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00:00Começa agora 98 Talks, conectando a 98 a Rede Mais Record, da capital para as regiões Sul, Norte e Zona da Mata Mineira.
00:1919 horas e 2 minutos, entrando no ar mais uma edição do 98 Talks por todos os canais da Rede 98.
00:24Você já sabe, mas não custa nada repetir 98 FM 98,3, a nossa nave-mãe onde nossa história começou.
00:32198 e 6, 198 na Claro TV, tem TV aberta 29.1, digital, Belo Horizonte 22, Sete Lagoas.
00:40Nosso aplicativo está disponível na Google Play, na App Store, é só baixar, levar a gente onde você quiser.
00:45Rede98.com.br é o nosso novo site, rede98.com.br.
00:50Entre lá no site, acompanhe todas as informações da Rede 98.
00:55E nós estamos também no YouTube, youtube.com.br 98live.
01:00Dê o seu like e inscreva-se no canal.
01:02O 98 Talks vai ao ar também pela Rede Mais, afiliada Record, no interior de Minas.
01:08No sul de Minas, na Zona da Mata, no Norte Mineiro.
01:11E tem o Vale do Aço, em Timóteo, a 97.1 Vox FM.
01:15Ao todo, mais de 400 municípios em toda Minas Gerais ficam ligados conosco nesse nosso 98 Talks, que está apenas começando.
01:24E se você quiser participar, é fácil.
01:273199-316-9898 é o nosso WhatsApp, claro.
01:313199-316-9898.
01:36Para começar o nosso programa, eu tenho ao meu lado Luiz Fernando Rocha, diretor de jornalismo da Rede 98, que há muito tempo estava ausente do Talks.
01:45Eu fiquei sabendo que o cachê que ele pagava não era o cachê elevado que Vossa Excelência merecia, mas parece que se acertaram agora.
01:52Nós pudemos pagar o seu cachê e você está de volta. Boa noite.
01:55Boa noite. Eu estou aqui sempre por amor. Boa noite a você, boa noite a quem nos acompanha de casa.
01:59O dinheiro não me interessa.
02:01E você também é uma pessoa bem sucedida, é assim. O dinheiro não me interessa.
02:04E cínico, né? Bem sucedido e cínico.
02:06E cínico, exatamente. Economista-chefe da FIENG, João Gabriel Pio está conosco.
02:12João, muito obrigado pela sua presença aqui. Uma ótima noite.
02:15Boa noite. É um prazer estar aqui e poder falar sobre um tema tão relevante.
02:18A economia sempre é relevante e acaba impactando todos em alguma medida.
02:22Principalmente nesse tema, que precisa ser melhor discutido para ser melhor entendido, porque há superficialidades nesse entendimento, né, João?
02:30Então, esse tema é central e, sem dúvida nenhuma, terá consequências muito significativas para a economia brasileira.
02:35A escala 6x1, ela prevê seis dias consecutivos de trabalho para um dia de folga e está no centro dos debates no Brasil.
02:43Começou com um vereador no Rio de Janeiro, um influencer no Rio de Janeiro, que depois tornou-se vereador.
02:50E depois amplificou-se com a discussão da deputada federal, Érica Hilton.
02:54Recentemente, ela protocolou uma proposta de emenda à Constituição para abolir esse modelo de jornada.
03:02A proposta da deputada Érica Hilton visa reduzir a carga horária semanal de 44 para 36 horas.
03:10Ou seja, uma jornada de 4 por 3, que é a proposta dela.
03:14Sem que se alterasse a jornada diária de 8 horas e sem que sofresse nenhuma redução salarial para aqueles que tivessem esse impacto de redução de jornada.
03:23Nós tentamos falar com a deputada Érica Hilton, fomos a Brasília.
03:28Pessoas ligadas ao partido, pessoal, muito próximas à Érica Hilton, fizeram um convite para que ela participasse conosco nesse nosso 98 Talks.
03:36Não obtivemos resposta pela participação da deputada federal, Érica Hilton.
03:41Mas os microfones da 98 estão abertos para que ela possa explicar a sua posição e debater conosco abertamente essas questões.
03:49Qual que é a questão, Paulo? Desculpa eu te cortar.
03:51Claro.
03:51Eu acho que o mais importante, por que a gente convidou para que a deputada estivesse conosco aqui?
03:56Enquanto o projeto é um projeto, foi apresentado um projeto de emenda constitucional,
04:02e está sendo discutido na Câmara dos Deputados, pelos deputados do Brasil inteiro,
04:07é uma... é uma... é normal, né?
04:10Os projetos são apresentados, são discutidos.
04:12O problema é quando isso começa a atingir um outro patamar de debate e vira um debate ideológico,
04:18que é o que está acontecendo.
04:20O Brasil tem hoje a prática da escala seis dias trabalhados para um dia de folga,
04:25é uma prática legal, a prática negociada, o tempo de trabalho negociado é menor do que isso,
04:32mas para o discurso se considera que todo trabalhador trabalha seis dias e folga um,
04:36que não é verdade,
04:38e se vendeu para a população a história de que ele vai trabalhar menos para ganhar o mesmo tanto.
04:43O que também não é verdade.
04:44O que também não é verdade.
04:45E é o que nós começamos a compreender com o estudo que foi feito pelo nosso nobre economista que está aqui do meu lado,
04:52João Gabriel, que é o economista-chefe da FIEM,
04:54ele coordenou esse estudo, que foi um estudo de impacto econômico da mudança dessa realidade,
05:00de um tempo legal de seis dias para um,
05:03e o tempo negociado que é um pouco menor que isso,
05:06para uma imposição constitucional de quatro dias trabalhados para três dias de folga.
05:11O que mudaria, numa canetada, uma realidade diferente do que está sendo vendido para a população.
05:17Vai afetar outros setores da economia.
05:19E tudo isso ignorando dois aspectos fundamentais, a qualificação da mão de obra e a produtividade.
05:25Principalmente esses dois aspectos.
05:26Essa é a questão.
05:27É o cerne da discussão e é onde a gente trouxe o João Gabriel para falar conosco aqui hoje.
05:31Por que nós trouxemos hoje?
05:33Ontem a deputada Erika Hilton fez uma postagem,
05:36onde ela questiona o estudo que foi feito,
05:38e diz que neste estudo foram apresentados números inventados.
05:42Você está vendo aí.
05:43Poste está no ar.
05:44Na nossa tela.
05:45Está aí o poste da deputada Erika Hilton,
05:48em que ela questiona,
05:49e o fundamento principal é desacreditar a tecnologia e os números levantados
05:55pelo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
05:58E eu queria fazer exatamente essa primeira pergunta,
06:01se você me permite, Paulo.
06:01Fique à vontade.
06:02Você me desculpa, eu não estou ancorando.
06:03Mas eu acho que há uma troca importante aqui.
06:06A ancoragem é um aspecto de divisão de responsabilidades.
06:09Fique à vontade.
06:09Muito obrigado.
06:10Obrigado pela gentileza, inclusive.
06:13João, eu queria fazer essa pergunta para você primeiro,
06:15porque eu acho que é essencial a gente começar compreendendo essa conversa.
06:19O que tem de verdade no que foi dito,
06:22especialmente nessa argumentação usada pela deputada?
06:27Os números que foram usados foram inventados?
06:31Bom, boa noite novamente.
06:34Acho que essa pergunta é muito pertinente.
06:36E o primeiro ponto que eu gostaria de colocar sobre isso
06:38é que a minha percepção,
06:40e eu também não consigo afirmar de uma maneira exata,
06:44é que a deputada não chegou a ver o estudo.
06:47Porque os fatos que ela colocou no post,
06:50na publicação dela, não condiz com a realidade.
06:53Primeiro que o estudo está publicado na íntegra.
06:55Só entrar no site da FIENG,
06:57olha lá, tem metodologia, tem toda a explicação.
07:00Ele não olha simplesmente só o impacto,
07:02ele traz todo o cenário econômico,
07:05sobre produtividade, horas efetivamente trabalhadas no Brasil,
07:09e compara isso ao cenário internacional.
07:11E a partir dessa contextualização,
07:13ele mostra o efeito na economia.
07:16Qual foi a base de dados que foi usada para fazer esse estudo?
07:18Então, acho que o primeiro ponto,
07:20antes de colocar, e eu acho fundamental,
07:22é que a FIENG,
07:23e eu estou falando especificamente como gerente da gerente de economia,
07:27ela tem um papel fundamental de esclarecer para a sociedade temas diversos,
07:32e trazer isso de uma forma técnica, muito bem explicada.
07:36E aqui você está só alguns estudos,
07:38que utilizou metodologia semelhante,
07:40e teve uma repercussão nacional muito significativa.
07:43Um deles, por exemplo,
07:44é o impacto econômico da violência contra a mulher.
07:47Nenhuma outra instituição tratou isso,
07:49seja acadêmica ou qualquer outro,
07:52o próprio partido dela ou ela.
07:53E esse é um tema relevante.
07:56Esse estudo foi tão relevante,
07:57que o próprio Senado Federal
07:59utilizou o nosso estudo
08:00para criar o selo amigo da mulher.
08:03Um outro estudo relevante,
08:05que ninguém fez no Brasil,
08:07o FIENG foi pioneiro nesse sentido,
08:09e utilizou uma metodologia similar,
08:11foi os impactos econômicos das herboviroses,
08:14que são o impacto da dengue, chikungunya.
