar o teu ego.
07:49Sim.
07:50Vai esvaziar o teu ego.
07:51E eu aconselharia todos os pais a colocarem os filhos na arte marcial, porque o filho vai
07:55aprender a perder desde pequeno.
07:57E é importante você aprender a perder.
07:59Eu acho que hoje a geração tá acostumada muito a ter tudo.
08:02Então, acho que você colocar na arte marcial, saber que hoje você vai bater, amanhã
08:05você vai ser finalizado.
08:06É lá que você aprende.
08:07A minha academia é uma academia muito...
08:09A Kings MMA dos Estados Unidos.
08:11Nós estamos aqui em Campinas.
08:12Nós abrimos a Kings MMA em Campinas, em Cotia.
08:15Legal.
08:16Estamos bem representados em São Paulo.
08:17São uma das maiores academias que tem aqui, inclusive, de Campinas.
08:20É uma filosofia voltada à arte marcial, que dentro da arte marcial, que a gente tá
08:26falando da MMA, teve muitos atletas de MMA que não passaram pela arte marcial.
08:29Os caras já começaram treinando MMA.
08:31Direto.
08:31Então, eles não têm um mestre, eles não têm uma base.
08:35Eles têm um professor de boxe, eles têm um professor de judô, eles têm um professor...
08:38Mas não tem aquele cara que, olha, eu peguei esse cara e disse criança.
08:41Falou do Vanderlei.
08:42O Vanderlei Silva foi um cara que a gente...
08:44Poxa, o Vanderlei...
08:45Moleque, né?
08:46Do colégio.
08:47O Vanderlei foi um dos primeiros alunos que eu tive.
08:48Eu indiquei o Vanderlei pra fazer a sua primeira luta.
08:51Primeira luta do Vanderlei.
08:52Ele chegou na academia do colégio.
08:53Essa história é boa.
08:54Chegou na academia do colégio.
08:56Ô, o que vocês estão indo?
08:56A gente tá indo pro Rio de Janeiro fazer uma luta.
08:58Campeonato Brasileiro de Muay Thai.
08:59Falei, o Vanderlei tem uma vaga.
09:00Deixa eu falar com o Mestre Ruz de Mar.
09:02Chegou o Mestre Ruz de Mar.
09:02Mestre, vamos levar o Vanderlei.
09:04Você acha que o Vanderlei tá pronto?
09:05Tá pronto.
09:06Levamos o Vanderlei.
09:06O Vanderlei foi o que deu o nocaute mais rápido de nós cinco.
09:09Com a mala do colégio.
09:12Cabeludo.
09:12Só deu tempo de raspar o cabelo.
09:14Eu falei, Vanderlei, tem preço, calçom, nós vamos.
09:16E o Vanderlei foi o nome do evento.
09:17Então, acho que acreditar nas oportunidades.
09:19Ver um garoto como o Vanderlei.
09:21Com uma reputação que tem hoje, mas ninguém sabe como foi o começo do Vanderlei.
09:25Sim.
09:25Sabe, eu acho que muita...
09:26Trajetória, mestre.
09:27O direcionamento.
09:30Mas então, você tá falando da arte marcial.
09:32A arte marcial é o seu controle, é o seu autocontrole?
09:36É o seu autocontrole.
09:36É se controlar numa situação.
09:38A base é essa?
09:40Tem que ser.
09:41Porque o tatame, como eu falei, ele é muito igual.
09:43Ali o preto tendo com o branco, a esquerda tendo com a direita.
09:46Não interessa.
09:47Ali todo mundo é igual.
09:48Eu tenho várias bandeiras na minha academia.
09:52Pessoas que vêm de todos os países, eu peço atrás da bandeira.
09:55A bandeira de Israel tá no lado da bandeira palestina.
09:57Porque ali dentro do tatame não existe guerra.
09:59Mas todo mundo tá embaixo do mesmo sistema.
10:01E eu respeito, sabe, Emílio?
10:03Ali é o lugar que você tem que esvaziar o teu ego.
10:05E é muito importante perder.
10:07Muito importante perder.
10:08Agora, essa questão aí do ego e do autocontrole e tudo mais.
10:13A gente acompanhou muito Anderson Silva.
