Donald Trump completou 100 dias de governo com alta desaprovação e polêmicas. Em discurso, afirmou governar o país e o mundo. Mariana Almeida comentou a estratégia do ex-presidente e o impacto da política tarifária sobre montadoras. Entrevistas exclusivas da CNBC com Scott Bessent também revelaram tensões com a China.
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00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz hoje um discurso sobre os 100 dias de governo.
00:06Com alta desaprovação, de acordo com pesquisas de opinião, Trump deve reforçar o seu empenho
00:12sobre as pautas prometidas na campanha presidencial, mas também deve confirmar um novo recuo na política tarifária.
00:20A Casa Branca adiantou que serão anunciadas medidas para reduzir o impacto das taxas sobre automóveis.
00:26Em entrevista à revista The Atlantic, Trump disse que governa o país e o mundo.
00:33A promessa do anúncio foi feita pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick.
00:38Em comunicado, ele disse
00:39O presidente Trump está construindo uma importante parceria com as montadoras nacionais e com nossos grandes trabalhadores norte-americanos.
00:48Declarou também ser esse um acordo que leva a uma grande vitória para a política comercial,
00:54por recompensar as empresas que fabricam no país.
00:58O discurso deve acontecer durante a visita de hoje a Michigan,
01:02onde Trump escolheu para comemorar o aniversário dos primeiros 100 dias no cargo
01:06e onde estão localizadas as três grandes montadoras de Detroit, General Motors, Ford e Stellantis.
01:14O setor agrega na região mais de mil fornecedores automotivos importantes.
01:19Na semana passada, uma coalizão de grupos da indústria automotiva dos Estados Unidos
01:24pediu a Trump que não impusesse tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas,
01:31alertando que isso reduziria as vendas de veículos e aumentaria os preços.
01:37Trump disse anteriormente que pretendia implementar as tarifas de 25% sobre peças automotivas
01:44até, no máximo, o dia 3 de maio.
01:47Em entrevista publicada pela revista The Atlantic, o republicano falou sobre os dois mandatos.
01:53Trump afirmou,
01:55Na primeira vez, eu tinha duas coisas a fazer, governar o país e sobreviver.
02:00E na segunda vez, eu governo o país e o mundo.
02:04Ao ser questionado sobre tecnologia e pessoas influentes,
02:08Trump disse que o fato de ter captado apoio de bilionários da tecnologia,
02:13como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos,
02:16se dá talvez porque eles não me conheciam no começo e agora conhecem.
02:21A revista The Atlantic foi a responsável por revelar o primeiro grande escândalo
02:26da administração Trump,
02:28o vazamento de planos secretos de ataques aos rebeldes Houthis no Iêmen.
02:34O grupo é apoiado pelo Irã.
02:36Durante a conversa com The Atlantic,
02:38Trump também comentou sobre a possibilidade de um terceiro mandato,
02:42apesar da proibição imposta pela 22ª emenda da Constituição.
02:48Disse que a Trump Organization já começou a vender bonés Trump 2028.
02:54Mária Almeida, bom dia.
02:57Bom, a gente viu ali na reportagem, né,
02:59o Trump com mais uma fala polêmica,
03:01dizendo que governa o país e o mundo.
03:04Errado ele não está porque ele de fato está governando o mundo, né,
03:08mas é muita prepotência e de fato se achando aí invencível mesmo
03:12diante de todo o caos que ele está causando no mundo.
03:15Bom dia.
03:16Bom dia, Paula.
03:17Bom dia para todo mundo que está nos assistindo aqui no Agora.
03:20Pois é, falar de fala polêmica e Trump é quase assim, né, um eufemismo.
03:23Porque, na verdade, toda fala dele parece que é polêmica
03:27e isso é uma coisa que a gente vive falando aqui, que é o método Trump, né.