08:17Esse estudo foi tão relevante,
08:19que pesquisadores estrangeiros
08:20utilizaram o nosso estudo
08:22e publicaram na revista Science.
08:25Citando o nosso estudo lá,
08:26podem procurar,
08:27usando a mesma metodologia.
08:29Então, essa metodologia que nós utilizamos
08:31para captar os impactos econômicos
08:33é extremamente consistente
08:34com reconhecimento nacional e internacional.
08:37Eu só queria fazer uma observação
08:39sobre o que você está falando,
08:40porque parece, a primeiro modo,
08:42se a gente ler o post da deputada federal,
08:44Erika Hilton,
08:45que ali houve uma exclusividade
08:48de intenção ou objeto desse estudo.
08:51Mas, há dois outros estudos no Brasil
08:54que caminham paralelos a ele.
08:56Eu queria que você falasse um pouco sobre isso.
08:58Esse é um ponto central,
08:59não só outros.
09:00À medida que você tem uma proposta dessa,
09:02que impacta de forma transversal
09:04todas as empresas,
09:05a sociedade como um todo,
09:07várias outras instituições começam a fazer.
09:09Tem dois estudos da FGV,
09:11os pesquisadores são o Daniel Duque
09:13e o Fernando Holanda, se eu não me engano,
09:15produziram estudos semelhantes.
09:16Os resultados são muito parecidos.
09:18Convergência com o nosso.
09:20O estudo também da USP,
09:21do professor Pastore,
09:22vai nesse sentido.
09:23Então, começam a surgir vários outros estudos
09:26que abordam essa temática.
09:28Vamos falar do estudo especificamente, João?
09:31A conclusão que se chegou
09:33é que a mudança da escala de 6 por 1
09:37para 4 por 3,
09:39ela pode ter uma influência negativa
09:42diretamente no PIB,
09:44na geração de riqueza do Brasil.
09:46Como foi chegar a essa conclusão?
09:48Como foi o caminho para chegar a essa ideia?
09:51Esse é um ponto central.
09:53Quando você,
09:54acho que eu recomendo a todos os ouvintes
09:56entrarem no site da FIENG
09:57e acessarem o estudo,
09:58que ele está...
09:59FIENG.com.br
10:02O estudo é didático.
10:06Nós, da gerência de economia,
10:07temos essa preocupação
10:08de produzir um estudo
10:10com uma linguagem transversal
10:11para não ficar aquela coisa técnica
10:12só para economês.
10:14O primeiro ponto do estudo
10:16que nós abordamos,
10:17quando nós olhamos
10:18as horas efetivamente trabalhadas,
10:21ou seja,
10:22aquela dedicada exclusivamente
10:24à atividade produtiva,
10:25o Brasil tem uma carga horária semanal
10:28menor do que a média mundial.
10:30Olha que interessante.
10:31Nós não temos as 44 horas semanais,
10:34na verdade.
10:35efetivamente trabalhada,
10:36não, 39.
10:37A média global é 39,9.
10:40Quando nós comparamos o Brasil
10:42com grupos de renda,
10:43o Brasil só tem carga horária
10:45efetivamente trabalhada
10:47superior aos países ricos.
10:48Alemanha,
10:49Filândia,
10:50Suécia,
10:51próprios Estados Unidos.
10:52Quando nós comparamos o Brasil
10:54com média de renda similar ao Brasil,
10:57o Brasil tem carga horária
10:58muito menor.
10:59A média é 42 horas.
11:00O estudo está lá mostrando isso,
11:02com dados de fonte aos oficiais.
11:04Aí a grande pergunta
11:05que muitas pessoas me fazem,
11:08e aí está interessante,
11:09é por que países ricos
11:10como a Alemanha,
11:11Suécia,
11:12Filândia,
11:13podem ter uma carga horária
11:14efetivamente trabalhada
11:16menor que a brasileira?
11:17Resposta objetiva,
11:18produtividade.
11:20É um tema complexo.
11:21O trabalhador produz mais
11:22por hora trabalhada,
11:23é isso?
11:24Exato.
11:24Esses países são mais eficientes.
11:26Com a mesma quantidade de recursos
11:27de capital e trabalho,
11:29eles produzem
11:30uma quantidade muito maior.
11:32Para vocês terem uma ideia,
11:33nós pegamos os Estados Unidos,
11:34que é a economia mais produtiva
11:35do mundo,
11:36e avaliamos os países
11:37em relação aos Estados Unidos.
11:40O Brasil tem 23%
11:41da produtividade dos Estados Unidos.
11:44Isso significa
11:44que um trabalhador
11:46nos Estados Unidos
11:47produz mais do que
11:48quatro trabalhadores
11:49aqui no Brasil.
11:51É uma diferença brutal.
11:53Mas isso é culpa
11:53do trabalhador, João?
11:54Esse que é o ponto central.
11:56Vocês perceberam
11:56que eu não falei
11:57americano ou brasileiro?
11:59É um trabalhador
11:59nos Estados Unidos
12:00e um trabalhador no Brasil
12:01é porque são fatores
12:02estruturais da economia brasileira
12:05que afetam a produtividade.
12:07Tais como...
12:08Isso aqui eu queria...
12:09Os principais fatores
12:11que afetam diretamente
12:12essa produtividade.
12:13O déficit, por exemplo,
12:15de infraestrutura.
12:16Por como isso impacta
12:17a produtividade?
12:18Se o cara produz,
12:20escoa na mercadoria dele
12:22de uma forma eficiente,
12:23mais rápida,
12:24a produtividade dele aumenta.
12:27Complexidade regulatória,
12:28carga tributária.
12:29Em média,
12:30os escritórios no Brasil
12:31de contabilidade
12:32para pagamento de impostos
12:34chegam a ser 200 vezes maior
12:36do que a média do mundo
12:37em países relativamente
12:39mais eficientes.
12:40Por conta da gente
12:41do que em outro lugar.
12:42Mais pessoas
12:42e mais horas
12:43e mais recursos.
12:44Isso drena a produtividade.
12:45Isso por conta
12:46da complexidade tributária
12:48e do excesso
12:50de medidas regulatórias.
12:51Exato.
12:52Na verdade,
12:53é um manicômio no Brasil
12:54na questão de pagamento
12:55de impostos.
12:56O economista brasileiro
12:57é o melhor economista do mundo.
12:58Porque o que ele precisa saber
12:59para conseguir fazer
13:00o trabalho dele
13:01é uma loucura.
13:02O Brasil é uma loucura.
13:03E tem outros fatores
13:04em segurança jurídica.
13:06No Brasil,
13:06tudo muda constantemente.
13:08Vocês conseguem perceber
13:09como isso impacta
13:10a produtividade?
13:11Imagina eu,
13:11sou um investidor.
13:13Eu não sei se
13:14aquela medida,
13:15naquele momento,
13:15se sustentará no futuro.
13:17Então eu acabo
13:18não realizando
13:18um investimento ótimo.
13:19Isso impacta
13:20a produtividade.
13:21E aqui eu tenho certeza
13:22que todos sabem
13:23da péssima qualidade
13:25da educação brasileira.
13:26isso impacta
13:27a produtividade.
13:29Então você percebe
13:30que não é que o brasileiro
13:31é preguiçoso
13:32ou alguma coisa assim.
13:33São fatores estruturais
13:35que fazem com que
13:36a economia brasileira
13:36tenha uma produtividade
13:37muito menor.
13:39É fundamental
13:40quando você fala,
13:41por exemplo,
13:41até na tela,
13:42para quem está nos acompanhando
13:43agora pelos canais de vídeo,
13:44a capa desse estudo
13:46dos impactos socioeconômicos
13:47da redução
13:48da jornada de trabalho,
13:50o fim da jornada 6x1,
13:52é esse estudo
13:53a que o João Gabriel
13:53está se referindo
13:54nessa nossa conversa
13:55e que está disponível
13:56lá no fieng.com.br
13:58para quem quiser.
13:59Hoje à tarde eu o abri
14:01e é de extrema facilidade
14:03de compreensão.
14:04Então todos aqueles
14:04que tiverem alguma dúvida
14:05podem consultar
14:07esse estudo
14:08até para aprimorar
14:09o que defendem
14:10ou então fortalecer
14:11seus argumentos
14:12para poderem serem contrários
14:14a esse estudo.
14:16Mas você toca
14:16num assunto
14:17que é fundamental,
14:18que é a capacidade
14:19de formação específica
14:22da mão de obra
14:22no Brasil,
14:23que é baixíssima.
14:24esse seria um fato
14:25de atacar diretamente
14:27a possibilidade até
14:29de com maior a produtividade
14:30você pensar
14:31em outro modelo
14:32de escala de trabalho?
14:33Com certeza.
14:34E é fundamental
14:35para começar a pensar
14:36em redução
14:37de jornada de trabalho
14:38você ter ganho
14:38de produtividade.
14:40E não há saída
14:41se você não melhora
14:42o nível de qualificação
14:44e a qualidade
14:45da educação
14:46do brasileiro.
14:47A média é muito ruim.
14:48Só você pegar
14:49qualquer indicador
14:50comparado internacionalmente.
14:52o Brasil aparece
14:53nas últimas posições.
14:54Isso impacta diretamente
14:56a produtividade.
