In 1920s Brazil, a wealthy Turkish bar owner takes a woman as his cook and lover. Based on the novel by Jorge Amado.
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00:08:38Dona Erminda!
00:08:41Dona Erminda, venha cá um momento. Preciso da sua ajuda.
00:09:01Dona Erminda, esta é a minha nova cozinheira.
00:09:09Vamos lá, vamos lá.
00:09:13Temos que explicar tudo porque ela não sabe nada.
00:09:16Agora, tenho que ir embora.
00:09:18Mas que pressa é essa, Senhora Cid?
00:09:20Coronel Jesuíno Mendoza matou a Dona Sinazinha e o Doutor Osmundo.
00:09:23Mas por quê?
00:09:25Mas como por quê? Encontrou eles na cama. Qual...
00:09:27Qual podia ser a outra razão? Porque eles eram condenados.
00:09:30Dona Sinazinha e o Doutor Osmundo?
00:09:33Sim, sim, sim.
00:09:35Bem que meu falecido marido me disse na sessão espírita.
00:09:36Dona Erminda, agora não tenho tempo para escutar história.
00:09:39Como é esse clima? O bar vai ficar cheio de gente.
00:09:42E vou ter uma trabalheira. Explique tudo a ela.
00:09:44E você vá se lavar que você está nojenta.
00:09:46Até mais tarde, Dona Erminda.
00:09:52Oh, menina, onde é que você arranjou tanta poeira?
00:09:55Foi fugindo da seca.
00:09:57Foi para mais de quarenta dias de viagem.
00:10:00Seja bem-vinda, minha filha.
00:10:07João Fugêncio.
00:10:09Bom dia.
00:10:11Já soube da última novidade?
00:10:13Oh, fica moleza. Ainda não acabou.
00:10:15Tenho um recado para o senhor, Senhor Nacigo.
00:10:17O Coronel Ramiro mandou dizer para o senhor levar a garrafa...
00:10:19do melhor conhaque português lá na casa dele.
00:10:21Disse para o senhor mesmo levar.
00:10:23Só faltava isso.
00:10:25A garrafa!
00:10:27Talvez eles queiram um representante da cidade lá.
00:10:29Um que não seja Coronel de Cacau.
00:10:31E por quê?
00:10:33Para brindar o assassino.
00:10:35Até logo, Nacigo.
00:10:37Hoje esse bar vai fazer jus ao nome.
00:10:39Sim, sim. Vai fazer, vai fazer.
00:10:50Coronel Ramiro.
00:10:54Coronel.
00:10:59Coronel.
00:11:02Coronel.
00:11:04Obrigado.
00:11:10Coronel.
00:11:16Ele desse brinde é um grande homem...
00:11:18que lavou com sangue a sua mão manchada.
00:11:20E faça na qualidade de amigo, compadre, intendente...
00:11:24e líder político de Délos.
00:11:26Vá para a sua fazenda.
00:11:28Descanse uma semana ou mais se quiser...
00:11:30pois sei quanto está sofrendo.
00:11:32Depois volte e se apresente ao juiz.
00:11:34Doutor Maurício Carlos vai fazer sua defesa.
00:11:36E tenha a minha palavra empenhada...
00:11:38em frente a todos os coronéis daqui da região.
00:11:40Que nada lhe acontecerá enquanto eu for vivo.
00:11:43Beba a sua saúde, Coronel Jairzinho Mendonça.
00:11:53Dizem que ela estava nuinha totalmente.
00:11:56Totalmente?
00:11:58Todinha. A única coisa que usava eram as meias pretas.
00:12:01Pretas?
00:12:02Meias pretas?
00:12:04Finíssimas.
00:12:06Francesa! Já pensou o que é isso?
00:12:09É do outro lado do mundo.
00:12:11Vai trabalhar.
00:12:13Ouvi dizer que tudo começou na cadeira.
00:12:15Na cadeira?
00:12:17É. Se ter coxas, ter consultório em casa...
00:12:19é muito promístico.
00:12:21Para a cama é um passo.
00:12:23Manificado.
00:12:25Um passo de fato.
00:12:27Dizem que eles estavam embolados quando Jesus não entrou.
00:12:30Não ouviram nada.
00:12:32Nessas horas não se ouve nada mesmo.
00:12:34Bem feito. O coronel fez justiça.
00:12:36Fez o que faria qualquer um de nós no caso desses.
00:12:39Obrou como homem de bem.
00:12:41Não nasceu para cabrão...
00:12:43e só uma maneira de arrancar os chifres.
00:12:45Aquele fraco de noite esquece a moral...
00:12:48para perseguir negrinhas de menos de 14 anos.
00:12:51Dona Cinhazinha, quem diria?
00:12:54Não saía da igreja.
00:12:56Esse negócio de muito frequentar a igreja...
00:12:58dá nisso.
00:12:59Mulher que vive amarrada na saia de padre...
00:13:02não é boa bisca.
00:13:04Especialmente nas saias de Padre Basilio.
00:13:06Olha quem vem lá.
00:13:08Tonico Bastos.
00:13:10Olha como ele vem sério com seu elefante.
00:13:14Quem o vê assim tem capaz de imaginar...
00:13:17que se trata do maior conquistador da cidade.
00:13:19Dona Alves, se o pega na cama...
00:13:21é capaz de fazer o mesmo do coronel Jesus.
00:13:24Dá duas balas em cada um.
00:13:26Ela é bem homem para isso.
00:13:27Bigode é que não falta.
00:13:32Novas agências bancárias.
00:13:35Empresas de ônibus.
00:13:37Jornal diário.
00:13:39Avenida na praia.
00:13:41Novos técnicos do cacau.
00:13:43Até uma bailarina que dança nua você trouxe.
00:13:46Mas eu vou lhe dizer uma coisa.
00:13:48Mais importante que tudo isso...
00:13:50é a vinda do engenheiro.
00:13:52Se ele vier...
00:13:54a nossa candidatura é sinônimo de vitória.
00:13:57Fique descansado que ele virá.
00:13:59Para mim isso agora é uma questão pessoal.
00:14:02E depois virão as dragas e limparão a barra.
00:14:05No Rio entrei em contato com uma companhia de cargueiros suecos.
00:14:08Estão dispostos a estabelecer linha direta para Ilhéus...
00:14:11assim que a barra der passagem para o navio do Certo Calado.
00:14:14E quando o primeiro navio sueco aqui entrar...
00:14:17será o fim do poder dos coronéis.
00:14:19Dos assassinatos assim de frio.
00:14:21O dinheiro da exportação ficará aqui...
00:14:23e não mais com o porto da Bahia.
00:14:25Ouça o que eu lhe digo, capitão.
00:14:27O progresso virá pelo mar.
00:14:29E quando esse dia chegar...
00:14:31será o fim de Ramiro Bastos no poder.