03:30Tem um jeito aí, cada um, principalmente no campo da política, tem um perfil e o Trump
03:37tem esse perfil e foi assim que ele chegou na Casa Branca as duas vezes,
03:40que é a ideia de se mostrar irreverente, se mostrar diferente, não politicamente correto.
03:45Então ele realmente não fica restrito aí à lógica daquilo que é racional, estruturado.
03:51E ele gosta mesmo de dar essa causada, Paula, como você estava trazendo.
03:54Agora, sobre o que você também disse da fala dele, né,
03:58eu governo o Brasil, o Brasil, não governo o Brasil, eu não sei que o Brasil é dentro do mundo, né.
04:03Governo os Estados Unidos e o mundo.
04:05Se é verdade ou não é verdade.
04:07Na prática, os Estados Unidos foi, é uma potência hegemônica
04:11que se indita muito às regras e à lógica da estrutura mundial e econômica.
04:17Agora, o que ele realmente fez aí nessa frase, não está dito,
04:20é que ele está alterando o compromisso dos Estados Unidos
04:24com o crescimento, a sustentabilidade internacionais.
04:28Isso é complexo, porque essa hegemonia, ela veio pautada em algumas esferas,
04:33entre elas, por exemplo, a questão da segurança, a questão dos valores,
04:38a questão do DOR como era internacional e a questão da tecnologia.
04:42Então era como se os Estados Unidos fosse um pouco um farol,
04:45um olhar que estava entregando de alguma maneira,
04:48e aí você pode concordar ou discordar do significado disso,
04:50mas ele trazia, em alguma medida, um certo benefício coletivo
04:54na medida em que ele criava uma estabilidade monetária com a sua moeda,
04:58ele fornecia tecnologia, estabelecia valores,
05:01que eram os valores liberais, os valores de cooperação
05:04e de essa maior integração internacional, a visão globalista.
05:10E agora, quando ele diz que governa o mundo, ele governa o mundo,
05:12mas para os Estados Unidos, explicitamente, sai esse olhar dos valores de cooperação
05:18e essa preocupação e responsabilidade com o que acontece no resto.
05:21Quando ele fala que vai chamar todo mundo para a mesa para negociar,
05:24que as tarifas são para negociar, ele nunca deixa de dizer que é em favor dos Estados Unidos.
05:30Então essa frase agora, de eu governo os Estados Unidos e o mundo,
05:33significa que eu, na verdade, de maneira explícita colocar que eu estou subjugando,
05:39que eu estou colocando em segundo plano, o mundo, para fornecer o que eu acredito
05:43que seja melhor para os Estados Unidos.
05:45E isso é muito crítico, principalmente para quem ainda tem padrões de desenvolvimento
05:50que precisam avançar muito, o mundo ainda tem um nível de renda muito inferior
05:53ao do próprio Estados Unidos.
05:55Isso não quer dizer que lá não existam dificuldades,
05:57mas as dificuldades do ponto de vista de renda, se formos avaliar por emprego e renda,
06:01as condições do cidadão norte-americano, no início de tudo isso,
06:04eram superiores à da maioria dos países internacionalmente.
06:07Então essa virada que ele traz neste mandato, que é a virada de America first,
06:13ou seja, os Estados Unidos primeiro, mas afirmando agora, sim,
06:16isso colocando o resto do mundo para fazer com que a América seja bem a primeiro,
06:21significa que a possibilidade de um certo equilíbrio de renda,
06:25a possibilidade de um alcance de bem-estar internacional,
06:28está fora do jogo, está fora do tabuleiro que os Estados Unidos estão querendo puxar.
06:32E aí fica a pergunta, o que o resto do mundo vai fazer?
06:35Nesse cenário que é tão importante, os demais acordos.
06:37Qual que é o posicionamento europeu?
06:39Como que ficam os BRICS?
06:40O que significa essa articulação agora?