14:57E qual que é a consequência
14:58e eu acho interessante
15:00pensar nisso
15:01que o estudo
15:02traz essas formações
15:04de uma forma
15:05muito simples
15:05muito fácil
15:06de se entender
15:07aí eu reforço
15:08que talvez a deputada
15:09não teve oportunidade
15:10de ler o estudo
15:11é qual seria
15:12a consequência
15:13de reduzir
15:13a jornada de trabalho
15:14sem ganho
15:15de produtividade?
15:16Primeiro,
15:16um aumento do custo
15:17direto.
15:20Efeito direto.
15:20inflação.
15:21Parte disso
15:22seria repassado.
15:23Esse dado
15:24que está aparecendo
15:24na tela
15:24eu acho que
15:25é muito importante.
15:27Eu só vou
15:27interromper a minha fala
15:28agora só para comentar
15:29que eu acho
15:29ele fundamental.
15:31Como mencionei,
15:32o Brasil tem cerca
15:33de 23%
15:34da produtividade americana.
15:35Ele só tem
15:36produtividade maior
15:37do que a média
15:37dos países da África.
15:39Para vocês terem
15:40uma noção,
15:40ele tem produtividade
15:42menor do que a média
15:43dos países da América Latina,
15:45seus pares aqui,
15:46aí nem se fala
15:47dos países desenvolvidos.
15:48Da Ásia nem se fala.
15:50Só que esse não é
15:51a pior notícia.
15:53Esse gráfico
15:53que aparecendo aí
15:54é a taxa de crescimento
15:55da produtividade
15:56de 1990 a 2004,
15:59a média.
16:00O Brasil está
16:01na última posição,
16:02com uma taxa
16:03de crescimento
16:03de 0,9%,
16:05enquanto,
16:06por exemplo,
16:06a China,
16:07a Índia,
16:07com uma taxa
16:08de crescimento
16:08acima de 5,
16:10a China 8.
16:11O que isso significa
16:12na prática?
16:13Traduzindo economês
16:14para todo mundo entender.
16:15nós temos baixa produtividade,
16:17já estamos lá atrás
16:19e a cada ano que passa
16:20ficamos mais distante.
16:21A gente cresce menos, né?
16:22Cresce menos
16:23e os outros estão avançando.
16:24E pelo recorte
16:25que você fez desse estudo,
16:27é um problema
16:28que transcende
16:29a questão governamental.
16:32Ele passa por vários governos.
16:33Passa por vários governos.
16:34Ninguém consegue encontrar
16:36uma solução para isso.
16:37Mas também não acho
16:37que tem muita boa vontade
16:39não, viu, Paulo?
16:39Essa é a questão.
16:40Para enxergar o problema
16:43como um problema
16:44de Estado
16:45e não de governo.
16:46E isso é fundamental
16:48porque a gente não vê
16:49acompanhando
16:49todo o processo
16:50de desenvolvimento
16:51dessa inteligência
16:53que a gente está
16:53transparecendo aqui,
16:55a gente não vê
16:56investimentos
16:57com políticas de Estado
16:58para reverter
16:59essa realidade.
17:00E aí é mais cruel, né, João?
17:01Esse é o ponto, assim,
17:03você foi certeiro.
17:04Bingo.
17:05Nós não temos políticas
17:07que visam mudar
17:08essa questão estrutural
17:10do país.
17:11É o que nós costumamos
17:13falar, né,
17:14reformas estruturantes.
17:15É justamente atacar
17:16esses pontos
17:17para reduzir o custo
17:18do Brasil.
17:19Aí a grande pergunta
17:20é por que isso não acontece?
17:21Eu, pelo menos,
17:23tendo a achar
17:23que os parlamentares,
17:25senador, deputado,
17:26próprio Poder Executivo,
17:27não é que eles não queiram,
17:28não vão investir nisso
17:29porque não é razoável.
17:31Quem não gostaria
17:32de ter uma melhor educação
17:33para o país?
17:34Falta é planejamento
17:35de longo prazo.
17:37Se você investir...
17:38E mudar o discurso também,
17:39na verdade, né?
17:39O discurso ser menos
17:40político e tentar,
17:42pelo menos,
17:42caminhar para ser mais técnico.
17:43Exato.
17:44E o grande problema aí,
17:45a minha visão particular,
17:47é que qualquer política
17:49que visa modificar
17:50alguma questão estrutural,
17:53ela tem um resultado
17:54de longo prazo.
17:56Nós estamos falando
17:56de 10, 15 anos.
17:58Praticamente,
17:59ela não vai eleger ninguém.
18:00Não vai eleger ninguém.
18:00Aí você entra...
18:02A cada dois anos,
18:03ainda nós temos
18:03uma renovação
18:05do cenário político
18:06do Brasil.
18:08Questão de vereadores
18:09e prefeitos,
18:09que muitas vezes
18:10não conversam
18:11com o governador,
18:12que não conversam
18:12com o presidente.
18:13Aí, a cada dois anos,
18:14mudamos novamente
18:15presidente e governador.
18:17Aí, o que entra
18:18modifica tudo
18:19que o outro fez.
18:20Então, você não tem
18:21um plano, realmente,
18:22de reformas estruturantes
18:23para o Brasil.
18:24Esse é o grande problema.
18:26Se a gente sair
18:26do aspecto
18:27da conversa,
18:28do discurso,
18:29que é o que a gente
18:29está fazendo aqui agora,
18:31e olhar para um mundo
18:32sem fantasias,
18:33por exemplo,
18:33a Coreia atacou
18:34esse problema de frente.
18:36a Coreia resolveu,
18:38a partir dos anos 80,
18:40final dos anos 80,
18:41começo dos anos 90,
18:43investir na questão
18:44da produtividade
18:45e da qualificação
18:46da sua mão de obra.
18:47E os resultados lá
18:48são surpreendentes,
18:49não é, João?
18:49Esse é também um ponto,
18:51acho que está sendo
18:52extremamente certeiro.
18:54A Coreia,
18:55eu fiz esse levantamento,
18:56talvez eu não consiga
18:57acertar os números
18:58de forma exata.
18:59Está na tela.
19:00É porque a Coreia
19:01é um exemplo
19:02onde deu certo
19:03a redução
19:04da carga horária.
19:06Mas eles têm
19:07uma produtividade
19:07muito maior
19:08do que a brasileira
19:09e uma taxa
19:10de crescimento
19:11de produtividade
19:12acima de 4%.
19:13E o interessante,
19:14aí você falou um ponto
19:15que eu acho pertinente
19:16colocar aqui,
19:17é que na década de 60,
19:20o PIB per capita
19:21do Brasil
19:22era quase o dobro
19:23da Coreia.
19:24Era cerca de,
19:25o do Brasil
19:26era cerca de 2 mil dólares
19:27e da Coreia,
19:28se não me engano,
19:29mil dólares.
19:30eu posso estar errado
19:31nesses números.
19:32Hoje,
19:33o PIB per capita
19:34da Coreia do Sul
19:35é cerca de 35 mil dólares
19:38e do Brasil
19:388 mil dólares.
19:39Quatro vezes.
19:40Olha que loucura.
19:42O que eles investiram?
19:43Produtividade.
19:44Como eles têm
19:45produtividade alta
19:46e crescem
19:46a taxas anuais
19:48muito alta,
19:49eles permitiram
19:49reduzir
19:50a jornada de trabalho.
19:52E é um ponto interessante,
19:53que até o gráfico mostrou,
19:55onde deu certo
19:56e onde deu errado.
19:57Tem um exemplo claro
19:59que é da França.
20:00país desenvolvido,
20:01rico,
20:01que reduziu a jornada
20:02de trabalho
20:03sem olhar a produtividade.
20:04A consequência,
20:05ela foi drástica.
20:06Hoje,
20:06a França é o país
20:07que cresce menos
20:08e tem problemas crônicos
20:10de competitividade
20:11dentro da Europa.
20:11particularmente no setor industrial,
20:13onde a França perde
20:14representatividade
20:15e tem que se socorrer,
20:16inclusive,
20:17em joint ventures
20:17e parcerias
20:18com outros países industrializados.
20:20Isso é uma realidade,
20:21não dá para questionar.
20:22É interessante,
20:23Paulo,
20:23a gente está falando,
20:23a gente não está falando aqui,
20:25em nenhum momento
20:26foi falado
20:27que o setor produtivo
20:29ou nós aqui,
20:30como analistas,
20:31somos contrários
20:32à redução
20:33da jornada de trabalho.
20:35ninguém está falando
20:36que não quer
20:36que o trabalhador
20:37trabalhe menos,
20:38tenha mais tempo
20:39para a família,
20:39que são esses os argumentos
20:41que são usados,
20:41mais tempo para lazer,
20:42mais tempo para fazer curso,
20:43mais tempo para a família.
20:44A gente está falando
20:45de não fazer essa redução,
20:47primeiro,
20:48de forma drástica,
20:49tem um detalhe interessante
20:50que é mostrado no estudo,
20:51que outros países
20:53fizeram a redução
20:54da carga horária
20:54ao longo de 15 anos,
20:5610 anos,
20:57reduções de 11 horas
20:59anuais na carga horária
21:00ao longo de 15 anos,
21:01como foi o caso
21:01dos Estados Unidos.
21:02O Brasil quer reduzir
21:03480 horas
21:05da jornada anual
21:06em uma canetada,
21:08da noite para o dia,
21:09sem trabalhar
21:10o diálogo
21:11com o setor produtivo,
21:12que é quem paga esse salário.