10:16Que era um cara que desestabilizava bem o adversário.
10:19Ele fazia umas gingadas assim.
10:21Que a pessoa, você via que ela desestabilizava ali.
10:24E muita gente falou que ele também perdeu por conta disso.
10:29Que talvez a arrogância dele de achar que...
10:34Pô, o cara é campeão.
10:36Ninguém batia Anderson Silva.
10:38E quando ele perdeu, falou assim...
10:40Ah, tá vendo?
10:40Fez muita graça.
10:41Extrapolou um pouco essa técnica dele de desestabilizar.
10:45E virou já soberba.
10:48Você acha que isso aconteceu em algum momento com ele?
10:52O que você acha dessa estratégia de desestabilizar e partir pra arrogância já também?
10:57Eu vou te falar.
10:58Às vezes, o crítico...
11:00Aquele que te apoia hoje vai te malhar amanhã.
11:03Você sabe muito.
11:04Fácil.
11:04Muito.
11:05Aqueles que vibram pra você enquanto você tava brincando e ganhando.
11:09Vão falar que é legal.
11:10Depois que você brincou e perdeu.
11:11Vão falar.
11:12E é normal.
11:12E por isso que deu problema...
11:14Dá muito problema dentro da arte marcial pros lutadores que ficam escutando muito mídia social.
11:18Você tem que focar no teu treinamento.
11:19Costumo falar que você tem que focar na tua raia.
11:22Não olha na raia do lado.
11:23Você fica olhando na raia do lado, alguém vai te passar.
11:25Eu vi o Anderson desde garoto na academia, virando campeão que virou.
11:29E às vezes as pessoas pegam a pessoa no dia errado.
11:32Pega o cara no dia errado.
11:33Aquilo vira uma realidade.
11:36Mas eu já vi ele, sabe, tratando muitas pessoas bem.
11:38Já vi ele bem sendo, bem recebido em vários lugares do mundo.
11:42Eu acho que o tempo é o senhor da razão.
11:44Quando a gente fala assim, o que você vai mostrar pro futuro quando você tem as vitórias?
11:48E o que você vai mostrar pro futuro quando você tem as derrotas?
11:50O Rafael...
11:51Só pra ficar nesse assunto ainda.
11:56Pegando carona nisso que o Morgado falou.
11:57A gente vê muito realmente a diferença dos lutadores, assim.
12:01Da galera mais old school.
12:02Que veio ali da década de 80, 90, começo de 2000.
12:06Pra essa galera que tá aí no hype mais ou menos há, sei lá, 10 anos.
12:10Ou até um pouco menos que isso.
12:12Qual é a diferença crucial que você olha e você fala assim.
12:15Putz, esse cara faltou tal coisa na base.
12:19Faltou tal coisa na estrutura.
12:20Pra que ele pudesse realmente seguir como um campeão.
12:23Porque a gente vê que a galera às vezes...
12:25Até nessa questão.
12:25O cara, pô, tá bem pra caramba.
12:27Perde uma luta.
12:28O cara, assim, desestrutura absurdamente.
12:31Qual é a diferença maior dessa galera?
12:33Hoje, as pessoas têm muito mais apoio do que a gente teve.
12:36Muito mais apoio.
12:37Hoje a gente quebrou uma estigma ali que o esporte era pra pitbull.
12:40Que você ia brigar na rua.
12:42Que você...
12:42Falou de brincadeira, negócio nas ruas.
12:44Mas ficou um estigma ali que os atletas só brigavam na rua.
12:47E era isso.
12:48Acho que quebrando essa estigma...
12:50Foi uma coisa que foi necessário na nossa geração quebrar.
12:52Pra que o esporte chegasse onde chegou hoje.
12:54Acho que a grande diferença é...
12:56Hoje já tá praticamente...
12:57O mato já foi aberto pra essa galera.
12:59Sim.
13:00Através dos nossos erros do passado.
13:02Eu, quando corrijo um aluno na academia...
13:03É muito fácil falar...
13:04Levanta a mão.
13:05Você tá fazendo errado.
13:06Eu falo assim, olha...
13:07Eu, quando lutei, eu abaixei a minha mão e tomei um soco.
13:09Então, o que eu posso aconselhar...
