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O Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,5%, o que fortaleceu o dólar e derrubou a bolsa no Brasil. Alberto Ajzental e Felipe Machado analisaram a fala de Jerome Powell e as decisões do comitê.

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Transcrição
00:00No momento a gente acompanha a fala ao vivo de Jerome Powell, vamos acompanhar então repercutindo
00:14a última decisão do FED.
00:17Agora há pouco ele estava dizendo, Natália, que embora a inflação esteja mais controlada
00:30do que em 2022, é ainda um motivo de atenção, então por isso que eles não tiveram nenhuma
00:35mudança nisso.
00:36E o impacto das políticas da administração, Trump, da questão do comércio, elas ainda
00:42são uma incerteza, um cenário incerto, então por isso também o Jerome Powell está justificando
00:49justamente a decisão de manter as taxas sem alteração, então esses dois pontos que ele
00:55acabou de destacar aqui.
00:58Vamos acompanhar mais um trecho desse momento em que ele leu o comunicado, ainda não está
01:02respondendo as perguntas, está lendo um texto oficial.
01:12Enquanto Jerome Powell traz nessa leitura do comunicado oficial, a gente escuta também
01:17o Eric Klein, nosso repórter, que tem mais informações e análises para compartilhar
01:23com a gente sobre a taxa de juros nos Estados Unidos.
01:27Diga, Eric.
01:30Oi, Natália, muito boa tarde para você e a todos que estão conosco no Money Times.
01:35O mercado financeiro brasileiro, por exemplo, já se movimentava, já trabalhava ancorado
01:40nesta previsão da manutenção da taxa de juros lá nos Estados Unidos pelo FED, que
01:45manteve aí no intervalo de 4,25% e 4,5%, viu Natália?
01:52E o que isso faz?
01:54Faz com que o dólar, por exemplo, aqui no Brasil, ele comece a ter um ganho, comece a
01:59se valorizar.
02:00Já está subindo 0,6% com R$ 5,74 e segundo os analistas, por que isso acontece?
02:08Porque com os juros se mantendo aí no mesmo intervalo de 4,25% e 4,5% lá nos Estados
02:14Unidos, é um juro considerado alto.
02:17E você faz com que os investidores sintam-se atraídos para ativos pré-fixados, né?
02:23E aí o apetite do investidor diminui para mercados emergentes como o Brasil.
02:29Então há uma demanda, há uma corrida pelo dólar aqui no Brasil, porque deixa de entrar
02:35investimento estrangeiro no país.
02:37Então tem esse aumento.
02:38E a Bolsa, ao inverso, começa a cair.
02:41Já está caindo quase 0,3%, estava andando de lado esperando o anúncio do FED e depois
02:46que teve esse anúncio aí a Bolsa começou a cair aqui no Brasil.
02:50É uma fuga normal, você sai da Bolsa e começa aí, por exemplo, para o dólar.
02:56Com essa decisão do FED agora há pouco anunciada, né?
02:59Que Jeremy Powell está falando, vai cair o mundo na cabeça do chair do Federal Reserve.
03:04Isso porque o Donald Trump já havia pedido publicamente aí uma redução de juros para
03:10destravar a indústria norte-americana, porque a indústria vai precisar produzir mais para
03:14atender a demanda, já que a importação de produtos ficou mais cara.
03:19E aí o que acontece?
03:20Como que você destrava a indústria?
03:21Você corta juros para o investimento, você aumenta a produção para fazer com que você
03:27atenda a demanda e não aumente o preço dos produtos.
03:30Mas, se não reduzir os juros, você pode não conseguir atender a demanda da população
03:35norte-americana.
03:36Aí vai faltar produto e pode aumentar aí a inflação e aí o Jeremy Powell fica aí
03:41numa saia justa.
03:43Até porque também, na zona do Euro, o Banco Central de lá, da Europa, diminuiu 0,25%
03:49e meio a garra tarifária.
03:51A China nos show há pouco, o Banco do Povo, que também vai reduzir os juros.
03:54Então, vai ficar uma pressão ainda mais forte em cima de Jeremy Powell, Donald Trump,
03:59que inclusive, nos últimos tempos, ameaçou até demitir o número um do Fed.
