Um ano após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, cerca de 400 pessoas ainda vivem em abrigos temporários, aguardando moradias definitivas. Os dois principais Centros Humanitários de Acolhimento, localizados em Canoas e Porto Alegre, abrigam 336 indivíduos e estão programados para encerrar as atividades até junho de 2025.
Assista na íntegra: https://youtube.com/live/0gTFhh0mSTk
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#JornalJP
Assista na íntegra: https://youtube.com/live/0gTFhh0mSTk
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#JornalJP
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Um ano depois das enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, cerca de 400 pessoas ainda moram em abrigos.
00:08Nesse mês, os centros humanitários que acolheram essas vítimas devem fechar as portas.
00:14A Jovem Pan retornou ao Rio Grande do Sul e traz agora a segunda parte da série de reportagens especiais, Beatriz Manfredini e Arthur Cipriani. Acompanhe.
00:24Lar temporário, uma expressão que dá ideia de agilidade, mas que há um ano congelou no tempo para muitos gaúchos.
00:34No auge da tragédia, além dos mais de meio milhão de pessoas que ficaram desalojadas, cerca de 80 mil ficaram desabrigadas.
00:44Quase 900 abrigos foram criados. Agora, o fechamento desses locais acontece em maio.
00:51No total, segundo a gestão, no último mês de funcionamento, cerca de 400 pessoas seguiam morando nesses locais.
01:01Nove abrigos restaram oficialmente.
01:04Eugênio Guimarães, coordenador de operações da ONU Migração e responsável pelo Centro Humanitário de Acolhimento Esperança, em Canoas,
01:13explica como aconteceram os encaminhamentos dos últimos abrigados.
01:17E aqui, a gente possui uma gama de atividades voltadas para o acolhimento, principalmente, mas também pensando na que as pessoas possam retomar as suas vidas.
01:29Então, trabalho com equipes multidisciplinares, para que as pessoas possam ter capacitação profissional, oportunidades de emprego.
01:37Agora, mais fortemente, retomando as questões habitacionais.
01:42Maria, acolhida na Casa Violeta, abrigo destinado a mulheres e crianças em Porto Alegre, juntou dinheiro com cursos e aulas que participou para retomar a vida.
01:56Quando eu cheguei aqui na casa, já estava acontecendo o Pulso RS, um projeto da Rede Astra.
02:01Então, eu acabei entrando, por último, dei muita sorte, acabei entrando no projeto.
02:07Então, a gente recebia matéria-prima para as pulseiras, como essa aqui que eu estou usando, e a gente recebia pela produção.
02:15Isso, para mim, foi muito importante, porque eu tinha dívidas já com o banco, eu não vinha produzindo, eu não vinha gerando renda.
02:23Então, isso me possibilitou quitar todas as dívidas que eu tinha.
02:26A vida virou de cabeça para baixo, mesmo para aqueles que, de alguma forma, conseguiram voltar para casa.
02:36Caso de Carla Patrícia da Silva.
02:39Moradora de canoas há 20 anos, ela perdeu tudo, inclusive o emprego.
02:44A geladeira, eu consegui salvar.
02:46Isso aqui, a gente achou na rua, essa mesa, ganhamos.
02:49Daí, essas cadeiras, foram algumas pessoas que botaram fora, eu peguei, recadei, lavei com lava jato.
02:54Então, a maioria das coisas foi com lava jato.
02:56Esse sofá, uma prima minha, me doou.
03:01Placas de vende-se e aluga-se se tornaram comuns aqui pelas ruas de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre.
03:09E também pelas ruas de tantas outras cidades afetadas.
03:13Os moradores até tentam vender os imóveis de bairros atingidos.
03:18Mas o valor caiu muito, o que tem dificultado essas tratativas.
03:22Não é difícil encontrar em vários municípios casas que foram reconstruídas do zero.
03:28Moradores dando o seu próprio jeito para criar sistemas anti-enchentes e, assim, estarem mais protegidos.
03:36Foi o que fez a família de Leonardo, de Novo Hamburgo.
03:39A gente começou a construir uma casa, uma outra casa, né, mais alta.
03:43E, que nem a gente falou, não tem, a gente não tem, não cria uma expectativa de, ah, vou arrumar aqui embaixo.
03:48Não tem, tá bagunçado, tá, a gente a organiza, mas não vai comprar um roupeiro, não vai mandar fazer um móvel pro banheiro, não vai fazer nada, né.
03:57Abandonar aqui embaixo, abandonar aqui embaixo, não tem, não cria uma expectativa de que a gente vai botar o que a gente consiga, assim,
04:04ah, começou a chover, vai dar uma enchente, vamos tirar e vamos levar pra outro lugar e depois a gente volta de novo, né.
04:11Esse era, é o pensamento da gente hoje.
04:15E também a Leocádia, que é dona de um supermercado na cidade de Esteio.
04:20A gente teve que desmanchar uma parte, né, do mercado, pra poder subir o piso.
04:29Tivemos que subir o telhado, porque automaticamente subindo o piso, tu tinha que subir o telhado, foi uma reforma grande.
04:36Ou a gente faz isso, ou a gente vive sempre em pânico, né.
04:39Apesar de muitos tentarem dar um jeito de lidar com a crise, a questão da moradia está longe de ser resolvida,
04:46tanto para a população, quanto para as autoridades.