Uma investigação da Polícia Federal revelou que Filiph da Silva Gregório, conhecido como "Professor", chefe do tráfico no Complexo do Alemão, no Rio, manteve contato frequente com comandantes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fazendinha. O criminoso estava foragido há mais de seis anos. Mensagens obtidas pela PF mostram que os policiais combinavam áreas a serem patrulhadas e elogiavam a gestão do tráfico, sugerindo troca de favores e pagamentos para não interferir nas atividades criminosas. Essas conversas fazem parte do inquérito que resultou na operação "DakoVo", que desmantelou uma rede de tráfico internacional de armas.
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#LinhaDeFrente
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#LinhaDeFrente
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Pois é, vamos falar um pouquinho novamente do crescimento do crime organizado aqui no Brasil.
00:06Uma investigação da Polícia Federal revelou que Filipe da Silva Gregório,
00:14conhecido como o professor-chefe do tráfico no Complexo do Alemão no Rio,
00:19manteve contato frequente com comandantes da UPP, a unidade de polícia pacificadora chamada Fazendinha.
00:35O criminoso está foragido há mais de seis anos.
00:40Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que os policiais combinavam previamente
00:49as áreas que seriam patrulhadas e elogiavam a gestão do tráfico,
00:57sugerindo troca de favores e pagamentos para não interferir nas atividades criminosas.
01:05É o que a gente vem falando, é o chamado arrego, você paga a taxa do arrego
01:10para a polícia não subir o morro e não atrapalhar os negócios do tráfico.
01:14Essas conversas, todas, estão registradas e fazem parte do inquérito
01:21que resultou na operação da COVO, que desmantelou uma rede de tráfico internacional de armas.
01:31Apesar das gravidades das denúncias, a Polícia Militar quedou-se inerte
01:38e não instaurou nenhum procedimento apuratório, preferindo aguardar a notificação formal da Polícia Federal.
01:49Mais um episódio da bandidagem que está impregnada na Polícia do Rio de Janeiro.
01:57Meu querido delegado Palumbo, a corrupção é um mal do mundo,
02:04muito especificamente aqui do nosso país, do Brasil, e está enraizada no Rio de Janeiro.
02:11As organizações de narcotráfico estão completamente estruturadas,
02:16instaladas em locais estratégicos, nos morros, e com enorme poder de corrupção.
02:23Como é que você vai dar jeito nisso, meu amigo Palumbo?
02:27Aí fica difícil, não tem como defender oficiais da Polícia Militar, que deveriam dar o exemplo,
02:33se corrompendo e tendo esse tipo de bate-papo com traficantes, aliado a traficantes,
02:38corroborando com o tráfico de drogas.
02:40Mas o Rio de Janeiro realmente é uma situação muito complicada.
02:44Tem o Sargento Portugal lá, que inclusive é deputado federal,
02:48certa feita ele me mandou um vídeo de uma viatura da Polícia Militar do Rio de Janeiro
02:54para subir até o UPP, tem que parar numa blitz de traficante.
02:58Aí o traficante olha para dentro da viatura, não, são os mesmos policiais,
03:01pode assumir o seu posto.
03:03Eu não acreditei quando eu vi.
03:06Ele falou assim, pode mandar para a imprensa, porque é verdade.
03:09E pior, Capês, quando este mesmo policial quer ir numa padaria,
03:13ele tem que tirar o colete, fazer um sinal para o traficante,
03:16que autoriza ele ir para a padaria.
03:18Isso é a falência total do serviço público,
03:20é a falência total do serviço de segurança pública.
03:24É culpa desses policiais?
03:26Claro que não.
03:27Agora, se a cúpula lá em cima,
03:28porque o oficial major já faz parte da culpa e está se corrompendo,
03:32como é que o soldado, o cabo, o sargento,
03:33que são os praças, são aqueles que levam a Polícia Militar nas costas,
03:35vai fazer alguma coisa?
03:37Fica inviável.
03:38O que tem que acontecer com esses oficiais?
03:41Jaula neles, cadeia neles, sem piedade.
03:45Porque não é possível, não é possível que as pessoas,
03:48que esses funcionários públicos se corrompam a tal maneira
03:51que acham normal manter esse tipo de diálogo.
03:54Não é normal, não pode ser normal.
03:57A corrupção é o grande câncer deste país.