06:42Então tem um cenário geopolítico para responder a essa camada,
06:45que é sim discursiva, mas que na verdade está apontando para alguma coisa importante,
06:49que é quem vai coordenar ou como se vai coordenar o crescimento de renda internacional,
06:54como se vai coordenar o bem-estar coletivo,
06:55e frente aos desafios coletivos que existem, como por exemplo as mudanças climáticas.
06:59Então é preocupante, é Trump, está aí, está colocado,
07:03mas cada nova fala, ainda que a gente acabe fazendo um pouco o que ele quer,
07:07que é falar sobre ele, de fato merece aqui um pouco de reflexão
07:11e pensar como que a gente vai, enquanto economia internacional,
07:15no nosso caso, enquanto sul global, pensar em reagir sobre essa perspectiva
07:19para não ficar reboque e ficar realmente só garantindo um America First
07:23numa situação sendo governados por quem nós, de fato, não elegemos.
07:27É, e a gente segue falando disso ao longo do jornal, viu Mari?
07:31O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Besant,
07:34voltou a afirmar que as tarifas entre Estados Unidos e China são insustentáveis.
07:40Besant empurrou para a China a responsabilidade de baixar a tensão comercial,
07:45e ele falou com exclusividade à CNBC.
07:48Como estamos em relação à China? Há negociações?
07:52Houve uma ligação telefônica com o presidente Xi e o presidente Trump?
07:57Sabe, Joe, o secretário do Tesouro faz muitas coisas,
08:03e administrar a central telefônica da Casa Branca não é uma delas.
08:07Portanto, todos os aspectos do governo estão em contato com a China,
08:12e, em termos de negociações comerciais, veremos onde isso vai dar.
08:17Mas, como já disse várias vezes, acredito que cabe à China reduzir a escalada,
08:23pois eles vendem cinco vezes mais para nós do que nós vendemos para eles.
08:28Portanto, essas tarifas de 125%, 145% são insustentáveis.
08:34Também ouvimos falar sobre todos os diferentes países que podem estar prontos para negociar em algum nível,
08:42seja em termos de tarifas, moeda ou qualquer outro.
08:46Você tem alguma ideia de quão perto estamos e quem poderia ser o primeiro?
08:51Isso é possível, Scott?
08:53Pode haver um modelo padrão?
08:55Não precisaríamos fazer cada um individualmente, porque parece ser muito complexo.
09:00E isso estenderia o processo para meses ou até anos para fazer 100 países diferentes.
09:07Existe alguma maneira de fazer algo que pareça quase padronizado?
09:11E com quem faríamos isso primeiro?
09:15Bem, Joe, nós temos um modelo padronizado.
09:20Não vamos compartilhá-lo.
09:21Mas, como eu disse antes, há de 15 a 18 relações comerciais importantes.
09:26Como você disse anteriormente, deixaremos a China de lado.
09:29Essa é uma negociação mais complexa.
09:32E com os outros 17, especialmente com os outros países asiáticos,
09:38muitos países se manifestaram e apresentaram propostas muito boas.
09:42E estamos avaliando.
09:44Mas eu lhe digo, Joe, quando olho para essas propostas,
09:48e alguns deles estão realmente dispostos a reduzir suas tarifas,
09:54reduzir suas barreiras não tarifárias,
09:57mas quando vejo o que eles estão propondo,
10:00fico pensando, como chegamos até aqui?
10:03E concordo com o presidente Trump.
10:06Não coloco a culpa nesses países.
10:08Eu culpo as administrações anteriores.
10:11E será uma grande vitória quando progredirmos na eliminação dessas tarifas,
10:16barreiras comerciais não tarifárias,
10:19manipulação de moeda,
10:20subsídios estatais ao trabalho e à indústria.
10:25Senhor secretário, na última sexta-feira,
10:28a revista Time publicou uma entrevista com o presidente Trump,
10:31onde ele previu tarifas de 50% sobre produtos da China em um ano.
10:35Você acredita que isso possa acontecer?