21:14E é uma pergunta
21:14que eu faço para o João
21:15nesse sentido agora.
21:17O que me causou estranheza
21:19quando eu comecei
21:20a observar esse movimento
21:21da discussão
21:22da escala 6x1
21:23é que era uma proposta
21:24que sairia da escala 6x1
21:25para uma radicalização
21:27numa proposta
21:28de uma escala 4x3.
21:30Não havia, por exemplo,
21:31um caminho,
21:32esse caminho citado
21:33pelo Luiz,
21:33de um estudo
21:34de médio e longo prazo
21:37estabelecer-se
21:38a redução
21:39da jornada de trabalho
21:40para ter ganho
21:40de produtividade
21:41e ter aí, sim,
21:42a compensação
21:43de menor carga horária
21:45para o trabalhador.
21:47Existe uma forma
21:48de se começar
21:49a discutir isso
21:50sem que seja
21:51a radicalização?
21:52Ó,
21:52não é mais 6x1,
21:53agora é 4x3
21:54na caneta,
21:54como disse o Luiz Fernando.
21:56É reformas estruturantes.
21:58Eu acho que todo mundo aqui
21:59tem a plena percepção
22:02que o Brasil
22:02tem vários gargalos.
22:04Distribuição de renda,
22:06desenvolvimento econômico precário,
22:07saúde.
22:08A gente precisa atacar isso.
22:10A gente quer políticas
22:11que melhorem a qualidade
22:12de vida do brasileiro
22:13efetivamente.
22:14educação, renda,
22:17que a pessoa,
22:18que o filho ali
22:19do pai de família,
22:20do trabalhador
22:21e do trabalhador,
22:22consiga ver seu filho
22:23crescer na vida.
22:24Só reformas estruturantes
22:26que irão gerar isso.
22:28E não esse tipo de medida
22:30sem pensar essa contrapartida
22:32de ganho de produtividade.
22:34Crescer na vida
22:34de forma sustentável, né?
22:36Sem depender de programas
22:38assistencialistas.
22:40Que também não tem nada,
22:41ninguém tem nada contra isso,
22:42mas a questão é,
22:43são os programas pelos programas, né?
22:46Sem nenhum planejamento
22:47para que a pessoa saia disso.
22:48Tem uma coisa interessante
22:50nesse projeto também,
22:51Paulo,
22:51nessa conversa toda.
22:53Foi feito um estudo da Quest
22:54que foi divulgado
22:55semana passada.
22:56Sim.
22:57Você chega na rua
22:58e pergunta para qualquer trabalhador,
22:59você quer trabalhar menos
23:00e ganhar o mesmo tanto?
23:01Todo mundo,
23:02claro que eu quero.
23:0380% quer.
23:04É a pergunta simplista
23:05para a resposta fácil.
23:06Quando você conta para ele,
23:08mas se isso implicar
23:09em ter um aumento de custo,
23:11de preço das coisas,
23:12uma diminuição da qualidade
23:14na prestação de serviço,
23:15porque as pessoas não pensam
23:17que nós estamos falando
23:19em reduzir constitucionalmente
23:22a jornada.
23:22Quer dizer,
23:22a partir dessa redução,
23:25as empresas não vão poder
23:26negociar nada diferente
23:27disso com o trabalhador.
23:29Então,
23:29ele vai ter que trabalhar
23:30quatro dias e folgar três.
23:32Como ficam as escolas,
23:33por exemplo,
23:33que precisam funcionar
23:34pelo menos cinco dias da semana?
23:37Supermercados.
23:37Supermercados.
23:38As farmácias.
23:39As postas de gasolina.
23:40Então,
23:40quando você conta isso
23:41para a pessoa,
23:41a pessoa muda de opinião.
23:43Então,
23:43o discurso que está sendo vendido
23:44é um discurso
23:45que não vai levar a lugar nenhum.
23:47Exato.
23:48Eu diria que a pergunta direta
23:50é quase indecente.
23:52Se você chegar para alguma pessoa
23:53e falar,
23:53você gostaria de reduzir
23:55sua jornada de trabalho
23:56mantendo o seu salário?
23:58Quase 100%.
23:59É quase a mesma coisa
24:00se você perguntar,
24:00você quer dinheiro?
24:01Todo mundo vai falar que sim.
24:03Mas quando você mostra
24:04as consequências econômicas,
24:05a pessoa para para pensar,
24:06olha,
24:07é verdade.
24:08Aí é nesse sentido
24:09que o nosso estudo
24:10tenta contribuir para o debate.
24:11Olha,
24:12medida evidente ali
24:14que todo mundo quer.
24:15Mas qual que é a consequência
24:16econômica dela?
24:17É essa aqui,
24:17redução do PIB,
24:19redução do nível de emprego
24:20no Brasil,
24:21redução da massa salarial.
24:23O estudo da FIENG
24:24tem o objetivo
24:25de contribuir
24:26para o debate mesmo.
24:27Assim como a Fundação
24:28Getúlio Vargas
24:30e outras instituições.
24:31Nem tudo é virtualmente,
24:34nem tudo é tão virtual
24:35e nem tudo é tão vicioso.
24:37Se você olhar
24:38para a escala 6x1,
24:40existe possibilidade
24:41de uma melhoria
24:42no entendimento
24:43dessa escala de trabalho
24:45para que ela fosse
24:46mantida
24:47e talvez aí
24:48com o processo de médio
24:49e longo prazo discutida?
24:51Olha,
24:52a minha visão
24:53especificamente sobre isso
24:54é que tem que ser tratado
24:56de acordo com a empresa,
24:57em convenção.
24:58você tem ali
24:59a empresa,
25:00você tem a convenção
25:00e tem o acordo.
25:01Acho que é o melhor caminho.
25:03As profissões também, né, João?
25:04É, as profissões.
25:05Cada profissão
25:06tem uma...
25:08Então, policial,
25:09ele trabalha diferente
25:10de um frentista
25:12que trabalha diferente
25:12de um balconista
25:13de cafeteria,
25:14por exemplo.
25:15E é interessante
25:16porque quando você fala,
25:17por exemplo,
25:17na indústria,
25:18eu fico pensando
25:20numa siderurgia,
25:21onde você não pode
25:22desligar um alto forno.
25:24Porque ligar e desligar
25:25um alto forno
25:25implica numa elevação enorme
25:27dos custos de produção.
25:28Não é sustentável, né?
25:29Não é sustentável.
25:30Como se faria nesse caso?
25:32Essas questões
25:33que têm que ser discutidas.
25:34Não, e isso que eu estou
25:35falando especificamente
25:36da indústria,
25:36a indústria seria
25:37uma das mais impactadas.
25:39Hoje, a indústria tem,
25:41por conta desse custo Brasil
25:42que nós chamamos,
25:44nós temos um nível
25:45de competitividade
25:45da indústria brasileira
25:47muito baixa.
25:48Isso significa
25:50que nós estamos perdendo
25:51participação industrial
25:52no mundo.
25:53Ela já produz menos
25:54do que poderia, na verdade.
25:55Poderia.
25:55E tem um dado econômico.
25:56A cidade instalada dela.
25:58Tem um dado econômico
25:59que eu acho que ele
25:59revela muito sobre isso.
26:01Ano passado,
26:02a indústria performou
26:03muito bem.
26:04Cresceu em torno
26:05de 3,8% no Brasil.
26:07Quando nós olhamos
26:08o pico histórico
26:09da produção industrial
26:10no Brasil,
26:10está 14% abaixo
26:12do seu pico histórico.
26:13O que significa,
26:14na prática,
26:15que a indústria
26:15poderia estar produzindo
26:16muito mais
26:17do que ela está
26:17produzindo hoje.
26:19Só que quando nós
26:19olhamos a capacidade
26:21instalada,
26:22ela está quase 100%.
26:24Ou seja,
26:25a indústria está
26:25morrendo no país.
26:27E lembrando,
26:28a indústria
26:28é um dos segmentos
26:30que empregam
26:30da melhor forma.
26:32Porque ela precisa
26:33de um trabalhador
26:33mais qualificado.
26:35Ela precisa
26:35de investir
26:36na qualificação
26:37dos trabalhadores
26:38constantemente.
26:39isso é péssimo
26:40para o país,
26:41para o desenvolvimento
26:41do país como um todo.
26:43Não é atrativo
26:44como um todo,
26:45não é, Paulo?
26:45Não é atrativo.
26:46O juro alto,
26:47o ambiente de insegurança
26:47jurídica,
26:48como a gente falou,
26:49não é atrativo.
26:50Uma legislação
26:50trabalhista
26:51obtusa,
26:52antiga,
26:52sem reformulação,
26:54que quando é feita,
26:54é feita a penduricalhos
26:56e o judiciário
26:56se opõe.
26:57Uma série de discussões
26:58que têm que ser levadas.
27:00E a gente tem que lembrar
27:01que para aqueles
27:02que querem buscar argumentos
27:04para entender
27:05um lado ou outro,
27:06todos os países
27:07que passaram por esse processo
27:08descrito pelo João
27:09de desindustrialização,
27:12acabaram com as suas
27:13economias falidas.
27:14Então é bom a gente lembrar
27:16que o caminho
27:17é um caminho meio sem volta.