04:00E esses maus exemplos de policiais que são,
04:03felizmente, a minoria tem que ser extirpado da instituição policial,
04:08porque eles mancham toda uma categoria de policiais
04:10que às vezes se matam de fazer bico
04:12e aí ficam sendo pré-julgados por causa de pessoas como essa
04:16que se corrompem o tempo todo.
04:18Meu querido Guilherme Mendes, evidentemente que é a minoria,
04:21não podemos também jogar lama sobre a instituição da polícia,
04:26sobre a Polícia Militar, a Polícia Civil,
04:28que estão aí no dia a dia enfrentando a criminalidade.
04:32Mas eu pergunto a você, com organizações criminosas
04:36lavando cerca de 175 bilhões de reais por ano,
04:42com enorme poder de corromper agentes públicos,
04:47com uma estruturação de verdadeira corporação
04:50e atuando à margem da lei,
04:53quando você funciona 24 horas por dia,
04:55não para em domingos, sábados, nem feriados,
04:58executa rapidamente as suas ordens,
05:01demite, contrata, elimina.
05:03Como você vê o país hoje com estrutura suficiente
05:07para fazer frente a esse desafio,
05:10quando parece que todos os dias nós discutimos
05:13outras prioridades, como a pauta de polarização política?
05:18Capês, o desafio é enorme e o primeiro passo
05:21para começar a virar esse jogo é fazer uma limpeza radical
05:25dentro das forças policiais.
05:27Porque se combater o crime organizado
05:29com as ferramentas que o Estado tem,
05:32o devido processo legal, o cumprimento das leis,
05:34já é difícil.
05:35Você imagina fazer esse combate
05:38com gente que, em tese, está do seu lado,
05:40vazando informação, fazendo corpo mole
05:43ou em colúio com o crime.
05:45Ou seja, a missão passa a ser praticamente impossível.
05:48Então, como é que o secretário de segurança,
05:50todos os bons policiais
05:53que, às vezes, se envolvem
05:54numa determinada operação,
05:56vão lá para cumprir uma determinada missão
05:58que já foi vazada por um colega criminoso de farda
06:03que, muitas vezes, já avisou, já disse quem vai,
06:05quando vai, como vai ser,
06:07já antecipou toda a cena.
06:08E a gente está cansado de ver isso,
06:10não só no Rio de Janeiro,
06:12como aqui em São Paulo
06:13e, sem exceção, em todos os estados do Brasil.
06:16Quando o governo federal disse
06:17que teria um grande plano
06:19para integrar as forças de segurança,
06:22aí caímos na discussão da polícia municipal,
06:25caímos na discussão das competências,
06:26eu achei que o fundamental,
06:29que seria esse trabalho de depuração
06:31das forças policiais estaduais,
06:33que, muitas vezes, estão impregnadas,
06:35inclusive com agentes infiltrados
06:37no seu alto comando e nas corredorias,
06:39que a polícia federal e o governo federal,
06:42de uma forma distante e acima,
06:45viessem, de alguma maneira,
06:47intervir para moralizar
06:49aquilo que você bem falou,
06:51instituições que são importantíssimas
06:53para o Estado brasileiro.
06:54Mas não é o que acontece.
06:56Não é o que acontece como programa de governo,
06:59mas é o que acontece toda vez
07:01que a gente vê uma matéria como essa.
07:03Quem acaba pegando é a polícia federal.
07:05Não é a corrigedoria da polícia do Rio,
07:07tampouco os pares.
07:08E da mesma maneira que o ministro Lupe
07:10prevaricou em não determinar
07:12a suspensão dos convênios
07:13que descontavam o dinheiro dos aposentados,
07:16no meu entender,
07:17o comando da polícia militar do Rio de Janeiro
07:22também está cometendo a prevaricação,
07:25na medida em que se tem a notícia
07:27de que há um envolvimento,
07:29esperar a intimação,
07:31esperar a comunicação,
07:33esperar a conclusão de inquérito,
07:35essas pessoas têm que ser imediatamente
07:37se afastadas.
07:38E depois vai ocorrer a investigação
07:40e o processo legal.
07:41Se forem condenadas e culpadas,
07:43vão ser condenadas.
07:44Agora eles já têm que sair das ruas imediatamente.
07:46Porque amanhã eles estão de novo arregando
07:49para bandido e para vagabundo,
07:50seja no Rio,
07:52seja em São Paulo
07:53ou em qualquer lugar do Brasil, não é?
07:54Não.