13:10É, levanta a mão.
13:12Porque eu errei.
13:14É muito fácil apontar pra você.
13:15Falar que você tá fazendo errado.
13:16Tá chutando errado.
13:17E esse tipo de discernimento...
13:18Hoje, a gente tem muito pouquinho mais do que a gente tinha no passado.
13:21Acho que a forma de ensinar hoje mudou bastante.
13:24Que é um mestre, né?
13:25Sim.
13:26Respeito o mestre.
13:26É um mestre.
13:27É um mestre.
13:27O mestre, Emílio, na maioria das vezes, o mestre é um título que lhe é colocado.
13:32Eu não vou me apresentar...
13:33Sim.
13:34Meu nome é mestre Rafael Cori.
13:36Eu não posso dizer isso.
13:37Eu fui intitulado a isso.
13:38Então, me deram esse título.
13:40Acho que pelo que eu fiz por muitos atletas...
13:42A gente tá falando de uma galera aí.
13:44E eu acho que essa é a base do mestre.
13:46E o Mike Tyson?
13:47Como é que era o Mike Tyson, assim, na...
13:49Olha, eu fiquei com o Mike seis meses em Las Vegas pra última luta dele.
13:55Eu já treino ele há cinco anos.
13:57Com o Jake Paul lá.
13:58Com o Jake Paul, aquele...
13:59O youtuber.
14:00Que não é mais youtuber.
14:01O cara virou um baita lutador.
14:03Revolucionou o bote.
14:03Revolucionou.
14:04É o nome do momento.
14:05Todo mundo quer fazer com ele.
14:07Sabe que ali é uma fonte de renda violenta.
14:10O nome dele leva público.
14:12Ele tem a mídia a seu favor.
14:14Então, hoje, todo mundo quer lutar com o Jake Paul.
14:16Eu já treino o Mike há cinco anos.
14:18Eu treinei ele pra quando ele fez com o Roy Jones Jr.
14:21Na primeira luta.
14:22E agora, treinei ele pra essa luta contra o Jake Paul.
14:25A gente ficou seis meses em Las Vegas.
14:27O Mike, as pessoas veem aquele cara agressivo.
14:29Aquele cara, sabe, que muda aquele giro rápido.
14:34Mas tem uma história, Emílio, por trás.
14:36Assim, um garoto de 12 anos que...
14:38Sabe, que viu a mãe, por exemplo, em casa.
14:40Sabe, a mãe prostituta.
14:42O pai era a manager da mãe.
14:44Imagina uma criança de 12 anos.
14:45Tá quebrada mesmo do cara.
14:46Sim.
14:46Dobrou.
14:47Imagina uma criança de 12 anos ver a mãe entrando com vários homens todo dia.
14:51O pai agenciando.
14:52Ele dizia que o quarto dele tinha fezes humanas e tinha fezes de animal.
14:55Meu Deus.
14:56Daí os caras veem um cara querendo matar todo mundo.
14:59Não.
14:59A realidade dele era uma realidade diferente do que essa galera...
15:02Família zoada, né?
15:03Só que quando você vê na televisão, fala assim, cara, é um monstro.
15:05Mas o que levou esse cara ali?
15:07Tinha dias que eu ligava pro assessor do Mike, que chamasse Mike também.
15:10Eu falava, como é que ele tá hoje?
15:11Ele tá quieto.
15:13Então, eu já sabia como é que ele tava, como eu tinha que tratar com ele.
15:15Como é que ele tá?
15:16É bom ligar pro assessor antes.
15:18Tá de boa hoje?
15:19Tem que ver a biruta.
15:20Como é que tá o vento?
15:21Não, porque o saber como ele tá ia ajudar muito o meu treinamento.
15:25Sim.
15:26Eu ia poder tirar o máximo dele, ou eu sabia o limite que eu poderia ir, porque eu sabia
15:30que aquele dia não era um dia bom.
15:31Sabe um cara do bem, um cara que trata todo mundo bem.
15:33Tem muitos lutadores que nunca vão chegar no patamar, mas nem perto do que é o Mike Tyson.
15:38Ah, sim.
15:38Mas nem perto.
15:39E já trata um público, os fãs, que eu não vou tirar foto com esse cara, das costas.
