Deputado Federal e presidente da FPA, Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR) comenta os avanços no financiamento e implementação de seguro para as produções agrícolas no Brasil.
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NotíciasTranscrição
00:00Deputado, outro ponto muito importante que o senhor tocou aqui
00:03e que se tornou hábito hoje, mas até pouco tempo não era,
00:07era a questão do seguro.
00:08Durante muito tempo, o agricultor, quando tinha uma quebra de safra,
00:12tinha que pagar a conta do passado e não conseguia plantar a safra futura
00:16e isso acabava criando um ciclo nefasto de endividamento.
00:20Mas agora o seguro parece que entrou no radar dos grandes produtores.
00:24Como é que está essa parte do financiamento especificamente dos seguros?
00:28Tem muito ainda dessa prática do vamos ver o que dá,
00:32vamos ver o que dá e depois o governo ajuda a resolver.
00:35Vamos fazer uma securitização, vamos atrás, pedir para resolver,
00:38prorrogação de prazo e está na cultura do brasileiro isso,
00:42de fazer a sua parte e na hora que dá o problema, a política tentar resolver.
00:47Aquela briga da porteira fora a fora, da porteira para dentro,
00:50a política está para dentro da porteira.
00:51Esse é um grande problema, não pode deixar acontecer isso.
00:56É uma mudança de cultura, muito claro.
00:57Seguro custa dinheiro, é um produto, é pago.
01:00É pago, não existe seguro de graça.
01:02Então o produtor brasileiro precisa entender e ter a consciência
01:06de que uma produção agropecuária continental como a nossa
01:09precisa ter segurança na hora das operações.
01:12E para ter isso a gente precisa ter garantias.
01:13Se vai ter sinistro, não vai ter sinistro.
01:15Se vai ter problema, não vai ter problema.
01:17Tomara que não tenha e depois esse dinheiro é devolvido.
01:19Essa é a ideia do novo projeto.
01:20Que a gente consiga fazer com que todo mundo seja solidário,
01:24minimamente numa questão de segurar a safra,
01:28porém, não havendo a necessidade, esse dinheiro consiga circular.
01:32Os Estados Unidos levou 20 anos para organizar o sistema e hoje funciona muito bem.
01:35É optativo.
01:36Quem quer participa, quem não quer não participa,
01:38mas quem participa consegue alíquotas mais baratas e,
01:41no caso de um sinistro, tem a cobertura de 50, 60, 70, 80, até 90%.
01:46E se não acontece, devolve-se esse dinheiro do grande fundo que se cria
01:50para que eles criam, para fomentar o seguro.
01:54Então, algo de alternativas nesse sentido.
01:57Produtor do Centro-Oeste, aqui do Brasil, por exemplo,
01:59os Mato Grosso e Goiás, principalmente, não tinham hábito,
02:05nunca tiveram hábito de fazer seguro.
02:07Nunca.
02:07Nunca pensaram em fazer seguro.
02:09Já começaram a pensar.
02:11Começaram a se organizar já para fazer seguro.
02:14Gente que nunca falou sobre isso.
02:15Por quê?
02:16Porque passamos por momentos extremamente complicados.
02:18Agora, a produção agropecuária, independente de questões climáticas ou não,
02:22de infraestrutura ou não, é muito cíclica.
02:26Você tem bons anos, maus anos.
02:28Por exemplo, o produtor de café nunca imaginou na vida
02:30que ia vender café por 2,5.
02:31É verdade.
02:32Nunca na vida.
02:32Como o cacau também nunca imaginou que ia chegar onde chegou.
02:35Como nós passamos momentos, na pandemia principalmente,
02:38em que a gente ficou muito mal acostumado.
02:40Só já lá em cima, milho lá em cima, as commodities explodindo,
02:43investimentos pesados em maquinário, infraestrutura e tal,
02:47que hoje voltam os preços à realidade.
02:49E a capacidade e a margem de lucro e de investimento diminuem muito.
02:56Então, a gente precisa entender que é uma atividade de risco,
02:59é uma atividade a céu aberto e que precisa de ter seguro.
03:03Ou seja, precisa ter segurança nessas operações financeiras de financiamento do agro.