00:14:34E a certeza de que não teremos o reinado de seu filho Tunico.
00:14:38O bem amado.
00:14:41Que calhordas.
00:14:43Dá pena.
00:14:45Mês passado toda a cidade andava atrás de Dona Sinazinha...
00:14:49pedindo ajuda para o Cacau.
00:14:51Todos caminhando de pés descalços.
00:14:53E agora, olha só.
00:14:55Nenhuma visita, nenhuma flor em um caixão decente.
00:14:59Bando de patifes.
00:15:05Que louca esta moça.
00:15:07Vira-te aqui.
00:15:09Ela é diferente.
00:15:11Só que quando o pai dela souber, vai ser o diabo.
00:15:14O coronel meu que não está foi lá para sua fazenda.
00:15:17Encontrei com ele no mercado do...
00:15:19Foi lá para sua fazenda.
00:15:21Encontrei com ele no mercado do...
00:15:49Ai, gostosa.
00:16:20Olha, para mim que eu sou muito leve.
00:16:23Me dá um beijo.
00:16:25Um pouquinho.
00:16:27Olha, para mim que eu sou muito leve.
00:16:29Me dá um beijo.
00:16:31Um pouquinho.
00:16:44Amor.
00:16:56Amor.
00:17:06Amor.
00:17:08Amor.
00:17:27Mundinho Falcão.
00:17:29Além do progresso, traz a diversão.
00:17:31Além do progresso, traz a diversão.
00:17:33Essa bailarina aqui no Bataconha é uma coisa fabulosa.
00:17:35Essa bailarina aqui no Bataconha é uma coisa fabulosa.
00:17:37Ah, doutor.
00:17:38Diversão também é cultura.
00:17:40Os tempos são novos, não é, capitão?
00:17:56Amanhã, João.
00:18:26O que você está fazendo aqui? Por que não foi dormir?
00:18:30O moço não disse nada.
00:18:33Que moço?
00:18:36O senhor não disse que iria para amanhã.
00:18:42Está bem, agora vá para o quarto.
00:18:45O que você está fazendo aqui?
00:18:48O que você está fazendo aqui?
00:18:51O que você está fazendo aqui?
00:18:54Está bem, agora vá para o quarto.
00:18:57Amanhã falamos disso.
00:19:01Boa noite, seu moço.
00:19:05Espera, Iva. Como é seu nome?
00:19:08Gabriel.
00:19:24Hoje eu quero estar mais bonita do que nunca.
00:19:28Todo capricho é pouco.
00:19:32Nunca vi a senhora assim tão preocupada.
00:19:36Os dois inteiros vão ter que passar por aqui.
00:19:39Grandes coisas. Não vai ter ninguém para acompanhar mesmo.
00:19:42É, mas todos os homens vão estar no bar para assistir.
00:19:46E vão ficar me admirando.
00:19:49Nenhum deles fala comigo de Etrudes.
00:19:51Mas do jeito que eles me olham...
00:19:54Eu sei.
00:19:57Eu sei que todos eles me desejam.
00:20:02Eu gosto disso.
00:20:05É a coisa que eu mais gosto neste mundo.
00:20:21O bar está cheio de gente e não tem nada para comer.
00:20:24Deixe-me ver.
00:20:27Aparece bom.
00:20:30Bolinha de bacalhau.
00:20:34Bom.
00:20:37Esta moça sabe cozinhar.
00:20:40E como ela é bonita, seu nocivo.
00:20:43Quando riu, deixou a gente até com fome.
00:20:46Essa Gabriela.
00:20:48Esta Gabriela.
00:20:59E olha lá o professor Josué.
00:21:02É um obstinado.
00:21:05Tão obstinado que parece que ele já conseguiu.
00:21:08Não leu o poema que ele publicou hoje no diário?
00:21:11Olha aqui.
00:21:14Nosso amor é eterno como a própria eternidade.
00:21:16Que história.
00:21:19Um zumbi do amor.
00:21:22Um zumbi da eternidade.
00:21:25Para mim, essa história de amor eterno é só falta de mulher.
00:21:28Eu não entendo porque nenhum poeta escreve uma poesia sobre o amor passageiro.
00:21:31Uma coisa tão bela.
00:21:34Ei, Maurício, olha aqui.
00:21:46Como se mesmo depois da morte fizessem se encontrar.
00:21:49É o sangue de Obelisco, sem dúvida.
00:22:17Dona Ciancinha era aparentada a Zuzana.
00:22:20Deve ter herdado o destino de Ofeniza.
00:22:23Sua vocação para a desgraça.
00:22:26Mas quem vem a ser Ofeniza?
00:22:29Uma antepassada minha.
00:22:32Beleza fatal, que se apaixonou por D. Pedro II.
00:22:35Morreu de desgosto por não ter ido com ele.
00:22:38Mas quem vem a ser Ofeniza?
00:22:41Uma antepassada minha.
00:22:43Beleza fatal, que se apaixonou por D. Pedro II.
00:22:46Morreu de desgosto por não ter ido com ele.
00:22:49Para onde? Para a cama, para onde haveria de ser.
00:22:52Para a corte. Não lhe importava ser amante dele.
00:22:55Vamos perder a visão da nossa glória.
00:22:58Coronel, seu proprietário chegou.
00:23:04Eu não desculpo mulher casada que se esquece dos seus deveres.
00:23:07Mas que também a culpa dos maridos lhe soar.
00:23:10Glória vestida naquele luxo.
00:23:13Será que o coronel corelano gasta assim com a esposa?
00:23:16Na terra do meu pai, Síria.
00:23:19Mulher sem vergonha se acaba da fada.
00:23:22Lentamente se cortava em pedacinhos.
00:23:25O que é isso na Síria?
00:23:28Assim, aos pedacinhos, é?
00:23:31Sim, pedacinhos. Começando da ponta dos senhos.
00:23:34Que horror! Não é um horror, doutor.
00:23:37A mulher que trai o marido é uma vagabunda, uma puta.
00:23:40Logo, não merece outra coisa.
00:23:43Eu faria um pedacinho dela.
00:23:46E o amante?
00:23:48Aquele que desona outro é agarrado por uns homens fortes,
00:23:51aqueles da montanha que tiram sua calça,
00:23:54abrem suas pernas e com uma navalha bem afiada...
00:23:57Não me diga que...
00:24:00Sim, sim, castrado o mar com muita arte.
00:24:03Estranho costume na Síria.
00:24:05Cada povo com seu uso.
00:24:07Eu odiava.
00:24:09Fogosos como são as turcas, deve haver muito capado por lá.
00:24:13Não, as mulheres não se exibem como a nossa...
00:24:16amiga aqui que põe as tetas na janela.
00:24:19A mulher vive coberta da cabeça aos pés.
00:24:22Sou eu.
00:25:14Bem, bem, o que é que fizemos?
00:25:17Segurando que tu derrestes...