15:43Ele tira foto com todo mundo.
15:45Eu costumo falar, aonde ele entra, mexe com o ambiente, poxa.
15:49Porrido, né?
15:50E como foi que ele chegou até você?
15:52E como foi a sua reação de falar, porra, ele tá me procurando pra treinar esse cara
15:56que todo mundo acompanhou, eu acredito que você também, acompanhava as lutas e falava,
16:00cara, é sério mesmo que eu vou treinar o Mike Tyson?
16:03Como foi essa questão aí?
16:04Eu sempre andei com pessoas em volta do Mike, pessoas que são o manager do Mike,
16:09que é um grande amigo meu, que é o Rob.
16:11Na época era o Rob.
16:12E teve a primeira semana de pandemia.
16:14Então o Rob me ligou e falou assim, ó, o Mike quer voltar a lutar.
16:17Quer voltar a treinar, desculpa.
16:18Quer voltar a treinar.
16:19Você pode vir treiná-lo?
16:21Primeira semana de pandemia.
16:22O coraçãozão veio na boca.
16:23Falei, meu Deus, ele quer?
16:24Falei, eu vou.
16:25Então começou assim o treinamento, primeira semana de pandemia.
16:28Eu tinha a oportunidade de treiná-lo.
16:30E depois daquele treino a gente nunca mais parou.
16:32E foi uma coisa que foi um diferencial.
16:34Porque depois daquele primeiro treino, ele voltou a lutar.
16:37Demais.
16:37E o Instagram, kingsmma__hp.
16:43Pra você que está no rádio.
16:44Já já a gente volta.
16:46Boa.
16:46Posso dar uma pideboada?
16:47Só fazer uma colocação.
16:49Primeiro, que a gente deveria enaltecer mais os nossos ídolos do esporte.
16:54E você é um cara que merece o nosso respeito.
16:56Obrigado.
16:56Porque todo mundo que gosta de UFC, MMA, cara, é importantíssimo.
17:01E estar lá com o Mike Tyson, quando você estava contando desses bastidores, cara, convencer
17:05o Mike Tyson, né?
17:06Do trabalho, da tua história.
17:08E eu vi já em depoimentos que você teve o primeiro treino com ele.
17:12Como é que você se preparou?
17:13E como que você convenceu o Mike Tyson?
17:15Eu queria que você dividisse esse bastidores.
17:16Então, o primeiro treino, ele perguntou se você sabia fazer a bandagem do boxe.
17:19No telefone.
17:20Você faz a bandagem do boxe?
17:21Bandagem.
17:22Bandagem que é...
17:22Na mão.
17:23Na mão.
17:23Fazer a mão do boxe.
17:24E faixar a mão.
17:25Você faz a bandagem do boxe?
17:26Que é diferente da bandagem do MMA.
17:28E eu, claro, acho que faço.
17:30Nós.
17:32Juízo.
17:33Então, beleza.
17:33Então, fechou.
17:34Amanhã eu te espero aqui.
17:35Então, tá bom.
17:35Chamei a minha filha na home.
17:37Vem aqui.
17:38Botei a minha filha sentada.
17:40O YouTube.
17:41Tutorial de bandagem.
17:42Tutorial de bandagem.
17:43Fiquei.
17:44Eu fiquei 12 horas fazendo bandagem igual do boxe.
17:4712 horas.
17:47De um dia pro outro.
17:48Trocar.
17:49Minha filha, minha esposa.
17:50Anjo, vem aqui.
17:52Minha mulher ali fazendo.
17:53Chegou no dia pra estar pronto pra aquele momento.
17:55Então, me preparei na parte da bandagem assim.
17:58A partir daquele treino.
17:59Aquele primeiro treino.
18:01Foi na garagem da casa dele.
18:03E foi uma coisa emocionante.
18:05Não só pra mim, mas pra família.
18:06O filho dele nunca tinha visto ele treinar.
18:08O filho dele nunca tinha visto ele fazer o boxe.
18:11Imagina.
18:11Nunca tinha visto o pai.
18:12Aquela fera do boxe.
18:13Eu nunca vi meu pai treinar.
18:14Fora que a casa dele é maluco.