03:08Vamos ver se a gente consegue mudar muito a cultura para conseguir trabalhar nesse sentido.
03:11Agora, você estava falando há pouco aí que é importante, nesse próximo plano safra,
03:16segurar pelo menos aí os 25 bi, justamente para fazer essa equalização da taxa de juros.
03:21Juros no Brasil, infelizmente, vai continuar alto por causa da irresponsabilidade fiscal do governo.
03:26E muitos dos insumos que nós compramos para a agricultura são importados.
03:30Então, nós vamos continuar tendo pressão do câmbio e juros altos.
03:33Esses 25 bi são suficientes, senhorasso, para segurar essa pressão de câmbio e taxa de juros?
03:41Acho que não, não são suficientes, mas é o mínimo necessário.
03:45Dá para viver aí um plano safra com esse valor.
03:48Vamos só ressaltar, o que custa para o governo, o que custa para os cofres da União,
03:53para a economia nacional, é a equalização.
03:56O resto, aquela operacionalização de praticamente 400 bi do plano safra,
04:00isso aí é dinheiro dos bancos, da serialista, da integradora, da trader,
04:04isso aí é o dinheiro que circula.
04:05Agora, o que custa para o governo é a equalização de juros.
04:08É você conseguir chegar lá no banco e ter uma taxa de menos de dois dígitos,
04:11no caso do Pronafiano, da agricultura familiar,
04:14e a gente conseguir ter moderfrota, conseguir ter programas específicos,
04:18ter diferenciações de alíquota quando você cumpre a legislação,
04:23quando tem as questões ambientais bem feitas,
04:25quando tem aproveitamento de pastagens degradadas, recomposição de áreas.
04:31Isso tudo tendo critérios muito claros, que o Ministério faz sempre,
04:34o Ministério da Agricultura faz sempre para que a gente consiga acessar crédito mais barato.
04:39É isso que custa.
04:40Para equalizar 15% de taxa Selic, custa mais de equalizar 12,5%,
04:45que era 13%, praticamente, que era no plano safra passado.
04:48Custa muito.
04:49Então, a conta apresentada é em torno de 23 a 25 bi.
04:53Não estou falando de seguro, tá?
04:54De seguro precisa de pelo menos mais uns 3 a 5 bi para fazer seguro.
04:58Mas vamos arredondar aí que uns 25 deva conseguir dar conta do recado.
05:03Duvido que a gente consiga 25.
05:05É muito, muito difícil isso.
05:07Na passada, nós conseguimos 16,2%, se eu não me engano.
05:12Ficou muito aquino necessário.
05:14Muita gente não conseguiu.
05:15Aliás, as boas linhas acabam na primeira semana.
05:18Até porque nós melhoramos a legislação.
05:20Quando nós fizemos a lei do agro no governo passado,
05:23o maior inimigo e o melhor amigo do produtor
05:25era o gerente do Banco do Brasil, da cidade dele, né?
05:28Hoje não.
05:28Hoje a gente conseguiu abrir a operação de crédito agrícola
05:32para todos os bancos.
05:34Para os privados, para os cooperativos e para todos os públicos.
05:36Você lembra?
05:36A Caixa Econômica abrindo agência de agro em tudo que é lugar.
05:40Bradesco, Santander, Itaú.
05:42As cooperativas, Cicred, Cressol, Cicobi.
05:45Todos esses trabalhando para a operacionalização de crédito agrícola.
05:48E isso, obviamente, que com concorrência básico, né?
05:52Economia liberal, vamos lá.
05:54Quanto mais concorrência, menor fica o preço.
05:56O preço da operação, que é o juro e a taxa de spread que cobra no banco.
06:00Isso a gente tenta, através do plano safra,
06:03da equalização destes juros, diminuir a cada dia
06:05para que seja mais atrativo para os produtores.
06:08Um bom termômetro de tudo isso, como é que está o sistema,
06:11como é que está o setor, é a AgriShow.
06:13Vamos ver como é que vai ser, lá em Ribeirão Preto,
06:16a venda de máquinas e o investimento do setor
06:18para ver se a gente está num momento muito complicado ou não.