04:04Então, esse é o cenário das notícias externas, de fora do país.
04:08Agora, nós temos reunião do Comitê de Política Monetária aqui no Brasil.
04:13E qual que é a percepção dos analistas?
04:16É que o Banco Central é quase um consenso.
04:19Vai diminuir um pouco o peso da mão em cima dos juros.
04:22Vai reduzir aquela alta, vinha de quatro altas consecutivas de um ponto percentual
04:27e agora deve diminuir para meio ponto percentual.
04:32Isso por quê?
04:33Porque ainda há uma percepção do Banco Central de que os preços, por exemplo,
04:37os alimentos estão pressionando a inflação.
04:39Vai ficar aí um pouquinho mais conservador,
04:43mas não vai renovar, por exemplo, o Forward Guidance.
04:47Isso quer dizer o quê? Antes de colocar um viés para frente
04:52de como que vai ser a política monetária nos próximos meses,
04:55o Banco Central vai analisar aí os fundamentos da economia brasileira
04:59nas próximas semanas, nos próximos meses, para saber como é que vai andar.
05:03Se na próxima reunião vai reduzir, vai manter, vai aumentar os juros.
05:09Então, tem todo esse cenário.
05:10E por que o Banco Central daqui do Brasil deve aumentar ainda um pouco?
05:16Continuar um aumento desacelerado, mas vai aumentar.
05:18Porque os juros é a ferramenta para segurar um pouco a inflação.
05:21Você encarece aí o empréstimo, o financiamento e você desestimula o consumo
05:27e aí você consegue trazer os preços para um patamar mais estável
05:31e você diminui aí o peso na inflação.
05:34A inflação que, segundo o Boletim Focus, desta semana, as projeções são de que termine
05:41em 2025 em 5,3%, acima do teto da meta, de 4,5%.
05:46Então, o Banco Central está de olho aí, tem uma política de segurar esta inflação
05:52e aí vai ficar analisando para ver qual que vai ser o viés.
05:57Mas a análise é que a divulgação, o anúncio do Copom daqui a pouco, por volta de 6, 6,5%,
06:04quando o mercado financeiro fecha, deve ser de um aumento de meio ponto percentual.
06:09E aí você já tem o mercado precificando isso, dólar aumentando, a Bolsa caindo,
06:15porque aí os investidores vão ficar mais cautelosos.
06:18Viu, Natália?
06:19Volto com você aos estúdios do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
06:23Muito obrigada, Eric Klein.
06:26O Eric, então, trazendo as informações ao vivo, enquanto a gente acompanha imagens
06:30em tempo real também da CNBC, onde o presidente do Fed, Jerome Powell,
06:36responde nesse momento a perguntas de jornalistas.
06:39Inclusive, a primeira pergunta foi de um colega da CNBC americana.
06:42Felipe Machado está acompanhando tudo e daqui a pouco vai trazer para a gente
06:46os principais pontos, então, ditos nesse momento.
06:49E a gente continua falando aqui de juros dos Estados Unidos,
06:54mas agora por uma outra ótica, uma forma não convencional usada por bancos centrais
06:59para influenciar a economia, a flexibilização, o aperto quantitativo.
07:04Claro que é assunto do nosso analista Alberto Azental, que voltou de férias,
07:08demorou, mas voltou.
07:10Azental, cadê você?
07:11Boa tarde, senti sua falta, viu?
07:13Conseguiu descansar e já voltou aqui em plena super quarta no Money Times.
07:17Boa tarde.
07:18Boa tarde, senti saudades também de toda a equipe, de todo mundo.
07:24É, estava lá na França, curtindo muito, mas com certeza antenado nos assuntos aqui.
07:31Então, Azental, conta para a gente o que você preparou para hoje,
07:34o que você vai trazer em relação à decisão do Fed e de bancos centrais em geral.
07:39Nati, o ponto é o seguinte, como era esperada a manutenção da taxa de juros em 4,5 barra 4,25,
07:49quer dizer, nenhuma alteração?
07:51É, foi isso mesmo.
07:51Eu procurei olhar um outro fator que o Fed utiliza em política monetária.
07:57Todo mundo em política monetária fala da taxa de juros, de subir ou descer a taxa de juros para você expandir ou contracionar o mercado.