18:16Tem umas pombas.
18:16Tem um monte de doideira.
18:19Depois eu chego na pomba.
18:20Você vê por que ele começou a lutar.
18:21Ele tá interessando na pomba.
18:21Tem a pomba envolvida aí.
18:23Tem uma pomba envolvida.
18:24Todo mundo na garagem.
18:26Terminou o treinamento.
18:28Ele cansou um pouco no primeiro treino.
18:30Faziam 13 anos que ele não treinava.
18:32Caramba.
18:3213 anos que ele não treinava.
18:33Então, no primeiro treino, deu 3 a 5 minutos.
18:36Ele já cansou.
18:37Ele falou, tá bom pra mim.
18:37Tá bom pra mim.
18:38E ele entrou.
18:39O filho apavorado.
18:40Meu pai é fera.
18:41Meu Deus.
18:41Meu pai é tudo isso que falaram realmente.
18:43E pegou.
18:44Entrou.
18:44E foi todo mundo atrás dele.
18:46Eu falei, puxa, fiz.
18:47Acho que foi legal.
18:48Se não fosse pra mim, a minha experiência.
18:50Falei, cara, fiz um tempo.
18:51Já treineu, cara.
18:52Valeu.
18:52Valeu.
18:53Já tá.
18:54Já tá no currículo.
18:55Peguei isso aí.
18:56Foi todo mundo pra dentro.
18:57Tava sozinho.
18:58Saio.
18:59Tô indo pro carro na rua.
19:00Saio ele de cueca com a bandagem na mão, correndo assim.
19:03Coach, coach, coach.
19:04Falei assim, você pode voltar amanhã?
19:06Falei, posso.
19:07Caramba.
19:08E isso se faz.
19:09Cinco anos se passaram.
19:10Que demais.
19:10E virou uma parceria grande.
19:11Ele viaja.
19:12Mas não assustou ele correndo de cueca atrás de você?
19:13Meu Deus.
19:14É minha vez.
19:16É minha vez.
19:18Ele é um maluco, cara.
19:19Mas é um maluco do bem.
19:21É um cara que você vê a...
19:22Tem a ver ingenuidade nele.
19:26O cara tem coisas assim que ele fala...
19:27Poxa, nem parece que saiu dele.
19:29Tem o lado quinta série dele muito legal também.
19:31E a mulher manda, né?
19:32Fala assim, você não vai ter nada, você vai sim, né?
19:34Tem uma história ouvindo...
19:35A Kiki é a Kikomanda.
19:37É o Emílio lá, é a Kiki.
19:39Vai lá.
19:41Teve uma empresa inglesa que foi filmar o Mike na academia.
19:44Tinha mais de 20 pessoas filmando o Mike.
19:46E eu comecei a fazer a mão dele.
19:48Não vou treinar hoje.
19:49Pra mim tá bom.
19:50Mas tinha muita gente, muitas câmeras.
19:52Não vou treinar hoje.
19:54Tá bom.
19:54Pegou, foi, deitou no sofá lá e ficou deitado.
19:57Não vou treinar, não vou treinar.
19:58Todo mundo, ó, o Mike não vai treinar hoje.
20:00Toca o telefone.
20:01O assessor dele, a esposa.
20:02Eu só vejo o assessor dar o telefone pra ele assim.
20:06Fala, amor.
20:07Tá bom.
20:09Tô no polichinelo.
20:10Você tá fazendo a gente perder a admiração pro nosso ídolo.
20:13Não, não perca, porque você tem mulher também.
20:15Ela manda igual.
20:16Tu tá ligado.
20:17Daí foi o que aconteceu.
20:18Daquilo ali eu vi que realmente...
20:20Ela dá um direcionamento.
20:21Não sei o que foi falado.
20:22Só sei que ele fez um dos melhores treinos da vida dele.
20:26Professor, tem muita gente que...
20:28Falando do atleta, né?
20:30A gente sempre fala da questão do futebol.
20:32O teu jogador de futebol e tem o atleta.
20:34E tem também o lutador e o atleta, porque às vezes aquele que desempenha a função,
20:40ele não gosta da parte atlética, de se preparar.
20:43Ele tem todo aquele talento, mas ele...