00:25:20Não, não foi a minha faixa.
00:25:22A sua?
00:25:24Não.
00:25:26A sua foi a minha.
00:25:28Não, não foi.
00:25:30Deu-lhe uma boa senha.
00:25:33Você deu 1,3 centavos a esse escudo.
00:25:35A senha de 1,3?
00:25:371,3 centavos a esse escudo.
00:25:39Eu vim trazer isso. Não é muito importante, mas acabei de chegar.
00:26:10Fiquei acordado esperando o moço para dizer o que queria para amanhã.
00:26:15Ficou tarde e eu vim dormir.
00:26:18É porque trabalhei tanto.
00:26:23O moço está cansado?
00:26:39Sim.
00:27:39Lá, lá, lá...
00:27:44Vim do norte, vim de longe
00:27:49De um lugar que já não há
00:27:53Vindo, vindo pela estrada
00:27:59Vim parar nesse lugar
00:28:04Meu cheiro é de cravo, minha cor de canela
00:28:06Minha bandeira é verde e amarela
00:28:10Pimenta de cheiro, cebolinha dela
00:28:13Um beijo na boca, beijo na panela
00:28:16Gabriela
00:28:19Sempre Gabriela
00:28:36Ai, ai, feijão na panela
00:28:57Esse jornaleco precisa tomar mais cuidado com as palavras.
00:29:03Ameaças não nos intimidam e não podem mudar a verdade.
00:29:09O abandono da Barra é um caso escandaloso.
00:29:13Nunca se fez nada contra essas areias que entravam o nosso progresso.
00:29:17Que fazem com que a capital fique com os nossos lucros, com o nosso sangue.
00:29:21O que é isso, minha gente? Calma, calma.
00:29:23Turco, Turco.
00:29:25Alguém já marcou a cruzinha hoje na pedra?
00:29:28Não, não, acho que não.
00:29:30Parece mais um cemitério.
00:29:31Quarenta e cinco dias e não aconteceu nada.
00:29:34Mundinho faria melhor nos mandando outra bailarina.
00:29:37Assim ficaríamos todos contentes.
00:29:39Mundinho quando promete, cumpre.
00:29:41É uma coisa que o povo de Leão já sabe.
00:29:43Precisa só tomar cuidado para não prometer coisa demais.
00:29:46E mais cuidado ainda com as palavras desse jornalista que ele comprou.
00:29:50Clóvis Costa tem opiniões próprias.
00:29:53Não é um jornalista que...
00:29:55Põe a mão que ele é trente no que publica.
00:29:57Senão Mundinho vai ter que comprar também um cachorro.
00:29:58Calma, calma.
00:30:20Vai matar a moça?
00:30:26O que você veio fazer?
00:30:28O que você veio fazer aqui?
00:30:31Vim trazer a comida do moço.
00:30:33O moleza ficou doente e tu disse que não apareceu.
00:30:37O moço ficou zangado?
00:30:40Não.
00:30:42Não.
00:30:58O moço ficou zangado?
00:30:59O moço ficou zangado?
00:31:01Sim.
00:31:02A casa já está prontinha, ainda dá tempo de voltar para o jantar.
00:31:32Mas sim, claro que sim, vai ao cinema.
00:31:38Toma, para que também vai adormecer.
00:31:42Você não se vê tão bom assim.
00:31:45Passei um café ainda escuro e logo me pus a caminho
00:31:51Eu quero rever a Gabriela, de novo provar seu cheirinho
00:31:57Manhã bem cedinho na mata, o sol derramou seu carinho
00:32:03Com brilho na folha da jaca, fechei em rever meu benzinho
00:32:10Gabriela
00:32:16Gostosa a Gabriela, hein?
00:32:28Gostosa a Gabriela, hein?
00:32:36Gostosa a Gabriela, hein?
00:32:57Você pensa que vai ser bonita a vida toda, Gabriela?
00:33:00Se não aproveitar agora minha filha, depois é tarde.
00:33:03Eu sou capaz de jurar que você não perde nada sem a Sílvia, não é mesmo?
00:33:06Vai no cinema com a senhora, que mais que eu vou pedir?
00:33:09Tudo menina, tudo que quiser ele dá.
00:33:12Olha, se você souber fazer, leva as coisas com jeitinho, dando, negando.
00:33:18Ele até acabou de casar com você.
00:33:22Boa tarde.
00:33:25Boa tarde.
00:33:27Boa tarde, seu coronel.
00:33:29Sabe o que eu acho uma pena um morenão como você metida na cozinha?
00:33:33Por quê?
00:33:34Estraga as mãos.
00:33:36Depende só de você largar as panelas.
00:33:38Se você quiser, eu posso lhe dar de um tudo.
00:33:40Casa decente, empregada, quando está aberta na loja.
00:33:45Gostei da estampa da menina.
00:33:47Me agradei mesmo de você, morena.
00:33:50Então, o que me diz da minha proposta?
00:33:52Quero não, seu coronel.
00:33:55Aqui não me falta nada.
00:34:12Ei!
00:34:14Ei!
00:34:16Ei!
00:34:21Está gostando?
00:34:26Carinho, carinho.
00:34:36Vem cá, vem cá, vem cá, vem cá.
00:34:38Acabou.
00:34:41Tchau.
00:34:51Tchau.
00:35:08Gabriel.
00:35:11Dona Gabriela.
00:35:13Um bolo.
00:35:17Onde é que você estava?
00:35:19Vai, vai, você vai ajudar, anda.
00:35:22Quem vai me tirar com a Gabriela aqui?
00:35:24Anda, anda, você também.
00:35:33Rainha Tukituti.
00:35:35Ainda serás minha.
00:35:37Cozinhei.
00:35:40Obrigado.
00:35:48Está rindo de quê?
00:35:50Da tua cara preocupada.
00:35:52Está apaixonada, hein?
00:35:54Olha, a única solução, sabe qual é?
00:35:57O matrimônio, casa com ela.
00:36:00O que você está dizendo é um absurdo.
00:36:04O casamento se faz com uma moça boa,
00:36:06de família conhecida, educada, com dote pronto,
00:36:09e urgente, sobretudo.
00:36:11Você, quando se casou com Olga...
00:36:13Ah, eu casei com Olga porque era proprietária
00:36:15de milhares de pés de cacau.
00:36:17E a propriedade é uma velha paixão da família Baixo,
00:36:19só por isso.
00:36:25Chega dessa coisa, isso é um absurdo.
00:36:37Gabriela, um tucante.
00:37:00Ai, que bonitinho.
00:37:03É para você, para a companhia.
00:37:06Que bom, dois presentes uma vez só.
00:37:08A moça é tão boa.
00:37:10Por que dois?
00:37:12O passarinho, o moço que veio trazer.
00:37:14Todo dia, só chega bem tarde da noite.
00:37:25Mie, quero te dizer uma coisa.