27:18Se nós investirmos
27:19em alguma coisa
27:20que impacte no processo
27:21de desindustrialização,
27:23nós estaremos pagando
27:24uma conta muito maior
27:25lá na frente.
27:26João, finaliza essa conversa
27:27para a gente
27:28com um resumo
27:30desse estudo
27:31que foi apresentado
27:32pela FIENG.
27:32Olha, eu diria que
27:33o papel da FIENG,
27:35olhando especificamente
27:36para a gerência de economia
27:37na qual eu coordeno,
27:38sou gerente,
27:40é trazer para o debate
27:41a discussão,
27:42mostrar os impactos econômicos.
27:44Aí eu coloco
27:45à disposição,
27:46tanto para a equipe técnica
27:47da própria deputada
27:48ou qualquer outra pessoa
27:49que quiser entrar em contato
27:50para discutir,
27:51entender o estudo,
27:52a gente explicar,
27:53totalmente à disposição.
27:55Coloca a equipe
27:56nessa disposição também.
27:57Perfeito.
27:58João Gabriel Pio,
27:59economista-chefe
27:59da Federação das Indústrias
28:00do Estado de Minas Gerais.
28:02Muito obrigado.
28:03Esse é um tema
28:03que nós vamos nos ocupar
28:04ainda mais.
28:05Vamos discutir isso
28:06de maneira ampla
28:07e, é claro,
28:07você virá outras vezes aqui
28:09para a gente amplificar
28:09essa discussão.
28:10Muito obrigado
28:11pelo tempo que dedicou
28:12para a gente aqui.
28:13Eu que agradeço
28:13a oportunidade
28:14de vir discutir
28:14um tema tão relevante
28:15para a economia brasileira.
28:16Perfeito.
28:17Nós vamos para o intervalo.
28:17É rapidinho.
28:18Intervalo.
28:18Não sai daí não
28:19que a gente está de volta.
28:20Para começar o dia
28:27bem informado,
28:28fique ligado
28:29no Central 98.1.
28:31É de segunda
28:31a sexta-feira
28:32a partir das seis da manhã
28:34aqui na 98.
28:36Se liga nos canais
28:37de vídeo,
28:38sintoniza o seu rádio,
28:39toma aquele cafezinho
28:41com a gente
28:41enquanto a gente
28:42te atualiza
28:43de tudo o que aconteceu
28:43na noite anterior
28:44na região e no mundo.
28:47Informamos a situação
28:48do trânsito
28:49em tempo real
28:50que você pode
28:50participar com a gente.
28:52Quer fazer alguma
28:52reclamação,
28:53elogiar,
28:54contar um caso interessante?
28:55Mande mensagem
28:55para a gente
28:56no nosso chat
28:57no YouTube
28:57ou áudio ou vídeo
28:59no nosso WhatsApp
29:00993-16-9898.
29:04Central 98.1
29:05é de segunda
29:05a sexta.
29:06De seis
29:07às oito da manhã
29:08aqui na 98.
29:12Você já parou
29:13para pensar
29:13no país
29:14que você quer?
29:15Nós sabemos
29:16bem o Brasil
29:17que queremos.
29:18um Brasil
29:20em que as mulheres
29:20se sintam mais seguras,
29:22com oportunidades
29:23iguais de trabalho
29:24e vendo seus filhos
29:26bem cuidados.
29:28Por isso,
29:29precisamos de mais
29:30mulheres na política,
29:32participando ativamente
29:33das decisões.
29:34Porque o Brasil
29:35sempre melhora
29:36com o PT
29:37e com mais mulheres
29:39no poder.
29:39Tudo o que o BH faz,
29:43os produtos,
29:44as lojas,
29:45a variedade,
29:46as ofertas,
29:47tudo tem um único sentido.
29:49Fazer parte da sua economia,
29:51fazer parte de você.
29:53Linguiça mista,
29:54perdigão,
29:54quinze e oitenta.
29:55Coxa com sobrecoxa de frango,
29:57nove e oitenta.
29:58Batata maquê
29:59e ultra fritas,
30:00dezessete e noventa e oito.
30:01Arroz,
30:02prato filo,
30:02vinte e nove e oitenta.
30:04Estela,
30:04prato a Purigold
30:05cinco e quarenta e oito.
30:08Supermercados BH
30:09faz parte de você.
30:11Beba com moderação.
30:12Hoje eu vou em um dos maiores
30:13e respeitados
30:14redutos do samba
30:15daqui de Belo Horizonte.
30:17Estou chegando
30:18no Vardo Cacá,
30:19aqui no bairro de São Paulo.
30:24O Vardo Cacá existe
30:25desde mil novecentos e oitenta e sete.
30:27Já são anos
30:27dedicados ao samba.
30:29O Cacá já recebeu
30:30muitos artistas
30:31de sucesso nacional
30:32e vem gente
30:33de todos os cantos
30:34de Minas Gerais
30:35e do Brasil
30:36para prestigiar
30:37esse lugar
30:37que é cheio
30:38de história e tradição.
30:39Hoje o Vardo Cacá
30:40está recebendo
30:41a Adriana Araújo
30:42um dos grandes nomes
30:43do samba da capital mineira.
30:46O Vardo Cacá
30:47tem um detalhe
30:48que para mim
30:48é o diferencial.
30:49É o brilho no olho
30:50do Cacá
30:50e poder receber
30:51todo mundo
30:52como se estivesse em casa
30:53para curtir
30:54um samba de qualidade.
30:56Sabe como é, né?
30:57O trem de mineiro.
30:58Cerveja bem gelada
30:59e uma comida
31:00de ponteco maravilhosa
31:02com redutos do samba
31:03e respeitado
31:04pelos maiores
31:04sambistas do Brasil.
31:07O colo é BH.
31:08Você conectado
31:08pela Claro
31:09ao que mais ama
31:10em BH.
31:12Vamos lá, Tim.
31:12Voltar para quebrar.
31:13Tamo junto, hein?
31:14Bora!
31:15Vamos entrar
31:16para mostrar
31:17que a nossa linha elétrica
31:18traz organização
31:19sem riscos
31:20para o projeto.
31:21Que as linhas
31:22para água quente
31:22oferecem alta resistência
31:24e são muito fáceis
31:25de instalar.
31:26Que a linha de esgoto
31:26é perfeita
31:27para qualquer tipo
31:28de obra.
31:29E que a linha
31:29para água fria
31:30dá um show
31:31de garantia
31:31e segurança.
31:34A Crona é o quê?
31:36É show!
31:38Confiança,
31:38qualidade e segurança.
31:40A Crona é show!
31:42Você ligou
31:43para o SAC 98
31:44se você quer escutar
31:45o Paulo Leite
31:46Pistola Tecle 1.
31:48Mas se você quer
31:49falar com algum
31:50de nossos atendentes
31:51é só continuar
31:52na linha.
31:53SAC 98
31:54Igor Assursão
31:55à sua disposição.
31:56A Tarcísio Júnior
31:57falando aqui
31:58Rádio 98
31:59a rádio
32:01que não toca música.
32:02Ô Tarcísio
32:04seu pedido
32:05é uma ordem.
32:07A 98 agora
32:08tem seis horas
32:09de programação
32:10musical diárias.
32:12E nesse meio tempo
32:13claro
32:14já pedi
32:15para incluir
32:15um pagode
32:16um samba
32:17aquele sertanejo
32:17raiz.
32:18Não é isso?
32:19Não?
32:19Não vai ter não?
32:20É só rock?
32:21por enquanto
32:22tá gente?
32:22Mas por enquanto
32:23tem seis horas
32:24de programação musical
32:25com muito rock
32:26para você
32:27Tarcísio Júnior
32:28e para você
32:29que adora
32:30programação musical
32:30aqui na rádio
32:3298 FM.
32:33Mas foi o sertanejo
32:34também hein senhor?
32:35Pagode não?
32:36Ah!
32:38Você ligou
32:39para o SAC 98
32:41se você quer
32:41escutar
32:42o Paulo Leite
32:43Pistola Tecle 1.
32:45Mas se você
32:45quer falar
32:46com algum
32:46de nossos atendentes
32:47é só continuar
32:48na linha.
32:49Ei
32:50Você acha que apostar
32:52é tudo igual?
32:53Apostar ficou mais simples
32:55Ative o efeito estrela
32:57Vem para a Estrela Bet
32:59As melhores odds
33:01para apostar
33:01no seu time
33:02Roletas premiadas
33:04Giros turbinados
33:05E melhores jogos
33:06Saque rápido
33:08via Pix
33:08E tudo com a segurança
33:10de apostar
33:10numa plataforma
33:11100% regulamentada
33:13Acesse o site
33:13e abra já
33:14sua conta
33:15Estrela Bet
33:16Simples
33:17em um instante
33:1898 Talks
33:32Talks
33:3519 horas e 36 minutos
33:38Começa o segundo bloco
33:38do 98 Talks
33:40Na mesa operadora de vídeo
33:41está Teufir Júnior
33:42O responsável
33:43pela central de vídeo
33:45é Rafael Ribeiro
33:46Ao lado de Teufir
33:47está o jornalista
33:48produtor deste programa
33:49Eric Funes
33:50Ao meu lado
33:51Gilvan Gandra
33:52O Talebã
33:53o operador de áudio
33:54do 98 Talks
33:55Lucas Raj
33:56é o coordenador
33:57de jornalismo
33:58da Rede 98
33:58e todas as equipes
34:00técnica
34:00e de jornalismo
34:02da Rede 98
34:03e da Rede Mais
34:03nos auxiliando
34:04a fazer o 98 Talks
34:06Com expertise
34:07em contabilidade
34:08consultoria fiscal
34:09e gestão empresarial
34:10a Previsa
34:11é muito mais
34:11do que uma prestadora
34:12de serviços
34:13A Previsa
34:14é uma parceira
34:15na construção
34:16de empresas sólidas
34:17e bem sucedidas
34:18De rotinas trabalhistas
34:20à consultoria tributária
34:21entregam soluções
34:23que vão além dos números
34:24com foco no futuro
34:25do seu empreendimento
34:26Na Previsa
34:27a união da tradição
34:28de mais de 45 anos
34:30com a inovação constante
34:32para entregar soluções
34:33que impulsionem
34:34o sucesso das empresas
34:36Quer impulsionar
34:37o sucesso da sua empresa?