08:08Mas existe uma outra ferramenta que é o QE, que é Quantitative Easing e o QT, que é o Quantitative Tightening.
08:19Então, quando os Estados Unidos entraram em crise da pandemia, por exemplo, o Fed tinha lá 4 trilhões de títulos.
08:32Então, com medo de ter uma recessão e uma crise profunda, eles começaram a comprar títulos do mercado,
08:40trazer para dentro do seu balance sheet.
08:43E na medida que você tira títulos do mercado, você introduz dólares, você aumenta a liquidez do mercado.
08:50E esse número, lá em 2020, até 2022, passou de 5 para 9 trilhões, um aumento de 4 trilhões de dólares.
09:04Esse é o QE, é o EASNIN.
09:06E quando você faz isso, você aumenta a liquidez e você derruba a taxa de juros.
09:13Então, você incentiva a economia.
09:16A partir de abril de 2022, quando estava em 9 trilhões, o Fed começou a fazer o QT, que é o Tightening,
09:26que é voltar, não deixar, não renovar os títulos ou voltar a parte desses títulos para o mercado.
09:34Ou seja, roubando, diminuindo a liquidez do mercado.
09:39E quando você faz isso, o QT, é o inverso do QE.
09:45A gente pode até botar arte, que vai dar para mostrar tudo isso.
09:49Então, quando você faz o QT, é o equivalente a subir a taxa de juros.
09:55Então, o que foi importante na última reunião do FONC, lá em 19 de março?
10:01Que lá eles tinham comentado o seguinte, olha, não vamos mexer na taxa de juros, que nem está acontecendo agora.
10:07Mas lá eles falaram assim, a gente está deixando vencer 25 bilhões de títulos por mês, vamos limitar 5.
10:15Porque eles vinham abaixando.
10:17Você vê na arte que desde 2022, quando estava em 9 trilhões, foi descendo o número de títulos guardados, mantidos pelo Fed.
10:28Chegou agora a 6,7 trilhões.
10:31E essa quantidade ia caindo 60 bilhões de dólares por mês.
10:36Depois passou para 25 e agora passou para 5 bilhões.
10:40O que eu quero explicar e deixar claro?
10:43Que assim como eles não estão mexendo na taxa de juros,
10:48assim como eles estão em compasso de espera em relação à taxa de juros,
10:53para ver o que acontece na economia, desde a reunião passada eles falaram assim,
10:59olha, diminui o ritmo do QT, porque se a gente acelera muito o QT,
11:05é o equivalente a subir a taxa de juros.
11:08Então, eles estão dizendo, em relação a essa outra política monetária,
11:12que é compra ou venda e manutenção de títulos dentro do Fed,
11:17também vamos ficar mais quietos, vamos aguardar.
11:20Então, o que eu queria trazer, Nath, para vocês,
11:23era mostrar que não só de taxa de juros vive um Fed.
11:28Tem outros instrumentos.
11:29Muito interessante você trazer essa explicação,
11:32porque agora há pouco mesmo a gente trouxe ao vivo aqui o comunicado,
11:36a leitura do comunicado aconteceu agora há pouco.
11:39E eles disseram, inclusive, que vão continuar reduzindo as suas participações
11:43em títulos do Tesouro.
11:45Então, exatamente essa linha que você trouxe na explicação.
11:48Também vão reduzir dívida de agências e títulos hipotecários de agências, Azental.
11:54Essas são os treasuries e os market-based securities,
11:58que se chama MBS, que são papéis do mercado.
12:01E eles comprando ou vendendo esse papel,
12:04eles conseguem ter algo equivalente
12:07àquilo que você faz quando você trabalha a taxa de juros.
12:10Então, eles também estão mais cautelosos e precavidos
12:16até na questão do ritmo do QT.
12:19Já teve em 9 trilhões, está chegando em 6,7.
12:23E eles estão dizendo, olha, maneira aí, vai com calma,
12:27vamos mantendo esses 6,7 trilhões.
12:30E aí a gente vê o que faz tanto com juros,
12:33também como com esses treasuries e MBS,
12:36que a gente mantém dentro do Fed.