00:37:28O que eu digo?
00:37:30Uma coisa que não me agrada, que me preocupa.
00:37:36A comida está ruim, a roupa está mal lavada.
00:37:39Não, não é isso.
00:37:41É que...
00:37:44Eu não quero que você venha ao bar.
00:37:46Só vou para jantar, para a comida não esfriar.
00:37:48Por isso que eu vou.
00:37:50Eu sei disso, mas os fregueses não sabem.
00:37:53Não fica bem uma cozinheira indo ao bar, não é, Senaci?
00:37:56Sim, sim, é isso mesmo.
00:37:58Uma vez quer não dizer nada, uma outra só reclama.
00:38:02É bem.
00:38:05A partir de amanhã, então,
00:38:07eu entro pelos fundos só para levar a comida do moço.
00:38:11Você gosta de vir ao bar, não é?
00:38:17Está bem, pode vir.
00:38:19Mas não vai mais servir, vai ficar atrás do balcão.
00:38:21Agora tem que ir.
00:38:23Tão cedo?
00:38:25Sim, sim, eu não podia nem ter vindo.
00:38:28Venha cá.
00:38:31Vi, vi.
00:38:36Olha, mas você me quer bem, não é?
00:38:40Moço bonito, eu gosto demais.
00:38:44Sabe, não são eles que não querem que você vá ao bar.
00:38:47Sou eu, porque...
00:38:49fico com ciúmes de ver que todos...
00:38:51te dirigem a palavra, te tocam.
00:38:53Enfim, só falta te agarrar ali, na minha frente.
00:38:56Não importa, não digo nada.
00:38:58É verdade, é verdade que não te importa.
00:39:29O engenheiro chegou!
00:39:32O engenheiro chegou!
00:39:35O engenheiro chegou!
00:39:38O engenheiro chegou!
00:39:41O engenheiro chegou!
00:39:44O engenheiro chegou!
00:39:59Bem-vindo a Ilhéza, engenheiro Rômulo.
00:40:01Muito obrigado.
00:40:03Conhece o capitão?
00:40:05Sua chegada é um marco histórico para a nossa cidade.
00:40:17Um brinde ao nosso engenheiro...
00:40:20Rômulo Vieira.
00:40:22Muito bem, Rômulo.
00:40:28Muito bem, Rômulo.
00:40:58Rômulo Vieira.
00:40:59Muito bem, Rômulo.
00:41:28Bom, sem resposta?
00:41:31Impossível.
00:41:33Nenhuma explicação?
00:41:34Mas isso não tem lógica.
00:41:35Como é que foi que eu errei?
00:41:38Não se briga assim.
00:41:40Não se briga assim.
00:41:42Não se briga assim.
00:41:44Não se briga assim.
00:41:46Não se briga assim.
00:41:48Não se briga assim.
00:41:50Não se briga assim.
00:41:52Não se briga assim.
00:41:54Não se briga assim.
00:41:56Não se briga assim.
00:41:58Deve haver alguma razão.
00:41:59Eu não sei.
00:42:00Ela leu e mandou devolver.
00:42:03Muito bem.
00:42:05Agradecido.
00:42:22Louca.
00:42:24Impossível.
00:42:26Quem ela pensa que é?
00:42:29Não passa de uma putinha, filha de coronel.
00:42:32Não respeita os outros.
00:42:36Causa sofrimento como quem...
00:42:39descasca uma banana.
00:42:43Se ele soubesse o quanto eu gosto dele.
00:42:46Sofrimento em balas de meu peito cansado.
00:42:51Alexandrinos perfeitos.
00:42:54Seletones perfeitos.
00:42:56Ah, sim, eu acredito.
00:42:58Ah, sim, eu acredito.
00:43:00Como?
00:43:02Como?
00:43:04Como?
00:43:06Como?
00:43:08Mas que pequeno homem!
00:43:12Eu preciso de um presidente.
00:43:14E um presidente.
00:43:18Obrigado.
00:43:20Achou que podia me pegar?
00:43:22Você é que deveria ficar preocupado.
00:43:24Com o quê?
00:43:26O Luiz, meu caro, alugou uma bela casa no Beco das Quatro Borboletas.
00:43:30Pra quem?
00:43:31Pra quem?
00:43:32Pensa um pouco, usa a cabeça.
00:43:35Cadê os bolinhos?
00:43:36Sei lá, seu nascido.
00:43:37Dona Gabriela não estava em casa.
00:43:44Tamiko, quando você fala de casamento, está falando sério?
00:43:49Mais claro, Aramis.
00:43:50Se fosse eu...
00:43:52Eu tenho pensado e...
00:43:55Se decidiu?
00:43:57O problema é que ela não tem documentos.
00:44:00Não sabe quando nasceu, não sabe o nome do pai e da mãe.
00:44:03Não sabe quantos anos tem.
00:44:05Nasibi, sou teu amigo.
00:44:06E sou também proprietário do registro de notas.
00:44:09Eu tiro pra você documentos falsos.
00:44:11Mas não é perigoso.
00:44:12Perigo nenhum.
00:44:13Ilhéus foi toda construída sobre documentos falsos,
00:44:15certificados de propriedade, centenas e milhares de hectares.
00:44:19Um a mais que mal tem.
00:44:20Mas tem uma condição.
00:44:22Qual?
00:44:23Eu e Olga temos que ser testemunhas do seu matrimônio.
00:44:26Mas vocês já estão convidados.
00:44:28Tamiko, você é mesmo...
00:44:30Feliz.
00:44:31Meu melhor amigo.
00:44:32Turco felizado.
00:44:39Eu vim aqui só um momento para te dizer que...
00:44:42Bem, eu decidi.
00:44:45Quero casar com você.
00:44:47Casar pra quê? Você nasceu no Tsanã.
00:44:50Como? Não aceita?
00:44:53Aceitar eu aceito, mas no Tsanã não tá bom assim.
00:44:56Ah, então não aceita.
00:44:58Vou contratar empregados, comprar vestidos.
00:45:01Que ela tiver elegância.
00:45:03Enfim, vida nova.
00:45:06Ah, é a partir de hoje que você vai dormir na casa da dona Arminda.
00:45:09Pra quê?
00:45:11Porque agora somos noivos.
00:45:13Não fica bem dormir na mesma casa.
00:45:15A cidade fala, você sabe.
00:45:45A CIDADE NO BRASIL
00:46:15A CIDADE NO BRASIL
00:46:46A CIDADE NO BRASIL
00:46:56Silêncio! Silêncio!
00:46:58Finalmente Eus foi justiçado!
00:47:01O amor de Ofelícia pelo Imperador é revivido por Kabe-ela e Nasceba.
00:47:05A CIDADE NO BRASIL
00:47:35A CIDADE NO BRASIL
00:48:05A CIDADE NO BRASIL
00:48:36O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:48:38FALA BAIXO, SENHOR, VOU VER O QUE VOCÊ NÃO SABE LER.