34:38Acesse
34:39previsa.com.br
34:42Bom
34:42Hoje
34:44começou agora
34:45há 5 minutos
34:45começou ali
34:47no Hotel Transamérica
34:49Salão Ouro
34:49em Belo Horizonte
34:50um evento
34:51que fala sobre
34:52a reforma tributária
34:53e os seus impactos
34:55na nova legislação
34:57sobre a economia
34:58as empresas
35:00de radiodifusão
35:01e sociedade
35:02os impactos
35:03que isso terão
35:03Quem está lá
35:05fazendo essa explanação
35:06é o deputado federal
35:07Reginaldo Lopes
35:08Mas quem está
35:09com a gente
35:10lá também
35:10é o nosso repórter
35:12Guilherme Alves
35:13Guilherme, boa noite
35:14é com você
35:14Tudo bem Paulo?
35:17Ótima noite para você
35:17Ótima noite para o ouvinte
35:18do 98 Talks
35:20É isso Paulo
35:20Acontece nesse momento
35:22aqui no Hotel Transamérica
35:23na região centro-sul
35:24de Belo Horizonte
35:25um evento
35:26que conta com a presença
35:27do deputado federal
35:28Reginaldo Lopes
35:29para debater
35:30sobre a lei complementar
35:31214 de 2025
35:33que regulamenta
35:34a reforma tributária
35:36aqui nesse evento
35:37inclusive que conta
35:38com a presença
35:38de diversas autoridades
35:40empresários
35:40pessoas interessadas
35:41no assunto
35:42vão ser debatidas
35:43todas as nuances
35:44dessa lei
35:45que foi sancionada
35:46no início do ano
35:47em janeiro
35:47pelo presidente Lula
35:49aqui nesse evento
35:50a ideia é aproximar
35:51os contatos
35:52e contribuir
35:53para que todas as pessoas
35:54compreendam
35:55quais são as mudanças
35:56que estão a caminho
35:57Reginaldo Lopes
35:58inclusive
35:59vale destacar
36:00foi um dos principais
36:01apoiadores
36:02um dos principais
36:03responsáveis
36:03para que essa lei
36:04fosse aprovada
36:05hoje aqui ele vai fazer
36:06um tipo de palestra
36:07e depois
36:08vai ser um tempo
36:09aberto a debate
36:10com possibilidades
36:11de perguntas
36:12e respostas
36:13dos jornalistas
36:14e das pessoas
36:15que estão aqui presentes
36:16a gente segue acompanhando
36:17tudo isso aqui
36:18bem de perto
36:19e volta com
36:20todos os detalhes
36:21amanhã
36:21a partir das 6 da manhã
36:23no Central 98
36:24primeira edição
36:26volto com você
36:27Paulo
36:27ok obrigado Guilherme
36:28vamos falar de
36:29um estudo
36:31que o governo
36:31tem aí
36:32para usar o PIX
36:33como garantia de crédito
36:34é um programa
36:35que utilizaria
36:36essa ferramenta
36:37de pagamento
36:38ou de recebimento
36:39como uma garantia de crédito
36:40a ideia é que parte
36:41do dinheiro do empréstimo
36:42seja pago diretamente
36:44com valores recebidos
36:45por transferências
36:47instantâneas
36:48que é o que o PIX faz
36:49Luiz
36:49você tem um olhar
36:51sobre esse assunto
36:52eu queria que você falasse
36:53sobre ele
36:53Paulo
36:54são duas coisas
36:55especificamente
36:56sobre essa história
36:57dessa obsessão
36:59pelo governo
37:00na concessão de crédito
37:02de maneira que os bancos
37:05recebam
37:06de maneira mais fácil
37:07basicamente
37:07é isso aqui
37:08você quer dar dinheiro
37:09para o empreendedor
37:10segundo o governo federal
37:12mas o banco
37:14tem que ter uma garantia
37:14para receber
37:15até aí ok
37:16o dinheiro é do banco
37:17o banco empresta
37:17se ele tiver condições
37:18de receber
37:19a questão é
37:20duas questões
37:21a primeira
37:22você não vê o governo
37:22falar em diminuir
37:23a carga tributária
37:24em cima do empreendedor
37:25você vê o governo
37:27falar no empreendedor
37:28se endividar
37:29para conseguir empreender
37:30mas a carga tributária
37:32continua a mesma
37:32pelo contrário
37:34na verdade
37:34o governo
37:34há dois meses
37:35aumentou
37:36o percentual
37:37do simples
37:38que é cobrado
37:39dos pequenos
37:40e médios empresários
37:40então dá com uma mão
37:42tira com a outra
37:42e usa um discurso
37:44hipócrita pra caramba
37:45que é falar
37:46que está pensando
37:46no empreendedor
37:47não está
37:48senão facilitava
37:49a vida dele
37:49isso é um ponto
37:50e o segundo ponto
37:51que eu acho
37:51importantíssimo nisso aqui
37:53é que o governo
37:54caminha numa direção
37:54totalmente contrária
37:56a do Banco Central
37:57o Banco Central
37:58quer conter
37:59a circulação
38:00de dinheiro
38:01para diminuir
38:01a inflação
38:02então aumentam
38:03os juros
38:04mantém os juros
38:04altos
38:05para evitar
38:06que exista
38:07essa circulação
38:08maior de dinheiro
38:08e o governo
38:09abrindo
38:09de todas as maneiras
38:11possibilidades
38:11de concessão
38:12de crédito
38:13sem nenhum tipo
38:14de contrapartida
38:16para quem pega
38:17o crédito
38:17só para os bancos
38:18então pensa nos bancos
38:19aumenta a circulação
38:20vai pagar mais juros
38:21para banco
38:21trabalhador
38:22que se vire
38:23para conseguir
38:23pagar essa conta
38:24esse é o principal
38:25é o objeto
38:27principal da discussão
38:28veja bem
38:29o governo anunciou
38:30aquele crédito
38:31consignado
38:31para o trabalhador
38:32vinculado
38:33a CLT
38:34a quem tem
38:35a carteira assinada
38:36com uma capacidade
38:38de endividamento
38:39do trabalhador
38:40preocupante
38:41falava em 35%
38:43de capacidade
38:44de endividamento
38:45sobre o salário
38:46o cara não vai pagar
38:47outras contas
38:48exatamente
38:48por quê?
38:49porque já se tem
38:50um estudo
38:51de que o que sobra
38:53para o trabalhador
38:53depois dele pagar
38:54aquilo que é fundamental
38:56passagem para trabalhar
38:58alimento
38:59escola dos filhos
39:00medicamento
39:01saúde
39:02educação
39:03o que sobra
39:04para ele
39:04é menos do que
39:0525%
39:06do seu salário
39:07e o governo
39:08pretende comprometer
39:0935%
39:11do salário
39:11mais do que
39:12o estudo médio
39:13da sobra
39:13de salários
39:14indica
39:14então já é
39:15um endividamento
39:16brutal
39:17vem agora
39:18com essa ideia
39:19de garantia
39:19de crédito
39:20com o PIX
39:20da mesma forma
39:22você está
39:23incentivando
39:24o endividamento
39:24nós já vimos
39:25esse filme
39:26antes Luiz
39:26e basicamente
39:27Paulo
39:28é você
39:28falar o seguinte
39:29eu empreendedor
39:31vou lá no banco
39:31pego um dinheiro
39:33e dou
39:33aí o banco
39:34vai me conceder
39:35crédito
39:35porque o banco
39:35vai ter mais garantia
39:36e que garantia
39:37é essa?