10:37Mais uma vez, Beck,
10:42teremos de ver até onde a desescalada vai nos levar.
10:45O presidente Trump está liderando para os parceiros comerciais importantes,
10:50ele também está liderando as negociações,
10:52e veremos o que ele vai decidir.
10:56E, senhor secretário,
10:57no início desta manhã,
10:58o ministro da Economia do Japão disse que não haveria nenhuma mudança em nossa posição,
11:02que estamos exigindo a remoção total das tarifas dos Estados Unidos.
11:07O senhor pode dizer em que pé estão nossas conversas com os japoneses?
11:11Porque, claramente, pelo menos publicamente, eles parecem estar recuando.
11:15Bem, novamente, Andrew,
11:17se eles quiserem litigar as negociações na imprensa,
11:20eles têm uma eleição chegando,
11:22uma eleição para a Alta Câmara em julho.
11:26Portanto, não consigo imaginar que eles diriam algo mais.
11:29Sabe, não acho que eles vão se manifestar e dizer
11:32Ah, o que os Estados Unidos quiserem, claro, nós faremos.
11:37Mas posso lhe dizer que as negociações com nossos parceiros comerciais asiáticos
11:42estão indo muito bem.
11:44O vice-presidente Vance esteve na Índia na semana passada
11:47e falou sobre um progresso substancial.
11:50Mencionei que as negociações com a República da Coreia foram muito bem.
11:54E acho que tivemos algumas negociações muito substanciais
11:59com nossos aliados japoneses.
12:01Sr. Secretário, quero fazer uma pergunta sobre a Apple
12:08e sua fabricação nos Estados Unidos em relação à guerra comercial com a China.
12:14Há notícias de que a Apple está considerando transferir
12:18toda a fabricação de iPhones da China para a Índia.
12:22Gostaria de saber sua opinião sobre isso.
12:25Embora possa ser uma melhoria em relação à fabricação na China,
12:28isso também significa que não estaria sendo fabricado nos Estados Unidos.
12:39Bem, Andrew, acho que isso talvez se refira ao fato
12:42de a China ser um parceiro comercial não confiável
12:46e, novamente, a essas ações agressivas contra as Filipinas.
12:50Portanto, e como mencionei, eu diria que a Índia seria um dos primeiros acordos comerciais
12:56que assinaríamos.
12:57Portanto, fique atento a esse espaço.
13:00Mari, empurrar para a China essa responsabilidade, né?
13:04Algo que os próprios Estados Unidos começaram não me parece uma coisa muito racional.
13:09Como que você avalia essa declaração do Besson?
13:12Também é polêmica, né?
13:13Também, também faz parte do pacote da administração Trump.
13:17É até curioso quando a gente escuta, né?
13:19A China é um parceiro não confiável,
13:21sendo que o que os Estados Unidos certamente acabou fazendo nos últimos 90 dias,
13:24nos últimos 100 dias,
13:26é criar um grande ambiente aí de insegurança
13:30com relação à parceria comercial com os Estados Unidos.
13:33Isso é uma, inclusive, uma semente de mudança estruturante aí no comércio internacional.
13:37Há dúvida que paira sobre qual é a tomada de decisão que vai vir
13:41e quais são as variáveis que vão definir essa tomada de decisão
13:45em relação aos Estados Unidos com o resto do mundo.
13:47Então, é bom, o que você me perguntou, Paula,
13:50sobre qual que é a...
13:52se é certo jogar para a China a discussão sobre quem vai desescalar, né?
13:58De quem é a responsabilidade para desescalar?
14:00Bom, vamos lá.
14:01Tem uma questão inicial que é,
14:03toda vez que você vai sentar para a negociação,
14:05quem vai mais acuado,
14:07quem tem que chamar, às vezes, a negociação,
14:11em geral, vai com piores condições.
14:13E é isso que os Estados Unidos estão querendo fazer.