12:39É isso. Era essa a ideia, Nath.
12:42Legal. Muito obrigada, Azental, por essa explicação.
12:45Bem-vindo de volta das férias.
12:47Amanhã a gente volta a se falar.
12:49Boa tarde para você.
12:50Se Deus quiser. Obrigado.
12:52E Felipe Machado já vai voltar aqui agora com a gente,
12:56porque enquanto conversávamos, eu e a Azental,
12:59ele estava de ouvidos atentos à fala,
13:02ao momento em que o presidente do Fed responde
13:06às perguntas dos jornalistas,
13:08e que é um momento muito esperado, né?
13:10Sempre que vem, sempre que tem reunião
13:12e tem a divulgação ali, o comunicado do Fed,
13:15também vem essa entrevista.
13:17E aí, o que você separou para a gente?
13:18Ah, exatamente. A gente é sempre curioso, né?
13:21Porque quando ele lê ali a decisão,
13:23é sempre uma leitura mais pro forma, né?
13:25Uma coisa mais técnica.
13:26Isso.
13:27E daí as respostas, justamente, ali
13:28tem mais uma dinâmica mais interessante.
13:30E o Jeremy Powell falou o seguinte,
13:33ele falou que a questão das tarifas
13:35ainda é uma incerteza muito grande.
13:37Então, perguntado por que ele não mexeu nos juros,
13:40por que ele não abaixou os juros,
13:41ele disse que as tarifas, a questão das tarifas,
13:43se elas forem mantidas nesse nível,
13:45elas provavelmente vão trazer inflação
13:47e também desemprego.
13:50Aumentar a inflação e aumentar o desemprego.
13:52E daí vai justamente contra os dois mandatos
13:54que o Federal Reserve Bank está seguindo
13:57na sua busca, nos seus objetivos.
14:01Então, as tarifas, realmente,
14:03apesar de Donald Trump pressionar o Powell
14:06para baixar os juros,
14:08ele mesmo, essa questão de ter colocado
14:10tarifas tão altas em relação ao comércio internacional,
14:13é justamente a razão pelas quais
14:15ele não vai baixar os juros.
14:18Então, porque ele não sabe ainda o impacto,
14:21ele disse uma frase muito interessante,
14:24o Banco Central, o Federal Reserve Bank,
14:26não tem pressa.
14:27Quer dizer, o Banco Central americano,
14:28ele não anda na mesma velocidade do executivo.
14:31Isso é uma coisa que a gente viu muito no Brasil também.
14:33A gente vê muito o presidente Lula
14:34pedindo para baixar os juros e tudo mais,
14:36então a gente vê essa pressão do executivo
14:38é sempre uma pressão,
14:39porque eles querem que tenha mais dinheiro na economia,
14:41que o setor produtivo possa investir mais,
14:45querem reflexos mais diretos, imediatos.
14:48E o Powell falou o seguinte,
14:50não, o Banco Central não tem pressa,
14:52nós precisamos esperar para ver o impacto das tarifas.
14:55E se as tarifas continuarem no volume,
14:57nesse tamanho, nesse volume,
15:01provavelmente, ele usou até essa palavra,
15:03provavelmente a gente vai ter um aumento na inflação
15:06e o impacto também no desemprego.
15:08Então, justamente, esses dois são os dois pontos do mandato
15:11que ele não quer abrir mão.
15:14É uma questão técnica.
15:15Ele tem ferramentas, os juros são ferramentas
15:19para cumprir os objetivos dos dois mandatos.
15:22E é justamente o que as tarifas podem trazer de incerteza
15:25sobre os mercados e sobre o impacto nesses dois elementos
15:30que compõem o mandato duplo do Banco Central americano.
15:33Exatamente.
15:35Nesse momento, a manchete da CNBC,
15:37que nós não estamos numa situação
15:40que dá para antecipar muita coisa.
15:44Ele usa o tempo inteiro o termo ali da incerteza
15:47e não estamos correndo, é isso que você disse.
15:52São tempos diferentes.
15:54O tempo do presidente que está ali em determinado cargo
15:57por um número pequeno ali de anos.
16:00E agora a gente vê, agora há pouco o Powell falou outra frase,
16:03interessante, que assim, os pedidos da administração
16:06para baixar a taxa de juros não têm impacto nas decisões.