00:48:41E NÃO ME CHAMA DE SENHOR NASCEBA.
00:48:43SOU SEU MARIDO, E VOCÊ MINHA MULHER, NÃO MINHA CRIADA.
00:48:46FICA ZANGADO, NÃO, SENHOR NASCEBA.
00:48:48O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:48:50NÃO SEI, NÃO ME LEMBRO.
00:48:52E NÃO FALA COM A BOCA CHEIA.
00:48:59O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:49:01O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:49:04O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:49:06E NÃO FALA COM A BOCA CHEIA.
00:49:08O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:49:10Você faz o que é acrílico.
00:49:12Seu marido está sozinho.
00:49:14O que está escrito lá?
00:49:16O Que está escrito lá?
00:49:18O que está escrito lá?
00:49:20O que está escrito lá?
00:49:29O QUE ESTÁ ESCRITO LÁ?
00:49:32O que foi que houve? Tanta gente correndo de um lado para o outro.
00:49:37Tocaram fogo na edição do diário.
00:49:40Gente dos bastos.
00:49:42Tudo por causa daquele engenheiro Palermo.
00:49:44Qual?
00:49:45O engenheiro Palermo.
00:49:46Qual?
00:49:47O engenheiro Palermo.
00:49:48Qual?
00:49:49O engenheiro Palermo.
00:49:50Qual?
00:49:51O engenheiro Palermo.
00:49:52Qual?
00:49:53O engenheiro Palermo.
00:49:54Qual?
00:49:55O engenheiro Palermo.
00:49:56Qual?
00:49:57O engenheiro Palermo.
00:49:58Qual?
00:49:59O engenheiro Palermo.
00:50:00Qual?
00:50:01O engenheiro Palermo.
00:50:02Qual?
00:50:03Aquele ali?
00:50:04Que está conversando com a sua namorada?
00:50:05Minha namorada?
00:50:06Engano o seu.
00:50:07Simples conhecimento.
00:50:08Aqui em Ilhéus só tem uma mulher, que me tira o som.
00:50:09Ah, é?
00:50:10E se pode saber quem é?
00:50:11Posso dizer?
00:50:12Ah, não se acanhe.
00:50:13Já para casa!
00:50:14Tchau.
00:50:15Tchau.
00:50:16Tchau.
00:50:17Tchau.
00:50:18Tchau.
00:50:19Tchau.
00:50:20Tchau.
00:50:21Tchau.
00:50:22Tchau.
00:50:23Tchau.
00:50:24Tchau.
00:50:25Tchau.
00:50:26Tchau.
00:50:27Tchau.
00:50:28Tchau.
00:50:29Tchau.
00:50:30Eu soube que o senhor terminou seus estudos da barra...
00:50:33e passou um telegrama pedindo para continuar dirigir os trabalhos.
00:50:37Se eu fosse o senhor, não faria isso, não.
00:50:40Mandava um telegrama pedindo um substituto...
00:50:43e não esperava que ele chegasse.
00:50:46Sabe que tem um navio depois de amanhã?
00:50:52Não, senhor.
00:50:54Não, senhor.
00:50:56Depois de amanhã.
00:51:04Depois de amanhã.
00:51:06É o prazo que ele toma.
00:51:12Tonico, sabe da última?
00:51:14Malvina, a filha do coronel Melchi, fugiu de barco no meio da noite.
00:51:17Dizem que foi encontrar com o engenheiro Romulo.
00:51:20Não deixou carta, não se despediu de ninguém, abandonou tudo.
00:51:23O coronel Melchi ficou louco de raiva, gritou a noite inteira.
00:51:26Pobre coitado, ficou arrasado.
00:51:28Salve, Nassib.
00:51:30Veja lá um conhaque.
00:51:32Certo, coronel.
00:51:45Veja lá, entupo.
00:51:47Espero que esse conhaque seja português e não desse misturado que você serve.
00:51:51O conhaque é bom, coronel.
00:51:53Pode beber sem medo.
00:51:55E eu não sou turco, sou italiano.
00:51:58De pai árabe e de mãe napolitana.
00:52:01Eu pensei que fosse a mesma coisa.
00:52:03Não, não é a mesma coisa.
00:52:10Professor, um outro?
00:52:12Não, obrigado, senhor.
00:52:21A CIDADE NO BRASIL
00:52:51A CIDADE NO BRASIL
00:53:21Adorei, adorei.
00:53:25Olha, uma casa como essa, com luxo e criada,
00:53:30não te posso oferecer.
00:53:32Sou um modesto professor com parcos vencimentos.
00:53:36Mas amor, amor eu posso.
00:53:41Nós dois passeando de braços dados pela rua,
00:53:46afrontando essa sociedade hipócrita,
00:53:49morando no meu quartinho sobre o cinema,
00:53:51pobres, mas ricos de amor.
00:53:54Ah, não, não, não, meu filho.
00:53:56Assim não vai poder ser.
00:53:58Eu quero amor e conforto.
00:54:00Meu homem e meu coronel.
00:54:02Miséria eu já conheço de sobra.
00:54:05E não gosto dela, nem um pouco.
00:54:07Se você quiser, vai ter de ser assim,
00:54:10escondido, e muito bem escondido.
00:54:14Se o velho souber, eu estou perdida.
00:54:17Todo cuidado é pouco.
00:54:48Queria lhe dar uma coisa.
00:54:50Uma coisa que você usasse para se lembrar de mim todo dia.
00:54:53Mas eu não posso comprar e o desconfiar.
00:54:56Compre por mim uns sapatos.
00:54:58Não diga não.
00:55:00Eu estou pedindo.
00:55:07Compre uns sapatos.
00:55:08Assim quando você andar, você pensa que está pisando em cima de mim.
00:55:17Não.
00:55:30Bem, coronel, com seu apoio, a eleição agora é coisa decidida.
00:55:33Os votos de Itabuna encerram a carreira política do coronel Ramiro Bastos.
00:55:36É coisa que lamento.
00:55:38O coronel Ramiro é um grande homem,
00:55:40mas o seu tempo passou e ele não quer enxergar.
00:55:42É verdade.
00:55:44Por favor.
00:55:47Boa noite, coronel.
00:55:48Boa noite.
00:55:50Há uma curiosidade.
00:55:52O que exatamente fez o senhor se decidir pelo apoio à minha candidatura?
00:55:55Eu sempre soube a hora certa de mudar.
00:56:18O desgraçado está aqui.
00:56:20Vamos achá-lo em outro lugar.
00:56:27O quarto está por lá.
00:56:30O quarto é seu.
00:56:33Vá.
00:56:47Vá.
00:57:17Vá.
00:57:47O que você fez?
00:57:48Para mim não fiz nada.
00:57:49Foi para o coronel Melk e para o outro maior.