20:45Isso acontece também com os lutadores?
20:47Muito boa pergunta.
20:48Mudou muito o esporte.
20:49Mudou com o George St. Pierre.
20:51Pode dizer que ele foi o primeiro atleta.
20:53George St. Pierre foi um campeão do UFC.
20:54Sim.
20:55Com uma fera brava, um canadense.
20:57Poxa, botou um novo estilo de luta.
20:59Eu acho que, se você falasse...
21:01É aquele barbado.
21:02Barbar.
21:02Não, não.
21:03Careca.
21:03Como chamava o barbalha, que tinha uma barba?
21:06Esse era o Roy Nelson.
21:07O Gordinho.
21:08O Gordinho.
21:08O Gordinho.
21:09O Gordinho.
21:09O Gordinho.
21:10E...
21:11O que a gente estava falando?
21:13Do hoje.
21:13O atleta.
21:14O atleta.
21:15Hoje, por exemplo, a gente vê muito mais atletas do que lutadores.
21:19A nossa geração era lutadores.
21:21Caras que estavam descobrindo o jeito de perder peso, o jeito de treinamento, como a suplementação
21:27que você tinha que tomar.
21:28A partir do George St. Pierre, os caras viraram atletas.
21:31Caras que já tinham rotina.
21:32Era um treino extra de natação.
21:34Era um treino extra de yoga.
21:36Muitos caras faziam yoga para controlar a respiração.
21:38Então, acho que é essa diferença do passado para agora.
21:41Os caras de hoje são mais atletas profissionais do que nós fomos no passado.
21:46Me dá a honra de uma pergunta para o mestrão.
21:48Opa!
21:49Mestrão!
21:50O mestrão!
21:50Um testemunho que o senhor passou aí desse negócio de criança no...
21:54Na arte marcial.
21:56Para quem é um pai que vê a criança, o que muda a disciplina?
21:59Eu tenho uma filha no jiu-jitsu e essa é a pergunta.
22:01Porque às vezes parece que você só quer trazer o pai e ir lá levar o filho para pagar a mensalidade.
22:06Mas a mudança de personalidade, de tudo o que faz o arte marcial numa criança.
22:12Por que isso a gente nunca vai ver numa escola?
22:15Uma arte marcial nas escolas públicas, estaduais e por aí vai.
22:19Olha, é muito importante.
22:21Tem vários políticos que tentaram.
22:23Inclusive o mestre Rujumar, em Curitiba, tentou por muitos anos botar arte marcial nas escolas, nas comunidades.
22:30A gente viaja sempre para Abu Dhabi, para Dubai, que tem os UFCs lá.
22:33E lá, o Renzo Gracie, muitos anos atrás, introduziu o jiu-jitsu lá.
22:37E mais de 600, 700 escolas tem o jiu-jitsu.
22:39É um sucesso lá.
22:40Famílias, famílias.
22:41Famílias, todo mundo tem...
22:42Tem cheias que são faixas pretas do Renzo.
22:45Então o jiu-jitsu foi introduzido nas escolas lá.
22:47Os brasileiros levaram a nossa cultura para lá.
22:50E é uma coisa assim que está mudando.
22:52Sabe, hoje você vê crianças de 7, 8 anos que tem o mesmo nível de faixa preta.
22:56Legal.
22:57E eu estou falando nível de faixa preta.
22:59Porque eles treinam os mesmos drills que um faixa preta treina.
23:03E eu acho que isso faz uma diferença.
23:04Porque as crianças começam a viver como atletas.
23:06Nós temos uma escola nos Estados Unidos que começa às 6 horas da manhã a primeira aula.
23:10Tem 80, 90 crianças numa aula.
23:14E todas as crianças são homeschool.
23:17Essa escola só pega crianças homeschool.
23:19Eles estão investindo naquela criança para aquela criança virar um futuro atleta.
23:23Muito legal.
23:23É, mas não é nem para o cara virar atleta.
23:25É aquilo que você falou.
23:26Disciplina.
23:27Disciplina.
23:27Se você tem um filho, você coloca ele, para ele ter essa disciplina, para ele aprender como é que funciona,
23:34vai virar uma outra pessoa.
23:36É impressionante, né?
23:38Hierarquia, disciplina.