16:10Mais direto que isso não dá para ser, não é, Natália?
16:13Porque foi perguntado justamente o impacto,
16:17a influência que o Donald Trump tem
16:21nas decisões do Banco Central,
16:24porque ele estava sendo muito assertivo nas publicações,
16:29principalmente nas redes sociais,
16:30no Trump Social, que é a rede social que ele costuma publicar,
16:34pedindo justamente que o Powell é muito lento,
16:38que o Powell está sempre atrasado em relação aos juros.
16:41E agora o Powell realmente confronta essa opinião do Donald Trump,
16:49dizendo que eles não têm pressa
16:50e que a influência do governo, da administração,
16:53no Banco Central não tem nenhuma influência,
16:56essa pressão para baixar as taxas de juros.
16:58Então, o Powell sempre muito calmo,
17:01sempre com aquela fisionomia ali que não muda.
17:04Os repórteres provocam um pouco ele,
17:06fazem uma pergunta um pouco mais incisiva,
17:08e o Powell sempre mantendo aquela calma,
17:10aquela frieza, que é tão necessária
17:12para um presidente de Banco Central dos Estados Unidos,
17:14ainda mais em um momento como esse, né, Natália?
17:15Agora há pouco ele estava dizendo sobre a economia,
17:22as pessoas continuam gastando, usando seus cartões de crédito.
17:27Ele fala, ele zoa essa expressão,
17:29que a economia americana continua muito sólida,
17:31permanece sólida,
17:33ele tem uma confiança muito grande na economia americana,
17:36mas ele não acha que é a hora,
17:38nem ele, nem ninguém do Banco Central,
17:39tanto que a decisão foi unânime, como a gente viu,
17:41uma decisão que dá bastante confiança
17:45para o Powell poder sair à frente dos jornalistas
17:48e manter essa posição também diante da imprensa,
17:51diante da opinião pública americana.
17:53Então, as tarifas no volume que elas estão,
17:57a gente tem 145, por exemplo, com a China,
18:00145%, são tarifas muito altas.
18:03Então, o Powell, ele diz que o Banco Central
18:06está numa posição confortável de manter essa taxa de juros,
18:09justamente para não, e aguardar o impacto
18:13que as tarifas vão ter,
18:14porque justamente, realmente, são muito novas.
18:16Natália, a gente vê que foram,
18:18a gente estava no início do mês de maio,
18:20isso começou no mês de abril,
18:22quer dizer, teve um pouco mais de um mês para a gente,
18:25então não teve nenhum impacto.
18:26Os primeiros navios da China voltaram,
18:29sem as tarifas,
18:31com um novo volume de tarifas,
18:33ainda nem chegou nos Estados Unidos,
18:34então ainda é um impacto muito grande
18:36que não está sendo sentido.
18:38Vai começar a ser sentido a partir de agora.
18:42Vamos ouvir mais um trecho também.
18:44Se as tarifas continuam no volume,
18:46que eles estão sendo anunciadas,
18:48nós vamos ver,
18:49provavelmente vamos ver,
18:50inflação mais alta
18:51e o desemprego também mais alto.
18:53Então, é uma conclusão bastante clara
18:57que o Powell coloca, assim,
18:59diante da imprensa americana.
19:00a gente vai conseguir,
19:01E os kindos de after-action kind of looks são essencial.
19:09E nós estamos fazendo a mesma coisa em nosso review,
19:11então, em alguns issues.
19:13O outro parte da crítica é que você tem que ter em temas
19:17que são fora da mandate,
19:19como a climate change,
19:21e tentar garantir que certos grupos
19:25são benefícios por suas políticas econômicas,
19:30em termos de emprego, etc.
19:32Então, ok, no clima...
19:35Ter mencionado questões climáticas, por exemplo,
19:37para além de inflação e desemprego, vamos ouvir.
19:40E que nosso papel no clima é um muito, muito barato.
19:45E eu acho que isso é o que nós fizemos.
19:47Nós fizemos muito pouco no clima.
19:50Você pode dizer que o papel do Banco Central
19:52em relação ao clima é mínimo,
19:54mas eu não quero dar nenhuma impressão
19:56de que nós fizemos um clima
19:59e é algo que nós gastamos muito tempo e energia em.