06:21Bom, um dos grandes gargalos que nós temos hoje,
06:24que inclusive afeta um pouco a competitividade do agronegócio,
06:27não tem nada a ver com o agro,
06:28tem a ver com a questão de infraestrutura,
06:29como você bem colocou já hoje, né?
06:31O investimento público é cada vez menor,
06:33a gente cada vez mais depende de parceria público-privada e concessão.
06:37Na área de rodovias, parece que nós temos aí
06:39um bom pipeline de projetos acontecendo,
06:42mas a gente vai ter um enorme problema,
06:44principalmente na questão ferroviária, né?
06:46Nós estamos falando aqui da Ferrogrão,
06:47que só no Supremo está há oito anos a disputa,
06:50pelo Supremo, por causa da Ferrogrão, né?
06:52E nós temos muito investimento a ser feito
06:56nessa parte de portos e ferrovia.
06:59Existe alguma esperança que esses nós,
07:03que não tem nada a ver com o setor,
07:05possam ser desatados e fazer com que esse investimento,
07:07principalmente em ferrovia e porto,
07:09continue crescendo nos próximos anos?
07:11Eu acho que tem que ser atraente, né?
07:12Tem que ser atrativo, vamos dizer assim.
07:14Tem muita gente de fora querendo investir nisso.
07:16Esses dias tivemos um jantar,
07:17eu e a ministra, a senadora Tereza Cristina,
07:20com embaixadores,
07:21justamente buscando áreas de investimento no Brasil
07:23que querem investir em infraestrutura,
07:26seja na questão logística,
07:27seja na questão energética,
07:28mas efetivamente participar do investimento privado.
07:31Para isso, os governos,
07:33principalmente os estados e a União,
07:35precisam possibilitar as PPPs, né?
07:38Fazer concessões, buscar alternativas para isso e tal.
07:40Nós temos problemas muito mais graves que esse,
07:43que são problemas burocráticos.
07:44É verdade.
07:45O licenciamento ambiental, por exemplo.
07:47Nós estamos numa luta para colocar energia,
07:49linha de energia em Roraima,
07:51por causa de licenciamento ambiental.
07:53Nós temos dificuldade de exploração de gases,
07:55exploração de petróleo,
07:56principalmente dos nossos fertilizantes.
07:58Vamos falar lá das questões na área norte do Brasil,
08:04no bioma amazônico,
08:05que a gente é 94% dependente de importação de fertilizante no Brasil.
08:09Nossa.
08:09O complexo NPK de nitrogênio, potássio e fósforo,
08:13que a gente podia ser autossuficiente,
08:15o tamanho da produção agropecuária que nós temos,
08:17a gente tem que importar tudo,
08:18por licenciamento ambiental.
08:20Um é porque tem uma aldeia indígena que não deixa fazer,
08:22outro é porque tem um sapo não sei do que,
08:24outro é porque vai derrubar não sei quanto tempo de mato,
08:26outro que tem um problema de licenciamento.
08:28E assim vai.
08:29Uma discussão atrás da outra,
08:31um problema atrás do outro.
08:32Qualquer um judicializa o tema.
08:34Qualquer um judicializa o tema.
08:35Aliás, isso é um absurdo,
08:37que qualquer partido político com a mínima representação que tenha
08:40com um parlamentar ou com 100
08:41tem o mesmo direito de judicializar um tema dentro do Supremo
08:44e acaba travando tudo.
08:46Travando absolutamente tudo.
08:47Fizemos a lei de licenciamento ambiental
08:49para desobstruir o Brasil, vamos dizer assim,
08:53desburocratizar, fazer a coisa andar.
08:55Passou na Câmara voando.
08:57Tudo resolvido.
08:58Foi para o Senado.
08:59Tereza Cristina, relatora.
09:01Aí o presidente Rodrigo Pacheco resolveu fazer relatório
09:03em duas comissões ao mesmo tempo.
09:04Uma é o Confúcio Moura, outra é a Tereza Cristina.
09:06Parou.
09:08Então a gente está tentando avançar, tentando buscar,
09:10tentando correr atrás
09:11para permitir a facilidade de acessar recursos internacionais,
09:16principalmente para PPPs,
09:18para obras de infraestrutura.
09:19Estamos muito aquém do que precisa.