07:55Obelucci,
07:56os vídeos que chegam para nós,
07:59no YouTube você vê o que você quiser,
08:02é criminoso,
08:03com o dedo na cara de policial,
08:05policial recuando,
08:07às vezes uma viatura da Polícia Federal
08:08tentou entrar numa favela no Rio de Janeiro
08:10e teve que recuar,
08:12porque foi sem autorização,
08:14e ninguém entra sem ser conhecido,
08:16sem autorização do tráfico,
08:18nesses redutos.
08:19Pergunto,
08:19se o Estado permite
08:21que o crime organizado
08:22estabeleça zonas de exclusão,
08:25onde só entra trocando tiros,
08:28o que esperar?
08:28Como fazer para tentar combater?
08:31Iniciar, talvez,
08:33com o combate seguindo o dinheiro,
08:35follow the money,
08:36e asfixiando financeiramente
08:38essas instituições?
08:40Pois é, Capes,
08:40e você vê que, infelizmente,
08:42o que se apresenta para a gente
08:43é que o Rio de Janeiro
08:44deu errado como Estado.
08:46O Estado do Rio de Janeiro
08:46deu errado.
08:47Eu não sei se deve voltar
08:48a divisão com o Estado da Guanabara,
08:50ser anexado por São Paulo,
08:51pelo Espírito Santo.
08:52Deu errado.
08:52O Rio de Janeiro deu tudo errado.
08:53Está errado.
08:55O crime organizado
08:56toma conta de estima-se
08:57de mais de 50% da cidade.
08:59Você vê aquela imagem ali
09:00da comunidade.
09:02O Estado deveria fornecer
09:03moradia para aquelas pessoas,
09:04já pensando em IPTU
09:06e arrecadar impostos,
09:07mas não.
09:08Você tem uma normalização
09:09do absurdo no Rio de Janeiro.
09:10é aquela história
09:11onde, na Sapucaí,
09:12convive o juiz,
09:14o político,
09:15o traficante,
09:15e isso não é normal,
09:16isso não é aceitável.
09:18Ou o Brasil abraça o Rio de Janeiro,
09:20ou o Rio de Janeiro
09:20se emancipa.
09:21Eu não sei o que eu preciso fazer,
09:22porque, assim,
09:23o Rio de Janeiro
09:23deu errado.
09:24Isso está claro.
09:24Cada notícia que vem
09:25é um absurdo maior
09:26e a gente vai achando normal.
09:27Os policiais
09:28estavam envolvidos com crime,
09:29há milícias,
09:30há tráfico de drogas.
09:31No Rio de Janeiro
09:32há uma normalização
09:33de se usar fuzil.
09:35Fuzil.
09:35As pessoas usam fuzil.
09:36O crime organizado
09:37usa fuzil,
09:38que é um fenômeno exclusivo
09:39do Rio de Janeiro
09:39aqui no Brasil.
09:40Então, assim,
09:41ou o Brasil declara guerra
09:42ao crime organizado
09:43no Rio de Janeiro,
09:44ou aceitemos
09:45que o Estado paralelo
09:46no Rio de Janeiro
09:46vai se tornar maior
09:47que o Estado legal,
09:49Capês.
09:50Andemetris Hirsch.
09:51Capês,
09:52eu acho que,
09:52para além de tudo
09:53que os meus colegas falaram,
09:54com o que eu concordo
09:55integralmente,
09:56eu acho que tem
09:57uma questão gravíssima
09:58a respeito
09:59dessas filmagens,
10:01dessas denúncias,
10:01e que choca
10:03o fato de alguém
10:05falar em aguardar
10:06alguém mandar
10:07alguma apuração formal,
10:09alguma intimação.
10:10Isso deveria ser
10:11uma grande prioridade
10:12para o Estado
10:13conter este tipo de ação.
10:16Mas eu acho
10:16que a gente se esquece
10:17que nessas comunidades
10:19existem muitas pessoas
10:21de bem.
10:21E muitas pessoas
10:23que são vítimas
10:25de toda...
10:25Maioria.
10:26Não, de todo
10:27esse contexto social, né?
10:29Porque a gente fala
10:30que é o tráfico,
10:31porque é onde o Estado
10:32não chega,
10:33mas e toda essa população
10:35que não consegue
10:36pedir ajuda
10:37para um policial
10:37porque não sabe
10:38se o policial
10:39está ali
10:40porque um bandido
10:41autorizou,
10:42o que já de alguma forma
10:44tira ali
10:44a idoneidade
10:45daquele policial,
10:46que o policial
10:47não consegue chegar
10:48até lá
10:48porque o bandido
10:49não deixa entrar.