00:57:51Gabriela, você precisa me ajudar.
00:57:53Procure agora o coronel Melk.
00:57:55Ele deve estar lá na casa do outro maior.
00:57:57O coronel Ramiro?
00:57:58Esse.
00:57:59Ele diz que eu peço desculpa,
00:58:01mas estou precisando de ajuda.
00:58:03Vá agora.
00:58:04Vá aqui.
00:58:18O que você procura, moça?
00:58:20Quero falar com o coronel Melk.
00:58:22Foi para casa.
00:58:23Então quero falar com o coronel Ramiro.
00:58:25É Fagundes. Está escondido lá em casa.
00:58:27Espere aqui.
00:58:40Gabriela.
00:58:42Seu Tonico.
00:58:44É Fagundes. Está escondido lá em casa.
00:58:46Está todo ferido de espinho. Precisa de ajuda.
00:58:48E vai ter, Gabriela. Vai ter.
00:58:50Vamos entrar.
00:58:51Nascibe sabe?
00:58:52Não. Não sabe nada, não. Estava dormindo.
00:58:54Ótimo. Então não lhe contamos nada, tá bom?
00:58:56É melhor que não saiba.
00:58:57Vamos entrar, por favor.
00:59:04A senhora, sem saber,
00:59:06salvou a cidade de um grande incêndio.
00:59:08Então melhor ainda.
00:59:11Seu coronel tem que ir embora logo.
00:59:13Não se preocupe.
00:59:14Tonico, você e Olga vão levar a dona Gabriela no carro da atendência.
00:59:16Mas já é tarde, pai. Olga está dormindo.
00:59:18Então acorde.
00:59:19E chame o cumpadre Melk e o cumpadre Amâncio.
00:59:21Quero os dois tratando disso.
00:59:23E desta vez, sem erros.
00:59:25Tá bem.
00:59:26Dona Gabriela,
00:59:29minha gratidão.
00:59:31Com licença, pai.
00:59:33Então tá logo, seu coronel.
00:59:45O Neus está tomado pelos degustos de Tabuna.
00:59:48E o coronel das onças só está ferido.
00:59:51Se encontram quem atirou no coronel das onças
00:59:54e fazem ele falar,
00:59:55o coronel Ramiro vai colocar seus homens em assalto
00:59:58e será guerra do cacau.
01:00:00Não, não se preocupe, pai.
01:00:02O coronel Ramiro,
01:00:04o coronel Ramiro,
01:00:06o coronel Ramiro,
01:00:08o coronel Ramiro,
01:00:10o coronel Ramiro,
01:00:12o coronel Ramiro,
01:00:13Não, não se preocupe, isso nunca leva a nada.
01:00:15Ah, não sei não.
01:00:16O coronel Ramiro bastou seu nome corajoso, duro.
01:00:19Quem vai derrubar ele?
01:00:20Não digo.
01:00:43Chegou a Sanasibi.
01:00:44Sim.
01:00:46Um dia cheio de confusão.
01:00:51Esta noite, dormiremos em um barril cheio de pólvora.
01:00:54É mesmo? Por que a Sanasibi?
01:00:57Por que a Sanasibi?
01:00:58Porque nós somos ouvintes.
01:01:00Nós somos ouvintes.
01:01:01E você é o ouvinte.
01:01:03É mesmo?
01:01:04Você é o ouvinte.
01:01:05Você é o ouvinte.
01:01:06Eu sou o ouvinte.
01:01:07Eu sou o ouvinte.
01:01:08Eu sou o ouvinte.
01:01:09Eu sou o ouvinte.
01:01:10Eu sou o ouvinte.
01:01:11Eu sou o ouvinte.
01:01:12O que é, Sennacibe?
01:01:15Não, não se preocupe.
01:01:27Venha. Venha mais perto.
01:01:33Sono.
01:01:37Mas se você quer, eu também quero. Sempre quero.
01:01:43Você não se importa.
01:01:45Não importa o que, Sennacibe?
01:01:47Eu chego e é como se eu não chegasse.
01:01:52Precisa de alguma coisa? Está precisando comer? Quer um suco de manga?
01:01:56Para que suco?
01:01:58Os carinhos se acabaram. Antes era você que me queria.
01:02:03Sennacibe sempre chega cansado. Não sei se me quer. Fico sem jeito.
01:02:07Mas o que você está dizendo? Eu posso chegar cansado, mas para certas coisas estou sempre pronto.
01:02:12Não sou nem um velho, nem...
01:02:14Quando você me chama com o dedo, eu sempre estou perto.
01:02:18Quando me quer...
01:02:20É outra coisa. Antes você era um fogo ardente, um vento furioso.
01:02:25Agora é uma brisa, um ventinho.
01:02:31Sennacibe não gosta mais do meu gosto, não?
01:02:34Não, eu gosto muito de você. E sem você não posso viver.
01:03:04Sennacibe!
01:03:13Alegria!
01:03:15Alegria!
01:03:24Alegria!
01:03:31Alegria!
01:03:45Alegria!
01:03:51Cadê a lagartixa?
01:03:53Chegamos daqui pronto, cavalo!
01:03:55Olha a coisa, cabuca! Ai, meu Deus!
01:04:15Sennacibe, tem uma novidade que você não vai nem acreditar.
01:04:20O Tuísca agora é artista.
01:04:24É artista. Vai trabalhar no circo.
01:04:28Pediu para o homem. Vai ser artista mesmo.
01:04:32Ah!
01:04:42Sennacibe está doente?
01:04:46Se é morto de cansaço, é de sono.
01:04:49Muita gente ficou no bar até agora. O capitão, o doutor.
01:04:55Bem que Sennacibe fudia na quieta, deixou o bar um tiquinho comigo...
01:04:58mas eu não arrumei nada para o Tuísca no circo.
01:05:01Senta, vamos a uma conferência.
01:05:04Uma conferência, Sennacibe?
01:05:06Uma conferência.
01:05:08Tem um poeta, um doutor, que diz umas poesias que você deve ver.
01:05:11Magnífico.
01:05:13Tem uma conferência quinta-feira na prefeitura.
01:05:16Eu comprei dois bilhetes. Para mim e para você.
01:05:19Como é uma conferência?
01:05:21É uma coisa fina.
01:05:23Melhor que cinema?
01:05:24É muito melhor.
01:05:25Melhor que circo?
01:05:26Circo é para crianças.
01:05:28Sennacibe tem dança, tem músico.
01:05:34Você tem que aprender muita coisa, Biel.
01:05:37Eu vou lhe explicar tudo. Fique atenta.
01:05:40Tem um homem, um doutor, um poeta.
01:05:43Ele diz uma coisa.
01:05:45Fala de quê?
01:05:47De uma coisa qualquer.
01:05:49Ele fala...
01:05:51fala de lágrimas, de nostalgia.
01:05:54Ele fala...