23:39Você aprende muito.
23:41O respeito.
23:41Você aprende muito ali o respeito.
23:43A gente ia muito para o Japão, né, Emílio?
23:44O que eu costumo falar.
23:45Fui 52 vezes para o Japão.
23:46Cara, né?
23:4752 vezes para o Japão.
23:4850 vezes saindo de Curitiba e duas vezes saindo dos Estados Unidos.
23:52E no Japão nós treinávamos na Academia do Pride, na época,
23:54que tinha um professor de judô e tal.
23:57A gente chega lá, chega uma senhora com o filhinho dela, para uma Mercedes na frente da Academia,
24:03criança entra, terminou o nosso treino, começou a aula de criança.
24:06Essas crianças treinaram e o tatame estava super lavado.
24:09Terminou a aula, a criança com a vassoura e limpando o tatame, passando o rodo do tatame.
24:14Falei, caramba, acabei de ver uma criança saindo de uma Mercedes ali e está fazendo isso.
24:19Disciplina.
24:19Quanto mais você abaixa, mais respeito se mostra.
24:22No Japão, quanto mais curva a cabeça, mais respeito se mostra.
24:25Então, acho que a arte marcial faz você curvar a cabeça.
24:28É isso aí.
24:28É isso aí.
24:29É bacana.
24:30Bacana esse pensamento.
24:33E tem que levar para a vida.
24:35Eu acho que você não pode ser só um professor no tatame.
24:37Se você é um professor só no tatame, isso aí é legal, eu não sou mais professor.
24:40Tudo que as pessoas botam, os títulos que as pessoas colocam em você,
24:43só é válido quando você está no tatame.
24:44Não, você tem que levar para fora.
24:46Levar para fora.
24:46O anti-bullying que nós treinamos na academia é...
24:49As pessoas têm que respeitar pela tua postura.
24:51Você não vai sair batendo num cara porque o cara te enfrentou, não.
24:54O cara não pode deixar o cara te encostar.
24:56Aí é diferente.
24:56Sim.
24:57Então, a postura que você aprende no tatame é diferente.
24:59Porque você está enfrentando todo dia,
25:01confrontando pessoas que são melhores que você.
25:04Às vezes piores, mas às vezes melhores.
25:06E esse respeito o tatame dá.
25:08E já aconteceu em todos esses anos, você tem que disciplinar pai também,
25:10que fala assim, ai, meu filho, meu alecrim dourado.
25:14Disciplinar pai e criança também, que chega enjoado e você fala,
25:17eu evoluí essa pessoa e estou com orgulho de fazer a pessoa melhor.
25:22Não no Brasil, mas sim nos Estados Unidos.
25:24O americano é muito competitivo.
25:26Eu já estou há 18 anos em Los Angeles, ali.
25:28E isso é uma das coisas que eu achei estranho.
25:31Nós dando aula, todos os meus professores dando aula para as crianças,
25:34e os pais, vai lá, não sei o que.
25:36Eu olhava, não torce, né?
25:37Como é que eu pensei?
25:38Não torça, não torça.
25:40Faz isso, isso, isso.
25:41E uma dessas, eu cheguei para o pai e falei, não fale isso.
25:44Porque não é você que está no tatame, é o teu filho.
25:46Então não fique dizendo o que ele tem que fazer ou não tem que fazer,
25:48deixe que eu fale.
25:49E no tatame, só o professor tem que falar.
25:51Se um pai vai lá para torcer pelo filho, ele já está atrapalhando a educação do filho.
25:55Deixa que no tatame, os professores sabem como educar uma criança.
25:58É, americano é chato.
26:00Ele tem que responder.
26:02Se você não ganhar no argumento do americano, ele vai para a vó.
26:05Não, não é.
26:06Ele tem que ser filho.
26:06O americano, o problema dele é o vizinho dele.
26:09Ele tem que ser melhor que o vizinho.
26:10É o vizinho.
26:10Não, não, é o vizinho.
26:11Ele tem que ser melhor que o vizinho.
26:13E eles se metem na tua vida, é um horror.
26:15É assim, nessa parte, assim é...
26:17E você mora onde lá?
26:18Eu moro em Huntington Beach.