39:38é tudo que eu tenho
39:39para receber em PIX
39:40nos próximos meses
39:41já ser tomado
39:42pelo banco
39:43como parcela
39:43o empreendedor
39:45deixa de ter
39:46o controle
39:47sobre o que ele quer pagar
39:49o que ele pode pagar
39:50naquele mês
39:50isso inclui
39:51folha de pagamento
39:52então o cara tem lá
39:53dois, três funcionários
39:54e muitas vezes
39:55ele fica inadimplente
39:56com o banco
39:57para manter o salário
39:58dos seus funcionários
39:59em dia
39:59ele não vai poder
40:00fazer isso mais
40:01porque tudo que entra
40:02na conta dele
40:02como PIX
40:03já vai direto
40:04para o banco
40:04para pagar a parcela
40:05do empréstimo
40:06que ele fez
40:07vamos dar um exemplo
40:08clássico
40:08você pipoqueiro
40:10de evento
40:10você recebe
40:11pelo PIX
40:12você tem um faturamento
40:14que você já está sendo
40:16você calcula já
40:17esse faturamento
40:18aos finais de semana
40:19nos eventos em que você
40:20vai trabalhar
40:20como pipoqueiro
40:21estou dando um exemplo
40:21básico
40:22você tem lá a garantia
40:24desse faturamento seu
40:25no final de semana
40:26de mil, mil e quinhentos reais
40:27que você já tem como base
40:29para fazer aí
40:29um rendimento mensal
40:32razoável
40:32esse faturamento
40:34será comprometido
40:35imediatamente
40:36a partir do momento
40:37em que você pegar
40:38o dinheiro no banco
40:38o banco já vai considerar
40:40esse seu faturamento
40:41médio no PIX
40:42como garantia
40:43para poder capturar
40:44esse dinheiro
40:45vai entrando e vai saindo
40:46vai entrando e vai saindo
40:47então é de uma crueldade
40:50esse tipo de arquitetura
40:51que a gente tem que
40:51tem que conversar
40:53e falar
40:53você não conta isso
40:53para o cara que está
40:54pegando dinheiro
40:54como você não conta
40:55para ele
40:56que o dinheiro
40:57do empréstimo
40:57com garantia
40:58de fundo de garantia
40:59o dinheiro já é dele
41:00você não conta isso
41:00para ele
41:01agora o governo
41:02viu que tinha feito
41:03bobagem
41:03e começou a contar
41:04você viu que o Haddad
41:05veio para a televisão
41:06semana passada
41:07com um discurso
41:08completamente diferente
41:09da Glaise Hoffman
41:10e do presidente Lula
41:12quando lançaram
41:13essa modalidade
41:13do empréstimo consignado
41:14e nós estamos falando
41:15daquele outro
41:16de semanas atrás
41:17que vieram com aquela
41:18conversa de que
41:19agora você pode comprar
41:20a geladeira nova
41:21fazer aquela reforma
41:22que você estava esperando
41:23e para isso
41:23você vai usar um dinheiro
41:25que o banco vai te cobrar
41:26juros que não é barato
41:27tendo o seu fundo de garantia
41:28como garantia
41:29o dinheiro
41:30do empréstimo do Lula
41:31que não era do Lula
41:32era do próprio trabalhador
41:33agora o discurso já mudou
41:35porque viram
41:35que não pegou bem
41:36então essa semana
41:37o Haddad já foi
41:38para os microfones
41:39para dizer não
41:40esse dinheiro
41:41é para você pagar
41:41uma outra dívida
41:42mais cara
41:43aí ok
41:44que o cara paga
41:45uma dívida
41:45que o jura
41:463%
41:473,5%
41:48ele vai trocar
41:49essa dívida
41:49por uma que o jura
41:50é 1,5%
41:51só nesse caso
41:52Valeria
41:52só nesse caso
41:53mas isso devia ter sido
41:54explicado lá atrás
41:55antes daquela correria
41:56que teve
41:57para pegar o dinheiro
41:58quando a modalidade
42:00foi lançada
42:00fazer justiça
42:01ao Claré
42:01Antônio Claré
42:02que no dia em que
42:03nós comentamos
42:03aquela modalidade
42:05do crédito consignado
42:06por pagamento
42:07na CLT
42:08por seu recebimento
42:09mensal
42:09de contrato
42:10de trabalho
42:10com a consolidação
42:11de lei trabalhista
42:12a carteira assinada
42:13ele fez exatamente
42:15esse comentário
42:16ele disse
42:17tem que se dizer o seguinte
42:18se você tem uma dívida podre
42:20ruim
42:20cara
42:21aí sim
42:22você tem uma oportunidade
42:23de converter essa dívida podre
42:24numa dívida mais adequada
42:26você vai ser menos
42:27penalizado pelo serviço
42:28da dívida
42:29era a única vantagem
42:31que tinha
42:31mas o Luiz
42:33nós estamos acompanhando
42:34uma discussão
42:34dentre
42:36várias discussões
42:37que o país acompanha
42:38desse movimento
42:40de julgamento
42:42de decisão
42:42por julgamento
42:43de acatar
42:44a tese
42:46da Procuradoria Geral
42:47da República
42:48falando particularmente
42:49sobre atitudes
42:50que foram
42:51capitaneadas
42:53segundo o que se apurou
42:54pela Polícia Federal
42:56e pela Polícia Rodoviária
42:57Federal
42:58particularmente
42:59em estados
42:59do Nordeste
43:00que impediram
43:01ou tentaram impedir
43:03no dia da votação
43:05de segundo turno
43:06das últimas eleições
43:07para presidente
43:08da República
43:08e governadores
43:09tentaram impedir
43:11que eleitores
43:11chegassem
43:12até o local de votação
43:13e a Comissão de Viação
43:15e Transportes
43:16da Câmara dos Deputados
43:17aprovou um projeto
43:18de lei
43:18que estabelece
43:19que patrulhamento
43:20e operações
43:21de fiscalização
43:22e de trânsito
43:23que sejam feitos
43:23por agências reguladoras
43:25ou seja
43:25a NTT
43:26e outras agências
43:27e pela Polícia Federal
43:29Polícias Militares
43:30e por órgãos municipais
43:31durante a data
43:33das eleições
43:33não poderão
43:34constituir obstáculo
43:36à livre circulação
43:37dos eleitores
43:37isso é legislar
43:39sobre o óbvio
43:39
43:40Paulo é mais
43:41hoje a gente
43:42tá chato
43:42criticando tudo
43:44mas vamos combinar
43:45que isso é mais uma vez
43:46você culpar
43:47a janela pela paisagem
43:49você quer
43:50
43:50enfim
43:51alguns lugares
43:53do país
43:54a Polícia Federal
43:55politizada
43:57Polícia Rodoviária Federal
43:58politizada
43:58o que é errado
43:59usou
44:00esse expediente
44:01para impedir
44:02que pessoas chegassem
44:03aos locais de votação
44:03é isso que eles estão
44:04argumentando
44:04certo
44:05
44:05para você resolver
44:06esse problema
44:07você simplesmente
44:07impede as operações
44:08policiais
44:09e vira uma farra
44:10para quem é bandido
44:11e quer cometer crime
44:12vai passar o tráfico de armas
44:13o tráfico de drogas
44:14vai passar tudo
44:15ele vai levar o que ele quiser
44:16para onde ele quiser
44:16do jeito que ele quiser
44:17vai circular livremente
44:18placa de carro roubado
44:20e tudo mais
44:21porque não pode fazer
44:21operação policial
44:22quer dizer
44:23em vez de você resolver
44:24o problema
44:24na estrutura da Polícia
44:26Rodoviária Federal
44:27e das polícias
44:28o problema político
44:29o problema ideológico
44:30o problema estrutural
44:31em vez de você resolver
44:32o problema na raiz dele
44:33você vai resolver
44:34o problema periférico
44:35é para inglês ver
44:36é o tal do
44:38não sei o que mosquito
44:38que você fala assim
44:39que não resolve
44:40eu não vou repetir
44:42essa expressão aqui
44:43mas é exatamente isso
44:44é o mosquito mesmo
44:46é aquilo que eu sempre falo
44:47é o cutuca mosquito
44:48porque na verdade
44:49é o seguinte
44:49é colocar o bode na sala
44:51para obrigar depois
44:51tirar o bode da sala
44:52essa é que é a questão
44:54você coloca o bode na sala
44:55alguém vai ter que tirar
44:56o bode da sala
44:57mas o bode não precisava
44:57estar lá na sala
44:58pode resolver um problema
44:59mas você cria outros problemas
45:00talvez muito maiores
45:01pela falta de diligência
45:03e planejamento
45:04que é
45:05e planejamento
45:06e
45:06de fiscalização
45:08das estruturas das polícias
45:10que é o que tinha que acontecer
45:10é só você não deixar
45:12que pessoas com esse viés
45:13ocupem cargos
45:14onde elas não deveriam estar
45:16vamos falar de um outro assunto
45:17que é
45:18o final da reeleição
45:19para presidente
45:20governadores e prefeitos
45:22a PEC
45:23que acaba com a reeleição
45:24para presidente da república
45:25governadores e prefeitos
45:26foi lida
45:27ontem
45:27na comissão de constituição
45:29e justiça do senado
45:30haveria uma proposta
45:32de uma transição
45:33com o fim da reeleição
45:35apenas para quem for eleito
45:37em 2034
45:39aí os mandatos
45:41do executivo
45:42de 4 para 5 anos
45:44incluindo-se
45:45vereadores
45:46deputados federais
45:47estaduais e distritais
45:48aí sim
45:49em 34
45:49unificacia