20:02Nós não.
20:03Nós não estamos gastando tempo e energia.
20:05O jornalista perguntou, só para completar,
20:06o jornalista perguntou que as críticas
20:10que têm sido feitas ao Powell
20:11é que ele, nos relatórios do Banco Central,
20:15eles têm incorporado temas que são fora do mandato,
20:17por exemplo, mudanças climáticas
20:19e também a questão do desemprego
20:21em relação a alguns cidadãos,
20:23algumas faixas etárias,
20:25que isso não diz respeito...
20:27Alguns recortes específicos.
20:28Alguns recortes, exatamente.
20:29A questão da diversidade, por exemplo.
20:31E o Powell está se defendendo dizendo que não,
20:34que apesar de eles terem incorporado,
20:36citado as mudanças climáticas no relatório,
20:38eles não perdem muito tempo com isso.
20:40É uma questão que não tem muita atenção do Banco Central
20:43e nem a questão da diversidade.
20:44Eles estão focados no mandato duplo,
20:46nos dois objetivos principais,
20:49que são justamente a inflação e o desemprego.
20:52Então, todos os focos do Banco Central
20:54são voltados para esses dois objetivos.
20:57Nós não fizemos isso.
20:58O que dissemos foi que nunca
21:00targetámos a taxa de desemprego
21:03para grupos raciais ou demográficos.
21:05Ele está dizendo que a questão racial ou etária,
21:09parte das etárias, ele vejo como uma maneira geral.
21:12Isso, ele nunca fez números específicos,
21:16metas específicas para grupos.
21:18que não se tornaram a taxa de desemprego.
21:20Claro que não teremos que targetámos
21:22qualquer grupo individual.
21:23Mas eu acho que algumas pessoas
21:24queriam ouvir isso assim.
21:27Mas isso não é o que nós queríamos.
21:28Mas isso não é uma olhada correta.
21:33Mas eu posso ver como...
21:35Talvez as pessoas acham isso confusão,
21:36e nós temos que tomar isso em consideração.
21:39Ele até disse que vai reconsiderar as próximas vezes
21:46que eles forem citar temas que são fora
21:48dos dois objetivos do mandato,
21:50para levar isso em consideração
21:51para os próximos relatórios.
21:52Eu estou dizendo que os efeitos das tarifas
22:11já estão acontecendo, né?
22:13E o que precisa acontecer para eles considerarem
22:15alguma medida específica em relação a isso?
22:18É, ele disse que ele ainda não tem dados
22:24sobre esse impacto na sociedade.
22:26A jornalista usou uma expressão...
22:29Normalmente, quando eles vão falar do mercado financeiro,
22:31eles usam Wall Street,
22:31e quando eles falam do mercado do dia-a-dia,
22:33eles usam Main Street, que é a avenida principal.
22:35Como se fosse uma metáfora em relação à sociedade, né?
22:38A rua, o dia-a-dia da população.
22:42E o Powell disse que...
22:44A repórter disse que já estão sendo sentidos,
22:46por exemplo, a questão dos portos, né?
22:49Que já estão recebendo menos mercadorias de fora e tudo mais.
22:52E o Powell disse que ainda não tem dados objetivos
22:55desse impacto, como é que a questão das tarifas
22:58está afetando a sociedade do ponto de vista objetivo.
23:01Então, como ele não tem dados, dados mesmo,
23:04fatos, assim, para usar isso como informação,
23:08ele não pode levar isso em consideração.
23:11Ele vê que tem uma percepção,
23:12um sentimento da população em relação a isso,
23:14mas ele ainda não tem os dados para confirmar esse sentimento.
23:17Está na esfera dos sentimentos ainda, não dos fatos.
23:20As pessoas estão sentindo, né?
23:25Uma preocupação, um estresse...
23:28Mas o desemprego não aumentou, né?
23:30É isso.
23:31As pessoas não estão sendo demitidas em níveis alarmantes, né?
23:38Bom, continuaremos aqui acompanhando essas respostas
23:40e, claro, a gente vai trazendo para vocês conforme surgirem os destaques.

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