26:19Huntington Beach é meia hora de Los Angeles.
26:22Já está radicado nos Estados Unidos, já há 17, faz 18 anos agora.
26:26Foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida.
26:27No sentido assim, é de poder levar o nome brasileiro, levar o meu nome para outro patamar.
26:32Realmente, se eu estivesse naquele momento em Curitiba, eu não poderia estar treinando, por exemplo, Tyson.
26:36Sim.
26:36Então, eu tive a oportunidade de treinar grandes caras.
26:38Fiz filme nos Estados Unidos.
26:40Fiz, poxa, foi, abriu assim, uma porta muito grande.
26:44Uma porta que, de repente, é um brasileiro levando.
26:46E a Califórnia é legal.
26:48Você vai estar fazendo uma palestra no sábado, é isso?
26:50Eu tenho uma palestra em Los Angeles.
26:51Em Los Angeles.
26:52Uma palestra em Los Angeles, sábado, uma grande empresa.
26:55E estou muito feliz, dando muitas palestras, não só lá como aqui também.
26:58Estamos fazendo eventos aqui no Brasil, para lançar a nossa marca.
27:02Você vai fazer evento aqui onde, no Brasil?
27:04A gente vai fazer em Curitiba, em julho.
27:05A gente vai estar lançando o energético lá, que vai ser um sucesso.
27:08Ah, é o seu patrocinador, esse energético?
27:10Na verdade, olha aí, Emílio.
27:12É a marca.
27:13Ah, é aqui para mim?
27:14É assim.
27:15É bom isso aqui?
27:16Emílio.
27:17Qualité, isso aí, poxa, sem açúcar.
27:20Então, essa é a nossa marca.
27:21Porque esse é um...
27:21Ó, tem LKMT, né?
27:23Sim, sim, sim.
27:24Energy Drink.
27:25É, Kings Power Nutrition.
27:26Rafael, é o cordeiro aqui, ó.
27:27É a marca do que?
27:29Assinado, meu amigo.
27:30Assinado.
27:30Obrigado, ó.
27:31A gente chegou forte no mercado, estou muito feliz.
27:33E estamos divulgando o evento junto com o energético.
27:36Vai ser em Curitiba quando, Yin?
27:38E vai ser no final de julho, em Curitiba.
27:41Nós temos, inclusive, o Instagram, que é Kings Power Nutrition.
27:46As pessoas podem entrar lá para ter mais informações.
27:48E esse é o nosso grande bebê agora, Emílio.
27:50Vendendo Saúde.
27:52Muito bacana.
27:53E as pessoas gostam, cara.
27:54Sim.
27:54E os Estados Unidos é uma grande febre, isso.
27:55A gente vai estar levando para lá também.
27:57Show.
27:57As pessoas logo vão estar ligadas.
27:58É o nosso boots metabólico.
28:01É isso aí.
28:02Sensacional, cara.
28:03Complexo B, colágeno.
28:04Agora, aí sim.
28:06Legal, hein?
28:07Pô, obrigado.
28:08E obrigado você ter vindo trocar do Mendeia aqui com a gente.
28:11Sensacional, baita honra.
28:12Então, você que está indo para Los Angeles agora, no sábado, você pode...
28:16Na palestra.
28:17Na palestra.
28:17Eu só queria, rapidinho, para expressar minha admiração para vocês.
28:22Obrigado.
28:22Eu acompanho vocês há muito tempo.
28:24Olha, muitos anos ouvindo vocês.
28:26Emílio é um gênio.
28:27As pessoas quando falam isso, não é da boca para fora, porque são um gênio mesmo.
28:32Você conduz isso.
28:33Em grandes momentos da minha vida, eu tinha vocês para me alegrar.
28:37No momento preciso, eu tinha vocês para me alegrar.
28:39E fico muito feliz de estar aqui com vocês hoje.
28:41Pô, parabéns aí pela história.
28:42Valeu, obrigado.
28:43A gente é uma honra.
28:44Pô, obrigado você ter vindo.
28:46É uma honra receber você.
28:47Você sabe que a gente é muito fã aqui no Brasil.
28:50A gente é muito fã aqui do esporte e tal.
28:53E, pô, obrigado pela sua participação.