14:14Ele não quer ir para chamar a China dizendo assim,
14:17olha, eu preciso negociar.
14:19A grande questão aqui é quem, do ponto de vista do discurso,
14:21precisa negociar.
14:23E é curioso porque isso acaba escondendo um fato
14:25que é muito óbvio para todos os economistas
14:28que a gente acaba debatendo muito explicitamente,
14:30que é ambos estão envolvidos.
14:32Não existe quem precisa e quem não precisa.
14:34não é uma relação de que só os Estados Unidos ou só a China precisam.
14:38Eles estão de maneiras diferentes e aí é que está a questão.
14:41Porque a relação que se estabeleceu ao longo dos últimos 20 anos foi
14:44Estados Unidos é um grande consumidor,
14:47China é uma grande produtora,
14:49e aí quando os Estados Unidos consome da China,
14:51ele manda dólares para a China,
14:53a China usa esses dólares para gerar emprego,
14:55para produzir,
14:56mas aí o lucro volta para os Estados Unidos
14:58na forma de financiamento da dívida pública,
15:00na forma de lucros em geral,
15:02e isso permite um crescimento financeiro dos Estados Unidos significativo
15:06que garante consumo.
15:08E esse é grosso modo a relação que está estabelecida.
15:11Então, sair deste cenário,
15:13onde um é principalmente consumidor,
15:15para o outro é principalmente produtor,
15:16exige, se isso vai ser politicamente debatido
15:19e não economicamente estabelecido,
15:22exige saber onde que nessa régua você vai parar.
15:25Qual que é a intenção?
15:26Tem setores específicos,
15:27como é o caso do setor automobilístico,
15:29que parece estar no olhar de Donald Trump?
15:31Como está o setor de tecnologia?
15:33Qual a velocidade da mudança dessa relação?
15:36Os Estados Unidos, então,
15:37vai procurar sistemas de financiamento alternativos,
15:40na medida em que ele para de enviar tanto recurso para fora,
15:42ele vai aceitar que venha tanto recurso para dentro também,
15:45na forma, como eu disse, de retornos em lucro?
15:48Como vai se dar essa equação?
15:49Isso é que não está muito posto.
15:52Então, essa é a dificuldade da negociação,
15:53uma negociação que não tem cenário alternativo,
15:55é sempre um debate de,
15:56agora eu quero produzir.
15:58A simples inversão da relação,
16:00ou seja, agora para os Estados Unidos passar a consumir
16:03e a China é que vai,
16:04desculpa,
16:05os Estados Unidos vai passar a produzir
16:06e a China que vai ser o grande consumidor,
16:08com outro financiamento,
16:09os Estados Unidos vai investir na China,
16:11tem uma conta que não fecha,
16:12um debate que não está na mesa
16:14e é por isso que tem esse grande evitar
16:17de quem é que vai chamar.
16:18Isso parece que ainda não está posto,
16:20essa é a grande confusão do ponto de vista internacional
16:22e aí fica quem está no entorno esperando para saber,
16:27afinal de contas,
16:28quais vão ser as relações que vão pautar
16:29e a única certeza que a gente tem
16:31é que não é simplesmente a variável econômica,
16:34a busca de eficiência,
16:35a melhor alocação que está tomando essa decisão.
16:37A camada política ganhou muita força
16:40e aí parceiros confiáveis vai ficar cada vez mais difícil,
16:43porque quando a gente fala só da política,
16:45vai ter que entender o que move a política
16:46e isso é bem menos concreto e objetivo
16:49do que os aspectos econômicos.
16:50E aí, vamos dizer,
16:52cabe para os Estados Unidos,
16:53cabe para a China
16:54e é um mundo todo que agora vai ter que encarar
16:56de maneira mais explícita a ideia
16:58de que confiabilidade, credibilidade
17:00talvez sejam cada vez menores
17:02no comércio internacional, Paula.