01:05:56e nós escutamos.
01:05:58Ele fala e a gente ouve?
01:06:00Sim.
01:06:01E depois?
01:06:03E depois, quando ele acaba, nós batemos palmas.
01:06:06Ele fala de coisas bem...
01:06:08muito importantes...
01:06:10e até difíceis de entender.
01:06:13Sennacibe, o doutor fala, a gente escuta e entende.
01:06:16E o senhor diz que é mais bonito do que cinema, do que circo.
01:06:20O senhor vai me desculpar, Sennacibe.
01:06:22O senhor é um moço instruído.
01:06:24Melhor que circo não pode ser, não.
01:06:26Biel, você tem que compreender.
01:06:28Eu já lhe disse mil vezes.
01:06:30Você não é mais uma criada.
01:06:32É a senhora Sartre. Vê se entende, tá?
01:06:35Toda a melhor sociedade de ilhéus vai à conferência.
01:06:38Nós não podemos perder esta ocasião...
01:06:40para ir a uma coisa vulgar como ao circo.
01:06:43E se o Sennacibe não pode ir ao circo, por quê?
01:06:45Por que não?
01:06:47Eu entendo.
01:06:49Se o Sennacibe não pode ir...
01:06:51tá bom.
01:06:52Tu diz que vai ficar triste.
01:06:54Eu tinha até prometido para ele que sorria.
01:06:56Mas se não pode, eu bato palma por mim e pelo Sennacibe.
01:07:00Não, você bate palma para o poeta.
01:07:08Sennacibe, deixa ele no circo, deixa.
01:07:12Eu vou nessa tal de conferência.
01:07:14Conferência não tem todos os dias.
01:07:18Nem no circo.
01:07:20É pior para o circo.
01:07:34Catinga para os salões.
01:07:43Olha também para o Berth, vive igual um moleque por aí.
01:07:47E de repente tem que vir a uma conferência.
01:07:51Esta noite ficará na história de ilhéus.
01:07:55Um momento.
01:07:59Papai.
01:08:11Dona Gabriela, que surpresa.
01:08:17Que surpresa.
01:08:33A tão singela e doce figura
01:08:36sofria na surdina da madrugada
01:08:39e do outro lado da sacada
01:08:42as negras barbas do imperador.
01:08:46Graciosa na janela reclinada
01:08:49ofenícia ao luar aos gritos.
01:08:51Aos prantos.
01:08:53Aos prantos, doutor Agileu.
01:08:56Queiram desculpar.
01:08:59Graciosa na janela reclinada
01:09:02ofenícia ao luar aos prantos.
01:09:05Aos prantos.
01:09:07Impávida, imaculada e solitária
01:09:10permanecia no seu canto a esperar
01:09:13resignada e altiva por aquele
01:09:16que o coração não lhe dava.
01:09:18Ó ofenícia, ó ofenícia!
01:09:20Ó doce figura!
01:09:22Fosse tarde ou fosse noite,
01:09:25chovesse ou fizesse sol,
01:09:27cantarolava em dóre me façou.
01:09:30Esse amor tão cheio de dor.
01:09:33Ó ofenícia! Ilhéu se homenageia
01:09:36na voz desse poeta trovador
01:09:39que se os deuses permitissem ao tempo voltar
01:09:42era eu que ia te amar.
01:09:50Você era a mais bela da noite.
01:09:54Agora tenho que dar uma passada no bar.
01:10:42Campeão!
01:11:12CANTANDO
01:11:42CANTANDO
01:12:12CANTANDO
01:12:42CANTANDO
01:12:45CANTANDO
01:12:48CANTANDO
01:12:51CANTANDO
01:12:54CANTANDO
01:12:57CANTANDO
01:13:00CANTANDO
01:13:03CANTANDO
01:13:06CANTANDO
01:13:09CANTANDO
01:13:12CANTANDO
01:13:15CANTANDO
01:13:18CANTANDO
01:13:21CANTANDO
01:13:24CANTANDO
01:13:27CANTANDO
01:13:30CANTANDO
01:13:33CANTANDO
01:13:36CANTANDO
01:13:39CANTANDO
01:13:42Pelo amor de Deus, eu posso te explicar, não se preocupe.
01:13:44Pelo amor de Deus, não se preocupe. Eu sou teu amigo.
01:13:47Eu tenho mulher, filhos pequenos. Estava só dando os conselhos.
01:14:13Para com isso, lascivia! Para!
01:14:28Quando eu voltar esta noite, não quero mais te ver aqui.
01:14:43Prenda o bar, pego minhas coisas e me mando.
01:14:47Não diga tolices, homem. E seus amigos?
01:14:51Vão embora assim, sem mais nem menos?
01:14:53Como posso ficar aqui? Se lembra do Dr. Filizmino?
01:14:57Pegou a mulher com o amante, não matou nenhum nem outro.
01:15:01Ficou conhecido como o cornudo contente...
01:15:05e o Dr. Filizmino.
01:15:08Ficou conhecido como o cornudo contente e teve que se mandar.
01:15:17Se em vez de esposa, a Gabriela fosse sua amante, você se importava e ia embora.
01:15:21Se fosse minha amante, seria tudo diferente.
01:15:24Ninguém ia me dizer. Bastava só umas pancadas.
01:15:27Você não tem nenhum motivo para ir embora.
01:15:29Perante a lei, a Gabriela nunca passou de sua amante.
01:15:32Mas como é que casei com ela diante de todos?
01:15:34Do juiz até você foi testemunha com aquele outro desgraçado.
01:15:37Sabe o que é isso aqui? Código civil.
01:15:39Artigo 219. Refere-se à anulação de casamento.
01:15:43Veja. Casamento é nulo quando há erro essencial de pessoa.
01:15:48Mas que erro? Eu quis casar com uma Gabriela.
01:15:52Desculpe. Me explique melhor.
01:15:55Estamos vindo aqui para tratar da anulação do casamento...
01:15:58de Nassib e Gabriela por erro essencial de pessoa.
01:16:02Papéis falsos, você sabe.
01:16:04Foi o Nassib que me pediu. Não me misturem nessa história.
01:16:08Misturado você já está. Enterrado até a cabeça.
01:16:11Das duas, uma.
01:16:13Ou você concorda conosco, vamos aos vídeos...
01:16:15e resolvemos isso amigável e rapidamente.
01:16:18Ou então hoje mesmo.
01:16:20Eu entro com um processo de anulação de casamento...
01:16:22por erro essencial de pessoa.
01:16:25Por causa de papéis falsos...
01:16:27forjados neste cartório por você.
01:16:30Você entra no caso por duas portas.
01:16:32A da falsificação e a do adultério.
01:16:35E em ambas com premeditação. Caso bonito.
01:16:39E Dona Olga? O que ela vai dizer?
01:16:41E o seu pai, o Coronel Ramiro? Já pensou?