10:50Aí ela acaba
10:50se tornando refém
10:51daquele bandido.
10:52Então, assim,
10:53a gente tem uma situação
10:54de uma complexidade
10:56absurda
10:57e muitas vezes
10:58a gente começa
10:59as nossas discussões
11:00sem se esquecer
11:02de que isso tudo acontece
11:04em meio à vida,
11:06em meio a milhares
11:07de pessoas
11:07que moram
11:08nessas regiões
11:09que são mais afastadas
11:10e na qual o crime
11:11ele acessa
11:12com maior facilidade.
11:13A gente precisa
11:14de um plano de ação
11:15e aí eu estou muito
11:18com o que os meus
11:19colegas falaram,
11:20a gente precisa
11:21de um plano de ação
11:21efetivo
11:23para fazer com que
11:24esta comunidade,
11:26estas comunidades
11:27consigam viver
11:28de forma legítima,
11:30consigam viver
11:31em paz,
11:32sem precisar
11:33ser refém
11:34do crime organizado.
11:35Agora,
11:36meu querido delegado
11:37Paulo,
11:37você é deputado
11:38federal aqui
11:39por São Paulo.
11:40O Supremo Tribunal
11:41Federal determinou
11:42o uso obrigatório
11:43de câmeras
11:43no uniforme
11:45dos policiais.
11:47Independentemente
11:48da questão polêmica,
11:49se é a favor
11:49ou contra,
11:50por que só São Paulo?
11:52Se a criminalidade
11:53é um fenômeno comum
11:53em todo o Brasil,
11:55por que essa cisma
11:55com São Paulo?
11:57Vai ter que usar
11:57a câmara,
11:58os políticos também,
11:59políticos,
12:00juízes,
12:01ministros,
12:01vamos usar todo mundo,
12:02por que só os policiais
12:03têm que usar?
12:04E o crime lá no Rio
12:05não é só trafo de drogas,
12:06não.
12:06Nas comunidades,
12:07eles estão vendendo
12:08a internet,
12:10o gás,
12:11a energia
12:11e pasmem,
12:13o pão da padaria.
12:14Você tem que comprar
12:15onde eles querem
12:16e da forma que eles querem.
12:17Você não tem a liberdade
12:18de sair e comprar
12:19nos mercados,
12:19não.
12:19Você vai comprar
12:20o pão ali da padaria
12:21que a gente determinar.
12:22Se não comprar,
12:23se não comprar,
12:24morre.
12:24E mais,
12:25condomínio.
12:26Agora virou um condomínio.
12:27essas informações
12:29eu recebi
12:29deste mesmo sargento,
12:31sargento Portugal
12:32do Rio de Janeiro.
12:33Um profundo conhecedor
12:35da segurança pública
12:36deste estado aí
12:37que está sendo
12:38dominado pelo tráfico.
12:39Já não é mais um estado,
12:40é um narco-estado,
12:42lamentavelmente,
12:42professor Capês.
12:43Pois é,
12:44mas o Paulo Lombu,
12:46isso também ocorre
12:47em favelas
12:48não só do Rio de Janeiro.
12:49O Rio de Janeiro
12:50é mais grave,
12:51mais acentuado.
12:52Se você pegar,
12:53por exemplo,
12:53regiões litoranas,
12:54na Baixada Santista,
12:55por exemplo,
12:56no Guarujá,
12:57o crime organizado
12:57está muito bem instalado
12:58também.
12:59Em algumas favelas aqui,
13:01principalmente Heliópolis,
13:02Paraisópolis,
13:02que fazem da população
13:04também vulnerável,
13:05vítimas do crime organizado,
13:07isso também ocorre.
13:08Como fazer
13:08esse enfrentamento?
13:09Medidas sociais,
13:11primeiro,
13:12combate à lavagem
13:13de dinheiro,
13:14são medidas que combina,
13:15mas você começaria
13:16por onde,
13:17rapidamente,
13:17por onde ela está acabando?
13:19Rapidamente?
13:20Pena pesada,
13:21cadeia neles,
13:23jaula neles
13:24e vala se enfrentar
13:25à polícia.
13:25Pronto.
13:26É isso aí.
13:27Bateu, levou.