45:50todas as eleições
45:52nós teríamos uma eleição
45:53
45:54que isso é o sonho
45:54de uma noite de verão
45:55no Brasil né
45:56você já pensou
45:57que maravilha
45:57seria uma eleição
45:58a cada 5 anos
46:00do ponto de vista econômico
46:01seria maravilhoso
46:01você deixaria de mobilizar
46:02toda a estrutura
46:03eleitoral
46:04que você mobiliza
46:05a cada 2 anos
46:06e passa a mobilizar
46:07uma vez a cada 5 anos
46:09que seria
46:09seu ponto de vista
46:10primeiro
46:10seu ponto de vista
46:11político
46:12seu ponto de vista
46:13da execução
46:14das funções executivas
46:16porque
46:16é redundante
46:18mas execução
46:18da função executiva
46:19porque
46:19um governador
46:20um prefeito
46:21e um presidente
46:22da república
46:22governador
46:23um prefeito
46:23eleito para 5 anos
46:24ele teria uma condição
46:25de atuação
46:26em médio
46:28com projeções
46:28para longo prazo
46:29sem a possibilidade
46:30de reeleger
46:31então não teriam
46:31as medidas
46:32as tais medidas
46:33politiqueiras
46:34de final de mandato
46:34nem de final de mandato
46:36desde o começo
46:37a eleição hoje
46:38no Brasil
46:38ela começa
46:39no dia seguinte
46:39a posse
46:40para não falar
46:41no dia da posse
46:42a próxima eleição
46:44começa no dia
46:45que o político
46:46toma posse
46:46ele já faz
46:47no discurso
46:48de posse dele
46:49um discurso
46:50visando
46:50o próximo
46:51período eleitoral
46:52e ele passa
46:534 anos fazendo isso
46:54isso é regra
46:55não interessa
46:55se é direita
46:56se é de esquerda
46:57todo político
46:58brasileiro
46:59ele trabalha
47:00pensando no próximo
47:02período eleitoral
47:03principalmente os políticos
47:04do executivo
47:05porque eles podem ter
47:07esses dois mandatos
47:08consecutivos
47:08e voltarem lá na frente
47:10nos Estados Unidos
47:10por exemplo
47:11pode haver reeleição
47:12mas um cidadão
47:14só pode ocupar
47:14a presidência
47:15duas vezes
47:15então ele pode até
47:17se reeleger
47:18mas ele não vai ter
47:19a possibilidade
47:20de voltar
47:20depois de 4 anos
47:22para tentar outra vez
47:23permanecer
47:23mais 8
47:24depois volta
47:25mais 4
47:25fica mais 8
47:26não tem isso
47:27nos Estados Unidos
47:28e aqui a gente tem
47:29essa nefasta
47:31reeleição
47:31feita
47:32num processo eleitoral
47:34que acontece
47:34a cada 2 anos
47:35e sem nenhum tipo
47:36de limitação
47:37para o político
47:38ser obrigado
47:39a cuidar
47:40da função
47:40constitucional dele só
47:41lembrando
47:42por um arco histórico
47:43de análise
47:44que essa reeleição
47:45custou
47:45os tubos do dinheiro
47:47para o governo
47:49do presidente
47:49Fernando Henrique Cardoso
47:50que teria um mandato
47:52de 5 anos
47:52que terminaria
47:54o seu mandato
47:54de 5 anos
47:55mas comprou
47:55essa reeleição
47:56no Congresso Nacional
47:58a peso de ouro
47:59de verdade
48:00comprou a peso de ouro
48:01essa reeleição
48:01isso é histórico
48:02tá gente
48:02isso é uma questão
48:03histórica
48:04é um arco histórico
48:05só para a gente lembrar
48:06o que aconteceu
48:06porque essa questão
48:08da reeleição
48:08inclusive Luiz
48:09você fala por exemplo
48:10no modelo
48:11da impossibilidade
48:12de dois
48:13mais do que dois mandatos
48:14para um presidente
48:15da república
48:15um prefeito
48:16um governador
48:17mas nós teríamos
48:18que estudar também
48:19esse número
48:20de mandatos
48:20para os parlamentares
48:22para os votos
48:23proporcionais
48:25porque
48:25é parlamentar
48:26que fica a vida inteira
48:27na câmara dos deputados
48:2832 anos
48:29de mandato
48:31por reeleições
48:32atrás de reeleições
48:33quer dizer
48:33o cara tem o direito
48:35de não fazer nada
48:36por 32 anos
48:37e ganhar dinheiro
48:38do seu, do meu
48:39do nosso dinheiro
48:40esse aqui é o problema
48:40reta final
48:41tem só um detalhe aqui
48:43tem um deputado
48:44o senador
48:44na verdade
48:44Omar Aziz
48:46que é do PSD
48:46do Amazonas
48:46ele falou que é melhor
48:48acabar logo
48:48com essa história
48:49da reeleição
48:49do que esperar
48:50até 2034
48:51porque
48:52os legisladores
48:53que chegarem
48:54daqui a 3 anos
48:55já podem mudar
48:56a regra novamente
48:57quer dizer
48:58a gente já trabalha
48:59com a possibilidade
49:00de você fraudar
49:01uma regra
49:01que foi definida
49:02na legislatura anterior
49:03não tem condição
49:04de dar certo
49:05é interessante
49:05porque acabamos
49:06de falar agora
49:07com o economista
49:07com o João Gabriel
49:08que falava sobre
49:09insegurança jurídica
49:10olha um aspecto
49:11da insegurança jurídica
49:12evidente
49:14você tem a possibilidade
49:15de fazer uma regra
49:17para que em 2034
49:18haja o final da reeleição
49:21e também a possibilidade
49:23de até lá
49:23cancelarem essa mesma regra
49:25você conhece
49:26tanto os seus pares
49:27que você já conta
49:28com a possibilidade
49:28que eles vão dar
49:29uma rasteira
49:30na regra que está
49:31sendo estabelecida
49:32é brincadeira
49:32Luiz eu vou deixar
49:33só você comentar
49:34porque seu comentário
49:35eu ficarei muito indignado
49:36o ministro Dias Toffoli
49:37para surpresa
49:38de zero
49:39entre um milhão
49:40de brasileiros
49:41votou na manhã
49:42de hoje
49:42contra a perda
49:43imediata
49:44dos bens
49:45dos relatores
49:45da antiga empreiteira
49:47Odebrecht
49:47sem que eles tenham sido
49:49condenados pela justiça
49:50é contra esse confisco
49:52ele não quer
49:52que aqueles que confessaram
49:55que tinham
49:55um departamento
49:56de propina
49:57e que devolveram dinheiro
49:58tenham seus bens confiscados
50:00Paulo é muito difícil
50:01falar sobre esse assunto
50:02porque é uma série
50:03de questões
50:04nós temos menos de um minuto
50:05para concluir o programa
50:06de hoje
50:06então é muito difícil falar
50:07mas para as pessoas
50:08que estão nos ouvindo
50:09vale lembrar apenas
50:11que nós estamos falando
50:12de um ministro
50:13do Supremo Tribunal Federal
50:14que foi descrito
50:16em uma delação premiada
50:18de um dos dirigentes
50:21da construtora
50:22da antiga
50:22construtora Odebrecht
50:24como o amigo
50:25do amigo do meu pai
50:26ele foi descrito
50:28como o amigo
50:29do amigo do meu pai
50:29nós estamos falando
50:30desse cidadão
50:31então não adianta
50:33tentar calar
50:33não adianta tentar
50:34impedir que as pessoas
50:35falem desse assunto
50:36esse assunto está registrado
50:37na história
50:38e ele realmente
50:40tem que ser lembrado
50:41sempre como amigo
50:41do amigo do meu pai
50:42e perceba
50:43que todas as decisões
50:45favoráveis
50:46a esta empresa
50:47e ao corpo
50:48diretor dessa empresa
50:49na época
50:50o problema não é a empresa
50:51o problema é quem
50:51dirigia a empresa
50:52todas as questões
50:54que foram anuladas
50:55em processos
50:56criminais
50:57são anulados
50:58por esse ministro
50:59do Supremo Tribunal Federal
51:00só para reforçar
51:01o que eu disse
51:02o Luiz
51:03uma matéria
51:04da revista
51:04Cruz Oé
51:05com o amigo
51:05do amigo do meu pai
51:06levou ao ministro
51:08Dias Toffoli
51:09iniciar um processo
51:11que tem seis anos
51:12que está aberto
51:13que é o inquérito
51:13das fake news
51:14que não fecha
51:15ele tentou calar
51:16a revista
51:17na verdade
51:17mas até agora
51:18não apresentou
51:19nenhuma evidência
51:20em contrário
51:20então ele continua
51:21sendo o amigo
51:22do amigo
51:23do meu pai
51:24Luiz
51:24boa noite
51:24boa noite
51:25Paulo
51:25boa noite
51:26a quem nos acompanha
51:26prazer estar aqui
51:27de novo
51:27até amanhã
51:28até amanhã
51:28boa noite
51:29para você
51:29que está ligado
51:30conosco
51:30nos canais
51:30da Rede Mais
51:31afiliada Record
51:32no interior de Minas
51:32vem aí o Jornal da Record
51:34pra quem está
51:34nos canais
51:35da Rede 98
51:36na Rádio 98
51:37na 98 FM
51:38agora
51:38você fica com a voz
51:39do Brasil
51:40nos canais de vídeo
51:41vem aí o 98 Esportes
51:42segunda edição
51:43depois
51:43terminado tudo isso
51:45às nove da noite
51:45começa a Jornada Esportiva
51:47Cruzeiro e Palestino
51:48pela Taça
51:49pela Copa Sul-Americana
51:51grande abraço
51:51uma boa noite
51:52até amanhã
51:52termina aqui
51:54na Rede 98
51:5598 Talks
51:58a Jornal da Record
52:00a Jornal da Record
52:02da Record
52:04a Jornal da Record