01:16:44Ele vai morrer com escândalo. E a culpa será sua!
01:16:48Estou lhe avisando porque não quero que isso aconteça.
01:16:51Por que fui me meter nessa confusão?
01:16:55Só fiz isso para ajudar.
01:16:57Eu e Gabriela ainda não tínhamos absolutamente nada.
01:17:00Então venha conosco ao juiz, fazemos um acordo amigável.
01:17:03Anula-se o casamento.
01:17:05Se não, eu quero lhe avisar muito lealmente...
01:17:07que sai amanhã no Diário de Lheus...
01:17:09a história todinha escrita por mim...
01:17:11com Tunico Bastos como vilão traiçoeiro.
01:17:14Fica assim decretada a anulação por erro essencial de pessoa...
01:17:18no casamento civil de Nassim Belal Saad e Gabriela Silva.
01:17:23Esse acordo ficou base no artigo 219, parágrafo 1º, capítulo 6.
01:17:30Recomendo ao tabelão Antônio Carlos Bastos...
01:17:33maior cuidado na aceitação de papéis.
01:17:36Caso contrário, seu cartório corre o risco de sofrer intervenção...
01:17:39por parte do governo e punição conforme o previsto na Constituição.
01:17:43Caso encerrado.
01:17:59CINEMATOGRAFIA
01:18:29CINEMATOGRAFIA
01:18:59CINEMATOGRAFIA
01:19:29CINEMATOGRAFIA
01:19:59CINEMATOGRAFIA
01:20:29Onde está o amor eterno da tua Maldina?
01:20:35Acabou rápido a eternidade, professor.
01:20:38Ela foi embora, sabia?
01:20:40Sabia.
01:20:42E eu perdoei.
01:20:44Foi embora desta merda de cidade.
01:20:47Vamos. Vamos dormir, senhor Nassim. Vamos dormir.
01:20:50O senhor precisa dormir.
01:20:53Não tente gastar toda a sua liberdade num dia só, né?
01:20:59Que é liberdade?
01:21:02O senhor era um homem casado, preso.
01:21:05Agora é um homem livre, solto.
01:21:08Livre para fazer o que bem entender.
01:21:22Tenho pensado muito na vida
01:21:28Volta, bandida, mata essa dor
01:21:33Volta pra casa, fica comigo
01:21:39E eu te perdoo com raiva e amor
01:21:45Vem que eu te espero tremendo de amor
01:21:54Chega mais perto, moço bonito
01:22:00Chega mais perto, meu raio de sol
01:22:05A minha casa é um escuro deserto
01:22:10Mas com você era cheia de sol
01:22:15Molha tua boca na minha boca
01:22:21A tua boca é meu doce, é meu sal
01:22:26Mas quem sou eu nesta vida tão louca
01:22:31Mais um palhaço no teu carnaval
01:22:45A minha casa é um escuro deserto
01:22:51Mas com você era cheia de sol
01:22:57Molha tua boca na minha boca
01:23:03A minha casa é um escuro deserto
01:23:09A minha casa é um escuro deserto
01:23:16Mas com você era cheia de sol
01:23:23Molha tua boca na minha boca
01:23:30A minha casa é um escuro deserto
01:23:36A minha casa é um escuro deserto
01:24:06Gabriela
01:24:11Gabriela
01:24:16Gabriela
01:24:21Gabriela
01:24:26Gabriela
01:24:31Gabriela
01:24:40Vem cá
01:25:00Vem cá
01:25:30Vem cá
01:25:32Louca!
01:25:58Meu Deus, vai ter cheio de confusão porque...
01:26:01Vai haver pancadaria.
01:26:03Seu Fulgêncio, vamos lá.
01:26:05O professor não tem físico para aguentar uma briga, e muito menos a glória.
01:26:08Calma, fica aí que não vai acontecer nada.
01:26:10Como não vai acontecer nada? O professor está lá dentro, ouvi ele entrar.
01:26:13Os tempos estão mudando, Nascimento.
01:26:15Eu não estou entretendo nenhum grito, nenhum tiro.
01:26:17Quem sabe estão conversando.
01:26:19Mas que conversam?
01:26:20O coronel Coriolano mora na fazenda, no meio dos bichos, para não ter o que falar.
01:26:23Vem saindo gente.
01:26:27Bicho, isso é muito moderno para o meu gosto.
01:26:31Vamos lá, capitão. Vamos ao jogo.
01:26:43Coronel.
01:27:00Em noite sem lua, pulei a cansela, caí do cavalo, perdi Gabriel.
01:27:14Ó lua de cera, ó lua singela, lua feiticeira, me traz Gabriel.
01:27:27Cadê Gabriel? Perdi Gabriel. Adeus Gabriel.
01:27:58Então, capitão, eu não lhe disse aqui mesmo nessa sala que ia abrir a barra com o cargueiro sueco?
01:28:02Disse e cumpriu.
01:28:04E o discurso, doutor? Já o temos pronto?
01:28:06Ótimo.
01:28:08Esperamos várias décadas por esse dia.
01:28:11Hoje é o princípio de uma nova era.
01:28:14O novo substituindo o velho.
01:28:16O promesso chegando a um lugar esquecido.
01:28:18Capitão, comunique-se com o navio imediatamente.
01:28:22Esse navio não pode passar a barra hoje de jeito nenhum.
01:29:23Bendito seja o Deus nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da misericórdia e Deus de toda a consolação,
01:29:30que nos console em todos os nossos momentos.
01:29:34O nosso amor, amém.
01:29:52Senhor Nacime, senhor Nacime, acabou.
01:29:57Acabou.
01:29:58Acabou o quê?
01:29:59O julgamento. O coronel Jesúnio Mendoza foi condenado, senhor Nacime.
01:30:03Condenado pela morte da dona Senhazinha.
01:30:22Nesse Brasil com forte amazã, os filhos deles são estandeiros.
01:30:27Forte amazã para mim.
01:30:39Silêncio, por favor, silêncio.
01:30:42Finalmente, com seu novo e moderno porto, a cidade de São Jorge de Ilhéus está agora ligada ao mundo.
01:30:50É hora que você saiba que eu já tinha um homem escolhido para acabar com você.
01:30:54Dessas coisas em política, eu nunca entendi muito.
01:30:57Eu e com o padre Ramiro Batis matamos e escapamos de morrer muitas vezes juntos.
01:31:02E um amigo assim, eu não vou dando por nada.
01:31:04Mas agora tudo acabou. Ele está morto.
01:31:07Só pode contar com meu amor.
01:31:09Obrigado, coronel Amâncio.
01:31:11E não terão sido os primeiros, por acaso, esses nórdicos, esses normandos,
01:31:17ou então para uma rodada de pôquer no barco, assim.
01:31:24É, parece que as coisas não vão mudar muito, vai ficar tudo igual antes.
01:31:28Igual, mas diferente.
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